O vendedor de passados

O vendedor de passados José Eduardo Agualusa




Resenhas - O vendedor de passados


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Jumacerra 18/05/2021

Interessante eu diria
O livro começa devagar mas ele é leve de se ler fiquei triste pq quando a história finalmente fica interessante e com um pouco de clímax passa super rápido e acaba
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Angela594 26/03/2024

Perturbador
Narrativa deliciosamente poética. Decididamente o português é uma língua que favorece a literatura. A história é envolvente não só por ser tão bem escrita, mas porque os personagens são tão cheios de mistérios, que ansiamos por desvendá-los. Mas o melhor é a premissa: a construção de um passado, de um conjunto de memórias inventadas. E como isso se torna perturbador quando começamos a nos questionar quanto há de verdade nas nossas próprias memórias e quanto dela foi inventada pelos diversos pontos de vista e pelas lacunas preenchidas por nós mesmos nos buracos feitos pelo tempo. Lindo e perturbador. Autor que desperta a vontade de ler outros livros seus
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Roberta 30/05/2022

fui motivada pelo vestibular e meu professor de literatura e não me arrependo nenhum um pouco. obrigada ao biti por ter feito eu gostar do livro logo no primeiro contato, foi o meu livro favorito da lista da uel (e eu passei no vest ?
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gabklan 02/03/2024

"Passa-se com a alma algo semelhante ao que acontece com a água: flui."

Quando se percebe que o narrador da história é uma lagartixa a acompanhar as intrigas pela penumbra das cortinas na parede, pode-se causar um certo estranhamento, mas isso não pode afugentá-lo de experimentar essa obra.

Uma das coisas mais legais foi compreender como a linguagem angolana, apesar de ser português, assim como o "brasiliense" conseguem se diferenciar tanto, meu histórico de pesquisa do Google está repleto de palavras soltas: atroz, diáfana, loquaz, alfarrabista, bóeres, etc.

"Vem me à memória a imagem a preto e branco de Martin Luther King discursando a multidão: eu tive um sonho. Ele deveria ter dito antes: eu fiz um sonho. Há alguma diferença, pensando bem, entre ter um sonho ou fazer um sonho.

Eu fiz um sonho."
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iamlivreads 29/10/2023

Te amo Eulálio
Primeiro livro angolano que leio, simplesmente muito bom, enredo ótimo. Trata-se do passado, de memória, da história de um povo colonizado, tudo isso de forma implícita numa linguagem simples e surpreendente. Personagens bem desenvolvidos, e um plot twist foda e inesperado.
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mpin 07/03/2019

Forasteiros no próprio país
Livro sensível, cuja prosa parece simples no começo mas que esconde deliciosos detalhes e entrelinhas. Permite análises profundas e tem como fio condutor personagens que, cada um à sua maneira, foge de seus passados. A busca por mentiras vai se tornando mais e mais intrincada à medida que, para cada personagem, aquele passado inventado passa a fazer mais parte de si do que o passado fatual. Num contexto de sangrenta independência, as pessoas não sabem mais a quais lugares pertencem, e esta busca por reescreverem a própria história é sintomática de um país ferido como Angola, traumatizado, violado em seu próprio destino. E nesta sutileza de contar histórias cujos protagonistas não participam, mas apenas se apropriam dela, cada personagem se refugia de um país que não existe mais, sem sair fisicamente dele. E o trunfo de Agualusa é exatamente este: reproduzir ao leitor a falta de pertencimento que o nativo de um país sente, após um processo histórico tão drástico quanto o angolano. O mimetismo de pessoas solitárias que nunca pertencem de verdade a lugar algum. O interessante foi o toque que Agualusa deu ao primeiro passado ao qual Félix Ventura é contratado para elaborar: José Buchmann, homem judeu cuja genealogia Félix reconstrói para um cliente, representa como poucas este deslocamento constante, esse estado de espírito esquivo e melancólico. E um povo que costuma trazer histórias boas desse estado de espírito são justamente eles, os judeus, vítimas de diversas perseguições ao longo da história. Com a diferença de que o deslocamento do angolano foi dentro do próprio país, ao passo que o dos judeus foi em uma terra prometida cujos tensionamentos se desenrolam até hoje. Recomendado.

site: https://michelborgesesc.blogspot.com/2019/03/o-vendedor-de-passados.html
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Danilo546 10/10/2023

Nome: O vendedor de passados
Autor: José Eduardo Agualusa
País de origem: Angola
Período de leitura: 08 a 10/10/2023

Comentário SEM SPOILERS: Ambientado em Luanda, capital de Angola, e escrito por José Eduardo Agualusa, um dos maiores escritores angolanos da atualidade, a história acompanha o vendedor de passados Félix Ventura. Basicamente, sua profissão consiste em inventar novos passados, com registros fotográficos e documentos, para pessoas que não querem ser reconhecidas ou que precisam de uma história mais gloriosa para se estabelecerem na sociedade. Essa premissa por si só já é muito interessante e o livro é muito bem escrito. Não esperava aprender tanto sobre a história recente de Angola e nem as boas doses de drama que permeiam o livro. Uma curiosidade legal é que o Agualusa é amigo da Socorro Acioli, uma escritora cearense incrível, e emprestou o personagem do Félix para que ela usasse em um de seus livros, o ?Oração para desaparecer?. Foi assim que eu conheci o Félix e o Agualusa e mal posso esperar para ler mais obras do autor! Recomendo demais!!! ???
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Lilian 10/07/2023

Memórias construídas
O livro fala sobre a construção de memórias e de passados e sobre encontros improváveis, porém belos
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Beatriz.Alves 18/07/2023

O vendedor de passdos
Livro muito bom, jeito inteligente de criticar o passado histórico. Como é feita a nossa construção de memória histórica? Tudo que sabemos sobre nossa ancestralidade é real ou é conveniente a alguém?
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Celio.Junior 13/01/2022

Muitos rodeios, falas cruzadas, personagens confusos, uma lagartixa-indivíduo.... Parece estranho, mas no final acaba sendo uma leitura diferente e intrigante. Mas não se engane, toda essa confusão faz sentido em algum momento!
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Claudia 18/01/2021

A segunda história
Esse é um daqueles livros em que você só conhece a história no final. Enquanto isso vai se entretendo com a amizade improvável entre um homem e uma osga. Quem gosta de realismo fantástico vai gostar. Não chega a um Garcia Márquez, mas é uma ótima leitura.
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Samara @o_gato_leitor 16/05/2020

Nessa histo?ria, que se passa em Angola, cheia de meta?foras e poesia, somos apresentados a Fe?lix Ventura, um negro albino, que se autointitula vendedor de passados. Profissa?o um tanto quanto curiosa, que faz coro ao realismo ma?gico em que se insere a narrativa. Somos assim guiados por Eula?lio, a lagartixa (osga) que vive nas paredes da casa de Fe?lix, numa incursa?o que e? representativa na?o so? dos personagens que nos sa?o apresentados: mas que nos incita a? transposic?a?o de suas meta?foras para a histo?ria do povo angolano - uma histo?ria marcada por viole?ncia, dominac?a?o e apagamento de suas memo?rias.
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A narrativa e? fluida, sensi?vel e instigante. Com uma dose de melancolia que e? coroada pela certeza de um texto que na?o se entrega completamente ao leitor. O livro e? repleto de camadas. E e? digno de releituras.
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Entre as histo?rias construi?das por Fe?lix, conhecemos a de Jose? Buchmann, confeccionada especialmente a um tipo estrangeiro e branco, um foto?grafo de guerra que se apresenta como uma ?testemunha?. E? interessante observar a mudanc?a que se configura em Jose? Buchmann, que deixa de ser um nome falso e passa a ser uma identidade construi?da conjuntamente pelo estrangeiro e pelo vendedor de passados. Certamente mais um processo que pode ser lido para ale?m da perspectiva individual dessa personagem.
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Somos cativados pelo miste?rio e pelo drama policial que conduz a um final simplesmente fanta?stico. O livro ainda ressoa por muito tempo (daqueles que na?o acabam quando terminam) e muitas perguntas ainda me rondam: pq Fe?lix e? um negro albino? Eula?lio e Fe?lix sa?o um duplo? E principalmente (valeu Rai por mais essa angu?stia kkk) o que significa o final atribui?do a Eula?lio?
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Uma obra simplesmente sensacional. Leitura mais que recomendada!
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Brenda719 12/07/2021

Este é o meu segundo livro do autor e, como o primeiro, me encantou do inicio ao fim. A obra é bem curta e a escrita é de ágil leitura.
Confesso que é impossível não encontrar semelhanças entre "O vendedor de passados" e "A sociedade dos sonhadores involuntários". Ambos abordam personagens até então soltos, mas que ao decorrer da história se interligam com o objetivo de montar uma única narrativa. Isso para mim é um dos detalhes que mais me envolveu.
O contexto histórico também é essencial não só para contrução dos personagens, como também para o passado deles. Prova disso está no revelador final.
Por fim, é impossível não falar do narrador. A ideia de Agualusa de uma orga com o papel de narrar os eventos traz uma experiência diferente para quem está lendo. Isso se manifesta claramente como os sonhos que ela tem ao longo da história e suas lembranças do passado.
Eu li com uma grande expectativa e posso afirmar que em momento algum me decepcionei.
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Letuza 30/12/2019

Narrador inusitado
Mais um autor angolano que não conhecia e foi uma grata surpresa. Uma história inusitada, narrada por uma lagartixa ? (osga). A lagartixa Eulálio vive na casa de Félix Ventura, um homem albino que tem como ocupação criar passados para as pessoas. Félix e Eulálio têm uma ligação forte e apesar das diferenças, sendo um homem e uma lagartixa, eles têm muitas semelhanças. Logo no início da narrativa surge um homem misterioso, com muito dinheiro, querendo comprar um passado. Félix cria uma passado para o homem que passa a se chamar José Buchaman. O homem, para dar extrema credibilidade ao seu passado, procura mais detalhes sobre a história começa a se tornar outro homem. Eulálio desconfia do homem. Félix se apaixona por uma mulher chamada Ângela Lúcia, personagem também misteriosa, mas muito boa com todos. Eulálio, sendo uma lagartixa, não fala, por tem sonhos com Félix e nos sonhos eles conversam e passam a conhecer e entender o passado de ambos e a amizade se fortalece. Eulálio já foi um homem e tem lembranças dessa outra vida. Tudo vai se misturando e as histórias vão se entrelaçando. O final é surpreendente e até encantador.
A escrita é muito gostosa, capítulos curtos, suspense na medida, reflexões bacanas. Gostei muito! Leitura super recomendada!
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