Naty__ 29/03/2020Eu não sei você, mas sou fascinada por romance policial, com muito suspense e sangue para todo lado. Depois que você lê Uni-duni-tê, percebe que você foi preparado psicologicamente para o livro Da morte ninguém escapa. Não é que tenha muito mais assassinatos, mas aqui as coisas acontecem de forma mais cruel. E explicarei os motivos.
Este é o segundo volume de uma série com a detetive-inspetora Helen Grace e já aviso de antemão que você pode ler este sem ter lido o anterior, porém, com uma RESSALVA, você pegará spoiler sobre quem foi o serial killer de Uni-duni-tê. Claro, se você não tiver interesse em ler o anterior ou se simplesmente não liga para isso, vai conseguir ler fora da ordem numa boa. São histórias independentes.
O corpo de um homem de meia-idade é encontrado em uma casa vazia em Southampton. Ele é apenas uma vítima, porém, pelas características do assassinato, Grace sabe que não será a única. E a gente, assim como os investigadores, se perguntam o que um homem casado, com filhos e que tem uma vida feliz estaria fazendo tão longe de casa no meio da noite. Na verdade, corpos masculinos estão sendo encontrados pela cidade e todos têm uma característica em comum: tiveram o coração arrancado.
Estamos diante de um novo serial killer, sem dúvidas, e Helen precisará usar todo o arsenal da polícia para evitar que ele faça outras vítimas. A detetive consegue sentir a raiva por trás das mortes, mas não é capaz de prever o quão instável é o assassino... nem o que a aguarda ao fim da caçada.
Confesso que iniciei a obra com medo, pois, por mais que o autor tenha sido ótimo no primeiro livro, com a ressalva de alguns pequenos detalhes, fiquei com receio de pesar a mão nesse segundo, mas isso não acontece. Na primeira morte nós já meio que temos uma ideia do motivo de ser aquela pessoa, assim como a outra e a outra, mas não entendemos a razão desse serial killer fazer isso.
Essa pessoa não apenas mata e arranca o coração, ela embala numa caixa de presentes e pede para entregarem na casa da família. É claro que a esposa vai abrir, é claro que existe o risco de os filhos verem o conteúdo e, mais que isso, de o desespero reinar nos lares sem entender por que alguém seria tão frio por matar e por fazer questão de tirar o órgão e mostrar aos parentes.
Eu não li nada igual a esse livro, apenas assisti a Prison Break e me lembrei de uma das cenas (sem spoilers), mas não tinha nada de coração sendo entregue… Não vou nem dizer o que era para evitar decepções para quem não assistiu. Só posso dizer que é uma história marcante, bem feita e vale informar que temos capítulos narrados pelo próprio serial killer. Então podemos sentir de perto como as suas emoções são afloradas e o que se passa em sua cabeça, em alguns momentos.
Sobre a edição:
A capa do livro é incrível e fiquei me perguntando o fato de ser azul, mas não achei ruim. Por dentro, ela é simples, não tem nada de diferente. As páginas são amareladas, a diagramação é confortável, é exatamente como a edição anterior.
site:
http://www.revelandosentimentos.com.br/2020/03/resenha-da-morte-ninguem-escapa.html