Kallocaína

Kallocaína Karin Boye




Resenhas - Kallocaína


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JP Schneider 19/04/2024

Distopia bem cabeça.
Interessante, ainda não li 1984, mas pelo que vi, George Orwell tirou esse livro como base, só que de uma forma mais branda.

O livro destaca de forma impactante como um regime comunista totalitário pode sufocar a vida da população, conduzindo ao totalitarismo em sua forma mais extrema. O governo, ao suprimir a vontade e os desejos individuais, realiza uma espécie de lobotomia na sociedade, intensificada pela influência da Kallocaína, uma droga que obriga seus usuários a revelarem seus pensamentos mais íntimos e verdadeiras lealdades ao governo.

É reconfortante ver que até mesmo o criador dessa droga se arrependeu de suas criações. Sua resistência e busca pela verdade deixam um impacto significativo e duradouro.

Às vezes, parece que os governos atuais tiram lições desses livros de distopia, mas em vez de trabalhar para um mundo melhor, optam por seguir os passos dos governos fictícios, perpetuando um ciclo de controle e opressão.
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Ellen609 18/04/2024

Kallocaina
Considerando a data de publicação (anterior à 1984), concordo com os comentários presentes no final do texto: essa obra deve ter influenciado Orwell.
É mais uma distopia bizarra, em que o Estado existe como fonte absoluta de verdade e demanda obediência ao nível dos pensamentos. Seríamos tratados como uma colônia, em que o individualmente não temos valor e nada se cria, só se sobrevive. Não temos arte, não temos ciência, nem descobertas.
Recomendo médio. Não fez meu estilo. Gosto de ficção, mas esses protagonistas bitolados me dão nos nervos.
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Alexandre.Canal 10/04/2024

A origem de 1984
A genialidade de Karin Boyle plantou a semente na mente igualmente genial de George Orwell...Eh notável o quanto está obra influenciou o autor a escrever 1984. Mas Boyle consegue nos trazer uma realidade ainda mais sombria e opressiva.
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MichelleSN 06/04/2024

Antes de 1984...
Um mundo em um futuro desumanizado sob um estado totalitário e repressivo, o Estado Mundial.

Essa distopia nos traz o gosto amargo da "Servidão Voluntária*" posta em prática. O controle é, antes de mais nada, mental. Sem precisar de aparatos ou qualquer tipo de "lobotomia" uma espécie de recondicionamento social é realizado: a reeducação do ser humano transformando-o em algo desprovido de vontades e desejos.

Mas mesmo com os pensamentos sufocados por doutrinação, burocracia, rotina pesada de trabalhos e a vida sendo vigiada pelos olhos do "Estado mundial", o coração, ah esse astucioso, encontra fagulhas para acender o fogo indagador para questionar o novo status quo: "Talvez tenhamos interpretado mal essa história de ?espírito?. Quem sabe isso não quer dizer uma forma interior, uma filosofia de vida. Ou o senhor acredita que esta é uma interpretação por demais sutil para surgir de um tal círculo de lunáticos?"

À medida que as "sensações" vão se tornando "perigosas" vemos o medo crescer e medidas desesperadas são tomadas para reprimir tais sentimentos "subversivos".
A hipocrisia torna-se a principal arma.

Há um forte apelo para o coletivo, como se houvesse somente um cérebro central, cujo os corpos estariam todos ligados.
A individualidade torna-se assim algo a ser duramente combatido:
"Do individualismo ao coletivismo; do isolamento à comunidade ? este foi o caminho do colossal e sagrado organismo, no qual o indivíduo é apenas uma célula sem mais significado que o de servir à unidade do conjunto."

E com toda a pressão exercida sobre os cidadãos-soldados (forte apelo à rigidez do militarismo), a pergunta feita por uma das personagens soa quase retórica e sintomática: "de sentimentos nascem as palavras e ações. Como poderiam então os pensamentos e sentimentos serem algo privado?".

Um livro riquíssimo e leitura obrigatória em tempos onde esses "ideais" ressurgem com velocidade assombrosa.

* "O Discurso da Servidão Voluntária" - Étienne de La Boétie (1576)
Onde i autor critica o fanatismo com relação às figuras políticas (monarquia, no contexto da obra) e, consequentemente, aos sistemas totalitários.
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Reccanello 01/04/2024

Mais uma fonte para 1984.
Se Orwell não leu "Kallocaína", Boye leu "Nós". Está tudo ali! Todas as angústias retratadas em 1984, presentes nessa obra anterior que, sinceramente, me deu mais calafrios que a de Orwell, porquanto mais intimista e mais, por assim dizer, psicológica e ir mais a fundo na mentalidade de gado que, infelizmente, parece acompanhar a humanidade. Talvez, só talvez, as obras se assemelhem porque ambos os autores já pressentissem os problemas de seu tão caro socialismo. Quem sabe? O que sabemos é que, infelizmente, parece que ambas as obras foram tomadas pelos atuais governos como manuais de instruções e não como os avisos pretendidos por seus autores.
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Guil 31/03/2024

A verdade vos libertará (?!?)
Mais uma leitura sombria, mas plena de significado e avisos às futuras gerações que claramente inclui vários elementos que inspiraram George Orwell em 1984. Não pretendo discorrer sobre eles para não estragar a leitura de ninguém e divo que vale muito a pena pra quem curte esse tema.
Agora estou pensando em reler 1984 enquanto aguardo o lançamento de Julia, sua releitura feminista.
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Wolpim 29/03/2024

Confrontando a tirania e Celebrando a Individualidade.
"Kallocaina", escrito por Karin Boye, é uma obra distópica que explora temas de controle estatal, individualidade e resistência. A história se passa em um mundo totalitário, onde o Estado exerce um controle absoluto sobre a vida das pessoas. O protagonista, Leo Kall, é um homem que trabalha para o Estado e se vê confrontado com dilemas éticos e morais à medida que questiona o sistema opressivo em que vive.

Kall é retratado como um personagem passivo e inseguro em alguns momentos, o que pode frustrar alguns leitores. Sua falta de ação e hesitação diante das injustiças do Estado podem torná-lo menos cativante como protagonista. No entanto, sua esposa, Linda, emerge como um ponto alto na história. Linda representa a luta pela liberdade individual e a descoberta da importância da individualidade, especialmente em relação aos filhos. Sua jornada de auto descoberta e resistência contra o controle do Estado é um dos aspectos mais emocionantes e inspiradores da narrativa.

A narrativa de "Kallocaina" oferece reflexões profundas sobre a natureza da liberdade e da opressão, bem como sobre o papel da individualidade na sociedade. Embora o protagonista possa não ser tão forte ou carismático quanto alguns leitores desejariam, a trajetória de Linda e outras personagens secundárias compensam isso, proporcionando momentos de grande impacto emocional e reflexão.

No geral, é uma leitura envolvente e provocativa, embora sua força possa variar dependendo da afinidade do leitor com o protagonista e o ritmo da narrativa.
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Dilso 15/03/2024

Distopia importante
Leo Kall é o inventor de uma droga que faz com que as pessoas confessem seus pensamentos mais secretos. Contudo, ironicamente, ele também foi vítima dela diante de um Estado totalitário e distópico. A Kallocaína, batizada por ele com seu próprio nome, foi seu derradeiro fim...
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Jenni 11/03/2024

"Vivo, apesar de tudo que extraíram de mim..."
Ao abrir as páginas de "Kallocaína", fui imediatamente envolvida por uma atmosfera distópica que parecia se insinuar através das linhas do texto. A autora, Karin Boye, nos transporta para um mundo sombrio e assustador, onde o Estado exerce controle absoluto sobre a vida de seus cidadãos.
A história se desenrola em um Estado totalitário sem classes, onde cada indivíduo é simultaneamente um soldado e um habitante, vivendo em apartamentos padronizados e alimentando-se em cozinhas centrais. A vigilância é onipresente, com olhos e ouvidos eletrônicos da polícia monitorando até mesmo o interior dos lares, evocando lembranças do Grande Irmão de "1984".
Leo Kall, o protagonista, é um cientista que se vê envolvido em um dilema moral ao desenvolver uma droga chamada Kallocaína. Esta substância tem o poder de forçar as pessoas a revelarem seus pensamentos e vontades mais íntimos, tornando-se uma ferramenta de controle nas mãos do Estado. A descoberta de Leo o coloca diante do terrível dilema entre sua lealdade ao Estado e sua consciência individual.
O livro nos leva a refletir sobre temas profundos, como a perda da individualidade em prol do coletivo, a supressão da arte e a manipulação da verdade pela máquina estatal. A narrativa é rica em detalhes, levando-nos a explorar as nuances desse mundo distópico e a questionar até que ponto estaríamos dispostos a sacrificar nossa liberdade em troca de segurança.
Ao fechar o livro, fiquei impressionada com a profundidade e a relevância de "Kallocaína". A obra não apenas se destaca como um clássico do gênero distópico, mas também como um alerta oportuno sobre os perigos do totalitarismo e a importância da resistência individual em face da opressão estatal. Uma leitura obrigatória para quem busca explorar as fronteiras da ficção científica e refletir sobre os dilemas éticos e morais de nossa própria sociedade.
?"Dos pensamentos e sentimentos nascem as palavras e ações. Como poderiam então os pensamentos e sentimentos serem algo privado? O cidadão-soldado não pertence totalmente ao Estado?"
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renattomd 12/01/2024

A premissa de um “sérum da verdade” inserida em um contexto distópico super autoritário é muito bem desenvolvida. A história prende bem e deixa com vontade de conhecer mais sobre aquele universo. Achei o final um pouco corrido, mas ainda assim é um livro incrível.
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Rond 10/06/2023

Kallocaina, da autora sueca Karin Boye, é uma obra que se destaca no cenário das distopias literárias. Escrita em 1940, durante o auge da Segunda Guerra Mundial, este livro nos apresenta uma visão inquietante do futuro, um mundo onde o individualismo é suprimido em nome do coletivo.

A autora, que visitou tanto a União Soviética de Stalin quanto a Alemanha nazista, expressa seus medos mais profundos através desta obra. A atmosfera opressiva e o controle absoluto do Estado são temas centrais de Kallocaina, ecoando os regimes totalitários que Boye testemunhou em suas viagens.

Publicado antes de "1984", pode-se dizer que provavelmente há DNA sueco na aclamada obra do George Orwell. A distopia criada por Boye é poderosa e envolvente e apresenta a maior parte dos elementos que posteriormente passaria a ser mundialmente conhecida e certamente tem seu lugar no panteão das grandes obras distópicas.

A edição da editora Carambaia merece destaque pela sua qualidade. O cuidado com a apresentação do livro é evidente, proporcionando ao leitor uma experiência ainda mais gratificante. A atenção aos detalhes e o compromisso com a excelência da editora Carambaia são conhecidos por seus leitores e, sem dúvida, contribuem para a apreciação desta importante obra literária.
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@biaverona 22/04/2023

KALLOCAÍNA
Confesso que durante o livro pensei várias vezes ?nossa, to amando? e ?meu pai amado, esse livro não acaba NUNCA?. Demorava demais pra tomar coragem pra pegar ele pra ler, mas assim que pegava lia sem parar (vai entender kkkk)

Após a conclusão da leitura, minha impressão que fica foi: que livro! Uma distopia densa (como todas, talvez) que te faz passar muita raiva e ficar pensando tipo ?GENTE, QUE? COMO PODE CONCORDAR COM ISSO??. Mas ai você lembra que mora
no Brasil e a realidade não tá tão longe assim kkkkrying

Enfim, pra quem gosta do gênero, super indico!
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Thais 24/01/2023

Li depois de ler 1984
A leitura é muito instigante, muito bem escrita. Uma pena eu ter lido após ler 1984, pois claramente George Orwell se inspirou nesse romance. Achei MUITO bom! Muito mesmo. Só não foi melhor e mais impactante pois já carregava comigo uma experiência similar. Então, se não tiverem lido ainda 1984, leiam este querido primeiro ?
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Arbóreo Literário 15/11/2022

É um início
O livro me lembra muuuuito 1984 e Admirável Mundo Novo, pode ser pela razão deste livro ser de anos anteriores ao lançamento dos citados.
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