Claire Scorzi 06/03/2009
A preservação do pensamento clássico cristão
James Houston encaixa-se num tipo especial de escritor cristão: ele é o que poderíamos chamar de "preservador", pois nos seus escritos empenha-se em manter viva a Tradição (no melhor, mais alto sentido da palavra) da imensa herança cristã no que toca à palavra escrita. Agostinho, Dante, Pascal, Kierkegaard, Dostoiévski, C.S. Lewis são alguns nomes que desfilam por essas páginas; Houston os mantém vivos para nós, nos faz lembrar e relembrar - ou conhecer, para alguns - suas contribuições, sua grandeza, sua genialidade. É um prazer encontrar o pensamento de homens como esses que nos instigam e desafiam; é com gratidão que lemos Houston, que "bebe" nessas fontes e as compartilha conosco, nos contando um pouco do que tem aprendido com eles. É uma vergonha que muitos cristãos sequer os conheçam, acostumados à água com açúcar que é servida dentro das igrejas e das livrarias evangélicas, recheadas de fundamentalistas e pseudopensadores da moda.
Este é um livro para ser valorizado e divulgado, e principalmente, lido. Como seu autor e os clássicos que ele comenta. Muitos de nós se esqueceram - e muitos ateus nem sabem, vendo o que publicamos hoje! - que algumas das maiores mentes do mundo foram cristãs.