Resenhas - Tudo Que Você Quiser Que Eu Seja

Minha Velha Estante 05/05/2020

Resenha da Drica
Sabe aqueles livros que você não aposta nada dele e te surpreende? Pois, Tudo que você quiser que eu seja é um deles.

Hattie Hoffman, 17 anos, está no último ano do ensino médio e não vê a hora de abandonar a pequena cidade onde vive e ir para Nova York para ser atriz da Broadway. Enquanto isso não acontece, ela vai vivendo como se estivesse sempre atuando, criando um personagem que faz tudo o que as pessoas esperam dela. Assim, Hattie é uma ótima filha, amiga perfeita e aluna nota 10.

“Sou boa em ser o que as pessoas querem que eu seja. Fique olhando e você verá.”

Tudo segue em paz até que Hattie é encontrada morta em um celeiro abandonado com o roso desfigurado, sendo possível o reconhecimento do corpo apenas por DNA.

A história intercala a narração de Hattie de sua vida um ano antes do crime, do xerife Del, responsável pela investigação e melhor amigo do pai de Hattie, e de Peter, professor de Hattie por quem ela está apaixonada.
Del segue duas linhas de investigação o que nos oferece dois suspeitos: Tommy, namorado de Hatie e Peter. Peter se muda para Piney Valey porque sua esposa precisa cuidar da mãe sozinha e doente, mas não vê a hora de voltar para a sua rotina de cidade grande. Aos poucos ele percebe que o amor da sua esposa não é mais o mesmo, e esse afastamento faz com ele seja mais uma presa de Hattie.

Do outro lado temos Tommy, atleta, popular e bonito que estuda na mesma escola e é namorado de Hattie, o qual ela manipula sem o menor pudor. Difícil acreditar que ele não percebe isso.

“Hattie tinha múltiplas personalidades, essa era a única explicação. Ela era perigosa, calculista, diabólica e… brilhante. Putz, ela era brilhante.”

Somada à investigação do xerife Del, o leitor vai juntando as peças e descobrindo pistas com a narrativa dos outros personagens, o que torna essa história perfeita para quem gosta de um bom suspense investigativo.

Ponto para a autora na criação dos personagens, todos extremamente complexos, com características marcantes de personalidade muito bem descritas e com potenciais motivos para serem o autor do crime.

Ponto também para Mindy Mejia por ter sido capaz, mesmo depois de revelar o assassino, suas motivações e como tudo aconteceu, ainda escreveu alguns capítulos para inquietar ainda mais o leitor, falando sobre o que é certo e o que é errado

Uma mistura com doses certas de suspense, mistério e investigação. Se prepare para ser enganado em vários momentos, Hattie e Mindy farão isso com maestria.


site: https://www.minhavelhaestante.com.br/2020/04/tudo-que-voce-quiser-que-eu-seja-mindy.html

Mirele Saionara 05/02/2020

#desafioSKOOB
Esse livro começa meio confuso , dps vc entende ( ou acha q entende ) , ai vc começa achando q uma pessoa matou , ai do nada tudo aponta pra outra pessoa , pra no final vc ficar sabendo q era aquela pessoa q vc suspeitou desde o início mesmo kkkk

Claudia Cordeiro 06/01/2020

Recomendo!
Um livro que surpreendeu positivamente. Achei que tinha descoberto o assassino, mas não; fui enganada pela autora, o que foi ótimo. Foi escrito alternando os pontos de vista de 3 pessoas, o que eu particularmente gosto muito. Muito bem escrito!

Mariana Eleutério 01/01/2020

Bom para passar o tempo
- O que você acha de Tommy ?
- Acho que ele esta namorando uma sociopata

Tudo o que você quiser que eu seja - um titulo que tem até certo sentido, faz uso de três narradores, intercalando passado e presente, a fim de nos contar sobre tudo que levou a morte da jovem Harriet; Um assassinato brutal que tira a paz da pequena cidade.
Esse livro é uma boa maneira de matar o tempo, sua narrativa fluida e suspense com aparências de bem construido garantem isso, sem falar que a protagonista é agradável de se acompanhar, havia vezes que simplesmente esquecia que ela estava morta.

O problema/ vantagem de Harriet são fontes da mesma coisa: Para uma adolescente de 17 anos, a garota é absurdamente real, palpável, alguém que você provavelmente foi amiga durante o ensino médio. O que quer dizer que Harriet tem ideias infantis, prega uma maturidade que não tem, sabe ser egoísta e se porta exatamente daquele jeitinho obcecado em sua primeira paixão. Veja só, a protagonista é também o perfeito retrato daquela adolescente de cidade pequena um pouco mais curioso do que seus pares, sendo que lendo um bocado livros e tendo a língua afiada, adquire ares de jovem prodígio - equivoco cruel e verdadeiro, péssimas fontes para as ilusões que a protagonista mesmo chegou a ter!
E então me parece que a autora criou essa Harriet para ser anormal, fabulosa, espetacular e com "Q's" de sociopatia. Ideia errada ou trabalho mal feito. A boa construção de Harriet mirou o alvo errado. Paralelo a isso temos personagens masculinos com atitudes horrorentas, e uma tentativa velada de justificação.
A última frase então, meus olhos quase sangraram de se ler.
3/5

Nay 24/05/2019

Humanos
Quando iniciei a leitura e apos ler alguns comentários acreditei que a trama seria mais elaborada, mas é até bem simples.

É uma boa narrativa, consegue prender e cativar.

Hattie tem um "q" de sociopata, não mede as consequenciais das suas ações, como uma boa adolescente não pensa que o amanha vai chegar, não se vê daqui a 10 anos colhendo aquilo que plantou. Ela pode ser vista como uma "piranhazinha manipuladora" (e ela é isso em muitos momentos) mas no fim é só uma criança assustada que não sabe de fato quem realmente é.

Peter é um grande covarde babaca! Em alguns momentos da pra sentir certa simpatia por ele, mas não da pra justificar suas ações. A autora coloca como se o romance fosse responsabilidade somente de Hattie, como se ela o tivesse seduzido e ele não tivesse chance de resistir. Mesmo se não fosse Hattie seria qualquer outra que desse a ele o mínimo de atenção que ele não estava recebendo de sua esposa. Ele foi covarde por não assumir para mulher que nao queria morar naquele fim de mundo, por não colocar um ponto final definitivo na relação com uma aluna. Ele esta certo ao dizer que foi responsavel pela morte de Hattie quando não foi capaz de terminar o caso entre os dois, assim como o xerife estar certo ao dizer que tanto ele quanto Hattie são responsáveis pela morte de Tommy.

Nao tive dificuldades em descobrir quem era o verdadeiro assassino uma vez que as outras opções eram óbvias demais.

Foi uma boa leitura.

Coisas de Mineira 19/05/2019

"Sou boa em ser o que as pessoas querem que eu seja. Fique olhando e você verá."

Sabe aquelas surpresas boas que animam a sua semana? A minha dessa vez é o lançamento da editora Rocco, o suspense "Tudo Que Você Quiser Que Eu Seja", que eu não conhecia até chegar às minhas mãos. Com uma capa pouco reveladora e um nome mais sugestivo a romance, o livro traz uma instigante história de manipulação, assassinato, traição e culpa.

Hattie Hoffman não se sente parte da cidadezinha em que vive. Aos 17 anos e no último ano do ensino médio, sonha com o dia em que vai ficar livre de tudo isso e se mudar para Nova York, onde pretende ser uma atriz da Broadway de sucesso. Enquanto seu sonho não se concretiza, ela usa seu talento de atuação para ser exatamente aquilo que cada um deseja dela, quer seja uma filha amorosa, uma aluna dedicada, uma amiga fiel. Mas sua farsa está com os dias contados, pois algo vai dar errado. Hattie é encontrada morta, com o rosto desfigurado, em um celeiro abandonado da cidade.

"Vou me tornar a última garota neste mundo que poderia estar tendo um caso com seu professor de inglês."

Del é o xerife da cidade de Pine Valley e está responsável pela investigação do assassinato da jovem, que além de tudo é filha do seu melhor amigo. Ele tinha um carinho muito grande por Hattie, a qual viu crescer e sempre foi com ele uma garota doce e gentil. Ele começa uma corrida contra o tempo para identificar o assassino da garota, tendo como principais nomes o namorado Tommy e o professor Peter.

"Hattie tinha múltiplas personalidades, essa era a única explicação. Ela era perigosa, calculista, diabólica e... brilhante. Putz, ela era brilhante."

Peter Lund sempre foi um rapaz de cidade grande. Ele se casou assim que formou com sua namorada de colegial Mary e viviam bem felizes, até que sua sogra adoeceu e a moça precisou assumir a fazenda da família e cuidar da saúde da mãe. Peter então, acompanhando a esposa, conseguiu um emprego de professor na escola de Pine Valley, aguardando ansiosamente o dia em que possa voltar para sua vida de antes. Porém, começa a perceber que algo está mudando. Sua esposa não é mais a mesma e deseja aquela nova vida que ele tanto detesta. Essa crise conjugal é seu ponto inicial para o caso que inicia com sua aluna Hattie Hoffman.

"Era nesse monte de merda que você se transformava quando se apaixonava."

"A garota morta estava deitada de costas, num canto do celeiro abandonado dos Erickson, meio boiando na água do lago que inundava a parte mais baixa do piso afundado..."

A história é contada em primeira pessoa alternando a visão das três peças principais da trama: Hattie e Peter (ambos relatando fatos do passado), e Del conduzindo a investigação. Essa escolha de narrativa foi muito acertada, pois insere o leitor aos poucos no contexto da cidade e de todos os personagens, aumentando a expectativa dos fatos e a adrenalina à medida em que a cronologia antiga vai alcançando a data do crime. Você consegue perceber a alteração da situação de conflito por mais de um lado.

Por se tratar de uma personagem que finge e manipula seu comportamento frente à situação, um cuidado da autora a ser valorizado é a ótima descrição dos personagens envolvidos, com bastante foco em suas vontades e desagrados. Hattie é uma protagonista peculiar. Ela será também pra você, o leitor, aquilo que você quiser que ela seja. No capítulo em que ela te conta que quer fugir, ela será pra você a menina do interior que quer crescer e usar seu talento; quando fala da escola, ela é pra você a amiga e estudante dedicada... Mas no fundo de tudo ela é fria, calculista e manipuladora. Não mede esforços pra ter aquilo que quer, sendo que seu sonho sempre foi NY, até a chegada de seu professor Peter Lund.

"Quando eu tivesse terminado meu assunto com Pine Valley, ninguém jamais iria se esquecer de quem eu era."

No geral, o livro é uma ótima opção para aqueles que gostam de suspense investigativo, de acompanhar passo a passo da trama que tem mais do que aparentava inicialmente. Com todos os elementos necessários, como personagens complexos, mais de uma motivação para o crime, vários suspeitos e uma grande reviravolta no final, "Tudo Que Você Quiser Que Eu Seja" merece ser incluído na sua lista de próximas leituras.

Por: Karina Rodrigues
Site: www.coisasdemineira.com/2019/05/resenha-tudo-que-voce-quiser-que-eu.html

Jaque - Achei o Livro 14/04/2019

Recomendo!
Tudo que você quiser que eu seja vai contar a estória de Hattie Hoffman, uma jovem de 17 anos que não se encaixa na cidadezinha que vive.
O título do livro é justamente sobre Hattie ser aquilo que as pessoas esperam dela e não o que ela realmente gostaria de ser. Ela é boa filha, ótima aluna, amiga dedicada e conselheira. Sempre fala aquilo que o outro gostaria de ouvir.
O sonho dela é ser atriz e viver em Nova Iorque, por isso seu objetivo é terminar o segundo grau e ir embora dali. Acontece que nesse meio tempo ela se apaixona perdidamente por alguém mais velho e agora que está diante de um amor impossível vai precisar representar um outro papel: a de namorada perfeita.

A trama será contada em primeira pessoa sob três pontos de vista. Da própria Hattie no passado, Del que é o xerife da cidade e grande amigo do pai de Hattie e por fim de Peter, o professor de literatura.
O crime em si não vai ser muito difícil de ser desvendado, porém a estória fica por conta dessas narrativas paralelas à investigação.
A narrativa é ágil e ainda mais interessante quando contada por Hattie. Será que ela é mesmo manipuladora ou apenas uma jovem sonhadora desanimada com o cenário que vive?
Os personagens são bem construídos mas a autora não se preocupa em se aprofundar muito neles, o suficiente para que o leitor consiga vê-los encaixado na trama.

Eu gostei muito da estória, o culpado não foi quem eu esperava apesar de não ser uma supresa total, porém a maneira que a autora conduziu essa reviravolta foi bem interessante.
Mais uma autora de thrillers psicológicos que entra pra lista. Fico muito feliz em descobrí-las e na expectativa de saber que teremos muitas outras estórias ainda a serem escritas.


site: http://acheiolivroperdiosono.blogspot.com/2019/04/tudo-que-voce-quiser-que-eu-seja-mindy.html

cris.leal 07/03/2019

Prende do começo ao fim...
Em "Tudo Que Você Quiser Que Eu Seja" vamos conhecer Hattie Hoffman, uma estudante do último ano do Ensino Médio, dividida entre o que ela queria e o que ela achava que os outros queriam que ela fosse. Atriz nata, ela não se sente integrada a sua pequena cidade natal e planeja fugir para Nova York, depois de se formar. Até que consiga escapar para a Broadway, ela opta por viver interpretando e se mostra do jeito que as pessoas esperam que ela seja: uma filha amorosa, uma namorada doce e tímida, uma estudante aplicada e uma amiga boa ouvinte e paciente.

Hattie manipula a todos e acha que tem total controle da situação, mas manobrar os outros visando interesse próprio, acaba provocando sua morte. Seu corpo foi encontrado esfaqueado em um celeiro abandonado na zona rural da cidadezinha em que vivia e de onde planejava fugir.

Três narradores vão expor e examinar os eventos que levaram ao assassinato: Del Goodman, o xerife da cidade e melhor amigo do pai de Hattie; Peter Lund, professor de inglês e de teatro de Hattie, que tenta escapar de seu casamento infeliz tendo um caso com ela; e a própria Hattie. O surgimento de novos elementos são fundamentais para que se descubra a identidade do assassino e se conclua se Hattie era mesmo uma manipuladora obsessiva ou apenas uma adolescente, cheia de desejos secretos, em busca de sua própria identidade.

A narrativa de Mindy Mejia prende o leitor do começo ao fim. A história fascina e fluiu rapidamente. Gostei muito e recomendo.


site: https://www.newsdacris.com.br/2019/03/resenha-tudo-que-voce-quiser-que-eu.html

Marcus.Vinicius 06/03/2019

Bom livro
O desenrolar da trama é bom construído, mas a conclusão do autor sobre a culpa dos personagens não é sensata. A culpa nunca é da vítima em casos de feminicídio. Nenhum homem tem o direito de achar que pode tirar a vida de uma mulher por qualquer que seja o motivo.

Isa 01/03/2019

Amei
É uma história que te prende até o fim, é tem uma reviravolta muito louca amei

LUNII 21/01/2019

Muito bommmm
O livro tem um jeito bem legal de trabalhar que é intercalar entre passado e presente, eu acho incrível essa habilidade de conseguir trabalhar a trama desses jeitos, fazendo com que ela se ligue no final. Foi exatamente assim que aconteceu nesse livro, talvez seja o primeiro que eu li nesse estilo, mas eu fiquei meio assim chocadahhh.
Sem contar que os personagens são muito bem desenvolvidos, faz vc entender a motivações e tudo mais.
Adoro o Del scr

Lívia Gusson 16/01/2019

TUDO QUE VOCÊ QUISER QUE EU SEJA - MINDY MEJIA - 4/5
Gostei da leitura pela intensidade dos personagens e em como essa história me amarrou desde o inicio. Começamos conhecendo Hattie prestes a fugir, o desespero da personagem, nos faz ansiar por explicações sobre o que a levou até aquele momento. Passados alguns capítulos o corpo de Hattie é encontrado com marcas de um assassinato cruel, mas quem poderia ter feito isso?

A história da investigação do assassinato intercala com o passado, nos contando a chegada do Professor Petter à pequena cidade para viver com sua esposa Mary na fazenda que é de seus pais. Mary precisou abdicar de sua vida para cuidar da mãe que está morrendo. Vivendo um casamento infeliz Petter tenta de todas as formas entender onde errou ou onde foi que tudo se perdeu. Não preciso dizer onde isso iria chegar, Petter encontra em Hattie tudo o que à muito tempo não tem ou talvez, nunca teve. Assim vice e versa.

A leitura foi fluida e por vezes tensa. Mas como um bom suspense, há uma reviravolta satisfatória. Indiretamente para não dar spoilers, digo que desde o inicio eu sabia quem NÃO havia cometido o assassinato. A autora soube criar personagens que transparecesse duvidas e outros que simplesmente estavam fora desse alcance, ou seja, quem cativou no inicio vai nos cativar até o final.

Priih | Blog Infinitas Vidas 26/12/2018

Um suspense focado nas relações humanas
Hattie Hoffman ama atuar. Sua atuação, entretanto, não se restringe aos palcos. A garota tem diversos papéis prontos que executa com maestria: aluna perfeita, filha dedicada, excelente amiga, namorada ideal. Entretanto, quando ela é encontrada brutalmente assassinada, todos em sua pequena cidade natal, Pine Valley, ficam perplexos e devastados. Com uma narrativa não linear, que alterna entre passado e presente, vamos desvendando esse mistério pela perspectiva de três personagens: Del, o xerife; Peter, o professor de inglês e amante de Hattie; e, por fim, a própria Hattie.

Além do título, a capa do livro já evidencia a principal característica da protagonista: a personalidade de Hattie é fragmentada, e não sabemos ao certo quem ela realmente é. Após sua morte, acompanhamos diversos segredos da vida da personagem sendo desvendados por meio de seus relatos e também da investigação de Del. [...]

Muitas coisas me causaram incômodo na relação de Peter e Hattie: em primeiro lugar, é um homem mais velho em uma posição de poder (professor > aluna) olhando de modo sexual para uma adolescente e se relacionando com ela; em segundo, obviamente, a traição em si; por último, mas não menos importante, o fato de que a autora coloca Hattie como a pessoa que “faz” Peter ceder. É Hattie quem insiste e “corrompe o pobre professor” até ele perder a sanidade e não resistir aos seus encantos. Essa vibe de “jovem provocante que seduz o homem mais velho relutante” é muito problemática, porque reforça o estereótipo da menina sedutora e ardilosa, a verdadeira culpada pela corrupção moral do homem. [...]

O mistério em relação à morte de Hattie não é o que prende o leitor. Inclusive, a resolução do caso deixa bastante a desejar. Mas o brilho de Tudo O Que Você Quiser Que Eu Seja não está no mistério, e sim na excelente construção dos personagens. [...] As relações humanas – incluindo as obsessões doentias, as escolhas morais duvidosas e os atos extremos – são apresentadas de uma forma extremamente envolvente e bem construída. Como uma leitora que valoriza MUITO personagens bem desenvolvidos, fiquei totalmente satisfeita.

Resenha completa no blog! =)

site: https://infinitasvidas.wordpress.com/2018/12/12/resenha-tudo-que-voce-quiser-que-eu-seja-mindy-mejia/

Isa Books 24/12/2018

Tudo o que ELA quiser que VOCÊ seja
Tudo Que Você Quiser Que Eu Seja acabou sendo uma grata surpresa pra mim. Antes de iniciar a leitura eu tinha uma ideia contrária de como seria o desenrolar, mas culminou sendo uma trama oposta que adorei.

A personagem central Hattie é uma desgraçadinha manipuladora! É, não a suportava. Mas deixa eu explicar meus motivos de forma sucinta:
A Hattie poderia ser como toda adolescente com crise existencial inconformada por viver em uma cidade tipicamente rural, mas ela quer mais e, o que ela realmente deseja chega a ser uma incógnita.
Por ser uma aspirante a atriz, a garota sabia atuar e como sabia minha gente. Hattie Hoffman tinha dezenas de faces. Embora seja uma personagem complexa uma coisa fica bem clara: ela é destruidora.

A trama é narrada por três personagens diferentes: a própria Hattie, Del (o xerife) e Peter (o professor de inglês); todos eles pensavam conhecer nossa abelhinha aventureira, mas mal sabiam eles que a "garotinha do papai" era uma mosca.
Eu gostei muito do desempenho de Del ao longo da narrativa pois mais do que desvendar o assassinato ele queria (re)conhecer a garota que viu crescer, haja vista que a mesma era filha de seu melhor amigo.
Já Peter... foi meu personagem preferido e que ao meu ver foi o mais prejudicado pelo tsunami chamado Hattie. O jovem professor amante da literatura e em crise no casamento que se vê em luta contra um desejo proibido (adivinhem por quem). Tive muita dó dele pois como já frisei ele foi o que mais perdeu aqui.
Ora, talvez estejam passando pelas suas cabeças o seguinte: a pobre garota foi assassinada por sabe-se lá quem e você está com peninha do professorzinho adúltero?
Eis que respondo: sim! Na verdade dei até aleluia por aquela mosquinha intrigueira ter partido dessa para uma melhor (ou pior).

O ponto alto do livro é que a todo momento fui surpreendida, afinal temos várias reviravoltas e, a cada uma delas, a máscara de nossa garotinha morta vai caindo.
Concluí o livro com um sincero pesar, pois embora cada um seja responsável pelos seus próprios atos, Hattie lançou alguns pelo precipício que, se não fossem pelas suas mãos tóxicas, estariam levando suas vidas da forma mais casual possível.
Mocinha? Vilã? Acredito que nenhum dos dois, mas suas inconsequências não só destruíram sua vida mas de todos aqueles a qual caíram em sua teia de mulher aranha fatal.



Ps: a nota real foi 4,5

Taís 12/12/2018

Apesar de tratar de algo pesado a autora conseguiu escrever um livro com uma leitura leve! Como a autora te faz acreditar em certas coisas e depois inclui fatos que destroem totalmente o que você pensava é algo a se destacar, gosto de livros assim!