Sobre a imortalidade de Rui de Leão

Sobre a imortalidade de Rui de Leão Machado de Assis




Resenhas - Sobre a imortalidade de Rui de Leão


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fev 13/01/2021

A primeira versão do conto é muito superior que a segunda. Pelo menos eu curti muito mais do que a segunda versão que no caso é narrada pelo filho de Rui de Leão.

Machado disse que a imortalidade é entendiante. Devo concordar com ele. Se a gente que não vive nenhum século direito vive em tédio, imagina quantos tédios viveríamos sendo imortais?
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Fernanda Sleiman 16/10/2020

Muito bem
Tão bom quanto Machado de Assis poderia ser. Recomendo. Curto mas intrigante
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anaartnic 12/12/2022

Similia similibus curantur
Este livro une dois contos de Machado e Assis: Rui de Leão e O imortal, são a mesma história, porém contada por pessoas diferentes.

Rui de Leão é casado com uma mulher indígena e vive junto à tribo, o pai de sua esposa cai doente maa antes de morrer lhe revela um segredo: Um elixir da imortalidade. Rui de Leão não acredita na história, porém ao cair doente arrisca e toma este elixir. Sim, ele funciona (pelo título do livro, isso não é spoiler algum kk).

O primeiro conto acompanha este acontecimento, a vida imortal de Rui de Leão e os seus desdobramentos. Já o segundo é este acontecimento narrado pelo filho de Rui de Leão aos seus dois amigos.

O Machado de Assis éum escritor genial, a maneira que ele narra as histórias possui um estilo muito próprio e envolvente, há um tom sarcástico que de alguma forma suscita sempre a dúvida. E o final não poderia ser melhor.

É uma obra que é considerada uma certa fase embrionária da ficção científica brasileira, ainda que com um teor "xamânico" relacionado à mitologia indígena, aborda um pouco da homeopatia e seus princípios.

Recomendo a leitura, leiam a história deste imortal escrita pelo imortal Machado de Assis.
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Victor Burgos 06/10/2018

Uma obra de um imortal
“Rui de Leão” e “O imortal” são duas versões da mesma história: um português recebe de um pajé um elixir da imortalidade, e toma um gole dele, se tornando imortal. A partir daí, a narrativa segue as desventuras dele através dos séculos.

“Rui de Leão”, a primeira versão da história, é narrada em uma terceira pessoa onisciente deliciosamente sarcástica. Essa versão é mais leve em acontecimentos históricos, se focando em satirizar costumes.

O imortal, por outro lado, tem ares da segunda geração do romantismo: a história do imortal Rui de Leão é contada pelo seu filho a dois colegas em uma taverna. A narrativa do filho é mais sóbria, e mais recheada de eventos importantes.

É quase tentador pensar que “O imortal” é uma continuação de “Rui de Leão” — as diferenças na história são frutos do filho do Rui encorpando a história do pai com detalhes mais europeus para impressionar mais os amigos. Porque, sejamos francos, deve ser meio embaraçoso dizer que o pai usou o dom da vida eterna para passar duzentos anos coçando o saco.

Dentre as duas, confesso, a minha favorita foi a Primeira, muito mais sarcástica (se bem que pode-se argumentar que a segunda passou melhor o enfado da imortalidade, mas divago).

Tanto “Rui de Leão” quanto “O Imortal” são bastante interessantes por antecipar movimentos posteriores, com a valorização da Amazônia. Em verdade, agora eu me toquei de algo. Se a segunda versão do conto, “o imortal”, é evocativa do romantismo, “Rui de Leão” parece uma previa do modernismo. O filho do Rui se sentiria em casa nas tavernas de Álvares de Azevedo, mas o Rui em si ficara mais à vontade ao lado de Macunaíma.

A plutão é uma editora que já começou mostrando ter um potencial imenso — a edição é primorosa, e conta com uma instrução excelente do Roberto de Souza Causo. Eu realmente estou ansioso para ler o próximo lançamento dela, aqui quem fala é da terra.

Recomendadíssimo para fãs da sci-fi que querem conhecer os primórdios do gênero no Brasil.

site: https://burgonerd.wordpress.com/
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Paloma 23/01/2019

o sci-fi brasileiro está vivo
A primeira publicação da Plutão Livros já começou arrasando. Comprei por pura curiosidade e tive uma grande surpresa ao ler os contos que deram início à ficção científica brasileira, por ninguém menos do que Machado de Assis. O livro é curtinho mas traz os dois contos sobre Rui de Leão que são, de certa forma, fascinantes.
A história conta sobre como Rui de Leão acabou tomando uma poção da imortalidade e como lidou com isso em seus longos anos de vida. A imortalidade já é um assunto bem conhecido no meio da ficção científica mas ver o contexto sendo aplicado em um personagem com ligações com a cultura brasileira foi incrível!
A escrita de Machado de Assis não é exatamente fácil de lidar, como vocês já devem saber, mas acompanhar essa figura bizarra que é Rui de Leão (santo? demônio? Imortal) no meio de índios, no Rio de Janeiro, na Europa, enfim, é uma bela experiência para nós mostrar que o sci-fi brasileiro está vivo há muito tempo.
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lorena 31/07/2021

F*DA
Mais um motivo para amar e admirar Machado de Assis, além das obras mais conhecidas. Esse livro ajuda a analisar o autor sob outra ótica, afastada da ideia de que Machado de Assis é chato, só usa linguagem difícil e não dá para entender suas propostas. Duas obras incríveis imersas na ficção científica, comprovando mais uma vez que o cara sempre esteve à frente do seu tempo.
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Jô Santos 16/03/2021

Das origens da ficção científica no Brasil
Nesse livro temos juntos as duas versões de uma mesma história: a vida do grande imortal Rui de Leão. São dois contos de Machado de Assis escritos com 10 anos de diferença e que contam uma mesma história de pontos de vista diversos.
Na primeira versão "Rui de Leão" temos a história do grande imortal brasileira contada em terceira pessoa, essa narrativa acaba por focar em alguns momentos específicos dos 200 anos de vida do nosso imortal. Já no segundo, intitulado "O imortal" conto temos a história sendo narrada segundo o ponto de vista do último filho de Rui de Leão, temos mais detalhes sobre outros momentos da vida dessa figura, sua vida se entrelaça com alguns fatos da história mundial e vemos muito mais de suas conquistas amorosas. É possível notar algumas divergências entre as duas versões.
O livro também trás um ótimo prefácio sobre os contos e a ficção científica no Brasil (sugiro ler depois de terminar os contos). Achei esse texto muito bom e fiquei com vontade de me aventurar mais por esse gênero nacional.
É legal a forma como a imortalidade é tratada por Machado, como algo que se torna uma verdadeira maldição com o passar do tempo. Como sempre Machado traz em seus textos uma ironia que lhe é inata e que molda suas críticas sociais.
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Ana Luiza Silva 08/02/2021

Pela capa, achei que seria uma releitura do conto "O imortal", de Machado de Assis, mas o livro apenas reúne este e mais outro conto, "Rui de Leão", e traz um contexto histórico da ficção científica em solo brasileiro, datando Machado de Assis como o seu precursor.

O tema da imortalidade sempre me chama muito a atenção nas histórias que leio, sejam fantásticas, dramas ou ficção científica, pelos dilemas íntimos que lhe acompanham: pelo que vale viver para sempre? O que se pode fazer quando se tem a eternidade?

Machado de Assis, em dois contos, descreve os caminhos tortuosos mas, por vezes, divertidos de um personagem que adquiriu a imortalidade mas depois de séculos de tédio e solidão quer morrer. Só que não consegue. O bruxo da literatura brasileira escreve de maneira que nos cativa e nos estimula a pensar na própria natureza do que é ser humano e observar a sociedade passando diante dos seus olhos enquanto você permanece lá, sem mudar.

No fim das contas, imortal mesmo é Machado. Vida longa ao bruxo!
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Geovana Rodrigues 07/09/2020

E não é que eu estou mesmo entrando no mundo da Ficção científica?
Segunda obra lida em 2020 do Machado de Assis, autor que eu pensei que jamais conseguiria ler, por conta de toda a linguagem rebuscada, suas ironias e sarcasmos específicos.
Mas, graças a @plutaolivros tive a oportunidade de ler o livro Sobre a Imortalidade de Rui de Leão, que é tida como a primeira ficção científica nacional!
A narrativa é contada por Rui, um português que se encanta por uma indígena brasileira e acaba indo morar na tribo de sua consorte. Ele logo se encaixa nesse novo mundo, e tem como sogro, o pajé da tribo, que nutre muito carinho por ele.
Porém, o pajé padece de uma doença incurável, e se encaminha para as últimas horas de vida, mas antes de ir, partilha com Rui, seu mais precioso segredo.
Depois desse evento, acompanhamos a trajetória de Rui pelo mundo, suas paixões, estudos e descobertas.
Então passamos para o segundo conto, que é um, dos vários filhos de Rui, contando para 2 espectadores extremamente curiosos, a trajetória de seu pai.
É tudo muito peculiar, exagerado e até mesmo engraçado. Não esperava uma leitura tão leve quando li a sinopse.
Acredito que seja uma porta de entrada excelente para os leitores principiantes do mundo da Ficção científica.

site: https://www.instagram.com/capitulo_20/
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anselmo.pessoal 29/12/2021

Nem tudo que um grande escritor escreve é bom!
Ficção científica por Machado de Assis!!!!
Uauuuuu? tem de ser no mínimo bom.
Que decepção!
Uma premissa interessante que se perde em inúmeras repetições de uma mesmice entediante.
A partir da metade do conto só queria que acabasse!
Mais um daqueles, cuja lista já está ficando longa, que não proporcionam prazer durante nem depois de lidos.
Espero que outros gostem.
Ah, ia me esquecendo. O prefácio de Roberto de Sousa Causo trás um excelente resumo da história da ficção científica no Brasil. Uma pena que seja tão resumido.
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Paulo 29/07/2018

Esta coletânea reúne dois contos escritos por Machado de Assis no século XIX. Logo de cara eu já sei o que você, leitor, está pensando: “ah, meu Deus, lá vem aquele chato do Machado de Assis que eu tive que ler na escola.” Sim, minha experiência machadiana também foi traumática. Muito porque nós não somos apresentados propriamente ao autor. Seus livros nos são arremessados sem aviso prévio e temos que nos virar para fazer um seminário ou um relatório. Mesmo o mais divertido dos livros perde a graça se for empurrado goela abaixo do leitor. Machado de Assis é um escritor interessante, irônico e criativo. Seus contos são o que há de melhor na literatura nacional clássica e ele se aventurou por diversos gêneros como o drama, o romance e até a ficção científica. Confesso que fazia décadas que eu não lia nada do autor e fico feliz em dizer o quanto me agradou ver que eu amadureci como leitor e pude apreciar muito mais o autor hoje que eu li sem compromisso ou necessidade.

Sobre a Imortalidade de Rui de Leão foi compilado pela Plutão Livros, uma nova editora dedicada a publicar materiais de ficção científica que ou não receberam o devido destaque ou nunca foram lançados por aqui. Esta é a primeira vez que estes dois contos são colocados juntos, lado a lado. E eu gostei bastante da edição da Plutão. O projeto de capa é lindo, contendo ilustrações feitas por Paula Cruz. Me parece que a editora quer dar uma identificação gráfica própria e só isso já demonstra o quanto a editora já pensa mais à frente. Internamente tem duas ilustrações no começo de cada conto. As fontes estão muito agradáveis no seu modelo pré-configurado (nem precisei ajustar à minha visão). Conta ainda com um prefácio do grande Roberto de Sousa Causo onde ele explora a história da ficção científica no Brasil bem rapidamente e ao final faz alguns comentários sobre Machado de Assis e sua exploração da ficção científica.

Temos duas versões da mesma história. Admito que gostei mais da primeira porque achei-a mais solta em relação à segunda história. A história muda pouco em seu conceito principal ganhando mais detalhes na segunda narrativa que possui um ar mais histórico e dramático. O primeiro conto é mais satírico e brinca com convenções sociais o tempo todo. Ambos versam sobre a imortalidade. Ela pode ser muito mais uma maldição do que uma solução para os problemas da efemeridade da vida. Através das histórias de Rui de Leão vemos (mesmo quando o autor adota um tom satírico) o quanto o personagem não gosta de sua condição depois de algum tempo. Ele vai perdendo todos aqueles que ama progressivamente enquanto ele vai ficando para trás.

É engraçado que se pararmos para pensar, Rui de Leão pode ser visto como alguém parado no tempo. Como ele não foi capaz de aceitar a sua mortalidade, sua vida parou enquanto a do resto do mundo prosseguiu. O protagonista procurou investir o seu tempo em acumular conhecimentos e amores, mas em nenhum momento vemos o personagem adquirindo sabedoria. Somente quando ele foi capaz de seguir adiante é que ele percebeu onde estava a solução para a sua imortalidade. Ou seja, foi nesse momento em que ele aceitou que não havia mais lugar para ele no mundo.

Existe também um tom dramático em ambas as narrativas. Vemos um Machado de Assis pessimista ao nos mostrar um ser humano incapaz de mudar seus valores ao longo do tempo. No segundo conto isso fica ainda mais claro porque o personagem de Rui de Leão reclama acerca de o quanto as coisas continuavam as mesmas mesmo quando ele retornava a um mesmo lugar após uma ou duas gerações. Quanto mais o tempo passava, mais o personagem ficava cético e se sentia incapaz de deixar algo realmente produtivo para trás. Todas as tentativas de empreendimento do personagem dão errado.

Enfim, gostei muito de poder reler Machado de Assis após mais de duas décadas de vida. Me sinto um leitor mais preparado para entender clássicos. Entretanto, estes dois contos são tão amigáveis de serem lidos que eu não tenho como não recomendar a todos.

site: www.ficcoeshumanas.com
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petroniodtn 28/12/2018

Excelente por vários motivos
Além dos dois textos maravilhosos do Machado, o prefácio é uma aula e um belo mapa da ficção científica brasileira
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Wes 08/02/2019

TINHA QUE VIRAR LEITURA OBRIGATÓRIA! Alô professores...
Nunca pensei que fosse gostar tanto de um livro do Machado de Assis.
Que historia linda sobre imortalidade e de como levar a vida sem se desesperar, ajudar os outros e ter orgulho das experiencias da vida.
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Sah 10/04/2020

Como qualquer coisa que Machado escreve, os contos são ótimos. Um gênero não muito comum ao autor, vale a pena a leitura.
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