Fique comigo

Fique comigo Ayòbámi Adébáyò




Resenhas - Fique Comigo


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Stefânia Cedro 04/06/2020

UMA DAS MELHORES LEITURAS DO ANO!
Esse é o livro de estreia da Ayòbámi Adébáyò, que foi aluna das maravilhosas Chimamanda Ngozi Adichie e Margaret Atwood (Que sonho ein?). O livro ficou na lista de melhores do ano dos jornais "The New York Times" e "The Guardian", além de ter sido finalista em um dos maiores prêmios da literatura do Reino Unido.

Com isso tudo, é difícil não criar expectativas, não é mesmo? E não se preocupe em criar, pois o livro atenderá todas elas.

Nessa história, ambientada na Nigéria, iremos acompanhar Yejidi e Akin, um casal que contra toda a cultura de seu país, decidiu que viveriam a monogamia. Akin jurou a Yejidi que ela sempre seria a única mulher em sua vida, porém, depois de anos de casamento e ela não conseguir dar um filho a ele, com toda a pressão da sociedade e da família, Akin acaba cedendo e aceitando uma segunda esposa pelas costas de sua mulher. Mas Yejidi estava disposta a qualquer coisa para engravidar e mostrar que ela deveria ter sido a única em sua vida, não importa o preço.

Ao iniciar essa leitura, somos presenteados com uma narrativa fluída, que nos deixa curiosos logo de cara. Confesso que se não estivesse lendo ele em leitura conjunta com algumas amigas, provavelmente teria lido tudo em menos de um dia.

Achei incrível poder conhecer mais sobre a cultura nigeriana, eu não tinha ideia de que era um país que aceitava a poligamia. E amei mais ainda a maneira delicada que a autora abordou os temas do livro.

É impossível não se indignar com a maneira que Yejidi é tratada por não conseguir engravidar, como se ela não estivesse fazendo o suficiente. É impossível o psicológico não ficar ferrado quando você é tratada como se sua única razão de existir é para procriar e se você não é capaz disso, não tem valor nenhum.

O livro me trouxe uma enxurrada de sentimentos, e como já falei várias vezes aqui, isso é o que faz eu amar uma leitura. Quando um livro me faz sentir qualquer coisa, é porque consegui mergulhar na história e me colocar na pele dos personagens.

Ao ler esse livro e amar, percebi o quanto meus gostos mudaram no decorrer dos anos.
?
Se você quer um livro pra te arrebatar, essa é a escolha certa!
Jessy 04/06/2020minha estante
Seriiooo :0 Achei tão triste! Não sou muito fã de livro triste rsrs


Stefânia Cedro 04/06/2020minha estante
Eu achei muito cru, muito real. É triste, mas é a realidade de muitas mulheres (talvez não tanto o final, que achei que se perdeu um pouquinho e por isso tirei uma estrela, mas no geral sim).




Emanuela 26/05/2021

Necessário!
?Fique comigo", da escritora Ayòbámi Adébáyò, é uma daquelas obras necessárias!

Na Nigéria dos anos de 1980, acompanhamos o casamento de Yejide e Akin. Apesar da cultura poligâmica no país, eles concordaram com a monogamia. No entanto, apesar de quatro anos de casados, ainda não conseguiram ter um filho. Por isso, a família de Akin passa a pressioná-lo a tomar uma segunda esposa para dar continuidade a linhagem (porque claro que a "culpa" é da mulher).

A chegada da segunda mulher de Akin coloca Yejide no limite, e disposta a tudo para engravidar. O que, enfim, ela consegue ? mas a um custo muito maior do que poderia ter imaginado.

O romance é narrado sob a perspectiva de Yejide e de Akin que intercalam os capítulos. Além disso, a história é contada em tempos diferentes o que vai nos intrigando e nos ajudando a entender os acontecimentos. O contexto político fica como pano de fundo, enriquecendo ainda mais a obra.

"Fique comigo" é uma leitura devastadora e, ao encerrar, me vi derramando todas as lágrimas que sufoquei a cada desventura da vida de Yejide e Akin.
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Archie 24/07/2021

As imposições para ser quem se é
Em todas as literaturas femininas nigeriana que já li, a articulação entre feminilidade e maternidade é sempre muito intrínseca. Aqui, não é diferente.

A protagonista passa por diversas imposições para ter filhos com seu marido. E todas as trivialidades nessas tentativas nos enchem de piedade e compaixão por essa mulher que só estava tentando ser quem se é. Muitos sofrimentos e percalços atravessam essa história, e tem cada plot twist que te destrói por dentro porque é muito doloroso ver o que essa mãe vai passar.

Minha nota só não foi tão alta por uma discussão que tive com o grupo Leia Mulheres Uberlândia que me mostrou que tem uma inconsistência interna na narrativa que realmente não faz sentido (mas não vou colocar spoiler). Apesar da premissa muito boa e enriquecer o engajamento do leitor, é um acontecimento muito incoerente.

No mais, mantenho a recomendação! Mas cuidado: é bem triste.
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Henrique Fendrich 12/02/2022

Um livro forte e bonito sobre a maternidade, focado no contexto da Nigéria, com tradições próprias que, muitas vezes, servem de pressão e de opressão para a mulher que quer ser mãe. É um drama muito intenso o da personagem principal, a começar pelo seu desejo de engravidar, tão forte que ela chega a criar uma gravidez imaginária. Depois, há uma série de reviravoltas na trama, sempre com muito sofrimento associado à condição de mãe da personagem. A atitude do marido dela para resolver o problema da gravidez foi inusitada e rendeu consequências imprevistas, descritas de maneira muito interessante pela autora. Pessoalmente, porém, eu acredito que a história ficaria melhor se concentrada apenas na narração da mulher, isto é, sem os poucos capítulos que deram voz ao homem. Mas é, de toda forma, uma obra admirável, e eu me sinto realmente velho porque essa menina que escreveu o livro é mais nova do que eu.
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Cath 19/07/2022

Lendário!!
Esse livro mexe com você de tantas formas diferentes? A forma como ele é escrito é tão fluída que se assemelha a uma história contada por um amigo próximo. O casal principal se desenvolve de uma forma muito boa, e, quando fui entendendo suas inseguranças e problemas, percebi o motivo de terem tomado certas ações. Ademais, o livro também trata muito bem sobre como expectativas familiares e sociais muitas vezes não são as ideias para um certo núcleo familiar e como a pressão pela aceitação social pode nos levar a extremos. A discussão política do livro não é extremamente profunda, mas achei ela bem assertiva, visto que não é o foco principal da obra. Adorei toda a construção da história e ele ja se encontra como um dos favoritos da vida. LEIAM!!!
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Jaque.Barreto 29/01/2021

Resenha | Fique Comigo
@irmaslendo

Ganhei esse livro de presente e a leitura me surpreendeu muito!

Gosto de conhecer novas culturas e através dessa historia pude conhecer mais sobre a Nigéria e seus costumes.

Uma coisa que me impactou muito foi o fato dos personagens possuírem um padrão de vida mais privilegiado e um grau mais alto de educação, mas ainda estarem sujeitos às mesmas limitações estabelecidas pela religião e pela cultura local.

A temática da obra causa estranheza a pessoas que não estão acostumadas com a poligamia, imagina você um belo dia ser apresentada a segunda esposa do seu marido e isso não ser considerado traição, pois ele como homem tem o direito de casar e se multiplicar como desejar, desde que seja capaz de prover as suas esposas e filhos.

Foi muito chocante conhecer de forma intima essa realidade!
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@umapaixaochamadalivrosblog 10/04/2021

Boa leitura!
Bom dia, leitores.
Indicação de mais uma #leitura do estilo romance dramático, que li em #ebook, um #livro curto, que demorei mais do que gostaria pra ler e me comoveu bastante. Toda a tristeza que a obra traz no decorrer da história nos ajuda a entender outras realidades. Durante a ditadura nigeriana, acompanhamos o casal protagonista que precisa enfrentar a questão familiar e a pressão para gerar descendentes, tomando medidas drásticas e conflituosas para isso. O amor vence à tudo? Como a sociedade impacta na vida de sua população? Gostei e não esperava um final feliz. O final tem uma boa surpresa, mas de forma realista e acontece o que era possível, não sonhado. Pra mim houve uma incoerência na história, mas não seria possível revelar sem entregar o enredo final. #recomendo

#fiquecomigo #ayobamiadebayo #harpercollins #2018 #romancenigeriano #notaquatro #literatura #dicasdelivros #amoler #literaria #livrospraler #metadeleitura #leiamulheres #leiaautoresnegros

Beijos e até a próxima.
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Jéssica 06/11/2022

Rotimi
Yejide e Akin desde o início do seu relacionamento decidiram ter uma vida monogâmica, ainda que a poligamia fosse comum e aceita no contexto em que viviam. No entanto, após 4 anos de casados e sem terem conseguido engravidar, Yejide é pressionada de todos os lados, principalmente pela família do seu esposo, que a culpa por não conseguir dar filhos a Akin e perpetuar a linhagem familiar, ao ponto de sua sogra lhe afirmar que "as mulheres fabricam crianças e se você não consegue fazer isso, então não passa de um homem, ninguém deveria chamá-la de mulher". As duas famílias, arrumam uma segunda esposa para Akin, que a aceita, sem o conhecimento de Yejide, o que acaba levando-a ao seu limite.

Este livro perpassa por tantas coisas. É uma história emocionante com uma escrita envolvente. Não é apenas um romance de um casal que não consegue engravidar, mas reflete sobre questões muito mais profundas, principalmente nossa relação com a família e a sociedade na qual estamos inseridos e em como isso nos afeta. Tudo isso com o realismo das dificuldades políticas enfrentadas pela população da Nigéria nos anos 80.

Foi um dos livros mais surpreendentes que eu já li esse ano. Entrou pra lista daqueles livros que eu não leria se não fosse o desafio e com certeza perderia a oportunidade de conhecer uma grandeza literária.
TatiBatista 06/11/2022minha estante
Adorei a resenha, me deu vontade de ler. Já coloquei na lista!


Jéssica 07/11/2022minha estante
Eu amei demais! É uma história muito emocionante e em um contexto completamente diferente do nosso.




sabsneri 23/05/2020

Fique Comigo foi um dos livros mais marcantes de 2019. Não é uma leitura fácil, não é leve. Este debate questões polêmicas e complexas da cultura nigeriana, como o papel da mulher como progenitora, e os sacrifícios feitos em nome da família. É mt difícil ler sobre algo que não faz parte da nossa cultura, porque acabamos tendo um olhar preconceituoso naqueles atos. Contudo, no momento que a leitura vai fluindo e você encara aquelas situações com os olhos dos personagens, começa a perceber o teor do drama: não há vítimas ou culpados. Isso tudo tendo como plano de fundo o retrato fiel das turbulências políticas na Nigeria nos anos 80.
Terminei o livro aos prantos, mas valeu à pena! É uma obra atemporal e necessária.
Jac 23/05/2020minha estante
Ahhh sua resenha me deixou com vontade de ler, nunca tinha ouvido falar desse livro, vai entrar na lista




Renato375 16/06/2022

O livro mais bonito do ano
Esse livro me comoveu de uma forma impressionante já no início e o desenrolar da estória foi um grande exercício de compreensão das relações humanas.

Só o retrato da cultura nigériana seria o suficiente pra recomendar a leiteira dessa obra, mas o livro vai além disso. Aborda temas que são muito atuais sobre como a sociedade enxerga e trata as mulheres, a dificuldade em construir relações conjugais e de quebra o momento político da Nigéria dos anos 80.

Esse livro me fez chorar...

Encadernação: 5/5
Fonte: 4/5
Espaçamento: 5/5
Cor do papel: amarelado
Preço: R$ 22,30
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amandaox 15/07/2022

Não mores, mas esse aqui, um tiro doeria menos. O começo do livro é muito difícil, era toda hora um soco no estômago, de forma que você se vê se apegando a pequenas alegrias que nem são tão alegrias assim. Mais uma vez, é muito difícil ser mulher.
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Ana Claudia 13/05/2022

Yejide conheceu Akin, seu marido, quando ela estava na faculdade. Ele tinha uma namorada na época, mas ao ver Yedije, se apaixonou e decidiu que se casaria com ela um dia e assim aconteceu. Eles se casaram e foram morar em Ilesa, na Nigéria. Akin era contador em um banco e Yedije era proprietária de um salão de beleza. Eles tinham uma vida feliz e se amavam muito. Por viverem em uma sociedade poligâmica, Akin jurou nunca ter outras esposas.

Após 4 anos de casados, Yedije ainda não havia dado um herdeiro a Akin e a família dele já cobrava por uma criança. Yedije tentava de tudo para engravidar porque temia que a família de seu marido o obrigasse a desposar uma outra mulher com o objetivo de lhe dar um filho. Todas as tentativas eram em vão. Um dia, a Moomi de Akin apareceu na casa dele com Funmi, uma jovem a quem Akin deveria se casar para lhe dar um filho uma vez que Yejide não era capaz.

Após o casamento de seu marido com Funmi, Yedije engravida, mas a gravidez que ela tanto sonhava, o filho que ela tanto almejava lhe trará dores e sofrimentos com consequências que abalarão o casamento, a família de Akin e a vida de Yedije por muitos e muitos anos.

Uma história que mostra um casamento em uma sociedade muito machista, onde a família tem o direito de interferir diretamente na vida íntima de um casal, mostra a fragilidade da mulher diante dos interesses da família.

Uma história muito impactante, triste, dolorosa, sofrida mesmo!
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Isabela 01/08/2020

Emocionante
Fique comigo, romance de estreia da escritora nigeriana Ayòbámi Adébáyò, lançado em 2017, conta a história do casal Yejide e Akin que mesmo após quatro anos de casados ainda não tem filhos.
Tendo como cenário político e pano de fundo a Nigéria da década de 1980 (que ainda colhia os resultados de uma longa guerra civil), percebemos uma sociedade patrilinear e poligâmica, onde o valor da esposa é medido pela quantidade de filhos que pode gerar para dar continuidade ao nome do marido.
Com isso em vista, Yejide e Akin logo começam a sofrer pressão da família e da sociedade devido a dificuldade de Yejide de engravidar, culminando na decisão da família do marido de fazê-lo assumir uma segunda esposa na tentativa de gerar filhos, mesmo que o casal tenha acordado por um casamento monogâmico. Entretanto, este é o limite para Yejide que se vê agora desesperada para ser mãe, mas não tanto pelo marido, mas sim para diminuir sua solidão.
A escrita do livro é precisa, por vezes poética, te faz pensar sobre maternagem, laços afetivos e pressões sobre padrões de virilidade. É um livro emocionante e absurdamente humano e para finalizar deixo uma citação que resume muito do "ser" mãe:
"...ela me lembrou que eu tinha de ser forte porque era mãe."
Inaiara.LAbo 03/08/2020minha estante
esse livro é perfeito


Isabela 03/08/2020minha estante
demais!!




Lele 29/12/2020

Meu primeiro contato com a Nigéria
Curti muito essa leitura. Foi completamente diferente de tudo que costumo ler. Fiquei encantada com a escrita da autora, encantada é pouco... Li em um dia!

É uma história difícil e não é fácil encontrar palavras pra definir os sentimentos envolvidos. Os personagens são fáceis de amar, especialmente Yejide. As atitudes de Akin são muito complexas, e nos faz refletir sobre a que ponto chegamos por amor, seja ele pelo próximo ou por nós mesmos? E o egoísmo, entra nessa disputa também?

"Quando o fardo é pesado demais e o carregamos por muito tempo, até mesmo o amor se verga, racha, fica prestes a se despedaçar, e às vezes se despedaça de fato. Mas, mesmo quando está em mil pedaços aos nossos pés, não significa que não seja mais amor."

Indico o livro e espero que vocês gostem!

Ayobami Adebayo
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