Guido Alexandre - @lendocomotempo 29/10/2018Um livro rico não só na trama que aborda, mas também na história de como foi escrito e publicado.
Em ‘O Segredo de Ahk-Manethon’, vamos acompanhar a história de Célio, que recebe uma notícia abaladora. O navio em que sua irmã Iracema estava, afunda num naufrágio resultando a morte da maioria dos passageiros. Em uma notícia de jornal, um dos tripulantes especula que um grupo de crianças, quatro marinehiros e alguns passageiros tinham conseguido escapar em um escaler (que é uma espécie de jangada).
Célio resolve juntar um grupo de amigos e ir até a África para salvar sua irmã, que ele acredita estar entre as crianças que conseguiram sair do navio no bote.
Depois de contar o que aconteceu para seus amigos, ele pede a ajuda deles para salvar sua irmã e os garotos aceitam.
Após o grupo de cinco amigos decidirem ir para a África, eles montam a ‘Cruzada da Salvação’, que é o nome que eles dão a essa expedição para salvar Iracema.
Se junta a eles também, um homem que diz já ter sido rei da França. E só por isso vocês já podem perceber que o livro nos guarda grandes aventuras.
Hélio do Soveral escrevia ‘O Segredo de Ahk-Manethon’ no ano de 1941 semanalmente para a revista Mirim, em formato de uma novela juvenil, os episódios eram publicados toda quarta-feira e todo domingo, resultando em 36 capítulos até o desfecho da história.
Por ter sido escrito há quase 80 anos, o livro possui algumas ações feitas pelos personagens que atualmente é errado, como piadas com a criança negra do grupo, a utilização de armas por crianças e outras brincadeiras que eram feitas antigamente, além de palavras que não são utilizadas atualmente, mas ele possui várias notas de rodapé para nos auxiliar e para agregar a leitura.
E uma coisa que achei muito boa foi que no final do livro, em vez de deixá-lo com o final aberto, o Hélio nos conta o destino de cada personagem.