Sankofia

Sankofia Lu Ain-Zaila




Resenhas - Sankofia


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Lais Porto (@umaleitoranegra) 01/05/2019

Sankofia - Breves histórias sobre afrofuturismo
Sankofia foi o primeiro livro que li sabendo que era sobre afrofuturismo, porém não foi o primeiro livro afrofuturista que li. Esse termo pra mim não era desconhecido, mas sabia bem pouco sobre, acompanho pelas redes sociais o escritor Fábio Kabral que atua nessa vertente, me sentia instigada a conhecer mais sobre esse mundo, poder de alguma forma também fazer parte, no entanto o tempo que não sabemos administrar nos envolve e não conseguimos dar conta de tudo que queremos, até que esse livro Sankofia chegou em minhas mãos.

Luciene Ernesto ou Lu Ain-Zaila escreveu um dos melhores livros que eu já li, com toda certeza está na minha lista de livros preferidos. A minha relação com o livro não é somente com a história contada, mas envolve a capa, a introdução, os desenhos, tudo que compõe o livro, e com esse livro foi assim, desde antes das histórias já estava muito envolvida com o livro em si.

Acredito que a escritora tendo noção de que este termo afrofuturismo não é de conhecimento de todos fez um bonito trabalho de explicar todos os significados utilizados na obra, explicou o termo que ela utiliza no titulo - Sankofia, tudo isso está antes das histórias contadas, esse início se faz necessário e demonstra o cuidado que a escritora teve para com seus leitores.

Não conhecemos as línguas faladas em África, não nos é ensinado nas escolas, cursos que falam sobre algumas das línguas são raros de acontecer e quando acontecem são concorridíssimos, eu aprendi muitas palavras de determinadas línguas especificas, como a língua Iorubá, através dos livros de literatura negra. Luciene resgata muitas palavras e termos e nos apresenta os seus significados, além disso ela demonstra como é a pronúncia, gente como uma fonoaudióloga da linguagem que acha fantástico a linguística fiquei extremante encantada com esse trabalho.

A primeira história intitulada de - Era Afrofuturista - é linda demais, ela conta como o afrofuturismo não é somente o que vai acontecer no futuro, mas o que foi feito no passado e que gerou consequências para o nosso presente, e como o nosso presente está se portanto para produzir para o futuro, Luciene brinca com essa linearidade da linha do tempo, traz nomes de afrofuturistas do passado que hoje podemos reconhecer como afrofuturistas, que lutaram para que tivéssemos o nosso presente.

O livro é composto por alguns contos, isso fica explícito no subtítulo do livro - Breves histórias sobre afrofuturismo, achei essa ideia muito bacana, porque nos apresentou de uma vez só inúmeras possibilidades de protagonismo negro, de representatividade, de histórias afrofuturisticas, não somente aquela que precisa ter cientistas e laboratórios essa ideia de futuro baseada nos exemplos dos filmes hollywoodianos.

Luciene traz elementos robóticos e da ciência, porém ela nunca se desliga da ancestralidade, da nossa verdadeira raiz, são histórias que fazem a cientista ir ao encontro do grupo de anciões para resolver uma problemática que a ciência padrão não dá conta, em outra história exalta a importância das pinturas corporais e tradições de uma aldeia para poder ser uma pilota-aviadora, como a união de mulheres empregadas domésticas conseguem destruir o dominador-opressor, ou como a lua, o sol, e a arranha Anansi podem formar uma bela e emocionante história explicando a produção das tranças.

É importante descentralizar essa imagem do cientista como o único detentor de um conhecimento válido, sendo que sempre este cientista é um homem branco, Luciene traz outros personagens necessários e todos são mulheres, em todas as histórias as protagonistas e quase todas as coadjuvantes ou personagens secundárias são mulheres, e para as pessoas que tem dificuldade de imaginar personagens sendo negros a escritora ajuda nisso, porque ela descreve muito lindamente o cabelo, as vestimentas que são utilizadas e fica fácil imaginar tudo isso.

De todas as histórias eu queria saber bem mais, queria poder acompanhar mais um pouquinho cada personagem, adoraria que tivesse um livro inteiro para cada breve história que foi contada, seria maravilhoso, já vou procurar saber de outras obras da escritora e de outros livros afrofuturistas. Ahh por sinal o primeiro livro afrofuturista que eu li foi Namíbia, Não! do escritor Aldri Anunciação.

site: https://leitoranegra.blogspot.com/
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emlindh 11/12/2022

uma iniciação em aftofuturismo
Fui buscar esse livro de contos enquanto assistia ao evento Relampeio no youtube, onde ao longo da palestra sobre Insólito e Nacional fiquei fascinada pelas participantes.
Essa foi minha primeira leitura afrofuturista, e achei maravilhoso o primeiro conto ser uma iniciação e uma aula sobre o tema. Entrei nessa coletânea então como convidada e já certificada para continuar a leitura, e posso dizer que foi uma experiência fantástica.
A leitura é convidativa e necessária para todos, seja esse seu local ou não. Não posso escrever sobre o que não é minha vivência ou meu local de fala, mas consumir o afrofuturismo me abriu a cabeça para outros pontos de vista, outras vidas e outras experiências, e afinal essa é a magia da literatura.
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Thayná 16/12/2020

Leitura fascinante e instrutiva
Livro de publicação independente, de autora negra, brasileira e pedagoga.
Esta obra se inicia explicando didaticamente o conceito de afrofuturismo que, na literatura, nasce com o intuito principal de representar as pessoas negras como agentes plenos de suas vidas.

A obra demonstrar a riqueza da ancestralidade africana e dos legados culturais das populações negras que, ao longo dos séculos foram usurpados ou negligenciados. O livro é repleto de fatos históricos, resultado da extensa pesquisa realizada pela autora e nos fazem ter um vislumbre da riqueza cultural e de como a cultura negra está entranhada na história mundial. Além disso, demonstra como os povos africanos por muitas vezes estiveram avançadíssimos nos estudos em astronomia, astrologia, biologia, matemática entre outros e como muito disso foi queimado, usurpado ou espoliado e até hoje luta-se por algum tipo de reparação.

Os contos e microcontos variam entre ficção científica, mistério, terror social, fantasia e até algumas lendas, possuem a presença marcante de personagens femininas, mulheres resilientes e conscientes de sua ancestralidade. É uma leitura fascinante e instrutiva. A autora atenta para vários temas relevantes na atualidade como: as diversas formas de preconceito, diversidade e questões de gênero, porém de uma maneira otimista, pensando um futuro em que o racismo, a misoginia e a lgbtfobia desapareçam, dando lugar a uma sociedade mais justa e igualitária.

site: @biblioteca.ufpr.litoral
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Sarah Duarte 29/03/2021

Passado, presente, afrofuturo
Se tornou um dos meus livros favoritos da vida! E no decorrer da leitura isso foi só se confirmando. Sankofia, pra mim, se mostrou enquanto um movimento de um futuro em construção de protagonismo negro, pessoas negras plenamente conscientes de suas potencialidades, de um resgate da ancestralidade para explicar o inexplicável.
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Paulo 22/10/2020

Como um todo eu gostei da coletânea. A Lu é uma voz bastante diferente do que temos por aí no mercado. Ou seja, ela tem muito a falar sobre assuntos que a gente apenas acha que já foram esgotados. Na atualidade, entendo que ela, o Fábio Kabral e o Waldson de Souza são as melhores vozes do afrofuturismo no Brasil. A escrita dela está sempre on point, ou seja, é precisa, tem poucos erros, a ponto de não incomodar mesmo. Sinal de uma ótima revisão e cuidado com o preparo do material. As histórias vão variar bastante entre a ficção científica, a fantasia e até algumas narrativas de lendas. Me incomodou um pouco o tom um pouco didático em alguns contos, principalmente nos primeiros. Acho que a Lu se preocupou demais em explicar certos pontos ou em ratificar algumas ideias. Compreendo a necessidade como parte do movimento negro, mas como ficção isso me incomodou porque quebrou o ritmo da história. Isso é algo que eu não vou ver em Isegún, a obra mais recente da autora, por exemplo. Uma narrativa já mais madura e que trabalha estas ideias sem a necessidade de se prender a um didatismo.

A coletânea começa com Era Afrofuturista e eu entendo como algumas pessoas possam não ter curtido o trabalho de cara. Trocando uma ideia com conhecidos eles acabaram ficando nos primeiros contos e não deram continuidade à obra como um todo. Tenho em mente que a Lu quis usar essa primeira história nem como uma história em si, mas como um manifesto ficcional. É aqui que ela coloca as bases do que ela entende como sendo o afrofuturismo e nos mostra um pouco de como a cultura negra está entranhada na história mundial. E não é possível silenciá-la como foi projeto político-social por séculos de um eurocentrismo tacanho que acabou sendo importado para o Brasil. Ao mesmo tempo a história se passa em um futuro próximo porque ao mesmo tempo em que é uma retomada da cultura negra e do movimento negro ao longo dos séculos, representa os sonhos e anseios da própria autora. Quando cheguei nesses trechos mais especulativos me peguei dando aquele sorriso de leve porque percebi o quanto ela é otimista em relação ao futuro.

Já o segundo conto, Existência, é um pouco mais difícil de lidar. Temos uma nave pilotada por uma tripulação humana que se vê atacada por uma estranha raça alienígena que tenta assimilá-los. Para esta raça, a mente confusa e estranha do ser humano é um bom alimento e eles desejam incorporar os homens em sua coletividade. Para isso eles manipulam as memórias dos tripulantes para aceitarem a assimilação, mas Adimu resiste a esta conexão. Achei que o conto não funcionou para mim. Já vi outros contos usarem essa temática de diferentes formas, e para eles funcionarem de forma efetiva é preciso espaço. A autora precisava trabalhar melhor as características de cada personagem ou pelo menos mais profundamente os anseios e sentimentos de Adimu. Da forma como ficou, pareceu estranho. Entendi aonde ela quis chegar e foi na ideia de que somos únicos em nossa individualidade. Homogeneizar o pensamento é esquecer o que nos torna distintos.

O tema do contato com povos alienígenas aparece em Conexão, o terceiro conto da coletânea. Nele, a doutora Adimu desperta sendo convocada para uma reunião geral. Lá ela descobre que uma das sondas enviadas ao espaço, justamente a sonda enviada pelos povos cientistas africanos, retornou com uma mensagem. Só que ela agora precisa decifrar que mensagem é essa. O dilema da personagem vai ser ter de abandonar sua lógica científica para aceitar aquilo que transcende o que podemos explicar. Somente quando sua mente se expandir e buscar respostas no imaterial é que ela vai solucionar o mistério. Gostei bastante deste conto, principalmente porque ele vai direto ao ponto e nos coloca o mistério de uma maneira que vamos acompanhando ao lado da personagem. Cada etapa é vivenciada também pelo leitor. Aqui eu percebo que a autora está finalmente encontrando a sua voz e como alternar o didatismo de apresentar a cultura africana com um conto scifi que instigue os leitores.

Em Ternodes - O Segredo de Kanzi vemos a autora mais uma vez entrando na seara dos mistérios que transcendem a explicação humana. Porém, este conto tem uma pegada mais de fantasia do que de scifi. Nele dois guardiões Sela e Jailu protegem o mundo da ascensão do lado inverso da deusa Kanzi. Os personagens abordam o poder de formas opostas: enquanto Sela deseja o equilíbrio para conter o todo, Jailu deseja libertá-lo para possuí-lo. Ou seja, as vozes que habitam a escuridão foram capazes de afetar o personagem. Isso acaba levando a um desenlace inevitável. Apesar de ser uma trama cuja temática é de fácil compreensão achei que a história novamente sofre do problema de espaço. Não dá tempo de criarmos vínculos com os personagens. Por essa razão, o dilema de Sela não ressoa comigo. Conhecemos Jailu de uma forma brusca e até antagonística; só tem um momento na história em que eu o entendo como companheiro da protagonista.

Ainda na pegada de histórias mais voltadas para o sagrado e religioso, A Invenção das Tranças conta sobre Iori e Akilah, filhos de Lisimba e Zene que eram adorados Sol-Oran e Lua-Osunpala. Na narrativa vemos como os gêmeos Iori e Akilah, que seriam os sucessores de Lisimba e Zene precisavam escolher qual dos dois deuses eles iriam oferecer sua adoração. E sua indecisão acaba deixando-os impacientes que querem fazer de tudo para obter sua escolha. Essa é uma narrativa carregada daquele estilo mais escatológico. Ou seja, ela se passa em um tempo anterior a tudo onde o homem ainda estava nos primórdios de sua criação. A autora deixou o texto bem tranquilo de ser lido e a lição por trás da história é fácil de ser compreendida. Algumas histórias religiosas possuem uma forma complicada de narrativa, com um palavrório rebuscado, o que não é o caso. Gostei bastante.

Admissão é um conto tão pequeno que eu quase posso considerar uma flash fiction, mas eu acredito que ele passe um pouquinho da quantidade de palavras deste gênero. Trata-se da história de um rapaz que está se preparando para um teste de admissão para um programa espacial da Frota dos Países Africanos. A história é bem descritiva e mostra o dia anterior ao exame com todo o nervosismo e a ansiedade no coração do protagonista. A história não me pegou direito porque eu acho que a Lu poderia ter investido mais em uma narrativa íntima do protagonista. Algo que focasse mais nele. Algumas descrições do que ele comia ou do que ele vestia, eu entendo que faziam parte do projeto como todo, mas acabaram soando forçados e fora de tom para o conto. Havia maneiras melhores de ter feito essas inserções sem afetar a harmonia da história.

O melhor conto da coletânea é, sem dúvida, Ode à Laudelina. Aqui a autora conseguiu imprimir tensão, crítica social e tecnologia em um caldeirão que te mantém preso até o final. A narrativa começa com Pami e seu filho Henrique colocando um anúncio para contratar uma empregada para o seu duplex em um condomínio fechado. A contratada é Amma, uma mulher negra que tem problemas auditivos (mas ela não conta isso em seu currículo porque algumas patroas não gostam de saber desse detalhe). Quando ela começa a trabalhar lá tudo parece perfeito. Perfeito e maravilhoso. Só que aos poucos a vida perfeita vai revelando alguns detalhes um pouco estranhos, provocando a desconfiança de Amma. Lapsos de tempo, estranhos hematomas, memórias confusas. Eu adorei a maneira como a Lu nos envolve com a narrativa. Porque ela vai entregando as informações muito aos poucos. E aqui é que eu digo o quanto o espaço foi importante para ela contar a sua história. Há um crescendo de tensão onde o leitor começa a ficar desconfiado ao lado da protagonista. A autora também faz um ótimo uso da estratégia da arma de Tchéckov. Ou seja, itens ou informações que ela coloca na narrativa são essenciais para a mesma. Nada está ali por acaso.

Os dois últimos contos passam uma sensação bem curiosa. São curtinhos, mas parece que a autora fez um experimento com ambos para depois quem sabe criar uma história maior com ambos. Porque foi essa a impressão que passou. O Artefato é um thriller de conspiração em que uma estudiosa de arqueologia recebe uma ligação apressada de seu professor. Quando eles se encontram, ele revela um terrível segredo para ela antes de morrer. Só que agora o alvo é ela. Inicia-se uma perseguição furiosa e a protagonista precisa encontrar alguma maneira de chegar a um local seguro. A narrativa é rápida e intensa. Gostei de como a Lu foi objetiva nas descrições aqui. Esse é o tipo de história que precisava que o autor não perdesse muito tempo com elementos desnecessários. E nesse sentido, o ritmo da história não é quebrado em nenhum segundo. É como se fosse uma batida só. Outra coisa legal nessa história é em como ela toca no tema do roubo de artefatos e em como o colonialismo europeu não retornou os objetos que foram espoliados da África. Muito do que foi levado principalmente durante o imperialismo do século XIX é reclamado pelas nações africanas que são as verdadeiras detentoras destes tesouros históricos. Alguns deles reveladores do passado e podem até questionar algumas "certezas" históricas.

Já Crianças Vermelhas é quase uma flash fiction que mostra um acontecimento dramático com a chegada de um cometa vindo do espaço. Sua chegada é entrecortada com uma lenda dos povos Dogon, do Mali. Não vou contar mais do que isso porque aí seria entregar a história toda. Essa é uma narrativa de empoderamento. De o quanto podemos e devemos nos levantar contra as forças que no oprimem.

Antes de fechar esta resenha queria recomendar que vocês lessem as flash fictions que se encontram no finalzinho do livro. Balfac Cke é uma excelente experiência metalinguística e vai exigir que você leia pelo menos duas vezes. O legal é que a segunda leitura quando você pegar os significados vai ser completamente diferente da primeira. E Vazia Eternidade é um daqueles contos que falam sobre a efemeridade da vida e o quanto a vida eterna tira de nós uma das características que tornam o homem um ser tão interessante: seu dinamismo.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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fev 13/01/2021

#BingoLitNegra #LeiaAutorasNegras

4,5

Antes de tudo quero dizer que a escrita da Lu Ain-Zaila (Luciene Marcelino Ernesto) é maravilhosa. Gostosa de ler e que te prende facilmente. É um texto extremamente inteligente.

O conto de abertura Era Afrofuturista, o Invenção das Tranças e o Ode à Laudelina foram os meus preferidos. Eu gosto como ela mistura ancestralidade e futuro sem parecer massante ou piegas. A autora ainda traz várias informações no texto de abertura.

Não curti a parte dos Fragmentos porque me pareceu destoante do resto do livro.

Recomendo demais.
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Vivi 28/02/2021

Gostei muito do livro, histórias lindas e profundas (algumas poderiam ser um livro inteiro) ?
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isabelfilardo 09/03/2021

Temática interessante
O tema é interessante, mas a linguagem não me conquistou. Achei a narrativa confusa e na prática não me entregou tudo que eu esperava pensando em afrofuturismo.
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Thaís Senra 11/07/2021

Sankofia
Sankofia foi um dos primeiros livros afro-futuristas que li e, apesar de não ter entendido algumas partes, traz uma bela reflexão sobre dívida histórica e racismo.
As histórias são divididas em pequenos contos, ótimo para quem não gosta ou não consegue se prender a uma rígida e delimitada linha do tempo seguindo sempre um único raciocínio, porém, isto acabou me afetando um pouco, já que amo me conectar com os personagens, o que não foi possível desta vez.
Mesmo assim, fiquei pensando no livro por alguns dias e fiz várias observações (boas) com meus amigos depois que finalizei haha
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hanny.saraiva 11/04/2023

"Esse é meu jeito de contar histórias"
Terminei Sankofia pensando: "Como seria bom ler mais gente como a Lu", que reinventa, reconstrói, manifesta outras formas de vida, dá vida. Acho que Sanfokia é isso, vida que pulsa, que dobra e desdobra, que está ali perto da encruzilhada, mas que já virou a esquina. Sankofia nos deixa com aquela sensação de sentir algo inexplicável na parte de dentro, pulsando, nos fazendo reviver as vivênvias das personagens, pensando em possibilidades, sendo tocados pela ancestralidade desses protagonismos. As narrativas nos trazem a sensação de proximidade e pertencimento; e como está escrito no livro: "Que ironia... nunca conseguimos explicar em palavras sua magnitude".

Citações preferidas:
"Meu pai parou e me disse que eu precisava entender que resgatar uma história tem a ver com alegria e tristeza, orgulho e revolta, dor e cura, até onde é possível."
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matheushmendes26 15/01/2024

Afrofuturismo brasileiro
Foi uma grata surpresa o livro. Boa parte dos contos têm um bom ritmo, que envolvem o leitor a continuar instigado na leitura. Os pontos fracos são a necessidade de explicar demais os termos e as referências e os contos de fantasia, nenhum deles funcionou pra mim. Os contos mais curtos são os melhores, são onde a autora explica menos. Os fragmentos não são muito bons, as ideias são esquecíveis ou batidas, não precisavam estar no livro.
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