Contra os filhos

Contra os filhos Lina Meruane




Resenhas -


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shaiane.niches 31/01/2024

Muito bom
A autora traz uma discussão interessante sobre as mulheres e a maternidade, abordando o assunto em diferentes tópicos. Foi uma leitura muito boa, ainda que eu discorde em alguns pontos.
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Linn 03/10/2023

Mães?
Esse com certeza foi e sempre será o melhor livro que li sobre feminismo. Nossa, me abriu a mente a tantas coisas que eu nunca percebi e nunca prestei atenção. Além de que a capa é bonita e ele é pequenino de ler.

A autora arrasou nos dados e nas analógicas. Me cativou e muito a sua escrita.

Recomendo muito.
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Alassë 20/08/2023

O poder de escolha que cerceia a liberadade não é feminismo
A escritora chilena escreve este ensaio em provocação/crítica a uma sociedade dita mais democrática e libertadora, mas que na verdade constrói famílias como centros de regimes de cuidados das crias do estado capitalista. Alguns anos atrás, a importância dos filhos não era tão eminente entre as famílias e, embora as mulheres tenham ganhado o direito de trabalhar fora de casa, as mães são muito mais cobradas do que jamais foram.

Pessoalmente, gosto de ter mulheres fortes o bastante para admitir que a maternidade é um contrato social e não um instinto natural. Enquanto colocamos as mulheres como seres desejantes de filhos, não existe liberdade, mas fardo sobre fardo, assim como a "necessidade" de atenção máxima sobre os filhos, pois o estado deseja cidadãos já padronizados e famílias dispostas a fazê-los em controle contínuo.
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Fran Piva 15/06/2023

Reflexões sobre temas que importam as mulheres
A autora, por meio de um título audacioso, debate diversos aspectos sobre o processo de avanços nos direitos das mulheres por mais liberdade e traz reflexões sobre como questões relacionadas a centralidade da infância, amamentação por livre demanda, entre outros vários temas, podem reforçar o espaço da mulher ao nível privado, retrocedendo aos poucos espaços públicos conquistados. Não é uma reflexão contra os filhos!
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Ailauany 03/04/2023

“E a boneca nos braços não é nada inocente: “Ao dar uma boneca de presente a uma menina se está dando, por acréscimo, sua maternidade”, adverte a escritora chilena Diamela Eltit. “Ao dar presente a um menino um carrinho o que se dá é sua capacidade de dirigir. A capacidade de continuar um caminho e encabeça-lo." Quem não puder dirigir, deverá ser dirigido, e as mulheres são empurradas a seu destino materno” (MERUANE, 2014, p.19)
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Nic 14/08/2022

Importante reflexão
O título é no mínimo polêmico, mas calma, a autora não é contra os filhos...??
Na verdade, é um livro relativamente curto onde a autora discorre sobre diversos assuntos que penso serem essenciais em nossa sociedade, como por exemplo:
- A cobrança realizada às mulheres para que sejam mães, não, não somos obrigadas e temos o direito de decidir sobre a maternidade ou não.
- O preconceito vivido pelas mulheres e mães no mundo do trabalho.
- A sobrecarga na criação dos filhos que ainda recai sobre a mulher na maioria das vezes.
- A cobrança sobre a melhor maneira de conceber, criar e educar as crianças, tipo, como parir, quanto tempo amamentar, e o rótulo de mãe desnaturada quando não se consegue ou não se quer seguir todas as regras.
- O abandono do estado e a cada vez maior privatização da criação das crianças principalmente no que se refere a educação e saúde...
Enfim, fildik de uma leitura capaz de nos fazer refletir sobre a maternidade e também a paternidade na sociedade atual.
"A partir dos vinte, a pergunta materna lançada a toda mulher (raramente a um homem) não é se vai ter filhos ou não, porque um 'não' seria inconcebível, mas sim 'quando' pensa em tê-los" (Pág. 20).
"Porque, reparem nisto, continua palpitando em nosso entorno a ideia de que o trabalho produtivo é masculino e o re-produtivo um serviço obrigatório da mãe. Em outras palavras, as mulheres produzem e se re-produzem sem que seja valorizada nenhuma das suas produções" (Pág 142).
"O objetivo do capitalismo selvagem consistiu em fazer desaparecer o estado subsidiário que compensa os cidadãos mais vulneráveis... Os pais foram informados que na acelerada era do capital aquele que não corre fica para trás e ninguém vai recolhe-lo: não a sociedade" (pág 145).
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Maia 04/11/2021

Para mim essa leitura não foi muito reveladora nem nada do tipo porque eu mesma já tinha feito muitas dessa reflexões no âmbito pessoal, mas imagino que seja uma leitura importante pra maioria das mulhes, já que muitas são empurradas para uma maternidade de contos de fada, bom que cada vez mais tenhamos a disposição este tipo de publicação e que se amplie esse debate.
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Joana30 10/09/2021

Vale muito a pena a reflexão
Irônico, ácido, cheio de referências históricas e do nosso contexto atual. Nós faz repensar não só o papel de mãe na sociedade, mas também o nosso enquanto mulheres.
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Ana Caturelli 14/01/2021

Libertação feminina
O livro trata da libertação das mulheres quanto a escolha por serem mães ou não! Autora relata os contras dessa jornada, exemplificando e contextualizando, tudo o que envolve essa importante decisão.
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arlete.augusto.1 26/07/2019

Vale a leitura
Não se deixe enganar pelo título meio radical, a autora faz um estudo dos muitos papéis das mulheres na história, conquistas, derrotas, avanços e retrocessos, de modo sagaz, irônico e realista.
Tenho filhos, quis tê-los, não foi fácil e não me arrependo, mas entendo e respeito as mulheres que optam por não ter filhos, e concordo com a autora quando diz que, ao contrário do que nos é ensinado, esse tal instinto materno é questionável.
Bom momento de reflexão.
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Carol 01/01/2019

Contra o papel da "supermãe".
Desde a divulgação pela Todavia deste livro de ensaios da chilena Lina Meruane, criei boas expectativas. Por causa da autora, de quem li Sangue no Olho, em 2016, e gostei demais da escrita. E pela temática em si que me interessa tanto.

Pois bem, o livro é estruturado em 7 capítulos curtos e a tese central defendida pela autora é a de que vivemos um retrocesso no que diz respeito ao papel social da mulher-mãe. Em que pesem as conquistas feministas do último século, as mães nunca foram tão exigidas tanto na privacidade de seus lares, quanto no âmbito público.

Lina Meruane faz um apanhado histórico de como a maternidade/procriação sempre foram estimuladas pela sociedade, tanto em períodos mais conservadores quanto nos períodos mais progressistas. Mulheres que não podem ter filhos ou simplesmente não desejam tê-los continuam sendo cobradas por todos.

Em minha opinião, o capítulo "Do in-fértil cânone" acerca das artistas mulheres que tiveram que lidar com filhos, afazeres domésticos e o tempo escasso para produção criativa é o mais interessante. As mais bem-sucedidas, entre as autoras, não tiveram filhos: Santa Teresa D'Ávila, Sor Juana de la Cruz, Jane Austen, Emily Brontë, Edith Wharton, Virginia Woolf, entre outras. Dá pra entender pra onde aponta este inventário.

Regra geral, tendo a concordar com a tese da autora. Nunca me vi como mãe e vejo o "amor-maternal" como algo construído socialmente. E numa sociedade patriarcal, é sobre a mulher que recai o maior jugo. No entanto, alguns argumentos utilizados por Lina não me convenceram.

Em primeiro lugar, ela joga a culpa pela situação nas costas das mães, dos filhos, dos pais. E apenas em poucas páginas foca em quem eu creio ser o maior responsável pelo retrocesso: o Estado. A coletividade, a sociedade como um todo, melhor dizendo. O problema da maternidade é complexo e deve ser debatido em todos os setores da sociedade, em várias frentes. Individualismos aqui não funcionarão.

Em segundo, a autora faz uma enorme confusão entre defensores do parto natural, da alimentação saudável, da amamentação e as pessoas anti-vacinas (?). E faz uma defesa apaixonada da indústria alimentícia para bebês, chegando a soar ingênua.

Feitas as ressalvas, recomendo o ensaio. A escrita da Lina Meruane é concisa, clara e ela concatena bem os argumentos, ainda que eu discorde de alguns. Além do quê, o tema é atual e necessário ao debate público.
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