Confissões de uma leitora 13/07/2019
Mag, não Magnólia.
Essa é a frase que mais amei no livro. Impossível lê-la e não abrir um sorriso e sentir uma sensação boa. É meigo, doce, fofo. Se abrisse uma loja, com toda certeza eu ficaria muito tentada para exibi-la na fachada do meu estabelecimento.
[Fique de sobreaviso, dona Basso]
Cinthia, sem sombra de dúvidas, tem mão para comédia e uma criatividade ímpar na elaboração dos diálogos. Não tenho o que falar da ambientação, da riqueza de detalhes que me transportou para dentro da história, da caracterização dos personagens que me arrancaram boas risadas.
Rodrigo, bem... é RODRIGO.
Não tenho palavras, tampouco poderia descrevê-lo sem correr o risco de ser desonesta com o personagem. Rodrigo é o tipo de personagem que você precisa ler para entender tudo que ele é e representa. Bem verdade que só sei sentir.
Mag, não Magnólia.
Deus, como essa garota é cabeça dura!
Mag foi um poço de irritação, de incoerência e imaturidade. Sim, claro, ela tinha seus motivos. Isto, no entanto, não me impede de rolar os olhos para ela. Me irritou o bastante para, apesar de na reta final ganhar pontos comigo (ela tem suas razões para agir como age e ter seus receios), eu ainda ter certeza se ela era boa o suficiente para Rodrigo. Por vezes, só quis estapeá-la e jogar sal no seu c* doce.
Sua fachada desbocada e bruta esconde uma mulher delicada, que já teve sua dose de trombadas para ter medo de água fria, e acha que precisa ser forte o tempo todo. Suas reflexões fazem o peito apertar. Impossível passar imune por elas e não compreender Mag. Nem sempre se trata de orgulho, senão de encontrar um sentido, valor, importância, de provar nossa capacidade para nós mesmos.
Não poderia deixar de citar a amizade entre Mag e Su, coisa mais linda de se ver. Impossível não evocar memórias de nossas próprias vivências.
Suellen e Vicent continuam maravilhosos.
Enfim, leitura leve e divertida.