Resenhas - Falsa Submissão

Natiii 06/06/2011

Falsa Submissão : O universo sombrio de M. e o seu envolvimento com Nora e Franny
O que me instigou a ler esse livro,foi a contradição presente nele.Muitas pessoas odiaram,poucas seguiram em frente com a leitura.
Resolvi ler para saber o que eu acharia a respeito da 1ªobra da Laura Reese.

Ao ler a sinopse,pensei em Nora como a personagem principal.Contudo ao meu ver creio que a Franny foi até mais importante que a Nora,pois se ela não tivesse se envolvido com o misterioso M.,não tivesse descoberto o universo do BDSM,e se não tivesse chegado tão longe nisso,não teria sido misteriosamente assassinada.
É um livro que a chave principal de tudo é apenas uma pessoa:Michael ou M.,como é conhecido ao longo do livro.
Temos várias nuances dele,o dominador,o sádico,o professor frustado de música e até vemos em raros momentos um ser humano que também pode ser terno;como eu disse,raramente,vemos essa última faceta do M.

Nora que sempre foi centrada em si,sofre um impacto terrível com a morte da irmã,e passar a questionar tudo que fez em seus 35 anos de vida.Conhecemos a verdadeira Nora à medida que ela vai se infiltrando no mundo de M.Conhecemos uma Nora fragilizada,insegura,que cometeu erros e também descobriu um novo lado (submissa).

Laura Reese nos mostra como uma só pessoa pode transformar,destruir e até mesmo causar descobertas na vida de 3 pessoas.

A reviravolta sobre o verdadeiro assassino da Franny foi perfeita,confesso que em vários momentos do livro pensei em qual dos suspeitos,seriam o verdadeiro "carrasco" de Franny.
A autora nos traga para o mundo de Franny,Nora e M.de tal forma que não conseguimos parar de ler até descobrir a verdade.

É um livro que provoca momentos de piedade,terror,suspense e até nojo.
Não recomendo a pessoas que não tenham emocional forte,e uma mente um tanto aberta.Pois certas coisas que o M.submete tanto a Nora como a Franny são simplesmente grotescas.
E não estamos falando do lado erótico do BDSM,e sim do lado obscuro,nunca mostrado antes.

Esse é um livro aonde não se tem final feliz,aonde a única que temos é a dura e cruel realidade.Até aonde as pessoas vão em nome do amor.

Alinesmne 31/01/2023

"Não foi a curiosidade que matou o gato, foi a obstinação"
Não é um romance, é uma tentativa de remissão de culpa da parte de Nora, que sempre tratou sua irmã mais nova com desprezo, e depois de sua morte, tendo acesso aos diários da mesma fica obcecada por M, com quem Franny tinha uma relação baseada em BDSM não tão consensual assim... Nora se submete aos mesmos "tormentos" que Franny passou, em troca que M lhe dê respostas para as lacunas que encontra no diário. O que ela não contava é que, ao contrário de Franny que achava repulsivos os atos que M praticava com ela, Nora passa a gostar. Aos poucos se vê completamente envolvida por M a ponto de não mais sentir interesse nenhum pelo namorado Ian.

M é um caso a parte... Hedonista, manipulador ao extremo, e sem um pingo de escrúpulos, mas absolutamente charmoso (combinação perigosa ?), ele consegue entrar na mente de Nora e sempre esfrega na cara dela a culpa por ter sido tão displicente com Franny. M é um verdadeiro psicopata, não tendo empatia nem remorso por seus atos, que o próprio justifica como "divertimento".

É um livro pesado, devia vir com alerta de gatilhos, mas é real. Em nenhum momento romantiza a relação de hierarquia, e tem descrições fiéis de práticas de jogos de poder. Sobre o assassinato, Nora descobre a verdade no final, chega a um ponto que o suspense se torna tão envolvente que não dá pra parar de ler.

RuLopes 20/05/2014

Tenso.
Criticam muito, e na verdade é muito pouco do que falam.. Na verdade, o livro foca mais na trama do que no próprio sadomasoquismo. Tem focos de zoofilia, TEM. Também tem focos de escarnificação.. Mas nada que a sociedade moderna já não saiba... Eles não exploraram o lado tão bizarro como a sinopse fala. Todavia o exploram mais do que "50 tons de Cinza" por exemplo. Odeio comparar, porém, devido as resenhas infelizes que eu li no decorrer dos meses antes de realmente ler esse livro, tive que fazê-lo.

Tenho apenas 17 anos, e li esse livro com a maior tranquilidade do mundo. Sou doente? Talvez. Eu não aceito a zoofilia, como a maioria, mas não é por causa disso que tenho que ignorar o fato de que muitos usam disso para buscar o prazer. E o livro mostrou uma realidade e não uma FANTASIA, que não deixa de ser uma FANTASIA.. Ai ai, vocês entenderam...

Provavelmente quem não aceitou esse livro, e renegou a história por causa da sexualidade 'desmedida' dos personagens, leu 50 tons de cinza, e teve sonhos molhados com o Sr. Grey. Por favor, 50 tons de cinza não explora o sadomasoquismo. E quem acha que aquilo é realmente o mundo BDSM, precisa pesquisar um pouco mais e sair desse mundo que essa trilogia te colocou. O livro é misterioso, envolvente e erótico na medida CERTA. Não tem uma linguagem chula de um modo exageradamente nojento. Temos contradições, e vemos como o personagem M. tem façanhas e modos de sedução surpreendentes. Nora é uma mulher que se arrepende da maneira mais estranha e tenta se redimir, vemos que ela é parecida com a sua irmã, mas da maneira contraria. A mesma moeda, só que a outra face. É um livro até reflexivo sobre a confiança. Laura Reese acertou com esse livro. E super indico a todos que vão além dos cinquenta tons de "traumas". Porque não existe nada melhor do que mistério, erotismo e sadomasoquismo de verdade juntos e misturados dessa maneira louca e exasperada.

Franny foi apenas um adendo na história, por mais que insistam em dizer que ela foi o grande destaque, até mais que a Nora... O que discordo veemente.

Lane 12/11/2011

Uma história desnorteante, a primeira obra da autora Laura Reeves.

O livro é uma combinação de sedução, erotismo e sadomasoquismo com honestidade, limites morais e traumas.
Um suspense muito bem construído e que mantem um ótimo ritmo do ínicio ao fim.

A história se desenvolve pela obcessão de Norah em descobrir em quem matou Franny. Norah Tibbs é uma jornalista e irmã mais velha de Franny. Uma mulher determinada, feminista, que não se importa com os sentimentos dos homens, e estabelece em seus relacionamentos uma relação superficial com eles.

Sem possuir mais nenhum parente vivo, sua vida se transforma
totalmente após o assassinato de sua irmã, que morreu em circunstâncias misteriosas.

Franny, uma jovem enfermeira, tímida, que trabalha numa clínica para tratamento de doentes renais, vive reclusa, numa cidade com poucos habitantes e tem muito poucos amigos.

No decorrer do livro, a autora revela sua relação espantosa de culpa consigo mesma, justificando seu relacionamento com Michel.

Michel ou M. é professor de música em uma universidade, um homem maduro, sadomasoquista, com uma aparência um pouco mais sofisticada para a cidade onde mora.

Ele é o último relacionamento amoroso que Franny tem antes de morrer.

Por causa disso e por apreciar a pratica do sadomasoquismo, ele é o primeiro suspeito da morte de Franny.

Norah, obstinada em descobrir o assassino de sua irmã, decide se envolver com ele. Certa e convicta de que sua irmã era uma pessoa fraca emocionalmente e que fora manipulada por M. ao se envolver com ele, acredita firmemente que com ela, por ser diferente, isto não ocorrerá.

A história tem reviravoltas durante a leitura. Muitas vezes, eu me senti em conflito sem saber se gostava ou não de M., apesar de suas praticas sadomasoquistas me deixarem amedrontada.

O personagem M. é um perfeito manipulador e muito sedutor. Eu especialmente, tive muita admiração por ele. Foi meu personagem preferido, chegando a torcer favoravelmente por ele.

Algo que eu não gostei, foi o fato da autora revelar e descrever para o leitor, as personalidades de Norah e Franny, e enquanto que a do M. ele deixou 'algo por entender". Eu queria mais explicações sobre sua personalidade e entender do porque dele ser tão dominador e usar o sexo pra isso...ficou muito vago.

Ao contrário de Norah e Franny, onde a autora revela seus segredos passados, justificando suas personalidades e o comportamentos com uma lógica bem explicativa.

A narratica contém um vocabulário rico, elegante sem ser maçante e bem forte em suas descrições das praticas de sadomasoquismo. É uma leitura censurada, realmente não foi feita para pessoas sensíveis.

Não somente, atentando para o sofrimento físico, como também para o sofrimento psicologico descritos.

O final, apesar de ser praticamente revelado desde o ínicio de quem seja o verdadeiro assassino, é surpreendente!

Bem realista,fechando todas as pontas, colocado de uma maneira bem lúcida pela autora.

O livro nos deixa uma reflexão sobre o conceito de honestidade emoralidade, em relação a nós mesmos.

Talita 07/06/2012

DEUS ME LIVRE. Até zoofilia tem nessa porra, fico imaginando que tipo de gente dá 5 estrelas pra isso. Nunca mais.

Rebeca1267 15/07/2021

Ainda não sei como descrever essa experiência de leitura; foi no mínimo intensa.
Realmente é um thriller psicológico, extremamente intrigante e por vezes confuso. A escrita é muito boa e você fica realmente interessado em entender a mente tão complexa dos personagens!

Naty 17/09/2012

www.meninadabahia.com.br
O mundo no qual vivo agora, com M., é doentio,
e minha obsessão beira a autodestruição.
Tenho plena consciência disso.
E também da minha impotência para impedi-lo.
Pág. 201


Atenção: Livro com conteúdo adulto. Cenas fortes.


Franny, irmã da jornalista Nora Tibbs, foi brutalmente assassinada. Seu corpo foi encontrado, depois de duas semanas, amarrado à uma cadeira. A cena era de um fetiche sadomasoquista. A polícia nunca descobriu quem fez aquilo à ela e nem como ela morreu, se foi sufocada devido a fita em sua boca, devido aos ferimentos ou algum outro motivo. O caso foi encerrado como inconclusivo.

A culpa por ter se afastado da irmã e a negligenciado estava atormentando Nora. Ela só via uma única alternativa: descobrir quem matou sua irmã e o por que. Ela tinha um suspeito. Michael, ou melhor M. Pelo diário da irmã, encontrado pela polícia, Nora sabia que ela havia namorado M. semanas antes de morrer. Ela iria vigiá-lo, persegui-lo, e então iria entrar em seu joguinho de sedução até ter provas de que ele é o assassino.

Ela só não contava que fosse uma péssima detetive, M. soube no mesmo instante quem ela era (Frances havia lhe mostrado uma fotografia da irmã). Mesmo assim ele propõe um encontro. Ela vai vestida para seduzir e... assim acaba entrando na vida de M.

Entenda, Franny odiava as coisas que M. fazia com ela, ela chorava, gritava, esperneava, mas fazia o que fazia por amor. Nora, não. Ela sente prazer nas perversões de M., ela gosta de sexo sujo, depravado. Mas não se engane, ela está exatamente onde queria estar, e está há um passo de pegar o assassino.

Então, descobre que seu namorado – Ian – havia dormido com sua irmã e escondido o fato. E agora? Ela ainda está convicta de que M. foi o verdadeiro assassino ou Ian ainda tem mais coisa a esconder?

Nora segue sua jornada obsessiva por M., esquecendo os riscos e cada vez mergulhando mais fundo em seu mundo sombrio. Ela está à beira do precipício e não sabe como voltar. E porque ela não conseguia parar? Simples, M. elevara o conceito de orgasmo à outro nível. Ela estava viciada nele.

É possível que não haja explicação psicológica alguma. Eu gosto de dominar, ponto final. Faz parte de mim, faz parte da minha psique, assim como a submissão faz parte da dela, e da sua. Gosto de amarrar, de prender as mulheres, e gosto de bater numa bunda pelada. Eu percorro distâncias variadas com mulheres variadas. Gosto de bater em você com o cinto. É excitante; fico de pau duro na mesma hora. Usarei a palmatória, o chicote de nove tiras, o de equitação e qualquer outra coisa que eu quiser. Vou bater na sua bunda, nas suas costas, nos seus seios e até na sua boceta. O que eu não farei, a não ser que você me peça, é claro, é esfolar sua pele, fazê-la sangrar. A disciplina que imponho nada tem a ver com violência, e sim com controle e domínio. Pode confiar em mim, Nora.
Pág. 209


A história é dividida em quatro partes, duas dedicadas à Franny e duas à Nora. As partes de Franny são a leitura do diário que Nora recebeu. É importante para mostrar quem Franny era realmente e a Franny da imaginação de Nora. As partes relativas à Nora tratam da sua busca pelo assassino e na sua atuação como serva sexual de M.

Falsa Submissão, de Laura Reese (Record, 416 páginas, R$ 39,90), é um thriller psicológico e erótico. Tensão a cada página. Cada cena sexual tem um objetivo específico, ou seja, não é um livro pornográfico puro, cada cena é essencial para compor os personagens e a trama. É impressionante! Nem dá para comparar com Cinquenta Tons de Cinza, visto que o livro da E L James trata, sobretudo, sobre amor, Grey tem seus problemas, mas por amor à Ana ele tenta mudar. Também é diferente de Toda Sua. Apesar do enredo de Toda Sua ser mais cru, o romance e o amor está presente na história. Em Falsa Submissão não. Esse livro trata sobre dominação. Submeter a mulher à sua vontade, mesmo que ela queira dizer não. E ele a manipula para dizer sim. SEMPRE.

E respondendo às perguntas (feitas pelo Facebook), SIM, tem sexo com animal. E é chocante! Mas entenda, a autora precisava colocar no enredo, visto que M. sentia prazer em fazer as mulheres se submeterem à sua vontade e se ele quisesse que elas transassem com porco ou cachorro, elas fariam para agradá-lo, porque ele é o Mestre e se elas não fizessem o castigo seria pior.

Além de zoofilia, estão presentes também a escarificação, mumificação, cenas fortes de BDSM e até uma menção à pedofilia. É chocante. Degradante! Porém, como disse anteriormente, tudo tem um objetivo específico e a escrita não é ruim, pelo contrário. Ficamos ligadas na história para ver o desenrolar, saber o quão longe M. irá com Nora e saber, principalmente, quem é o assassino e qual seu fim. A história foi muito bem planejada e descrita. Conseguimos sentir empatia por M. e torcemos para que ele e Nora não caiam do precipício. Ao mesmo tempo, ficamos chocados com as preferências de M., como um professor universitário inteligente e adorado por todos, tem preferências - digamos - tão excêntricas? (Se bem que ser uma boa pessoa não serve de base para as escolhas sexuais, mas o que será que leva alguém a agir assim? Desejo? Tesão? Divertimento? Obsessão? Poder?)

O final do assassino é perfeito. Ele recebeu exatamente aquilo que merecia.

Falsa Submissão é uma leitura pesada, não irá agradar a todos. Se não fossem as cenas de zoofilia, e algumas outras situações, a maioria apreciaria. Em recente entrevista, a autora admitiu que algumas situações presentes no livro foram inspiradas em experiências pessoais. Sobre sua concepção de romantismo, disparou: “Filosoficamente, tenho muito em comum com o Marquês de Sade.” (extraído do site da Record)

Curiosidade: Esse livro foi escrito 10 anos antes de Crepúsculo ser lançado e nele há um segurança chamado E. Cullen. Será que a Meyer tirou o nome desse personagem ou foi apenas mera coincidência?

Jak Diniz 03/04/2021

Sem romantização do universo BDSM
O universo de M não é pra qualquer um.
Eu li esse livro mais de uma vez (rsrs, pois é)e é como se eu sentisse tudo o que Nora sentia lendo o diário de Franny, se envolvendo na teia de M...
Pra quem acha que é mais do mesmo no universo BDSM, romance com couro e chicotes, vai se enganar literalmente.
Esse livro é forte e visceral em seus detalhes

Francine.Kolachins 01/07/2022

Nao acredito q seja BDSM.. vejo mais como um homem com problemas psicológicos, onde não aceita um não como resposta.. enquanto não aceita o q na cabeça dele eh submissão, não desiste.
Pra mim BDSM e dom/sub eh sempre consensual.

Elis 01/06/2021

Falsa Submissão
?Descobri que tenho um anseio, um apetite latente, pelo lado sombrio da natureza humana.?

Um assassinato que ligará duas irmãs mais do que nunca, ambas diferentes uma da outra, mas com muita coisa em comum.

Nora Tibbs, uma jornalista de uma cidade pequena vê sua vida mudar com o assassinato brutal de sua irmã Franny.

Em busca de respostas de quem matou sua irmã, Nora se vê envolvida por Michael, o suspeito do assassinato.

Mas o que ela não esperava descobrir era que Franny mantinha uma vida secreta, onde incluía o sadomasoquismo no seu dia a dia.

Aos poucos Nora se vê envolvida por Michael ou como ela o chama ?M? e se descobre entrando em mundo novo e obscuro.


Foi uma leitura intensa, desconfortável, o que gostei foi como a autora não ficou só na relação sexual, ela abordou a relação das personagens, suas diferenças e a busca pelo perdão, alternando a narrativa entre 1 e 3 pessoa o que me deixou bem curiosa pela história, podemos ver o lado de cada uma e seus pensamentos.

Ana Caroline 27/08/2022

Impactante
Um livro extremamente forte, mas muito bem escrito. Cada detalhe embrulha o estômago! Quero relê-lo esse ano!

°ღ•JÜli 30/08/2012

extremamente nojento e doentio

Silvia.Rossi 10/10/2023

Leitura bem complicada. De perder o fôlego e morrer de medo junto com a protagonista. É um relato surpreendente e perturbador.

Audrey 30/12/2020

Perturbador
É um livro pesado, e marcante, uma história difícil de esquecer

Tati Bertoldo 01/05/2022

Falsa submissão
Um livro que retrata muito do universo BDSM, é um livro pesado, mas muito bom. A autora descreve tudo muito bem. A trama é redonda e o fim maravilhoso.