O Artista da Faca

O Artista da Faca Irvine Welsh




Resenhas - O Artista da Faca


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Gabs. A 19/03/2023

As pessoas não mudam!
Alguns anos após os tresloucados acontecimentos de Pornô, reencontramos o pior personagem de todos eles: Franco Begbie, agora conhecido como Jim Frances, um escultor de sucesso, que vive em Santa Monica Califórnia com sua esposa Americana muito loura e suas filhas, também muito louras e muito americanas.
Ao receber a notícia de um falecimento na "família", ele retorna para a Escócia e encara o passado que ele deixou para trás...

Tudo lindo como uma bela história de superação, mas a forma depreciativa que ele enxerga sua cidade natal e os personagens do seu passado, como se só eles fossem os párias da história.

Por trás de muitas camadas de narcisismo alto afirmativo, Franco continua sendo um psicopata violento, só que agora ele adquiriu a habilidade de esconder essa maldade.

Dá nojo a forma como ele continua tratando as mulheres, agora totalmente rebaixadas em comparativo a sua angelical esposa: Americana, loura e perfeita - muito diferente daquelas coitadas dos conjuntos habitacionais, que fazem por merecer toda a escrotidão que a vida as reservar.

O mais revoltante é a maneira como ele simplesmente abandonou seus outros filhos à própria sorte, foi embora para outro país e age como se não estivesse diretamente ligado aos fracassados que eles se tornaram.

Ele tem uma nova vida agora, uma nova família e ele não tem culpa de nada que aconteceu num passado violento dele, ele encontrou a Universal. Ele mudou!

Essa cara sempre foi uma coisa ruim, a ironia é ele realmente acreditar ter se tornado uma pessoa melhor... INACREDITÁVEL!

Preferia tanto um livro sobre qualquer um dos outros personagens, mas nós ganhamos o Frankie Begbie, que piada ruim.

O ponto alto foi o final inesperado rsrs.
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Fábio Morcego 19/02/2023

Bem diferente dos outros da série.
Esse livro até o momento, para mim, foi o mais distante da história principal ou do que você espera quando sabe que o livro vai ser sobre o Begbie. Mas como sempre o autor consegue cativar, prender sua atenção e criar situações interessantes e alguns plot twists interessantes.
Por ser mais curto e eu estar de folga, a leitura desse foi bem rápida.
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IsacSL 13/01/2023

Um romance investigativo e violento
Esse foi o livro que mais se destoa (na minha opinião) entre os livros com os personagens de trainspotting, porém me surpreendeu positivamente pq de início até pode ser confundido com um romance investigativo, e principalmente porque mostra a evolução de uns dos personagem mais repugnantes e levanta debates como ressocialização de ex detentos e redenção.
O filho primogênito de Begbie morre e ele precisa voltar pra Escócia e largar sua vida perfeita na Califórnia, onde vive com sua mulher e suas filhas e tem a vida de artista. Ele reencontra poucos dos personagens principais de trainspotting durante a história, mas mesmo assim é bem divertido de ler, e as partes violentas são muito criativas... pra dizer o mínimo
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Hell oisa 01/03/2022

A anistia do mendigo
Esse é o meu quarto livro de Trainspotting e o terceiro que escrevo uma resenha, em meu íntimo eu acreditei fielmente de que essa leitura seria condicionada pela familiaridade que criei com as palavras extravagantemente bizarras de Irvine Welsh. Mas quem diria que não. O artista da faca é diferente de tudo, a começar pela redenção do Franco Begbie. Confesso que foi interessante acompanhar minhas próprias epifanias em situações que eu tinha certeza do próximo movimento deste velho viciado em violência, entretanto, essa é uma leitura onde você pode aposentar sua carreira como detetive ou cartomante, nada é o que parece. E digo isso com relação a todo o entorno do enredo, desde o suspense envolto no assassinato, até a nova configuração do Leith e principalmente, o reformulado Francis Begbie. E mesmo assim, voce ainda pode se surpreender (ou espantar, rs).
" - E então, o que vai fazer se ele entrar aqui agora, o Renton, aquele velho camarada que te roubou?
- Sei lá [*****] talvez pagar uma bebida pra ele e dizer que me deve uma grana com juros de vinte anos."
O Artista da Faca, capítulo 27 "O Casal", página 180.
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Drigo.Cardoso 24/08/2021

Jim Francis, ou ou velho e bom Franco Begbie?
Quando fechamos Porno, ficamos um Frank Begbie em coma numa cama de hospital, um breve despertar nos indica que ainda o encontraremos ainda mais insano e cruel. E então chega O Arista da Faca, e no lugar de Franco encontramos um Jim Francis, um cara ponderado, sensato... um artista plástico bem estabelecido e famoso morando em Santa Barbada nos EUA. Mas será que este novo e repaginado Begbie deixou para trás toda a crueldade, ou apenas aprendeu a lidar com ela?

O Artista da Faca é o livro "menos Trainspotting da série Trainspotting", mas isto não faz dele uma história menos fascinante, irônica e maliciosa. A leitura é obrigatória para quem deseja chega ao Calça dos Mortos e saber com a epopeia dos garotos dos conjuntos habitacionais do Leith termina.
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luke - among the living. 28/07/2021

Me surpreendeu o Begbie 2.0.

Achei uma trama bem interessante e que não se prende exatamente aos clichês esperados.

Muito bom, a única coisa que não comprei foi o vocabulário ajustado do Beggar Boy.

Mas é muito bom.
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Raoni Pereira 18/07/2021

Frank Begbie controlado?
Frank Begbie está de volta, casado, pai de duas filhas e morando nos Estados Unidos com a família. Será que ele realmente mudou e abandonou a violência que era um hábito da sua vida regressa?
Acompanhamos suas mudanças comportamentais como um artista, mas basta um evento em Emdiburgo para questionarmos sua verdadeira natureza.
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Fabio.Chagas 11/07/2021

Brilhante para mentes Abertas...pra mim no ponto certo ?
Quando fui ao cinema para ver ?Trainspotting? pela primeira vez, lá no fim da década de 1990, eu não tinha ideia de qual seria minha experiência e hoje, quase 20 anos depois, ele apenas não é um dos meus filmes favoritos, como Irvine Welsh se tornou um dos autores que acompanho a carreira avidamente, livro atrás de livro. Renton, Sick Boy, Spud e Begbie se tornaram amigos que acompanho desde então. Parece que Welsh não consegue deixar esses personagens para trás, ainda bem, eles reaparecem em mais dois livros do autor: ?Skagboys? e ?Porno?. Agora ele decidiu nos contar o que aconteceu com Begbie desde a última vez que o personagem esteve preso.

Begbie sempre foi um personagem violento, praticamente visceral. Ele sempre teve raiva do mundo, nunca pareceu se importar com ninguém ou, talvez, se importar muito. Sem papas na língua, sem se importar com o modo de falar ou com o mundo a sua volta, Begbie é o personagem que amos odiar, e por mais que Renton e Sick Boy sempre fossem os ?heróis? dos livros que aparecem, Begbie era o contraponto necessário, a força primordial que trazia tensão às histórias e à vida dos outros personagens. Uma de suas características mais marcante era o sotaque escocês pesado, a falta de tato em relação a qualquer coisa, carregado de preconceitos, que só não era caricato, porque nos anos 1990, Begbie era um personagem muito real.

Uma das características mais marcantes de Welsh é falar da Escócia, principalmente de Edimburgo, de uma forma muito realista. Seus personagens falam com o dialeto local, e retratavam a realidade que o próprio autor viveu. Mas, Irvine Welsh foi morar na Califórnia e essa forma crua de contar história mudou. Claro que amadureceu também, mas amadureceu de uma forma polida, que causa estranheza. E é esse amadurecimento que aflora em ?O Artista da Faca? (Editora Rocco, 2018, tradução de Ryta Vinagre).

Begbie agora é Jim Francis, um homem de cinquenta anos, que mora na Califórnia com uma esposa vinte anos mais nova, que foi sua conselheira na prisão. Tem duas filhas pequenas e uma vida perfeita. Sua esposa não faz ideia sobre seu passado violento, porque agora ele é um pai exemplar e um artista plástico que desconta sua violência nas suas obras. Jim conseguiu ficar famoso com suas obras e tem uma vida confortável, quando recebe a notícia que seu filho mais novo com June, Sean, que ficou para trás na Escócia. Sean foi assassinado e Jim precisa voltar a Edimburgo para o enterro do filho.

Begbie ainda está presente em Jim, como fica claro quando sua família perfeita é ameaçada por alguns homens na praia. Mas ele ganhou um refinamento que parece falso. Já em Edimburgo todos esperam que Jim se vingue de quem matou seu filho, afinal Begbie nunca deixaria isso barato. Mas Welsh decidiu que precisava redimir Begbie e Jim Francis é um homem amadurecido, que ainda tem traços violentos em si, mas também tem uma nova moralidade. Ao mesmo tempo não é gratuita essa moralidade que o personagem ganha, enquanto Jim precisa voltar para seu país natal, ele lembra de sua infância com um avô violento que ajudou a moldar quem ele é. A redenção de Begbie não é bem uma redenção, mas uma forma de ele fazer as pazes com ele mesmo.

Pode incomodar quem está acostumado aos livros de Welsh sem moral e com um humor ácido. ?O Artista da Faca? é um livro bem mais maduro, mas, assim como Begbie, o velho Welsh está ali. Ainda há acidez, mas bem menos cinismo. Foi uma boa experiência ver Begbie amadurecer, ver a escrita de Welsh ficar menos nervosa e mais bem estruturada. É revigorante ver um autor que você gosta conseguir se desligar da forma antiga sem perder a essência e te mostrar que ele está pronto para novas experiências.
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Juliano.Ramos 26/05/2021

Nesse livro, ficamos conhecendo um pouco da mente nebulosa do Frank Bigbie, o psicopata homofóbico que depois de uma recuperação vira artista requisitado nos EUAs, o problema é que ao retornar para a Escócia, o artista deixa a cena e o psicótico entra no palco.
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Carla.Maciel 09/12/2020

Begbie bonzinho
Adorei, nós outros livros a sensação que passa é de que o Mark é essencial para a história, em o artista da faca percebemos que não é bem assim nesse livro só o begbie aparece. E percebemos quantas camadas esse personagem possuí. E o que foi o final desse livro ? Queria mais umas 100 páginas no mínimo.
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Tatianees 06/12/2020

Excelente
Não li Trainspotting nem vi o filme, então não conhecia Francis Begbie. Mas isso não interferiu na leitura.
O livro já começa com uma cena de suspense que te deixa imaginando o que vem a seguir.
Sabemos que Begbie foi preso várias vezes por se envolver em brigas que acabaram em mortes. Na prisão ele conheceu o mundo das artes e sua futura esposa, Mel. Ele aprendeu a controlar suas emoções e a não se envolver em confusão.
Uma morte na família faz com que ele volte para seu antigo país. Lá todos esperam que ele busque vingança, mas agora Begbie é um homem diferente...
Será?

Com uma boa dose de suspense, uma violência física e verbal e um final excelente. Esse é um livro onde não existe mocinhos.

site: https://www.facebook.com/Di%C3%A1rio-de-uma-Policial-106062041263826
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Cheiro de Livro 01/02/2019

O Artista da Faca
Quando fui ao cinema para ver “Trainspotting” pela primeira vez, lá no fim da década de 1990, eu não tinha ideia de qual seria minha experiência e hoje, quase 20 anos depois, ele apenas não é um dos meus filmes favoritos, como Irvine Welsh se tornou um dos autores que acompanho a carreira avidamente, livro atrás de livro. Renton, Sick Boy, Spud e Begbie se tornaram amigos que acompanho desde então. Parece que Welsh não consegue deixar esses personagens para trás, ainda bem, eles reaparecem em mais dois livros do autor: “Skagboys” e “Porno”. Agora ele decidiu nos contar o que aconteceu com Begbie desde a última vez que o personagem esteve preso.

Begbie sempre foi um personagem violento, praticamente visceral. Ele sempre teve raiva do mundo, nunca pareceu se importar com ninguém ou, talvez, se importar muito. Sem papas na língua, sem se importar com o modo de falar ou com o mundo a sua volta, Begbie é o personagem que amos odiar, e por mais que Renton e Sick Boy sempre fossem os “heróis” dos livros que aparecem, Begbie era o contraponto necessário, a força primordial que trazia tensão às histórias e à vida dos outros personagens. Uma de suas características mais marcante era o sotaque escocês pesado, a falta de tato em relação a qualquer coisa, carregado de preconceitos, que só não era caricato, porque nos anos 1990, Begbie era um personagem muito real.

Uma das características mais marcantes de Welsh é falar da Escócia, principalmente de Edimburgo, de uma forma muito realista. Seus personagens falam com o dialeto local, e retratavam a realidade que o próprio autor viveu. Mas, Irvine Welsh foi morar na Califórnia e essa forma crua de contar história mudou. Claro que amadureceu também, mas amadureceu de uma forma polida, que causa estranheza. E é esse amadurecimento que aflora em “O Artista da Faca” (Editora Rocco, 2018, tradução de Ryta Vinagre).

Begbie agora é Jim Francis, um homem de cinquenta anos, que mora na Califórnia com uma esposa vinte anos mais nova, que foi sua conselheira na prisão. Tem duas filhas pequenas e uma vida perfeita. Sua esposa não faz ideia sobre seu passado violento, porque agora ele é um pai exemplar e um artista plástico que desconta sua violência nas suas obras. Jim conseguiu ficar famoso com suas obras e tem uma vida confortável, quando recebe a notícia que seu filho mais novo com June, Sean, que ficou para trás na Escócia. Sean foi assassinado e Jim precisa voltar a Edimburgo para o enterro do filho.

Begbie ainda está presente em Jim, como fica claro quando sua família perfeita é ameaçada por alguns homens na praia. Mas ele ganhou um refinamento que parece falso. Já em Edimburgo todos esperam que Jim se vingue de quem matou seu filho, afinal Begbie nunca deixaria isso barato. Mas Welsh decidiu que precisava redimir Begbie e Jim Francis é um homem amadurecido, que ainda tem traços violentos em si, mas também tem uma nova moralidade. Ao mesmo tempo não é gratuita essa moralidade que o personagem ganha, enquanto Jim precisa voltar para seu país natal, ele lembra de sua infância com um avô violento que ajudou a moldar quem ele é. A redenção de Begbie não é bem uma redenção, mas uma forma de ele fazer as pazes com ele mesmo.

Pode incomodar quem está acostumado aos livros de Welsh sem moral e com um humor ácido. “O Artista da Faca” é um livro bem mais maduro, mas, assim como Begbie, o velho Welsh está ali. Ainda há acidez, mas bem menos cinismo. Foi uma boa experiência ver Begbie amadurecer, ver a escrita de Welsh ficar menos nervosa e mais bem estruturada. É revigorante ver um autor que você gosta conseguir se desligar da forma antiga sem perder a essência e te mostrar que ele está pronto para novas experiências.

Pode incomodar quem está acostumado aos livros de Welsh sem moral e com um humor ácido. “O Artista da Faca” é um livro bem mais maduro, mas, assim como Begbie, o velho Welsh está ali. Ainda há acidez, mas bem menos cinismo. Foi uma boa experiência ver Begbie amadurecer, ver a escrita de Welsh ficar menos nervosa e mais bem estruturada. É revigorante ver um autor que você gosta conseguir se desligar da forma antiga sem perder a essência e te mostrar que ele está pronto para novas experiências.

site: https://cheirodelivro.com/o-artista-da-faca/
Diego361 13/03/2019minha estante
Falando em velho Welsh... Sick Boy, Rents, Spud e etc. aparecem nesse livro?




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