spoiler visualizarBia Abreu 13/06/2020
Quase Perfeito.
Alguns spoilers sobre o livro anterior da série e dos primeiros 3 capítulos deste livro nessa resenha.
Olha, Christelle Dabos é maravilhosa e eu amei os outros livros da série e amei esse também e nem mesmo consegui esperar a tradução. O sistema mágico é extremamente bem construído e os personagens são intrigantes. Eu basicamente virei a noite pra ler.
Dito isso tive alguns probleminhas (pequenos) com esse volume que vou falar aqui.
Ok. Alguns fatores que levei em conta para essa avaliação: inclusive o fato de que dei uma de psicopata e passei 10 horas traduzindo o original pro inglês com um AI porque meu francês é medíocre. (Ignore minha loucura porque estamos em quarentena e é desculpável) Não considerei a escrita em si como fator de avaliação, apesar da tradução ter ficado bem acima do que eu esperava, com só alguns errinhos aqui e ali de gênero. Pelo contrário, acho que a escrita da autora é tão mágica e o mundo tão bem feito que mesmo assim eu estava imersa.
Considerei para essa avaliação algumas partes do enredo que achei terem ficado longas demais.
1) O livro começa 2 anos depois do primeiro... Entendi que a autora precisava desse tempo de passagem para que Victoire tivesse um papel maior, mas... Passamos os últimos dois livros vendo o amadurecimento de Ophélie como personagem (faz sentido, já que ela é a principal) mas de repente tem-se que aceitar que essa personagem ficou olhando pro céu de mãos abanando por dois anos inteiros? Senti que isso trazia um problema para o seu desenvolvimento de personagem e teria gostado se mais obtáculos ou razões pra sua estagnação tivessem sido mostrados.
2) Em algo parecido com aquele episódio de Stranger Things em que por alguma razão e Eleven foge e vai ter uma aventura sozinha em outra cidade e parece incongruente, quase todos os personagens que conhecemos nos últimos dois livros não estão presentes aqui; nesse momento em uma série não estou mais predisposta a ter grande empatia por novos personagens (e não tive) mas isso se via de encontro direto com (novamente) o desenvolvimento de personagem de Ophélie, que passou os últimos volumes aprendendo a colaborar, acreditando em aliados quando necessário... E esse abrupto abandono (por escolha própria ainda por cima) me irritou um pouco por cerca de metade do livro.
3) O cenário também muda: isso não seria um problema se não fosse pela razão 2, as arcas são tão complexas e belas que eu adoraria ver mais, mas, vendo Ophélie descobrindo um outro mundo sozinha outra vez foi... Lento... Como uma longa espera para que os outros personagesn aparecessem.
4) O livro demora para ganhar momentum, mas, assim que o faz, devo admitir que me apaixonei pela história de novo, terminando com suspense e chave de ouro em seu 1/3 final.