Diano 09/08/2021
A espirituosidade do humor
O nosso querido Machado de Assís nos deixou um lugado preciosíssimo, decerto., Ao lermos memórias, percebemos que machado foi sublime em muitos aspectos: a ironia, a elegância e, ao mesmo tempo, a melancolia com que um narrador defunto conta sua própria história é algo fascinante e singular. Brás viaja através de suas lembranças tendo como ponto de partida o seu último suspiro. A vida de Brás foi relativamente uma vida fácil, teve grandes oportunidades quando mais novo, porém, sua personalidade sempre gritava mais alto do que qualquer determinismo de sua época.Se queria namorar com uma prostituta super cara, namoraria, ou até manter um relacionamento adúltero com vigília, assim também o fazia. Apesar de toda a sua subjetividade, Cubas é a imagem tipica dos pensadores do século XIX: espirituoso e sempre encucado com diversos dilemas acerca da vida. Machado ao nos apresentar esse notável personagem nos da uma grande esperança que consiste em nos fazer entender que apesar da forte critica realista e da decadência e corrupção do homem moderno, ainda há como haver pessoas de grande espirito que podem dar uma "cura" ao mundo, como tanto sonhara Brás cubas com o seu "emplastro". É algo engraçado e mágico de se ler a ralação entre Brás e Quincas Borba, quando o diálogo desses dois personagens inicia-se, o pessimismo realista deixa de lado um pouco a crítica amarga, e inicia-se, então, uma miscelânea literária que denuncia o espirito filosófico de nosso autor. Recomendo esse livro não somente por sua bela estilística, mas, pelo fato de nos mostrar a alma de um homem que depara-se com as decisões mais comuns da vida, contudo, a sua grande alma torna cada pequeno momento, algo majestoso e digno de análise e recordação. Brás Cubas é um escrito acerca do humor em choque com a paixão melancólica pela vida.