Seraphina

Seraphina Rachel Hartman




Resenhas -


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Lauraa Machado 13/12/2019

Escrita linda e uma história bem interessante
Sou completamente apaixonada por dragões, então tive que ir atrás desse livro logo que o conheci. Ele foi publicado há sete anos, e eu já tinha visto tanta gente falando bem dele, que confesso que achava que seria bem mais diferente da maioria das fantasias que leio. Na verdade, ele é inesperado em uma coisa, sim. Eu não esperava que um livro publicado em uma época em que as protagonistas costumavam ser as únicas mulheres válidas e especiais fosse ter uma tão bem construída e com tanta sororidade em relação às outras garotas da história, ainda mais àquela que poderia e deve ser considerada por muitos sua rival amorosamente. Essa foi uma surpresa muito boa!

Hoje em dia, a maioria dos autores já percebeu que não tem como ser diferente, que criar personagens "floquinhos de neve especiais" e, ironicamente, sem personalidade não leva a nada. Mas a Rachel Hartman ter criado a Seraphina no meio da época problemática me dá muita esperança para sua competência ao desenvolver personagens e por suas crenças que me parecem tão naturalmente feministas. Isso é revigorante e me dá mais vontade de ler seus outros livros.

Seraphina é realmente bem interessante e completa, ainda que não seja super complexa. Ela é uma garota de dezesseis anos que é obrigada a mentir e se fazer invisível o tempo todo, e esse seu jeito aparece em vários detalhes da história. Eu a achei bem competente como protagonista, mas confesso que esperava que ela fosse ser mais marcante. O romance é bacana também, o interesse romântico é bem legal e fácil de conquistar, mas também achei que o amor dela se desenvolveu um pouco rápido demais. Não tem grandes defeitos mesmo assim.

O enredo é basicamente criado em torno da corte real de um país de humanos e os preconceitos contra dragões em meio a uma paz tênue. A ambientação medieval funcionou super bem e convence desde o começo. De intrigas, o livro é cheio. De mistérios e investigação, também. Mas senti falta de acontecimentos mesmo, de cenas mais completas e menos especuladas. A investigação também me pareceu um pouco fraca e cheia de talvez e quase nenhuma prova. Não é um livro grande, e eu confesso que toda a questão do preconceito contra outra criatura foi mais do que suficiente para ele ficar interessante. Além do fato de Seraphina ser uma meia-dragão e tudo o que isso significa, as peculiaridades dos dragões foram bem pensadas e detalhadas ao máximo. Só que eu ainda queria mais para as cenas de história.

O final é bom, mas o clímax também poderia ter sido mais determinante e emocionante. Depois de tudo isso, tenho que dizer que minha nota verdadeira é 3,5, mas arredondei para cima por não ter sentido em momento algum que a história se arrastava e, principalmente, porque a escrita é muito bonita, desde o prólogo. Vou ler o segundo agora mesmo e espero gostar ainda mais dele!
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