Histórias do Bom Deus

Histórias do Bom Deus Rainer Maria Rilke




Resenhas - histórias do bom deus


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Henrique Fendrich 11/01/2019

Pois o poeta Rilke também fez contos, como não? “Histórias do bom Deus” é um livro mágico e cheio de encanto. São histórias simples e bonitas ligadas entre si por meio do narrador, que as conta e, sempre, recomenda que sejam repetidas às crianças. Rilke dá grande destaque às crianças e à maneira como elas interpretam as histórias que conta. Mas, antes de chegar até elas, as histórias são contadas a gente como o paralítico Ewald, que passa os dias olhando pela janela de sua casa. Há em tudo muita poesia e, para mim, o ápice do lirismo e do maravilhamento está em “Como o dedal veio a ser o bom Deus”, conto que o narrador dirige às nuvens do céu e que fala sobre um grupo de crianças que sempre ouvia os pais falarem no “bom Deus”, mas sem nunca o avistarem. Ora, se o bom Deus não aparecia entre os adultos, era um bom sinal. As crianças resolveram elas próprias tomarem conta do bom Deus, mas precisavam escolher um objeto para personificá-lo. Depois de todos esvaziarem os seus bolsos, decidiram que o bom Deus seria um dedal, porque era brilhante e muito bonito. A partir de então, elas se revezavam: cada dia o bom Deus ficava no bolso de um deles. Ambientes semelhantes aparecem em outros contos, até “Uma história à escuridão”, que é existencial e traz dores da infância, não sendo recomendável às crianças.
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