A Chave dos Grandes Mistérios

A Chave dos Grandes Mistérios Éliphas Lévi




Resenhas -


3 encontrados | exibindo 1 a 3


Carla.Parreira 11/11/2023

A chave dos grandes mistérios de acordo com Henoch, Abraão, Hermes Trismegisto e Salomão
Eis alguns trechos: Existe um alfabeto oculto e sagrado que os hebreus atribuem a Henoch, os egípcios a Tot ou a Mercúrio Trismegisto, os gregos a Cadmo e a Palamédio. Esse alfabeto, conhecido pelos pitagóricos, compõe-se de ideias absolutas ligadas a signos e a números e realiza, por suas combinações, as matemáticas do pensamento. Salomão havia representado esse alfabeto por setenta e dois nomes escritos em trinta e seis talismãs e é o que os iniciados do Oriente denominam ainda de as pequenas chaves ou clavículas de Salomão. Deus sois vós, pois Satã é Deus visto ao contrário. Deus é o objeto absoluto da fé humana. No infinito, é a inteligência suprema e criadora da ordem. No mundo, é o espírito de caridade. Para os iniciados da cabala, Deus é a unidade absoluta que cria e anima os números. Deus sempre foi tido como necessariamente o mais desconhecido de todos os seres, uma vez que só é definido em sentido inverso de nossas experiências, é tudo o que não somos, é o infinito oposto ao finito por hipótese contraditória. A fé começa onde a ciência acaba. Ampliar a ciência é aparentemente suprimir a fé, e, na realidade, é ampliar igualmente seu domínio, pois é ampliar sua base. O homem é o filho de Deus, porque Deus, manifestado, é chamado o filho do homem. O homem é o Deus do mundo, e Deus é o homem do céu. Ser rico é dar; não dar nada é ser pobre; viver é amar, não amar nada é estar morto; ser feliz é devotar-se; existir somente para si é reprovar a si próprio, é sequestrar-se no inferno. O céu é a harmonia dos sentimentos gerais; o inferno é o conflito dos instintos lassos. A fé é a consciência e a confiança do amor. Deixemos os sectários fazerem e refazerem seus dogmas, deixemos os supersticiosos detalharem e formularem suas superstições, deixemos os mortos enterrarem seus mortos, como dizia o Mestre, e acreditemos na verdade indizível, no absoluto que a razão admite sem compreender, no que pressentimos sem saber. Oremos em silêncio e ergamos em direção de nosso Pai desconhecido um olhar de confiança e de amor; aceitemos com fé e resignação a parte que nos cabe nas penas da vida, e todas as batidas de nossos corações serão palavras de oração. Se o tempo pudesse transformar os carneiros em leões, eles comeriam os açougueiros e os pastores. Adão e Eva são somente tipos primitivos da humanidade; a serpente que tenta é o tempo que põe à prova; a árvore da ciência é o direito; a expiação pelo trabalho é o dever. Caim e Abel representam a carne e o espírito, a força e a inteligência, a violência e a harmonia. Os gigantes são os antigos usurpadores da terra; o dilúvio foi uma imensa revolução. A arca é a tradição conservada numa família: a religião, nessa época, torna-se um mistério e a propriedade de uma raça. Caim é maldito por ser seu revelador. Nemrod e Babel são duas alegorias primitivas do désposta único e do império universal sempre sonhado desde então; empreendido sucessivamente pelos assírios, os medas, os persas, Alexandre, Roma, Napoleão, os sucessores de Pedro, o Grande, e sempre inacabado por causa da dispersão de interesses, figurada pela confusão das línguas. O império universal não deveria realizar-se pela força, mas pela inteligência e pelo amor. Por isso, a Nemrod, homem do direito selvagem, a Bíblia opõe Abraão, homem do dever, que se exila para buscar a liberdade e a luta numa terra estrangeira de que se apodera pelo pensamento. Tem uma mulher estéril, é seu pensamento, e uma escrava fecunda, é sua força; mas, quando a força produz seu fruto, o pensamento torna-se fecundo, e o filho da inteligência exila o filho da força. O homem de inteligência é submetido a duras provas; deve confirmar suas conquistas pelo sacrifício. Deus quer que ele imole seu filho, isto é, a dúvida deve pôr à prova o dogma e o homem intelectual deve estar pronto a tudo sacrificar diante da razão suprema. Deus, então, intervém: a razão universal cede aos esforços do trabalho, mostra-se à ciência e apenas o lado material do dogma é imolado. É o que representa o carneiro preso pelos chifres entre os arbustos. A história de Abraão é pois um símbolo à moda antiga e contém uma elevada revelação dos destinos da alma humana. Tomada ao pé da letra, é um relato absurdo e revoltante. Sem Deus, o ser é um nada que se afirma, e a vida, uma morte que se disfarça. Se Deus suprimisse o inferno, os homens fariam outro para desafiá-lo. O homem, com efeito, cria um Deus conforme à sua própria inteligência e à sua própria bondade, não pode elevar seu ideal mais alto do que lhe permite seu desenvolvimento moral. O Deus que ele adora é sempre seu próprio reflexo aumentado. Conceber o que seja o absoluto em bondade e em justiça é ser ele próprio muito justo e muito bom. As realidades de Deus e da natureza superam infinitamente em beleza e bondade toda a imaginação dos homens.
comentários(0)comente



Tatiana221 28/07/2022

Livro é bem detalhado, traz as fórmulas matemáticas ao final, mas é a interessante a leitura para quem já tem uma noção sobre a Cabala
comentários(0)comente



Robson M 19/02/2022

Interessante, como deve ser!
Editora Pensamento caprichou na reedição desta obra, com páginas amarelas e de qualidade, proporcionando uma leitura fluída.
comentários(0)comente



3 encontrados | exibindo 1 a 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR