As últimas testemunhas

As últimas testemunhas Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - As Últimas Testemunhas


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ToniBooks 29/03/2024

Estado de natureza
Neste livro doloroso e potente, a Nobel de literatura Svetlana Aleksiévitch reuniu os relatos francos de vários sobreviventes da Segunda Guerra que, quando crianças, testemunharam horrores que nenhum ser humano jamais deveria experimentar. A Segunda Guerra Mundial matou quase 13 milhões de crianças e, em 1945, apenas na Bielorrússia, havia cerca de 27 mil delas em orfanatos, resultado da devastação tremenda causada pelo conflito no país. Entre 1978 e 2004, a jornalista Svetlana Aleksiévitch entrevistou uma centena desses sobreviventes e, a partir de seus testemunhos, criou uma narrativa estupenda e brutal de uma das maiores tragédias da história.
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Luiza Cavalcante 23/03/2024

As Últimas Testemunhas
       Sou uma pessoa de poucas certezas, mas uma delas é de que Svetlana Aleksiévitch é uma das minhas escritoras preferidas da vida. Jornalista e vencedora do prêmio Nobel de Literatura em 2015, Svetlana tem uma forma muito única de imprimir nas páginas de livros a história oral de um povo.
        Nesta obra, minha terceira leitura da autora, conhecemos a segunda guerra mundial sob a ótica das crianças soviéticas sobreviventes, literalmente as últimas testemunhas do evento.
        Um ponto interessante é que, embora tivessem cerca de 50 a 60 anos na época em que foram entrevistados, é possível sentir que o depoimento não é dado pelo adulto mas sim pela criança ferida e traumatizada que ainda habita seu interior.
        São vivências tão viscerais, cruéis e dramáticas que mesmo os mais familiarizados com o tema precisam parar uns instantes para se certificar de que sim, aquela criança realmente viu os pais pegarem fogo; aquele garotinho lutou mesmo com os partisans soviéticos; e não, não importa o quanto aquela garotinha espere, o papai não vai voltar.
       Ao fim da leitura tive outra, um tanto óbvia, certeza: não importa a idade, é impossível sobreviver a uma guerra sem sequelas.
        
     
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Paula 22/02/2024

O horror da guerra não é a guerra.
Hoje eu terminei As últimas testemunhas. Não lembro quando comecei a leitura, mas eu demorei muito, muito tempo. Foi muito difícil. As últimas testemunhas é uma coletânea de testemunhos de pessoas que foram crianças na Rússia durante a segunda guerra mundial. É muito pesado. É de dilacerar o coração. Mas a história precisa ser contada e a história precisa ser sabida. E é preciso testemunhar as desumanidades do nosso tempo para não repetí-las. Eu sinto muito, muito, muito, mesmo. E nada do que eu sinto vai apagar o que foi feito. Os testemunhos contam da invasão alemã à Rússia, contam da morte em suas diversas expressões. Enquanto lia, houve um momento em que percebi que precisava escrever pra conseguir continuar. Escrevendo, percebi que me faltavam palavras. Vou dividir algo muito limitado, mas vou dividir porque preciso colocar pra fora.
Impossível não pensar agora na guerra à Palestina. Se o genocídio em curso já pulsava entrelinhas à leitura, agora sua consecução é escancarada. O fa$cis#o, nas suas mais diversas expressões, mata. E mata sem dó. Mata por religião, mata por crença, mata por etnia, mata por ideologia, mata por cultura, mata por orientação sexual... Porque ele não é sobre nada disso. Ele é sobre a morte àquilo que é diferente. É sobre etnocentrismo, é sobre um egoísmo profundo... É sobre morte, mesmo.
O horror da guerra não é a guerra. É a orfandade, é a fome, é o medo que as crianças sentem de deixar suas mães órfãs, é a subtração da infância, é o genocídio, é o desprezo à vida, é o sequestro da história, da comunidade, da infância, é a crueldade, é a banalidade da morte e do sofrimento, é o gozo sádico, é a desumanização, é a violência, é a crueldade, é a fome, é a fome, é a fome, é a solidão , é o trauma, é a xenofobia, é o assassinato dos sonhos, é o etnocentrismo, é a fome, é a vida menor que a vida, a sub existência, é a sub humanidade, é a humilhação, é a fome absurda, é a tirania, é a tortura, é o trauma, é a interrupção do futuro... O horror da guerra não é a guerra. Mas tudo isso é a guerra.
Liberdade a todos os povos.
Dina38 06/04/2024minha estante
Amo os livros dela e esse não foge á regra !! Depois de ler eu tive o mesmo pensamento que tenho após assistir programas e documentários sobre assassinatos : como as pessoas sobrevivem depois de terem essas experiências ?? Como as pessoas e nesse caso as crianças conseguem continuar vivendo depois de conhecer a face mais cruel da humanidade, da fome desesperadora, da violência cotidiana, de ver a morte ao seu redor ?? Pra isso que não tenho resposta e isso é aterrador !!!




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Sabrina 28/01/2024

Não sou tão fã de livros de contos. Mesmo sendo um livro de relatos, trechos de entrevistas, pra mim foi um livro de contos. Mas mesmo não sendo meu gênero favorito, não posso negar o peso que esse livro traz. As histórias são pesadas e me fez ter uma visão completamente nova sobre a Segunda Guerra Mundial. Ler sobre o quanto aquelas crianças sofreram, em níveis diferentes, é de cortar o coração.
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DEA 21/01/2024

Eu não tinha entendido que o livro era nesse formato de relatos de sobreviventes, achei que a autora fosse talvez fazer um resumo. No entanto esse formato tornou a leitura bem mais impactante.
A autora entrevistou diversos adultos entre 1978 a 2004 que relataram sua experiência na Rússia durante a Segunda Guerra, sendo que na época todos eram crianças, muitos bem novinhos mesmo. A maioria dos relatos são bem curtos, mas não são leves, muito pelo contrário, é bem angustiante ver os absurdos e monstruosidades cometidos pelos alemães, muitos difíceis de digerir. Os horrores cometidos durante a guerra, a frieza, a insensatez, a insanidade.
Na realidade não tem uma palavra que possa definir tudo isso, pois quanto mais penso, mais aversão sinto. Não dá para acreditar que humanos são capazes de tanta atrocidade.

A sensação que tenho ao ler livros sobre a Guerra ou ver documentários, etc e ver os conflitos que ainda ocorrem na nossa época, é que, apesar de todas as provas dos absurdos da guerra, a humanidade não aprende com seus erros, a arrogância, a ganância, a loucura, o ego, em algum momento acabam falando mais alto.

"Primeiro nossa maravilhosa mãe se foi, depois nosso pai. Nós percebemos, sentimos na hora que éramos as últimas. Naquela linha? naquele limite? Somos as últimas testemunhas. Nosso tempo está acabando. Devemos falar? Nossas palavras serão as últimas?"
Brícia 24/02/2024minha estante
É impressionante como o holocausto nos parece distante, mas tão atual e próximo... como esses relatos não afetam a parte psíquica que deveria ... lamentável.


DEA 24/02/2024minha estante
Pois é ?


DEA 03/03/2024minha estante
E nesse caso o livro aborda outros pontos negativos da guerra, além do Holocausto, já que ele foi apenas um dos grandes horrores da Segunda Guerra. Muuuuuuuitas atrocidades foram cometidas pelos dois lados, muitas coisas que raramente são citadas ?.


Brícia 04/03/2024minha estante
Deve ser esclarecedor e muito informativo, amiga. ?


DEA 04/03/2024minha estante
Eu gosto dessa temática sobre a Segunda Guerra e da história em geral. É diferente de quando estudava na escola que era algo maçante. Agora realmente aprendo, descubro coisas que nunca imaginei que poderia ter acontecido, mas por outro lado, também tem muitas histórias que são bem pesadas, difíceis de digerir.


Brícia 05/03/2024minha estante
Eu imagino que sim, não gosto de pensar nem de assistir sobre essas coisas mas é muito interessante sim.




Rayssa.Mychelle 20/01/2024

As Últimas Testemunhas: Crianças na Segunda Guerra Mundial
Livro muito denso, com relatos tocantes e profundos, que nos fazem refletir sobre a crueldade humana e entender melhor sobre a história de um momento marcante da humanidade.
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Cris 11/01/2024

11.01.2024
Relatos muito tristes. Mostra a crueldade que essas crianças tiveram que passar e a inocência perdida tão cedo.
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Silvana291 04/01/2024

Autora nos traz de forma simplificada uma abordagem completa nos seus relatos ,sobre como os sobreviventes da guerra tiveram suas vidas completamente transformadas !
Perfeito pra quem gosta de leitura rápida ,mas marcante
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Campa0 26/11/2023

De chorar Rio de lágrimas!
O livro se baseia em diversos relatos de diferentes pessoas que vivenciaram a guerra durante a infância. Essas pessoas contam suas lembranças de forma crua e impactante. É muito sofrimento, alerta de mil gatilhos, já que todo horror, crueldade e sofrimento da guerra são mostrados através dessas memórias. Chorei horrores. Não tem como não se emocionar. A leitura é de linguagem acessível e fluida. Svetlana teve muita sensibilidade de entrevistar essas pessoas e trazer para gente o que ouviu. Recomendo, mas é muito triste. Um livro pra nós fazer refletir sobro o quanto que numa guerra o ser humano pode mostrar seu lado mais monstruoso.
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marcelo.batista.1428 19/11/2023

Mais uma obra dessa autora que leio e posso dizer o mesmo da anterior: um livro fantástico, mas longe de ser leve. A autora entrevista pessoas (principalmente compatriotas dela) que vivenciaram a Segunda Guerra Mundial na sua infância ou pré adolescência e essas lhe relatam suas lembranças/vivências desse período. Bem difícil não se afetar com o que é narrado, e deveria ser leitura obrigatória para quem sabe a humanidade se indignar com essa forma de resolver conflitos, ou pelo menos parar de banalizar as guerras como se fossem uma competição esportiva onde se tem vitoriosos e derrotados, quando na realidade se tem sofrimento, dor e morte para todos os lados.
Com certeza, o Senhor da Guerra não gosta de crianças.
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Caroline Vital 23/10/2023

Lido em 2018
Como a guerra não tem rosto de mulher, são relatos pessoais sobre a segunda guerra, dessa vez vindo de crianças. Como foram entrevistadas já adultas, talvez tenha muita imaginação nos relatos. Acredito que relatos das crianças de mais de 10 anos sejam mais fiéis, não que a guerra não tenha sido terrível para todas. É triste, emocionante, porém repetitivo.
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Andressa 22/08/2023

Relatos sensíveis. O resgate das memórias da guerra pelo olhar de quem era criança é emocionante. Mesmo com histórias curtas, há sempre algo que nos toca na leitura. Recomendo!
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Ana Carolina 21/07/2023

O livro mais doloroso que já li.
Nunca demorei tanto para ler um livro, não por ser ruim, mas por ser extremamente doloroso e chocante em vários momentos. Os livros dessa autora são importantíssimos, pois ela dá voz a pessoas que vivenciaram a guerra, e tem pontos de vista que nem imaginávamos. Relatos que dão aperto no coração, um exemplo, é que as crianças eram raptadas e tiravam o seu sangue para dar aos alemães feridos, pois acreditam que sangue jovem curava com mais rapidez. É um assunto pesado mas super necessário, para que nunca possamos esquecer o que uma guerra pode causar!

?Svetlana reuniu os relatos francos de vários sobreviventes da Segunda Guerra, que quando crianças, testemunharam horrores que nenhum ser humano jamais deveria experimentar?
Thiago.antuness 21/07/2023minha estante
Que resenha maravilhosa ?




Livia M. 08/07/2023

101 relatos escolhidos entre inúmeros outros ouvidos/gravados ao longo de mais de 20 anos, mostrando a perspectiva dessas últimas testemunhas quando crianças na época da guerra.
Tocante e revoltante. Tantos destinos interrompidos a troco de quê? Tanta devastação. Tanta destruição. Tanta desumanização. E a humanidade pura maldade segue repetido essa barbaridade.
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