O corpo dela e outras farras

O corpo dela e outras farras Carmen Maria Machado
Carmen Maria Machado




Resenhas - O corpo dela e outras farras


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Maria17758 23/01/2023

Invocou o mais puro female rage em mim
Esse livro é composto de contos sobre as mais diversas formas de violência contra o corpo (e a alma) das mulheres. O mais interessante, porém, é o fato de que os contos misturam realidade e fantasia - o meu tão adorado realismo fantástico - de uma maneira inovadora, bizarra (no bom sentido da palavra) e viceral. São contos fortes, potentes, que muitas vezes não se explicam ou não possuírem uma lógica definida, mas que me pegaram muito pela sensação que me causaram.

Com a exceção do conto sobre Law and Order (que eu não entendi um ?a? porque não assisto a série e cheguei até a pular umas partes), todos os contos são excelentes.

Vi alguém dizendo que é como um ?black mirror feminista?, mas, pra mim, chega mais longe: é como se o black mirror fosse feito pela A24 (a sensação de ler é IGUALZINHA à sensação de assistir os filmes mais malucos dela) com a temática das violências contra o corpo da mulher; com direito a female rage, loucura, femcel, muito ódio aos homens e mulheres fortes e difíceis e machucadas e um pouco malucas.
Não tenho palavras pra descrever como eu amei esse livro e como eu admiro a imaginação e escrita da Carmen Maria.

Meus contos favoritos foram: ?O ponto do marido?, ?Inventário? e ?Mulheres de verdade têm corpos?.
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Giovana 21/10/2023

Uma descoberta transformadora
Desde que eu li o livro da Raven Leilani, Luxúria, eu estava procurando algo semelhante mas nunca encontrava. Acho que finalmente encontrei e não há nada de parecido na história além de alguns tópicos como sexualidade, mas me deu um sentimento muito parecido e que eu estava numa busca sem fim por sentir de novo.

Carmem Maria Machado, você fez loucuras com minha mente. Me virou do avesso, me deixou de boca aberta, confusa, estática e com o rosto quente. A forma com que você escreve seus contos, abandonando pudores e vergonhas, me desprendeu de muita coisa.

Os contos desse livro foram, por muitas vezes, enigmáticos. Se sobre sexo ela fala desde a forma mais sútil até escrachada, sobre outras dores, medos e traumas (muitos relacionados a experiências sexuais e relacionamentos) ela faz uso de metáforas e narrativas fantasiosas.

Desde fitas verdes que a personagem não quer que seu marido toque, até meninas com sinos nos olhos, coelhos mortos e os tormentos de ser uma escritora que não consegue escrever. Pelo que entendi, são contos fictícios com um pé no autobiográfico. Talvez por isso tenha sido tão bom lê-los. Ler também algo não centrado somente em relações heteronormativas foi um sopro de alívio. Foi como conversar com uma outra mulher, uma amiga, que entendesse algo em mim que não tenho com quem conversar sobre. Em suma, fiquei muito feliz com a leitura. Bem esquisita, erótica, dolorosa. Feliz que te conheci, Carmem.

(Entendo que não é um livro que todo mundo irá gostar, mas pra mim ele é nota milllll)
Fada Leitora 21/10/2023minha estante
JÁ QUERO LER!!! ??




Michele 02/02/2020

Para ficar pensando
Em uma edição muito caprichada, a autora explora através de contos fantásticos os diversos modos em que se dá a opressão sobre a mulher. É o tipo de livro em que se lê a história e ela parece não fazer muito sentido, mas depois você fica repassando em sua cabeça por um tempo. Recomendo também um pouco de pesquisa, pois alguns contos aludem a fatos não tão universais, por exemplo em "O Ponto do Marido" temos alusão a algumas lendas urbanas americanas e em "Especialmente Hediondas" há paralelos com o seriado "Law and Order".
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Dri 05/02/2023

O corpo dela...
Aproveitei o KU para ler esse livro, e acabei me decepcionando um pouco.
Todas as resenhas que tinha visto eram compostas apenas de elogios, porém não me pegou.
O primeiro capítulo é o melhor dos 8, os outros são apenas medianos e o que resume vários caps de law & order é maçante demais.
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Lua 22/07/2022

O corpo dela...
O corpo dela e outras farras é um livro impactante que derruba várias barreiras de gêneros literários. Há de tudo um pouco nas páginas mas todas elas falam de mulher, do corpo, do ser feminino, das violências sofridas. Tudo isso de forma muito única. Tirando um ou outro conto que se arrastou um pouco, foi ótima leitura e a autora tem uma riqueza narrativa excelente.
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Beatriz.Varela 02/04/2022

O corpo dela e outras farras - Carmen Maria Machado
Oito contos de ficção que misturam elementos macabros com o feminino. Me chamou a atenção por ser chamado de ?um black mirror feminista? e também por ser um dos livros que a Audrey Hope lê no reboot de Gossip Girl. O primeiro conto é sensacional, misturando fábulas violentas com a história de uma mulher que vive um casamento normal, e até bom, mas com um marido que sutilmente a obriga a compartilhar com ele cada pedaço de si, que não a deixa guardar um pequeno segredo para si mesma. Os outros contos também são bons, mas não fica melhor do que esse. Achei engraçado esse livro estar na estante de literatura nacional da livraria. O nome da autora soa brasileiro, mas ela é estadunidense.
jess :) 02/04/2022minha estante
li e o primeiro também foi o que mais gostei. demorei bastante pra terminar pq empaquei no capítulo das meninas desaparecidas.




Anna.Beatriz 14/01/2023

A experiência corpórea feminina.
Este livro foi considerado o "black mirror feminista" e só essa descrição em três palavras já foi mais do que suficiente para que eu o colocasse imediatamente na minha lista de leitura, claro.

"O corpo dela e outras farras" é uma coletânea de contos que rompem com qualquer barreira ou caixinha rotulada, atravessando o real e o surreal, a comédia e o horror, o material e o etéreo. Borrando todas as chatas regrinhas lógicas esse livro tem toda a bagunça criativa pela qual sou apaixonada, com contos muito diversos mas explorando o tema central do corpóreo feminino, e todo horror e prazer que este carrega e experiencia na sua existência.

O livro já te conquista no primeiro conto, denominado "o ponto do marido" que conta a história de uma mulher com uma fita verde no pescoço e o seu marido insistente. Este, em minha humilde opinião, é o mais brilhante de todos, não a toa é a inspiração da capa. Qualquer mulher, que involuntariamente vive a experiência coletiva do ser mulher, vai sentir profundamente o realismo devastador no meio do surreal. Leiam e me contem.

Enfim, esse é o livro de estréia da autora Carmen Maria Machado e realmente foi um debut de respeito! Ansiosa para ler mais dela :)
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Lany Oliveira 20/03/2022

Leitura essencial.
Com oito contos narrados por oito mulheres distintas, com histórias diferentes, em cenários e tempo que não se cruzam, a autora liga as personagens ao expor seus sentimentos, estes dos quais não fogem da realidade, como medo, paixão, conflitos, confiança, traumas, arrependimento.
Além de garimpar os sentimentos, é abordado temas que fazem parte do cenário feminino, que por vezes não são levados em conta, tais eles: aborto, violência no parto e sexual, liberdade de expressão e sexual, padrões de beleza e comportamento. A narrativa de maneira nua e crua expõe o pecado da sociedade de considerar que o ser feminino, a criatura mulher é uma propriedade, que tudo pode ser imposto, que deve ser silenciada e se curvar ao que for ditado, que o corpo não somente pertence a ela, sem se importar com suas vontades e desejos.
De fato, este livro pertence ao tópico de leitura essencial, por sua abordagem fundamental, não apenas pelos temas já citados, mas principalmente por trazer um respiro para aquelas que precisam, porém, mesmo diante a essa obra, podemos refletir que muito ainda tem que ser feito para não silenciar as mulheres.
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Ludmila 24/01/2023

Está coletânea de contos é visceral, poética e não tem o menor pudor em escancarar os sentimentos mais profundos das mulheres. Recomendo ler com cautela e pensando, traçando paralelos com as vivências de cada uma.
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l a u r y n 04/03/2023

Não me entenda mal: O capítulo 1 é cinco estrelas.
Eu tô decepcionada. Não tem como descrever isso de outra forma. Os primeiros contos são muito bons, "O ponto do marido" machuca em sua sutileza e é algo que eu sinto que todas as mulheres, e somente mulheres, irão entender. "Inventário" também foi incrível e acho que muito por conta do sentimento da pandemia. E tenho uma opinião impopular: Eu amei o conto de Law Order, apesar de achar que durou mais do que deveria, mas achei muito engraçado imaginar esse novo lado dos personagens. Agora que entra a parte ruim, de intermináveis contos que falavam mais do mesmo e parecia até que eu estava me torturando enquanto lia. Acho que chegou um momento que o livro virou mais um diário de devaneios do que algo que realmente vale a pena falar sobre.
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J_Leberg 24/05/2023

São oito contos que exploram várias possibilidades narrativas e desafiam os limites de gêneros temáticos, enveredando inclusive pelo horror e pela ficção científica. Parecem pesadelos lynchianos.

É uma escrita singular, que consegue por vezes ser crua e refinada na mesma intensidade. Outra característica marcante é que quase todas as protagonistas da autora são lésbicas ou mulheres bissexuais, tendo seus desejos e relacionamentos expostos.

Um que me chamou particular atenção foi o conto intitulado Especialmente Hediondas, em que são narradas cenas ou resumos de episódios de Law & Order: SVU como se fossem uma mistura de David Lynch com Arquivo X. Acredito que tudo tenha saído da imaginação fértil da escritora, a exemplo de fan fics bizarras. O casal Stabler e Benson, principais personagens, existe mesmo, são os protagonistas da série.

Vou tentar sempre postar resenhas dos livros que leio, a partir de agora. Elas são originalmente postadas no meu twitter e no meu tumblr.
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cmscotti 13/11/2019

mais um caso em que a expectativa é a mãe da decepção. aclamadíssimo, o livro de contos vendido como um genial black mirror feminista no fim das contas bateu pra mim apenas um livro bom, mas só. depois, lendo comentários sobre cada conto, percebi que a lembrança deles era melhor do que foi a experiência de leitura, algumas emperrada ou confusa. apesar de ser normal um livro de contos ter seus altos e baixos, esse até teria uma certa regularidade (boa) não fosse o conto que, imagino eu, só deve fazer sentido pra quem compartilha o conhecimento prévio da série law & order. confesso que nesse eu pulei uns pedaços.
Kikibel 19/11/2021minha estante
Nossa, me forcei a ler só pra ver se entendia alguma coisa. Detestei esse de Law & Order, um saco.




Caroline Vital 28/11/2022

Alguns contos muito bons, com metáforas incríveis sobre violências que sofremos diariamente como mulheres.

Outros contos achei viajados demais. A autora viaja em todos, mas em alguns contos acho que ela passou da conta. Quer passar uma mensagem mas acabou a escondendo tanto em metáforas que nem dá pra entender.
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luísa 10/09/2022

Acho que botei muitas expectativas em cima desse livro e me decepcionei um pouco. É um livro muito complicado e surreal e eu não achei que fosse ser assim. Muitas das histórias eu não entendi kkk mas no geral a maioria é boa. Dou até 4 estrelas pelas partes boas mas pro livro dou 3 por ser meio denso de ler.

Meus contos favoritos foram:

*O ponto do marido*
"o perdão é mais doce do que qualquer confeito que possa ser dado em qualquer porta"

*Inventário*
"Percebo que o mundo continuará a girar mesmo sem nenhuma pessoa nele. Talvez gire um pouco mais rápido"

*Oito bocados*
"Eu só não entendo por que você não pode ser feliz consigo mesma. Você nunca foi..."
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danilo_barbosa 25/01/2021

O Urso leu: O corpo dela e outras farras

Homens não são feministas, e aqueles que alegam isso estão completamente equivocados. Não temos voz de fala nesse quesito, pois não sentimos os preconceitos, as dores e as sujeições que muitas vezes a sociedade tentam impor a elas… Mas podemos ser solidários, empáticos e aprender com a causa das mulheres por um mundo mais equalitário… O deveria ser regra, e não exceção.
E ao terminar a leitura de O corpo dela e outras farras, da americana Carmen Maria Machado, penso que este seria um bom livro para muitos homens utilizarem como ponto inicial nesse entendimento. Através dos contos, a autora utiliza os mais diversos gêneros literários e alegorias para construir um panorama da mulher moderna, da objetificação dos corpos e como a sociedade machista insiste em tentar quebrar aquelas que tentam quebrar o seu próprio espaço e personalidade.
Dos oito contos, apenas um eu não gostei – o que por sinal é o mais longo do livro. Os destaques vão para “O ponto do marido”, onde as mulheres nascem com uma fita, nos mais diversos lugares do corpo, que é a única coisa intrínseca e natural delas, falando sobre corpo e identidade; e “Difícil em festas”, onde a personagem, após sofrer um abuso, começa a ouvir as vozes interiores das atrizes e atores filmados em vídeos pornográficos.
Ah, uma menção mais que honrosa vai para “Inventário”, onde a mulher vai discorrendo sobre suas aventuras sexuais e busca por afeto em um mundo que colapsa após uma pandemia.
Ouse e leia de coração aberto. Coloque-se no lugar do outro e permita-se, através da ficção, por mais fantasiosa que seja, descobrir a cruel realidade. Repito aos homens: sintam nessas páginas e tentem compreender aquilo que suas – nossas, na verdade – posições nos impedem de ver. Mudem.

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