Dani... 18/01/2009
Um homem (não é mencionado um nome próprio) contra a ruidosa cidade mecanizada. A cidade que produz o ruído que invade seus ouvidos. Não há opção nessa relação entre homem e cidade moderna. Saídas? Seria a loucura? A revolta? Talvez o caminho seja ser um mártir.
Mantém relações distantes com sua mãe, Nina, que é sua namorada e depois esposa, seu filho e outros personagens secundários. Mas, com seu amigo Besarión é difente - lhe fala sobre os "ruídos metafísicos" - aqueles que alteram o ser. A viagem repentida de Besarión (Fuga? Busca? Ambas.) é um baque para o protagonista. Mas, depois de algum tempo, ele revê Besarión em situação deplorável, e finge não conhecê-lo. Com Nina, a distância já é notável quando estes se conhecem. Durante uma caminhada, Nina assobia. Ele lhe pergunta porque fez isso, e ela lhe diz que toda vez que está com alguém que faz ela se sentir sozinha, assobia. Mesmo com casamento, com a concepção de um filho, estes apenas ficam mais distantes, e o amor de Nina acaba. Antes de terem se casado, o protagonista lhe afirmou que não a amava.
O protagonista trava uma batalha contra os ruídos de uma oficina mecânica, mas, nem a polícia ou seus vizinhos lhe ajudam. Escreve em uma coluna de jornal sobre essa questão do ruído, o que acaba influenciando na elaboração da "lei do silêncio". Mas, o conflito não termina.
Depois de várias mudanças de residência, este acaba planejando um incêndio na fonte do ruídos. Mas, não o faz, e deixa o líquido inflamável que comprara na pia do banheiro e risca um fósforo. Isso acaba queimando suas mãos. No desfecho, ele é acusado de ter incendiado o prédio onde residia. Mesmo inocente, não se defende. Não fala. Se torna o mártir.