A caixa-preta

A caixa-preta Amós Oz




Resenhas - A caixa-preta


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Thais 16/03/2022

Bom
Algumas cartas muito extensas com relatos minuciosos do tempo, da natureza, da vida pregressa? porém houve evolução.
admiro a cultura judaica e tenho interesse em saber mais sobre Israel e Jerusalém; retrata o fanatismo religioso e como afeta os relacionamentos interpessoais. Isso na década no qual foi contada a história, desconheço os dias atuais. Boaz meu personagem querido!
Quero ler mais de Amos Oz, não desisti.
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Nalini 20/11/2017

Surpreendente
No mínimo, surpreendente! Apesar de ter lido outros livros do autor esta obra soa como se fosse a primeira. Tem frescor, vivacidade, drama, todas as cores que um bom romance deve ter.
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Paulo Sousa 14/03/2019

A caixa-preta, de Amós Oz
Lista #1001livrosparalerantesdemorrer
Título lido: A caixa-preta
Título original: Kufsah Shorah
Autor: Amós Oz (Israel)
Tradução: Nancy Rozenchan
Editora: Companhia das Letras
Ano de lançamento: 1987
Ano desta edição: 2009
Páginas: 268
Classificação: 4.5/5
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"Acabou, Ilana. Xeque-mate. Como depois de um desastre de avião, sentamos e analisamos, por correspondência, o conteúdo da caixa-preta" (pág 99).
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Amós Oz, o prolífico escritor israelense, falecido ano passado, é dono de uma importante obra literária reconhecida mundialmente, entre os quais está "A caixa-preta", livro que acabo de ler.
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Sendo um romance epistolar, Oz parte da ideia de utilizar a caixa-preta, aquele artefato presente em aviões, e que, contendo gravações e detalhes de um voo, ajudam a entender o porquê de, por exemplo, falhas e defeitos terem causado uma tragédia aeronáutica.
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Da mesma forma o leitor é levado ao epicentro da tragédia matrimonial de Ilana e Alex, trazida à tona por meio de cartas que vão destrinchando seus ressentimentos e acusações. O casamento fracassado, apesar disso, deixou um fruto, Boaz, filho do ex-casal, um jovem rebelde que acaba entrando na celeuma entre os pais e que busca fugir dos tentáculos canhestros que ainda os une.
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Mas, à medida que a leitura avança, outros personagens vão se incorporando nesse estranho grupo, formando um curioso e defeituoso conjunto de personagens ligados por laços parentais ou profissionais, vozes que vão estimulando o leitor a conjecturar e decodificar os motivos pela desintegração das relações do casal. Detalhes aqui, opiniões ali, ora expurgadas, ora não, o extenso quebra-cabeça da relação é lentamente montado, e vamos tendo uma visão da complexidade de ambos e do próprio motivo que levaram a cada um seguir suas vidas em separado.
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Mas o romance vai além. É um verdadeiro e honesto retrato do ser judeu em Israel, com as naturais complexidades advindas do choque cultural, religioso e político de uma das regiões mais tempestuosas do mundo. Oz, partindo do ínfimo contido na caixa-preta matrimonial, amplia o olhar para fatores outros, criando um livro interessantíssimo e muito bom de ler. A troca de farpas nessa correspondência, os sarcasmos, as tiradas pomposas, a aparente pouca instrução de Boaz, que escreve cartas com grassos erros ortográficos, a permanente interferência externa de advogados e "conselheiros" de ambos os lados, são detalhes que fazem desse livro um maravilhoso exercício de retratar a falência do próprio sentido de existir. Vale, e muito!
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Lurdes 07/05/2023

A Caixa Preta é um romance epistolar, totalmente narrado através de cartas e telegramas trocados entre os personagens.

Alex Guideon e Ilana se divorciaram oito anos atrás de forma tempestuosa, após frequentes traições de Ilana.
Ele, professor e escritor renomado segue morando nos EUA, enquanto Ilana retorna a Israel, com o filho de ambos, Boaz e, depois de um período muito difícil, se casa novamente com Michel Sommo, com quem tem uma segunda filha, Yifat.

A primeira carta, de Ilana endereçada a Alex, pede ajuda em relação ao filho, que está afastado da família, com comportamento rebelde e autodestrutivo. Alec auxilia... enviando dinheiro.

Após este primeiro contato ainda bastante formal e cauteloso, vamos acompanhar uma enxurrada de correspondências, entre Ilana e Alex, Michel e Alec, o casal com o advogado de Alec, entre Alec e seu advogado, entre Boaz, o pai, a mãe e o padrasto.
E, à medida que os contatos se estreitam, as liberdades (e as verdades) naturalmente começam a vir à tona.
Críticas, xingamentos, julgamentos, acusações, perdões, pipocam de todos os lados.

O término do casamento, que deixou muitas questões mal resolvidas, causou muito mais danos ao casal e ao filho do que se supunha e este momento, de profunda crise do rapaz, que coincide com grave enfermidade de Alex, pode ser a última oportunidade para abrirem a Caixa Preta desta relação e tentar descobrir onde é que falharam.

Michel aparentemente orbita em torno desta relação, mas ele consegue manipular a todos e toma para si a função de administrar o dinheiro que Alec passa a enviar, usando estes recursos, não apenas para prover a família, mas para investir em suas ambições políticas.
O livro não se exime de abordar a situação política de Israel, nos anos 1970 e acompanha o crescimento do movimento de direita, que não aceita acordos com os Palestinos.
Aqui cada um é narrador da própria versão e como nenhum narrador é confiável...

Ótimo livro, e como diz Boaz... Não julgue, sinta pena de todos.
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JanaAna 04/08/2023

Gostei muito da escrita
O autor foi muito feliz com a escrita. O livro é feito todo de troca de correspondências e carregado no drama familiar.
Ilana envia uma carta ao ex-marido Alec para pedir ajuda para encontrar o filho de ambos, Boaz. A partir daí vamos conhecer a história desses três personagens e Michael, atual marido de Ilana.
Passada nos anos 70, a história está cheia de drama, mágoas e recordações cheias de sentimentos.
O autor escreve muito bem e nos permite entender quem está escrevendo em cada passagem.
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adel 21/06/2020

A caixa preta da existência humana
"O tempo
não passa.

Não passa? O que quer dizer?

E eu sei? Talvez seja o contrário: nós passamos dentro do tempo. Por
acaso eu sei? Ou o tempo é que faz passar as pessoas."



O título faz referência ao equipamento que grava dados sobre o funcionamento de um aeronave e serve para detectar problemas quando algum desastre acontece e assim tentar entender o que aconteceu. Como aconteceu. Neste caso temos o fim do casamento de Alec e Ilana ou seja, entendemos que o desastre também pode ser aplicado às pessoas, por que o ser humano esconde suas emoções, mágoas ou informações para depois os utilizar como trunfo uns sobre os outros num egoísmo sem fim.

O livro é um romance epistolar (acontece através de cartas) e muitas dessas cartas parecem longas horas de conversa então digerir tudo aquilo é realmente complicado por isso talvez tenha momentos que a história pode parecer um pouco arrastada ou chata. Porém não se engane, as questões abordadas nesse livro estão além de dramas familiares. O autor consegue nos expor um pouco da sua gente, seus costumes, políticas, religiosidade. Entramos em toda uma reflexão sobre a questão do conflito que existe entre judeus e palestinos. A cada momento somos obrigados a refazer uma avaliação sobre o que sabíamos ou pensávamos saber sobre o assunto.

No fim abrimos nossa mente e nossas feridas o tempo suficiente para que possamos descobrir se há perdão entre as relações humanas.
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André Goeldner 04/02/2009

A história é narrada através de cartas.
Assim como as relaçãoes são feitas de fragmentos, momentos.

Gostei
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Demas 28/10/2016

SUPER OZ
Foi minha estreia na literatura de Amós Oz. E não poderia ter sido melhor. Porque ele escreve com uma tal intensidade que nos envolve já nas primeiras páginas. E nessa obra, fala tanto de amor como de costumes (políticos e religiosos) de uma maneira que nos aproxima das dores, dos afetos, das virtudes e dos defeitos de cada personagem. Isso para mim é a grande virtude de um escritor: me tirar da ficção e me fazer mergulhar nas nuances daquelas vidas.
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San... 21/07/2013

O livro é uma coletânea de cartas trocadas entre os personagens. Na leitura dessas cartas descortina-se o panorama social, politico e religioso predominante em Israel na metade do seculo XX. É latente, também, o redemoinho psicológico e emocional dos personagens, ao lidar com um leque variado de acontecimentos, escolhas e consequências, ao longo de suas vidas. Separações, angústias, desencontros, incompreensão, relações mal terminadas, religiosidade fanática são alguns dos assuntos abordados ao longo do enredo, expondo ao leitor a vida dos personagens num formato diferente do usual. A narrativa vai do passado ao presente, com um leve vislumbre do que pode ser o futuro dos personagens, algumas vezes com coerência, noutras de maneira um tanto confusa posto que embrenhada nos sentimentos e crenças de cada um deles. Não é um livro ruim, porém, não é o tipo de literatura capaz de prender minha atenção ou agitar minhas emoções.
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Sid Dantas 22/04/2023

Não abandonem o livro!
Primeiro contato com a escrita de Amos Oz e foi muito gostoso de ler. Romance epistolar, troca de cartas e telegramas somente. Denso. Pesado.
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Fresta0 18/07/2021

Há momentos em que a vida impõe quebrar-se o silêncio. Uma torrente de vozes e gritos rompe a barreira invisível do mutismo e vai lavar as mágoas e as feridas de um casamento fracassado. Ilana e Alexander Guideon voltam a se falar por carta sete anos depois de um divórcio conturbado. A correspondência trata inicialmente do filho do casal, mas logo também ele, o advogado de Alex e o segundo marido de Ilana também vão lançar no papel as suas próprias tintas. As cartas revelam, como uma caixa-preta, os acontecimentos que uniram os personagens e, um a um, eles vão revelando suas fraquezas, suas ambiguidades, naquilo que cada um tem de mais humano. Isso explica porque entregamos a cada um deles uma parcela de razão e de que nossa empatia. Subjacentes às questões familiares, estão os dramas do povo judeu, a forja da identidade de uma nação e a busca pela terra prometida.

@fresta.lit
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Luciana Couto 05/06/2012

Uma caixa de sentimentos
Uma mesma estória pode ter várias versões. E se diz por aí que é sempre escrita pelo vencedor do pleito. Então por que não dar voz a todos os seus personagens e deixar que o leitor - em sua posição onipresente - decida o vencedor (ou o perdedor)? Se bem os escritores podem brincar de Deus nos relatos em que criam e jogar com o destino dos personagens a mercê da sua vontade egoísta, Amós Oz nos dá uma aula de compaixão e os permite contar por si próprios suas vertentes.

Em A caixa-preta, o autor abre as feridas dos personagens e as expõe com a crueldade de quem disseca um amor acabado. Mas sua maldade para por aí, ao dar a palavra aos imputados no crime. Não espere uma narrativa linear, com narração dos fatos em perspectiva absoluta, pois o livro é composto por uma série de correspondências trocadas por seus personagens, que tentam consertar erros do passado e reconstruir suas vidas.

Ilana,ao pedir que seu ex-marido, Alexander, ajude seu filho, dá início a uma troca intensa de cartas e telegramas entre o ex-casal, o atual marido de Ilana, o filho e advogados. Cada um tentando justificar suas decisões, cada um buscando sua redenção. E a trama não se limita apenas nas discussões e acusações sob o corpo do amor acabado, já que o autor, israelense, não e esquece de tratar de questões pertinentes ao seu país, como a disputa por territórios entre árabes e judeus.

O mais incrível do livro é a forma magistral - eu diria muito sutil - com que Oz relaciona o amor com ódio, traição, ganância, fanatismo e outras variáveis. A partir da análise proposta de um amor acabado surgem, além de inúmeras suposições, questões sobre as decisões que tomamos e o julgamento que fazemos das decisões do outro.

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Karen 29/10/2022

Redenção
Este foi o meu primeiro contato com o autor e certo que lerei mais AMÓS OZ.
Livro em forma de cartas trocadas entre os personagens onde, uma a uma vemos todos serem desconstruídos, despidos e reconstruídos.
Sai o EGO, entra em cena a humanidade, sensibilidade e nudez de sentimento d cada um.
QUE LIVRO!!!!
"I) Sinta pena de todos. II) Preste mais atenção nas estrelas. III) Não sinta amargura. IV) Não zombe de ninguém. V) Não odeie. VI) Putas são gente, não lixo. VII) Não bata em ninguém. VIII) Não mate. IX) Não se destruir um ao outro. X) Calma.".
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Karine 18/10/2023

Livraço
Apaixonada pelo livro, pela escrita e pelo autor!! Quero ler tudo dele agora!! Uma grande surpresa!!
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