Histórias de livros perdidos

Histórias de livros perdidos Giorgio van Straten




Resenhas - Histórias de livros perdidos


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Thiago275 03/10/2023

Super interessante, mas melancólico
Publicado pela primeira vez em 2016, Histórias de Livros Perdidos é um relato rápido e comovente de Giorgio Van Straten sobre livros que existiram e hoje já não existem mais: não aqueles esquecidos e jamais reimpressos (mas que podem ser encontrados em sebos ou bibliotecas antigas); nem aqueles apenas esboçados, mas nunca escritos. Estamos falando de livros que não teremos a oportunidade de ler.

Os livros perdidos do título são aqueles que o autor escreveu, no todo ou em parte; que alguém viu e até, porventura, leu, e então foram destruídos ou dos quais não se sabe mais nada.

Giorgio Van Straten parte de sua experiência pessoal para começar a jornada. Ele teve contato com um romance inacabado e inédito de um autor italiano do qual era fã, mas não conseguiu salvá-lo da destruição. E a partir daí vai nos contar a história de mais sete obras que tiveram destino parecido.

Aqui teremos contato com autores famosos, como Lord Byron, Ernest Hemingway, Gógol e Sylvia Plath e com escritores menos conhecidos no Brasil, como o polonês Bruno Schulz, o inglês Malcom Lowry e o italiano Romano Bilenchi.

O que une esses escritores é que jamais leremos alguns de seus escritos devido às mais diferentes razões: censura, auto-censura, incêndios, roubos, a vontade dos herdeiros. Giorgio Van Straten vai nos contando o processo de escrita de cada um deles, invariavelmente tortuoso, e o caminho que seus textos fizeram até a destruição.

Histórias de Livros Perdidos é um livrinho curto, que dá para ler numa sentada. Uma obra super interessante, mas um pouco melancólica para nós, amantes dos livros. Pois se o autor contou apenas oito histórias de livros perdidos, não é difícil imaginar quantas obras maravilhosas não teremos jamais a oportunidade de ler.
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Alex.Almeida 31/01/2022

Imagine que Max Brod, amigo de confiança de Franz Kafka, acata o pedido sincero do autor de que ele seja responsável de destruir todas suas obras após sua morte. Contos inspirados na obra do autor não existiriam? O peso desse pedido ter sido recusado traz mais potencia à sua escrita mórbida?

Esse livro é uma total reflexão de que paginas perdidas de obras de autores incríveis, acaba transmitindo essa opinião dividida. Se encontradas e publicadas, podem acarretar mudanças no rumo da história biográfica de seus donos, causar consequências para pessoas próximas de cada um, ou até mesmo consequências de como a opinião pública do autor pode mudar por conta de suas particularidades não ditas por ninguém.

Mas também mostra o quanto o leitor e o estudioso desses grandes nomes acaba por criar uma obsessão por essas obras perdidas. Seria nossa obrigação por encontrar essas preciosidades? Destruir ou conservar uma obra cabe a alguém que não seja o próprio dono da idéia?

Além desse, muitos questionamentos estão nesse livro, com certeza lerei novamente um dia.
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Paula 19/09/2020

Curioso.
O livro conta breves relatos sobre manuscritos que, por diversos motivos, acabaram perdidos. É meio triste, encarar a finitude de algumas expressões humanas. Mas mais triste é entender que por trás delas estão perdas humanas ainda mais irreparáveis.
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Nani 28/06/2020

Livros perdidos
Relata como alguns livros foram extraviados, queimados, foram destruídos ou simplesmente sumiram. Livros de grandes escritores como Nikolai Gógol, Walter Benjamin, Sylvia Plath, Ernest Hemingway.
Não é um livro surpreendente mas é sempre interessante saber sobre livros, mesmo aqueles que nunca foram publicados.
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Vitor.Canestraro 13/01/2019

Instigador
Esperava um livro mais técnico e com referências mais abrangentes, um livro um tanto acadêmico, deparei-me com uma narrativa solta de experiências do escritor com os livros supostamente existentes. O livro abre perguntas e inquietações embora a meu gosto falte aprofundamento. Ao menos, desperta uma pulga atrás da orelha e por isto, é razoavelmente bom.
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