O martírio dos viventes

O martírio dos viventes Paulo Cavalcante




Resenhas - O martírio dos viventes


3 encontrados | exibindo 1 a 3


Desirre2 20/01/2019

Seco, mortal, esquecido. Esses são aspectos do sertão que ninguém vê, apenas quem lá reside que sente. Uma denúncia de um desses sertões é o que o autor retrata na obra.
comentários(0)comente



Edmar.Candeia 31/05/2019

Registro fidedigno
Bom livro, retrata de forma fidedigna o sofrer das pessoas que passam pela seca no Nordeste do Brasil. Algumas vezes é repetitivo nos detalhes, mas não compromete a obra. Vale e pane ser lido, principalmente por aqueles que nunca estiveram próximos do flagelo da seca.
comentários(0)comente



Renato 07/03/2014

Sertanejo guerreiro
Entre tantos quadros vividos pela humanidade, penso que a seca é um dos piores, pois é na estiagem que se nota o amor no coração das pessoas. Principalmente dos agricultores que insistem em permanecerem em suas terrinhas, mesmo improdutivas e tórridas, secas e sem vida ou condições de haver subsistência alguma.
Fico comovido e indignado ao mesmo tempo com esses governos hipócritas e descompromissados. Tanto se sabe o que vem com a seca e nada se faz para combater.

O livro foi um dicionário do sofrer sertanejense, um espelho que reflete não a imagem sem carne dos animais, não os espinhos que de tanta feiura são quem dão traços a paisagem, mas sim a coragem e a fé do homem sertanejo. Notei que o autor observa e relata os fatos como um narrador indiferente, mas também sei que em cada palavra escrita caíram rios de lágrimas.

O martírio dos viventes, não admitiria outro nome se não este mesmo. Retrata a lida de uma família entre tantas outras que buscam explicações plausíveis para tanto sofrimento. Famílias que se apregoam na fé como último recurso de sua existência, e que apesar dos tropeços, sempre mantém sua tradição.

Povo guerreiro que vive do suor do rosto e da coragem do corpo para trabalhar num solo infértil, em condições sub-humanas a preço de apenas uma mistura para o almoço.

O Martírio que a vida impõe para tantos Zé nesse mundão e nem se quer são notados, esquecidos pela massa que a cada vez mais cresce e se perde dentro de seu próprio mundo. Solitários e vazios, com fome não de carne ou feijão, mas com fome de cultura e calor social.

Livro emocionante, impossível não chorar quando se sente os delírios do pobre Zé e sua família. Quem sabe se colocar no lugar dos personagens, sabe também sorrir e chorar, sofrer e cantar. Enfim, uma obra e tanto.
comentários(0)comente



3 encontrados | exibindo 1 a 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR