O Reino de Zália

O Reino de Zália Luiza Trigo




Resenhas - O Reino de Zália


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Debyh 27/08/2019

Eu de verdade queria ter gostado desse livro. Aliás tentei fortemente ver os pontos positivos, mas a história no geral me decepcionou bastante e se não for sincera aqui onde serei? Os personagens se contradiziam muito e toda a história deslanchou numa forma meio que sem sentido para mim.
Zália está terminando a escola e se não fosse o fato de ser uma princesa seria como qualquer outra adolescente rumo a novas descobertas. Porém uma tragédia muda sua vida e assim ela precisa lidar com as obrigações que ela tem com o trono o qual é herdeira. Cercada de coisas novas aos poucos Zália percebe que precisa se impor e assim consertar muitas coisas erradas no reino.
continua ► http://euinsisto.com.br/o-reino-de-zalia-luly-trigo/

site: http://euinsisto.com.br/o-reino-de-zalia-luly-trigo/
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Gramatura Alta 25/11/2018

http://gettub.com.br/2018/11/25/o-reino-de-zalia/
Zália é a segunda filha do rei Galdino, e apesar de está diretamente ligada a família real, ela vive uma vida quase que normal, estudando em um colégio interno. Contudo, isso está prestes a mudar, quando o seu irmão e também herdeiro do trono é morto em um atentado político. Agora, cabe a Zália o dever de assumir o posto de regente e fazer o melhor pelo país.


Quanto mais se envolve na política do país, mais Zália percebe a carência do seu povo por uma saída. Zália começa a questionar a forma de governo do seu pai e a sua real culpa em relação às atitudes da resistência. Ela terá que escolher entre fazer o que é melhor pelo seu povo, independente das consequências, ou apoiar o seu pai, que demostra cada vez mais o seu verdadeiro caráter.

O REINO DE ZÁLIA foi o meu primeiro contato com a escrita da autora nacional Luly Trigo e apesar de o livro ter uma proposta muito boa, senti que a obra deixou muito a desejar. Zália é uma menina de 17 anos que teve que assumir um papel que nunca deveria ter sido seu, ela não estava preparada para o que viria a seguir, após o falecimento do seu irmão, e isso é óbvio durante a leitura. Contudo, ela cresceu bastante no decorrer da história e aprendeu a tomar as suas próprias decisões baseando-se no que acreditava ser o certo.

Em questão de personalidade, ela é uma personagem bem insossa, que não me passou confiança, e isso fez com que eu tomasse uma certa antipatia por ela. Outro ponto que me incomodou, foi o triângulo amoroso, que particularmente não fez diferença nenhuma na história. Os personagens não foram bem desenvolvidos e não existia química entre eles.

Os personagens secundários foram muitos importantes na trama, porém, mais uma vez, senti que faltava algo, principalmente na ligação de Zália e os seus amigos, que, através dos diálogos, demonstraram ter uma relação bastante superficial, que não apresentou sentido algum, levando em conta os papeis que eles tinham na sua vida e no seu reinado.

A escrita da autora é bem monótona e, infelizmente, demorei bastante para finalizar a leitura. Como ponto positivo, eu gostei dos questionamentos políticos feitos pela autora e da forma como ela trabalhou o tema: corrupção em meio às intrigas políticas, envolvendo a família real e a resistência. A resolução do problema me deixou com um pé atrás e eu confesso que espera algo diferente e menos previsível.

A edição está bem bonita, folhas amareladas e letras confortáveis, não encontrei nenhum erro de revisão, a capa está bem caprichada e eu adorei o jogo de cores utilizado. A narrativa é feita em primeira pessoa, pelo ponto de vista da Zália.

O REINO DE ZÁLIA foi uma leitura que apresentou uma boa proposta, mas que, infelizmente, não funcionou muito bem para mim.

site: http://gettub.com.br/2018/11/25/o-reino-de-zalia/
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ELB 22/12/2018

Acho que ainda estou sem palavras para descrever como me sinto ao terminar o livro da Luly Trigo, o Reino de Zália. Admito que não esperava metade do que ele me trouxe. Achava que seria apenas um conto de fadas fofo, romantizado e com dramas de uma adolescente assumindo o trono de um país problemático. Nunca havia lido nada da Luly, nem tido qualquer contato com ela, até o evento da CIA onde ouvi um pouco sobre a história e na hora tive certeza que precisava ler. Acho que ando meio na fase de querer ler mais sobre escritores brasileiros que se aventuram em fantasia. E o que eu posso dizer é que valeu a pena.

Na história, somos apresentados ao reino de Galdino e à segunda na linha de sucessão, Zália. Uma princesa de dezessete anos que durante toda sua vida nunca imaginou um dia ser rainha. Sempre teve sonhos de conhecer o mundo e tirar fotos, sua maior paixão. Até que seu irmão Victor sofre um atentado e acaba morrendo, deixando Zália diante do trono.

Galdino é um conjunto de 64 ilhas, divididas em 18 estados e com uma população de 80 milhões de pessoas, que foi fundada pela família de Zália e é desde então governada por ela. O atual rei, Humberto, está afastado de seu posto por causa de um AVC e nomeia Zália como sua Regente e futura Rainha no lugar de seu irmão, dando início a essa magnifica história.

Inicialmente, seu pai estabelece que ela não decidirá nada, apenas assinará documentos e fará visitas reais, enquanto ele continua à frente de tudo. Entretanto, sua mãe lhe incentiva a fazer aquilo que acha certo e buscar o melhor para o povo.

Galdino encontrava-se dividida pela Resistência, que não apoia mais a monarquia e os mais conservadores que acreditam que o país não precisa de mudanças. E Zália se vê metida em meio a esse caos, ainda mais com seu pai buscando incansavelmente os responsáveis pela morte de seu irmão.

“Me sinto egoísta por me preocupar com meu futuro quando deveria estar lamentando a morte do meu irmão. Mas os dois fatos estão tão entrelaçados que é impossível fugir. A morte de Victor é minha sentença.”

Desde o início do livro não tem como não se envolver pela narrativa escolhida pela Luly, é fácil se apaixonar pela simplicidade e confusão de Zália, suas inseguranças e forma de encarar a vida. É uma narrativa em primeira pessoa, que te faz se prender ainda mais à princesa regente.

Os personagens são cativantes, e não posso negar que amei do início ao fim o Gil, um dos três melhores amigos de Zália, juntamente com Julia e Bianca. Eles são meio que “gente como a gente”, presos num mundo novo e adorando cada dia no palácio ao lado da futura monarca.

A forma como Luly criou um reino longe de ser perfeito e cheio de magia, diferente do que estamos acostumados e esperamos dos contos de fada me chamou muita atenção. É um reino que sofre assim como nós sofremos atualmente, com a corrupção, governantes que sempre saem impunes e com o rico cada vez ficando mais rico, enquanto o pobre cada vez fica mais pobre. Adorei ver citações que remeteram a tanta coisa real que nosso país vem enfrentando. Como os problemas com as merendas nas escolas, ou os professores que não recebem salário, mas ainda assim continuam dando aula, pois sabem que aquelas crianças precisam deles.

Luly soube trazer a nossa realidade para um mundo fantasioso de forma perfeita e até mesmo assustadora. Ás vezes passamos por uma notícia de jornal sem nos importamos com o que realmente está acontecendo à nossa volta e ler O Reino de Zália foi um tapa na cara, ainda mais diante do que vivemos atualmente no nosso país com toda essa mudança política. Pode ser um livro de fantasia, mas os temas são mais reais do que gostamos de admitir. O que só me faz temer ainda mais o que pode estar por vir.

Zália é o tipo de personagem que me agrada, pois o tempo todo está disposta a mostrar sua força, ainda mais num reino onde todos os dezoito governantes são homens, assim como todos os prefeitos e conselheiros de seu pai. Para uma jovem de dezessete anos, impor suas vontades é um desafio realmente grande. Seja mudando um simples vestido ou ditando o que falará por si própria sem que ninguém lhe represente. E ela mostra um crescimento sem igual durante as páginas, mesmo ainda sendo uma adolescente insegura, não desiste diante dos desafios. É uma princesa feminista, disposta a seguir seus ideais e jamais baixar a cabeça por ser mulher. Para nós mulheres, é uma inspiração ter uma personagem tão forte assim como ela.

“Por que estou tão elétrica?, pergunto a mim mesma. E, como se existisse outra de mim, respondo: Porque acabei de sentir como é ter poder... e gostei.”

Amo romances e não podia faltar nesse livro, sendo que, para mim, ele ficou realmente no segundo plano. Luly o usou na medida certa, pois não tem como querer focar no romance enquanto o reino inteiro está prestes a desmoronar. Mas, não tem como não sentir o coração dividido, como a princesa, e sofrer a cada desilusão. Amar e odiar personagens e desejar que o final seja feliz. Antonio e Enzo são personagens intensos e com grande construção da autora, te fazendo ter a cada página uma visão diferente deles, assim como Zália, ao descobrir seus segredos.

Um livro que me surpreendeu, pois, como já disse, esperava que tomasse um rumo comum, como qualquer livro de princesa que já li, mas, quanto mais eu lia, mais percebia que estava longe de ser o esperado. Uma história de política ambientada num reino e envolvendo toda a trama de uma jovem que precisa abrir mão de sua liberdade e assumir as responsabilidades cedo demais. Mostra que não importa quem você é, seja uma menina de dezessete anos, uma mulher ou quem quer que seja, o destino do país está diante de seus olhos e em meio às com as dificuldades, todos podem fazer sua parte. Zália apenas nos mostra que não devemos ficar calados, que mesmo com as mãos atadas podemos buscar soluções e melhorias, só não devemos nos manter quietos e esperando que a mudança aconteça, nós somos a mudança.

Luly Trigo já havia me conquistado com seu jeito carismático, sua simpatia e forma como trata aqueles que estão ao seu redor, mas me ganhou ainda mais com sua escrita e forma revolucionaria de ver o mundo. Ela conseguiu me prender do início ao fim em suas páginas e me fez desejar que a história de Zália não tenha chegado ao fim. Um livro apaixonante, para quem gosta de política, ou não, e para aqueles que amam fantasia e personagens fortes. Ganhou meu coração e um destaque em minha prateleira.

site: http://www.everylittlebook.com.br/2018/12/resenha-o-reino-de-zalia-luly-trigo.html
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Nana Barcellos | @cantocultzineo 11/12/2018

Zália tem dezessete anos e é apaixonada por fotografia. Ela vive em um arquipélago chamado Galdino. A menina passou parte da vida num colégio interno, onde tem a companhia de seus melhores amigos Julia, Gil e Bianca. Contudo, toda essa calmaria está prestes acabar.

Após receber a notícia da morte de seu irmão, Victor, Zália precisa retornar para casa. Aquela em que pisa uma vez ou outra. Seu pai é o rei de Galdino, mas por problemas de saúde, a regência estava a cargo de Victor. Como Zália se torna a única herdeira, à contra gosto, o pai a nomeia regente. Assim, ela se vê aos olhos de toda população, caminhando para se tornar rainha. A mãe sempre desejou que Zália ficasse afastada de toda monarquia e tramites, crescendo num mundo real que tornasse sua personalidade mais empática, diferente do pai. No decorrer das páginas, descobriremos se foi uma boa ideia ou não...

Cumprindo sua agenda, Zália se aproxima de detalhes sobre a Resistência, grupo ativista acusado de planejar a morte de Victor, e que as situações que eles expõem não são tão esquecíveis quanto parece. Ela é a mudança e como tal, começa a se importar com o assunto e investigar o que há por trás das acusações. Mas, não é todo mundo que ficará feliz com isso, né? Com ajuda de seus amigos, agora conselheiros, a futura rainha de Galdino aprende a se impor e questionar.

Por outro lado, a vida de Zália também trás conflitos para uma moça de sua idade, como o primeiro amor e a superação dele. Há anos ela nutre uma paixonite por Enzo, que ela descobre que será seu guarda-costas. Revira sua mente por completo. Daí aparece Antonio, que lhe ajudará com toda burocracia e render boas conversas, histórias e sedução. Difícil. Quem não fica nada feliz com a aproximação de Antonio é sua amiga, Julia.

Certa de que tem documentos o suficiente para iniciar a caça às bruxas, Zália sabe que pode corromper todo trabalho do pai. Eles nunca tiveram um ótimo relacionamento e o fato de ser a única herdeira não amenizou em nada. Porém, o povo começa a confiar que ela é a mudança e Zália só precisa provar a eles.

"Em breve vou poder fugir para o quarto e deitar em posição fetal, fingindo estar no internato como a Zália que eu era antes."

O blog teve a oportunidade de receber a prova da primeira fantasia de Luly Trigo, através da plataforma NetGalley, e de cara fiquei encantada com toda construção da autora. É fácil saborear os detalhes do fictício reino de Galdino e outras localidades próximas ao arquipélago. A ilha tem sua própria cultura, regras, alimentos... e flores - notou a capa? Pois é, Luly é muito criativa e sua escrita nos prende, numa trama política acrescentando questões familiares, amizade, mistério e claro, romance.

Afastada de tudo relacionado ao governo do pai, Zália tem de fingir que está tudo bem de um dia para o outro. Ressente e muito pelo fato de que parece a única a se deixar sentir o luto do irmão. Ela é uma garota legal, empática e uma ótima amiga. Talvez seus tons dramáticos incomodem, mas em certa parte há razão. Só me decepcionou um pouco em não ouvir os conselhos de Julia. Mais uma que põe crushzinho na frente de um conselho vindo de uma amizade de anos. Eu odiava quando minhas primas faziam isso comigo, então me chateia em leituras também. Ha!

Quem é mais assíduo nas redes, principalmente o Twitter, nota que o jovem moderno não tem medo de debater sobre questões políticas. Em outros tempos, talvez fosse um assunto que causasse certo asco, mas hoje, eles mantêm uma opinião forte sobre tudo. Zália e seus amigos são como esses jovens. Quando Zália recebe a notícia de que será regente, a trama dá espaço para várias discussões sobre a monarquia e o reinado de seu pai e irmão. Muitos fatos bem atemporais. Julia é sua amiga que foi criada em meio ao ativismo e possui opiniões avessas, que decerto incomodam a amiga. A autora não subestima seu público e trás sua protagonista batendo de frente com quem for preciso.

"... Porque você lê jornais de má qualidade e acredita em tudo o que noticiam - rebate Julia, mais uma vez na defensiva. - Infelizmente, todos os movimentos, religiões e grupos idealistas têm extremistas, que querem ir muito além dos preceitos básicos, mas que não representam o todo."

O enredo ainda nos presenteia com alguns mistérios. Sobre a morte de Victor é mais nítido, porém ao assumir tal posição, Zália lidará com vários assuntos que seus pais desejariam manter em segredo. Não só dela, mas um do outro. E as manifestações da Resistência não são bobeira, como o pai e seus aliados tentam fazer parecer. Zália viveu boa parte de sua vida longe de toda movimentação no palácio e agora, precisa ser forte a cada nova descoberta e decepção. E claro, isso também a coloca na mira do perigo.

Não vamos esquecer que nossa protagonista é uma adolescente que cresceu com certas privações e isso trás ingenuidade no que se trata de relacionamento amoroso. Enzo foi sua primeira e única paixão, mas o rapaz a decepcionou. Agora, Zália acaba por chamar atenção de Antonio, mais experiente e a encanta com conversas predominadas pelo conhecimento; a educando como ser uma boa rainha. Mas será que Antonio é realmente confiável? Porém, Zália não foi privada em ter amizades e a trama explora momentos bem divertidos entre eles, além dos compromissos reais. Alguns bem lindos também, como a maneira que ela decide ajudar um deles que está em conflito com os pais.

Vamos a parte que me pegou de jeito nessa história: a relação de Zália com o pai. Já na dedicatória a autora deixa claro sua inspiração para todos os conflitos entre os dois. Bom, já comentei algumas vezes que meu pai e eu não temos um relacionamento maravilhoso. Vi e muito dele no pai de Zália. Há uma cena em que Zália questiona algo a mãe, sobre os sentimentos dele, que me lembrou uma conversa que tive com a minha tempo atrás. O final dos dois tem aquele gostinho doce amargo.

" Finalmente entendo que é importante se permitir sentir. Só assim podemos superar nossos traumas e crescer. Transformar os obstáculos em lições e não em fantasmas."

"Quando achei que tinha superado, você voltou ainda mais lindo, me seguindo dia e noite."

O Reino de Zália nos trás uma narrativa atual e jovial. Luly Trigo nos deixa encantados com seu cenário. Quem não nutre esperança por dias melhores? Quem não torce para que surja alguém que acabe com todo caos? Não sou muito habituada com livros do gênero, mas a escrita da autora é deliciosa. O final dá aquele gostinho de que terá uma continuação.

Lido em e-book e apesar de não ser a edição final, gostei da revisão, a leitura foi bem proveitosa e compreensível. Deu para ter um gostinho da edição física, com um mapa nos apresentando o cenário da narrativa. Florais presentes pelos capítulos, nesse caso sou meio suspeita porque amo demais. E mais uma vez, a editora trás interatividade, com formatação das mensagens trocadas entre os amigos (isso vi em fotos da edição física).

site: https://cantocultzineo.blogspot.com/2018/11/livro-o-reino-de-zalia-luly-trigo.html
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Alannys 25/11/2018

Virou um dos meus favoritos!
No livro "O reino de Zália" nós encontramos um reino passando por conflitos econômicos e consequentemente um povo revolto por conta da má gestão da monarquia para com o governo do reino de Galdino. Zália a filha mais nova do rei e da rainha vive num internato desde pequena - ideia que sua mãe teve, para que a filha mais nova não precisasse lidar com a pressão da monarquia, já que seu irmão mais velho Victor, que seria o herdeiro do trono. Por conta de alguns problemas de saúde, o pai de Zália precisa se afastar do trono, assim Victor assumi a regência, porém o mundo de Zália vira de ponta a cabeça após seu irmão sofrer um atentado. Com o assassinato de Victor, Zália se torna a única herdeira da coroa assim assumindo a regência do trono.

O livro é extremamente envolvente, eu o pegava rapidamente e lia cinquenta páginas sem nem perceber. A estória é maravilhosa, mesmo tendo sido previsível para mim em diversos aspectos, fato que não tirou nem um pouco a graça da leitura. Nesta obra temos política, romance, tragédia familiar e também uma protagonista extremamente empoderadora e - ao meu ver - totalmente feminista. É encantador acompanhar o crescimento de Zália, uma jovem que mesmo sendo tão inocente, transborda determinação, empatia e sabedoria, características essas que foram essenciais para o belo desfecho do livro.

Bom, também quero ressaltar o quão ampla é a escrita de Luly. Eu li um outro livro dela que ela escreveu em parceria com a Klara Castanho, o enredo do outro é bem mais juvenil que este e os temas abordados são bem menos problemáticos, e mesmo assim Luly traz uma escrita viciante em ambos os livros, sem contar a precisão em cada detalhe atribuído as estórias, enfim amei a leitura! Já está na lista de favoritos!
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Ana | @naluentrepaginas 16/11/2018

Resenha: O Reino de Zália - Entre Páginas
Ola minha gente, tudo bem com vocês? Hoje trago a resenha de uma das minhas melhores leituras de 2018, o livro O Reino de Zália! Luly Trigo criou uma história brilhante, que mescla romance, aventura, conspiração política, com personagens maravilhosos em um cenário real e cativante!

Zália é uma princesa de 17 anos, que como não é a sucessora ao trono (seu irmão mais velho sim), tem a oportunidade de viver fora do palácio, estudar em uma escola comum e fazer amigos.

Atualmente vivem em um cenário político onde o povo não está satisfeito com o reinado de seu pai, existe a Resistência que luta contra o governo, e em um suposto atentado promovido pela resistência o irmão de Zália morre, e ela se vê como Regente do Rei, tendo que fazer aparições políticas, tomar decisões, aprender sobre coisas que ela nunca imaginou.

Aos poucos, Zália começa a perceber que o Reino não é bem como ela imaginou, ou como foi levada a acreditar. A corrupção existe, a resistência pode não estar tão errada, e quando Zália decide lutar pelo povo, se vê envolta de uma conspiração muito maior do que imaginava.

Mas o livro não se trata só de política e conspirações! Enquanto Zália lida com todo o jogo político, ainda tem uma paixonite por um dos assessores de seu pai, tem que lidar com seu ex que agora é seu guarda-costas, a falta que sente da escola, dos amigos, enfim, todas as preocupações que uma garota de 17 anos tem (mesmo que não seja uma princesa!)

O Reino de Zália é aquele livro que você não consegue parar de ler. Você fica indignado com tudo o que acontece, sem saber em quem confiar, querendo saber o que vai acontecer. Zália é uma protagonista maravilhosa! Mesmo jovem, ela é forte, decidida, e quando percebe as coisas erradas e decide lutar pelo povo, ela não mede esforços e nem pensa nas consequências. Tudo no livro é na medida certa, o romance é bem leve, vem pra tirar um pouco o peso político do livro e descontrair, mas sem fugir a história.

É um livro extremamente atual é bem escrito, que recomendo para os leitores de todas as idades!
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EstanteColoridadaIsis 16/11/2018

#ResenhadaColorida
A jovem Zália é princesa de Galdino, mas sempre estudou em um colégio interno, onde conheceu seus melhores amigos e nutriu seus sonhos de sair fotografando pelo mundo. Os problemas e conflitos da monarquia nunca chegaram nela, até o dia em que Victor, seu irmão mais velho e herdeiro do trono, sofre um atentado. Zália retorna ao palácio e mesmo sofrendo pela perda do irmão, deve assumir as responsabilidades e tornar-se regente. Com isso, Zalía abandona todos os seus planos para o futuro e se vê cercada por intrigas e segredos que a fazem questionar as decisões do rei. Agora, ela tem que se comprometer com o trono para reconquistar o povo de toda Galdino. Nessa caminhada, Zália precisa aprender a escutar seu coração e confiar em si mesma para se tornar a rainha que nasceu para ser.
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"O Reino de Zália" foi uma leitura surpreendente, porque eu esperava um YA clichê e açucarado, ledo engano. Com uma narrativa fluída e instigante, Luly apresenta uma trama cheia de segredos, intrigas e muita corrupção. Zália passou de uma adolescente um pouco mimada e birrenta, para uma jovem mulher, cheia de ideais. Eu adorei ver seu desenvolvimento durante a estória e o modo como ela sempre encarou os desafios de frente, com a ajuda dos seus melhores amigos.

Luly aborda a politica de forma muito clara e bem interessante, além de assuntos como desigualdade, drama familiar e a força das mulheres, que assumem papéis muito importantes na estória. O romance não foi o foco, mas adorei o que aconteceu no final. Quem sabe não vem uma continuação por ai?

site: www.instagram.com/estantecoloridadaisis
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Ana 09/11/2018

Zália é uma adolescente quase normal: está no último ano da escola, tem amigos super legais e é a princesa de Galdino. As coisas vão extremamente bem com Zália — que sonha em ser fotógrafa —, até que seu irmão, o príncipe regente, sofre um atentado. Assim, a protagonista se vê obrigada a assumir um cargo que nunca desejou, e sem um pingo de preparo, para dar continuidade ao governo do pai.

Ser princesa regente nunca foi o desejo de Zália, pois nunca pensou em abrir mão dos próprios desejos para governar um país inteiro. Ainda assim, ela já se mostra uma pessoa formidável quando percebe que essa é a única opção segura para o povo. Porém, a princesa possui ideais completamente opostos ao do pai, que sempre coloca defeito em tudo o que ela faz e tenta diminuí-la de todas as formas possíveis. Eu não consigo calcular a raiva que senti do rei, principalmente pelo fato de ele não entender que, antes de qualquer coisa, ele é pai de uma pessoa como qualquer outra.

Para início de conversa, Zália seria apenas um peão na mão do rei. Mas não é exatamente isso que acontece. Depois de estudar um pouco e se envolver com algumas questões políticas, a princesa regente percebe que há muita coisa errada no reino e decide investigar, chegando ao ponto de questionar algumas atitudes do pai. A medida que as páginas passam, a gente vai ligando os pontos, vendo que algumas contas não batem e o pior é que ninguém no castelo parece 100% confiável.

Não bastasse a preocupação com o Reino, Zália ainda tem que lidar com seu novo guarda-costas, uma antiga paixão que nunca foi esquecida, e o seu novo professor particular que demonstra ter outros tipos de interesse por ela. O triângulo amoroso não é o foco da história e não é exatamente incômodo, mas não posso falar que faria falta caso não existisse. Enzo, apesar de parecer um cara legal, não é muito bem desenvolvido a ponto de fazer a gente torcer por ele. Por outro lado, Antonio é o próprio príncipe encantado, tão perfeito que é impossível não ficar com a pulga atrás da orelha.

O tema central do livro com certeza é o ponto alto da leitura: a corrupção em um governo que parece perfeito. É impossível ler O Reino de Zália sem se lembrar de toda a sujeira do nosso próprio país. Segundo a própria autora, a monarquia ajudaria a alfinetar todas as coisas erradas que acontecem por aqui. Luly Trigo inclusive uma Resistência maravilhosa para contrapor o governo e lutar contra ele. É ou não é pertinente, levando em conta todas as coisas que estamos vivendo aqui no Brasil?

Há muitas discussões sobre política, de uma forma bem clara e interessante — o que eu achei extremamente válido e importante, principalmente se levarmos em conta o público alvo, adolescentes, que não têm lá muito interesse sobre o assunto. Além disso, Trigo aborda assuntos como desigualdade social, força feminina e problemas familiares de uma forma muito bacana. Eu realmente gostei muito de como as mulheres têm papéis muito importantes em O Reino de Zália, e não estou falando só do fato de a protagonista ser detentora do poder maior.

Além da própria Zália, a personagem que eu mais gostei foi, de longe, a Mariah, a professora particular da menina. Gente, que exemplo de mulher! Inteligentíssima, super comprometida com sua profissão e uma militante incrível, sempre ao lado do povo. Os melhores amigos de Zália também são muito legais: Gil, Julia e Bianca dão um toque a mais na história, mostrando que amigos são muito importantes, principalmente nas horas mais difíceis.

Tirando o fato de todos os problemas da monarquia serem resolvidos de uma forma simples e bem rápida — o que a gente sabe que é impossível acontecer de uma hora para outra —, eu gostei muito da mensagem de esperança que Luly Trigo quis passar com Zália: uma pessoa realmente disposta a consertar os erros e fazer o melhor, e o melhor de tudo, do mesmo lado do povo.

site: http://www.roendolivros.com.br/
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PorEssasPáginas 05/11/2018

O livro O reino de Zália, da autora brasileira Luly Trigo, só vai ser lançado no mês que vem, porém recebemos uma prova do livro para lermos antes de todo mundo! Yaaay! :D Adoro conhecer autores brasileiros e tendo princesas fico ainda mais animada… E esse é um livro MUITO importante para o momento político em que nós estamos vivendo agora. (...)
O reino de Zália é um livro muito bom pela discussão política que ele traz para um público jovem adulto. Sim, Galdino (que é um arquipélago tropical) não existe, mas os problemas que essa monarquia enfrenta reflete o de vários países, incluindo o Brasil. Os problemas com a população mais pobres, desvio de dinheiro, roubos… É tudo o que tem no nosso dia a dia. Eu achei brilhante como a autora resolveu tocar nesse tema: sem querer “dar uma lição de moral” e sim discutir, alertar. (...)

**Resenha completa no blog!**


site: http://poressaspaginas.com/resenha-o-reino-de-zalia
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Letícia @sereia_literaria 18/10/2018

Simples porém complexo, muito bem escrito e rápido de ler!
Zália é uma princesa de 17 anos que, diferente do que estamos acostumados, não vive em um Reino. Ela foi afastada das burocracias de Galdino quando seu irmão tomou a regência do Palácio, livrando-a de grandes responsabilidades. A mesma vive em um colégio interno, onde conheceu seus melhores amigos e aprimorou seu amor por fotografia.

Tudo muda quando seu irmão, o Príncipe Victor, sofre um atentado, e a única opção do Reino é tornar Zália a mais nova regente do arquipélago de Galdino; um posto cujo ela não está preparada a exercer.

Para se tornar uma rainha, a protagonista terá de enfrentar cobranças vindas de todos os lados; da população, do seu pai e, é claro, dela mesma. Aos poucos, Zália descobrirá verdades escondidas por trás das leis impostas pela sua família, e em paralelo ao reencontro com seu amor do passado, ela terá de entender os lados da política e, principalmente, do seu povo.

Esse é, com toda certeza, um dos meus livros favoritos do ano. Através de uma escrita encantadora e direta, sem palavras de difícil entendimento ou grandes descrições, Luly Trigo nos apresenta um enredo bastante simples e ao mesmo tempo complexo, onde iremos nos transportar ao Arquipélago de Galdino e acompanhar as intrigas do Reino.

Gostei muito da forma como a história foi desenvolvida, com críticas que embora sejam para um mundo fantástico, podem ser aplicadas a nossa realidade. A protagonista deixa claro que quer dar seu melhor para o bem do povo através de seus atos valentes que contrariam as idéias da corte, e principalmente as de seu pai. Achei muito bem construído o empoderamento da protagonista diante da situação.

O único ponto negativo ficou por conta do romance; achei que poderia ter sido melhor trabalhado e desenvolvido ao longo das páginas, oque se tornou, para mim, um ponto raso e fraco da história. Acredito que meu interesse maior tenha ficado em cenas sobre Zália e o governo em si, e acabei não me conectando tanto com o romance apresentado. Fora isso, achei incrível e recomendo muito para todos, sem exceção.
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Evelyn 06/01/2024

Livro nacional bom
440 páginas não é uma leitura fácil, mas passou rápido. Senti que no começo a leitura é meio engessada e depois flui.
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Queria Estar Lendo 10/10/2018

Resenha: O Reino de Zália
O Reino de Zália é o mais novo título da autora Luiza Trigo. Publicado pela Editora Seguinte - que cedeu o eARC em parceria com a NetGalley - conta a história de uma princesa aprendendo a lidar com as responsabilidades de uma coroa - e a questioná-las.

Na trama, o irmão de Zália morre em um acidente, o que torna a garota a herdeira direta ao trono de Galdino. O reino tem vivido grandes problemáticas no cenário político, com revoltas populares acendendo a chama de uma rebelião e tramoias e intrigas dentro da corte. Uma vez herdeira, Zália precisa assumir as responsabilidades, e isso significa lidar com tudo que o irmão vinha lidando até então; some isso a instabilidades familiares e romances inesperados e a trama se desenvolve a partir de então.

Esse é meu primeiro contato com um livro da Luly. De um lado, gostei da criação de mundo e do desenvolvimento das tramas políticas. Achei o universo de Galdino bem estabelecido e crível - quase como a minha querida Genóvia. Por outro lado, a narrativa acabou escorregando em enrolações em alguns momentos da trama, o que tornou a leitura arrastada quando não devia.

Apesar da lentidão, um ponto positivo foi a questão da desigualdade e das problemáticas dentro do reino. Conforme Zália entende os problemas da corte e do governo, fica claro que nada do que vive é o conto de fadas que todo mundo sonha para uma princesa. Especialmente com a corrupção correndo solta e desestruturando a confiança que o povo tem na coroa; gostei muito de como a narrativa teve coragem e expôs essa situação, como as críticas estavam ali em meio aos personagens secundários e à própria rebelião.

Zália teve um arco de evolução bem notável. Eu gostava dos questionamentos dela (não de todos, veja bem, porque querer colocar um bando de adolescente como conselheiro é um pouquinho too much fora da casinha até pra minha mente mais aberta em relação a postura rebelde né) e de como se impunha frente aos que a julgavam inferior pela idade ou por ser uma garota. Zália aceitou seu papel como princesa e regente e bateu o pé para se fazer presente; do início ao fim, dá pra ver a montanha-russa que foram as situações vividas por ela.

Quando ela encontrava desigualdade, tinha consciência de que vivia privilégios absurdos e encontrava em si aquela faísca para querer mudar as coisas. Para ganhar a confiança do povo, Zália percebeu que precisaria governar por eles e para eles, colocá-los acima de tudo.

Quanto ao romance... Sem ele, para mim, a história teria sido melhor. Os dramas amorosos vividos por ela não me conquistaram, mas podem funcionar melhor para o público alvo. Ambos os interesses amorosos da protagonista têm boa presença e são charmosos.

Estava muito mais interessada nos familiares. Esses sim deram pano pra manga; o pai régio e obstinado que sempre foi rei e sempre fez da sua palavra lei confrontando a princesa rebelde rendeu cenas maravilhosas - e o apoio da mãe, uma figura mais silenciosa, que age pelas sombras, que sabe o momento certo para mover as peças e chegar a um resultado satisfatório, foi essencial para Zália.

Não consegui ver a edição física do livro, mas o eARC que recebi do NetGalley tinha poucos erros de revisão e promete uma diagramação muito lindinha para o físico! Isso sem falar na capa, que é um arraso.

O Reino de Zália é uma boa pedida para quem gosta de histórias com princesas questionadoras e rebeliões silenciosas. Uma jornada fantástica sobre uma garota corajosa para inspirar outras garotas a serem corajosas. É uma leitura divertida e bem-vinda, com toques de nostalgia e jovialidade.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/10/resenha-o-reino-de-zalia.html
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MãeLiteratura 07/10/2018

Delícia de livro!!
Estava curiosa para ler este livro, pois já tinha lido comentários sobre ele e acompanhei a Luly na Bienal deste ano. Aliás conheci a Luly na Bienal retrasada, então uma jovem acompanhada pela mãe, que começava a se destacar e já chamava a atenção pelo talento. Talento este que fica sedimentado e comprovado neste livro simplesmente delicioso!
Há tempos um livro de fantasia não me prendia tanta a atenção. Qualquer momento livre que eu tinha, eu corria para o Kindle para ler mais um pouco deste universo mágico que a Luly criou.
O Reino de Zália é um conto de fadas, uma fantasia deliciosa, que lembra a Seleção, mas que é muito peculiar e diferente. O livro é fofo, os personagens são carismáticos e humanos. Luly encontrou um tom muito bom para compor este universo especial.
Zália é uma princesa pé no chão, sensível e bacana, que estuda num colégio interno. Têm três amigos inseparáveis, Julia, Bianca e Gil. Mariah, a mãe de Julia e sua professora também tem um papel importante na história, ajudando no seu processo de amadurecimento. Após a morte trágica do seu irmão, que acontece logo no início da trama, vê sua vida transformada da noite para o dia. É preciso assumir o trono, amadurecer e se comportar como uma regente. Segredos, mentiras e conspirações também fazem parte do enredo. Luly aborda ainda o relacionamento de Zalia com seus pais.
Zália é uma heroína forte e ao mesmo tempo terna, doce, amiga, madura e com arroubos próprios de uma jovem de 17 anos. Idealista, luta pelo que julga ser certo e é destemida e corajosa. Luly destaca a moda na trama e eu adorei as passagens que descrevem as roupas usadas por Zália, assim como o papel das redes sociais na sua vida. Para completar, Zália encontra e adota uma cachorrinha fofa, adoro personagens caninos nas tramas.
Claro que não poderia faltar romance e aqui teremos um triângulo amoroso. Zália é apaixonada por Enzo, amigo do seu irmão e ao que tudo indica um amor impossível. Enzo é um moço correto, honesto e lindo. Por outro lado, seu coração também balança por Antônio, que trabalha com seu pai e parece ser um homem muito interessante. Quem ganhará o amor da nossa heroína? Não vou contar, mas te adianto que desde o início torci por um dos dois mocinhos!
A trama tem um ritmo muito bom, Luly explora temas atuais como política, corrupção, vinculados a outros clássicos como amizade, valores e princípios. Devorei este livro e terminei a história morrendo de saudades dos personagens. Tomara que tenha continuação.

site: http://www.maeliteratura.com/2018/10/eu-li-o-reino-de-zalia.html
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user134340 03/10/2018

Um livro que PRECISA ser lido
Toda garota e garoto já sonhou em ser da realeza. Como eu tenho certeza disso? Porque (sou ILUDIDA até hoje) somos alimentados com histórias bonitinhas enfeitadas com finais felizes e um lindo castelo sobre a montanha. Uma doce ilusão! Ninguém nos contou a verdade e a história de Zália é a prova definitiva disso. ?????????????????????????????
? ?Uma nova era começa, um novo Galdino surge.? ?????????????????????????????
Sob a proteção de ser a segunda filha do Rei, Zália teve a oportunidade de viver bem longe dos esquemas e intrigas políticas do castelo.
Até então, como princesa, seu poder era limitado e suas obrigações com a coroa eram pouco exigentes, permitindo que frequentasse um colégio interno e fizesse amigos. Mas com a morte inesperada de seu irmão e herdeiro do trono, Zália se vê obrigada a assumir um papel que antes jamais poderia sequer imaginar, ela se tornou princesa regente.
Uma loucura! Zália tinha apenas dezessete anos e nunca quis ser princesa, muito menos rainha, e ainda viveu tempo demais longe do palácio para saber como governar um reino!
Apesar de todos os fatores contra seu a favor, ela aceita relutantemente a regência. Com medo de falhar e desapontar seu pai, ela terá que aprender as regras do jogo, descobrir em quem pode confiar, desvendar o mistério por trás da morte de seu irmão e ainda remendar seu coração fragilizado com a volta de uma amor do passado. ?????????????????????????????
? ?Percebe? De um jeito ou de outro, você sempre vai desagradar alguém, então por que não ser você mesma?? ?????????????????????????????
Ao ler este livro (juro) me senti jogada aos lobos, assim como acho que a própria Zália, e meu coração transbordava compaixão, dor e, a maior parte do tempo, ressentimento por ser apenas uma espectadora da história e não poder consolar Zália.
Mesmo com uma narrativa simples e sem muitos floreios, a autora conseguiu dar vida ao Arquipélago de Galdino e as personagens, de forma que é quase impossível distinguir o que era fictício e realidade.
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Karin 01/10/2018

O reino de Zália
Soube do lançamento de O Reino de Zália através da própria autora, Luly Trigo, durante a Bienal do livro SP 2018. Apesar de ter outros livros da autora na minha estante, essa foi o meu primeiro contato com um romance escrito pela Trigo. Até agora, só havia lido o conto As Valentinas, uma das primeiras histórias escritas pela autora.
Quando vi que a Editora Companhia das Letras estava disponibilizando a leitura prévia do livro através da plataforma NetGalley fiquei muito empolgada com a possibilidade de leitura. Fiz a solicitação do livro e fiquei bem feliz em ter sido aprovada para ler antes do lançamento.
O Reino de Zália irá contar a história da princesa Zália, uma típica menina de 17 anos cursando o último ano do Ensino Médio. Ela vive em um internato desde o inicio da adolescência e seu sonho é se formar e poder se dedicar a fotografia, que é a sua grande paixão. Mesmo sendo da realeza, ela não tem as responsabilidades que o seu irmão Victor, herdeiro direto e príncipe regente, possui. Zália cresceu longe do reino e sem conhecer a fundo como as coisas funcionam. Porém, tudo isso muda quando o seu irmão morre, vítima de um atentado. Zália vê o seu mundo se transformar totalmente, de repente.
A princesa precisa assumir o lugar do irmão, já que seu pai por motivos de saúde não pode reinar o país. Zália nunca foi preparada para se tornar uma regente (e futura rainha) e se vê totalmente perdida sem saber muito bem o quê fazer e como fazer. Conforme ela vai conhecendo o funcionamento do reino e da regência, ela começa a se inteirar dos problemas que estão acontecendo no seu país. O povo está insatisfeito há muitos anos com a maneira que os últimos reis estão governando a nação, a Resistência, que é um grupo que luta por melhorias em Galdino, está questionando o papel da coroa no país e é suspeita por trás do atentado que matou o príncipe regente. Zália diverge do pai em muitas questões referentes ao reino e quer entender porque vê tantas inconsistências nos discursos dos governantes e nas reais necessidades da população. Com tudo isso ela decide investigar o que de fato está acontecendo, mas essa investigação revela muito mais do que Zália pode imaginar.

O mundo criado em O Reino de Zália
Todo o universo criado pela Luly Trigo em O Reino de Zália é fictício, porém bem verossímil. Eu não sou muito ligada na temática de reinados e coroas, reis e rainhas, da maneira bem tradicional que conhecemos. Mas falou de realeza nos moldes mais modernos, como o modelo britânico, eu já gosto mais. Acho que foi por causa disso que eu me interessei tanto pela história. A Luly não só criou o país Galdino como também, sua história e formação e achei bem legal os nomes que ela usou para descrever os lugares e regiões. Eles são tipicamente brasileiros o que, para mim, dá proximidade com a leitor. E isso pode ser notado no mapa-pôster de Galdino que vem como brinde para aqueles que compraram o livro na pré-venda. Ele consegue mostrar geograficamente o mundo idealizado pela autora.

Temas abordados
Uma grande surpresa para mim foram os assuntos presentes nessa história. Um livro que irá falar sobre política, corrupção, desigualdade social não é o tipo de livro esperado para o público jovem. Porém, a Trigo retrata sobre esses e tantos outros temas de uma forma que não fica pedante, cansativo, nem raso. Ela consegue fazer o leitor pensar e refletir sobre a sua própria realidade, sobre a sociedade em que vive. Mesmo que não toque diretamente, mas uma sementinha da reflexão ela consegue plantar na cabeça do leitor. Vi tantas semelhanças nas questões políticas e sociais brasileiras, que deixaram um sorriso no rosto enquanto lia. Dentro de mim, tinha uma vozinha que torcia “Isso, garota! Manda ver!”Acho muito importante temas como esses (e tantos outros) presente em livros voltados para o público jovem pelos mais diversos motivos.
O tema família também está presente no livro. Apesar de viver praticamente boa parte de sua vida no internato, Zália é muito ligada a família. Os personagens da mãe e, principalmente, do pai estão constantemente em foco e tem papéis fundamentais na construção de todo o enredo.
Claro que há romance no livro, mas não é algo que norteia a história. Tem um triangulo amoroso e o leitor fica dividido em qual casal shippar. Senti falta de um romance paralelo com outros personagens, mas acho que essa não era bem a intenção da autora. Teve algumas situações românticas que poderiam ter sido cortadas porque achei que não acrescentavam muita coisa para o enredo central, o que deixou o livro um pouco arrastado.

Os personagens em O Reino de Zália
Gostei muito da construção dos personagens e na forma como eles evoluem ao longo do enredo. Não achei que haviam personagens demais ou de menos. Acho que na medida certa. Os amigos de Zália apesar de serem bem construídos, eles podiam ter tido um pouco mais de voz ativa na história. Teve momentos que fiquei incomodada com o comportamento da Zália com a amiga Júlia. Estava me dando nos nervos os ataques de princesa mimada que ela estava tendo.
Me apaixonei pelo Enzo (desculpa Antonio, mas não fui com sua cara!). Fiquei idealizando-o a cada cena que aparecia. Doce, apaixonado e super profissional nos seus deveres como guarda real. Antonio tem um charme, mas não o tipo que me agrada. Eu quero debater mais sobre essa parte romântica do livro mas tenho medo de dar um baita de um spoiler e arruinar as experiência dos futuros leitores.
Falando agora da Zália, a nossa protagonista. Ela é uma personagem carismática que conquista logo de cara. É uma menina que se encontra em uma posição delicada tendo que se tornar adulta de forma muito abrupta. Esse processo é complicado porque ela ainda é uma garota, cheia de sonhos, querendo conhecer o mundo, mas de repente precisa assumir o papel de soberana e governar um reino no qual mal sabe seu funcionamento. O leitor consegue notar o seu crescimento. O livro começa com uma princesa que vive em sua bolha, em seu pequeno mundo, mas que ao longo da história vai deixando suas inseguranças de lado para poder ser justa com o seu povo. Ela não é uma personagem forte que passa por um amadurecimento forçado e se torna uma personagem forte, diferente e destemida. É uma pessoa comum (não tão comum assim já que se trata de uma princesa), que se descobre mais do que imaginava ser. Claro que em muitas partes podemos ver o lado jovem, ingênuo e inexperiente de Zália em algumas situações, mas acho que é exatamente isso que deixa ela ser tão real. Acho que é mais uma descoberta de si e do seu potencial que está em evidência nessa personagem.
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Um dos pontos que mais me encantaram na leitura, foi no primeiro evento que Zália teve como princesa regente, na parte sobre o vestido (não é spoiler, tá bem no início). Acho que foi aí que o livro me conquistou de fato. Eu me vi tão envolvida com a leitura e tão maravilhada de uma forma que não sei explicar. Eu ia lendo e ia sentindo tudo que os personagens estavam vivendo ali. Depois desse capítulo fiquei pensando como teria sido ler esse livro aos meus 15, 16 anos! Com certeza a experiência teria sido bem mais intensa do que foi.
Ainda não tive contato com a obra física. O meu exemplar foi solicitado na pré-venda, antes mesmo de ter a oportunidade de ler o eArc. A capa é muito bonita e chama bastante atenção com o vestido azul com os detalhes do bordado. Haviam poucos erros de revisão e a diagramação provavelmente irá seguir as características da editora. Eu li no kindle o que atrapalha um pouco avaliar nesse quesito.
O Reino de Zália é uma história que irá agradar públicos de todas as idades, mesmo sendo um livro voltado mais para o público jovem. Acho que todos irão se deliciar com a escrita da Luly Trigo e com a história da Princesa Zália.
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