A Cabana do Pai Tomás

A Cabana do Pai Tomás Harriet Beecher Stowe




Resenhas - A Cabana do Pai Tomás


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Fabi 11/05/2023

Um livro que dói na alma
A Cabana do Pai Tomás, um livro que você termina e ele não sai de você. Ainda tentando processar tudo. Ainda tentando entender algumas personagens e a autora. Muitas e muitas páginas de raiva, dor, indignação, pena, lágrimas. Pouquíssimas páginas de um mínimo de alento se isso for possível num livro tão triste sobre a escravidão. Como eu chorei. Gosto de livro que despedaça? Gosto. Mas esse é triste demais. O livro acompanha a vida de Tomás, um pai de família que sofre as consequências da escravidão ao ser vendido sucessivamente. Em paralelo temos também a história da família de George, outro pai de família que além de sofrer pela condição de escravidão, suporta um adicional de crueldade por ser muito inteligente, autodidata e incorformado com a usurpação da liberdade. As histórias vão se intercalando e diversas personagens complexas cruzam esses caminhos para o bem e para o mal. O livro é riquíssimo e faz doer. Algumas falas do George marcam na alma e você se pega conversando com ele. Tenho algumas questões com a descrição de algumas pessoas, ainda estou lendo sobre a autora, mas sem dúvidas foi uma das melhores leituras que fiz até hoje. E ele te desperta a querer ler mais.
Uma curiosidade: dizem que quando Abraham Lincoln conheceu Harriet Beecher Stowe, falou:?Então é você a mulherzinha que escreveu o livro que provocou esta grande guerra! (a Guerra da Secessão entre os estados do Sul e do Norte dos Estados Unidos).
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Carol 29/01/2019

A Cabana do Pai Tomás
Não sei como calcular o impacto da publicação de A Cabana do Pai Tomás em termos político, histórico e de sucesso de vendas - só perdendo em números de venda para a Bíblia, no século XIX.

Ainda que hoje se conteste sua qualidade literária - melodramático demais, sentimental demais, "cristão" demais - e o retrato condescendente e estereotipado que faz dos escravos, baseado nas teorias raciais da época, A Cabana do Pai Tomás é um livro poderoso.

Contextualizando, estamos num Estados Unidos pré-guerra civil, dividido entre norte (livre) x sul (escravagista), logo após a entrada em vigência da Lei do Escravo Fugitivo, que definia penas severas a todo cidadão que acolhesse ou auxiliasse escravos fugitivos em estados nortistas.

Ao escrever sua obra, Harriet Beecher Stowe pretendia convencer sua audiência que a escravidão não era algo que um bom cristão pudesse defender sem ser hipócrita. Ao criar personagens como o Pai Tomás e a pequena Evangeline St Clare, tão idealizados, a autora buscou angariar a simpatia e a compaixão de seus leitores. E, nisso, ela foi muito eficaz.

As histórias de Pai Tomás, George Harris, de St Clare, de Simon Legree e de tantos outros personagens ganham profundidade pela análise sociológica que a autora faz da escravidão. Harriet analisa o padrão moral duplo da sociedade, da religião e traça paralelos entre a escravidão e o acúmulo de lucros do capitalismo.

Há 160 anos, ela já levantava uma questão ainda hoje relevante: como integrar à sociedade uma população a quem tudo foi negado? Libertar os escravos sem uma política de inclusão cidadã só levaria ao desastre.

A Cabana do Pai Tomás é um livro obrigatório a todo leitor. E pensar que uma mulher, filha e esposa de pastores protestantes, por seu ideal cristão, abalou as estruturas de todo um sistema escravagista. Harriet Beecher Stowe é atipicamente uma feminista de primeira onda, ao conseguir voz no debate público. Recomendo!

Obs.: Em 1969, a Rede Globo apresentou uma novela baseada na obra de Harriet Beecher Stowe. E escalaram um ator branco para o papel de Pai Tomás...
Ivan Fonseca 01/02/2020minha estante
Vou procurar ler.




ElisaBrubs 30/05/2023

Apesar de ter sido um livro importantíssimo para a época e local em que foi publicado, incomoda bastante o tom com que ela descreve os negros, incluindo como características da ?raça?.
De qq. forma, vale a pena conhecer a obra.
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Juliano.Ramos 09/10/2023

Livro extremamente necessário para época e para os dias atuais, até mesmo para o Brasil, onde o racismo nunca deixa de existir.
Vale a leitura sempre.
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