spoiler visualizarToca do Coelho 03/12/2020
Você caiu na toca do coelho, é muito bem-vinde a se sentar, não comer ou beber nada e ouvir um pouco sobre Rosa de Versalhes
De todos os mangás que li esse ano, incluindo meu amado Dororo e Beastars, Rosa de Versalhes é meu favorito. Tanto por sua narrativa fácil de ser lida, quanto pelos personagens que a compõem. Falando delus, não achei que fosse me apaixonar novamente esse ano, até conhecer Lady Oscar.
Durante o primeiro volume, acompanhamos Maria Antônia e Oscar de Jarjayes, de seus anos pré-purbes até a chegada de Maria Antônia a corte francesa, onde seu nome seria modificado para a variante Antonieta, é um volume rico em apresentações de personagens, exibindo suas personalidades e estabelecendo os conflitos a serem enfrentados.
Para Oscar é mediar a guerra entre Antonieta e Madame du Barry, amante do rei Luís XV. Já Antonieta precisa aprender a conviver na corte francesa e dedicar-se como uma rainha digna ao invés de agir como uma menina mimada, ela é uma personagem a quem me apeguei pela pena. O período da Revolução Francesa sempre me interessou e da figura de Maria Antonieta não posso dizer que foi vítima ou culpada, Ikeda também não faz esse julgamento. Antonieta foi - e é na obra - alguém que arcou com as consequências de seus atos, deixou-se seduzir pelo modo ostensivo de vida de Versalhes e ignorou os problemas presentes na vida do povo.
O volume também apresenta figuras históricas como personagens importantes como Jeanne de Valois e sua irmã (apenas no mangá) - minha personagem favorita - Rosalie Lamorliere que nutre uma paixão por Lady Oscar, canonicamente não é mencionado na obra, mas o meu headcanon (teoria) é de que Rosalie é lésbica, já que não demonstra amar ninguém além de Oscar.
Concluindo, nenhum mangá me marcou tanto esse ano quanto Rosa de Versalhes, não existe motivo para que não procure essa obra maravilhosa que está condensada em 5 volumes disponíveis por pouco mais de 25 reais.