O Fortim

O Fortim F. Paul Wilson




Resenhas - O Fortim


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Cripta Da Leitura 04/03/2024

Livro com altos e baixos
O livro começou super bem, depois ficou totalmente morno, beirando aos romances de bancas mais canastrões. Mas no final até que deu um up, pois uma coisa que não estava fazendo sentido nenhum pra mim, acabou sendo explicada. Porém se o livro tivesse seguido com o protagonismo em cima do Woermann e do Kaempffer, que eram ótimos personagens, o livro teria sido 5 estrelas. Mas o Cuza e a Magda foram personagens chatíssimos que estragaram o livro na minha opinião!
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Fernando.Espinha 22/11/2023

Terror na medida
Recomendo o livro. Leitura que prende do começo ao fim. Vai agradar os fãs de terror e suspense. F. Paul Wilson é sensacional
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Carlos.Magnun 28/10/2023

O Fortim
O tema do livro não é algo que me anime. Porém o livro entregou uma história até que legal. Como disse, fantasia não é algo que me anime ler.
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Divaldo 15/06/2023

Vlad e seus discípulos
Até a metade o livro estava incrível, mas depois foi perdendo força e ficando bem monótono, uma pena tinha bastante expectativas com ele.
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Gárgula 03/02/2021

O Fortim, de F Paul Wilson
Uma história que atravessou o tempo
Me lembro quando li O Fortim, de F Paul Wilson, pela primeira vez em meados da década de 90. Depois, comprei o livro em 2010 e fiz nova leitura. Hoje, em 2020, retorno novamente para suas páginas, como sempre, feliz.

A edição que tenho é publicada pela Edições BestBolso e a tradução fica ao encargo de Heitor A. Herrera. Sendo minha terceira leitura, acho que deu para perceber como gosto da história (risos).

Enquanto isso na Segunda Guerra…
É exatamente durante a Segunda Guerra que se passam os acontecimentos de O Fortim. Na remota e rural Romênia, um velho e estranho forte recebe a visita de destacamento do exército alemão.

Neste forte, pequeno em tamanho e sem qualquer menção a dono ou história, mais de 16 mil estranhas cruzes douradas jazem pelas paredes. Elas são estranhas por se assemelhar a uma letra T, mas estão fixas apenas nas paredes internas da estranha fortificação.

Tudo corria bem até que um dos soldados resolve deixar sua ganancia falar mais alto ao remover uma das cruzes. Neste momento tem início uma série de fatos estranhos e mortes sem qualquer sentido. Os corpos se amontoam dia após dia até que o oficial precisa pedir ajuda ao governo nazista.

Essa é a trama inicial que te leva à Passo Dinu, uma remota área da Romênia onde uma história perdida no tempo ganha vida novamente.

O destino de todos pesam nas mãos daqueles que por algum motivo seguiram para Passo Dinu e resolveram, mesmo que temerosos, adentrar o Fortim!

Vale menção aos livros místicos citados na história, como Necromicon, Livro de Eibon e outros, mostrando a influência de H. P. Lovecraft.

O filme
O Fortim rendeu um filme em 1983 com o título The Keep. Dirigido por Michael Mann, que também assina o roteiro junto com o próprio F. Paul Wilson.

Nele atuaram Scott Glenn, Ian McKellen, Alberta Watson, Jürgen Prochnow, Gabriel Byrne entre outros.

Conclusões finais
Uma história repleta de horror com direito até mesmo a um romance. Uma luta secular que precisa de um desfecho naquele lugar esquecido de todos.

Venha adentrar O Fortim, de F Paul Wilson, e descobrir o que existe ali! Vale o alerta, pois é terrivelmente apaixonante!

Boa leitura!

Resenha publicada no blog Canto do Gárgula.

site: https://cantodogargula.com.br/2020/08/04/o-fortim-de-f-paul-wilson/
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Mila 16/07/2020

O autor não sabe criar uma personagem feminina verossímil
Contêm spoilers: O título da resenha mostra basicamente a única coisa que me incomodou. No início temos uma moça (praticamente a única mulher do livro) que, em um primeiro momento, me trouxe uma brisa de alívio - teremos um olhar feminino e bondoso em meio a uma massa de nazistas idiotas. A princípio, me parecia uma personagem muito interessante e bem escrita, forte, determinada, madura, responsável, capaz de se sacrificar pelo pai. Mas tudo isso vai por água abaixo quando conhece Glenn.

De repente parecia que eu estava lendo o roteiro de uma novela mexicana, com direito a muitos pontos de exclamação: "Até esse momento, Magda não sabia o que era viver! Como estava feliz agora! Oh, Glenn! Como ela o amava! Oh!".
Não demorei a notar que o autor simplesmente não sabia escrever personagens femininos, e toda a coerência de Magda desapareceu. De repente a mulher madura, responsável e comedida de 30 anos se tornou uma adolescente fã de boy bands, sendo Glenn tudo o que ela sempre quis na vida. Ele, é claro, era o homem "cheio de masculinidade e vigor" (característica que foi dita diversas vezes) e ela a virgem que nunca sequer tinha sentido desejo por ninguém, e que vai para cima dele pedindo para transar depois de ter sido traumatizada e quase estuprada por nazistas. Essa foi a hora em que eu quase abandonei o livro.

O personagem de Glenn me incomodou um pouco também, simplesmente porque ele não parece ser um cara que viveu milênios. Acho o personagem de Rasalom muito mais interessante. É legal que Glenn não seja a figura do herói incorruptível, ele mesmo não diz que ele está do lado do "bem", exatamente, o que traz mais complexidade a ele, mas seu apego exagerado ao mundo e ao seu recentíssimo romance, sobrepondo à sua própria essência de extinguir seu inimigo de longa data, não me convenceu. Principalmente quando fala, no final, que dentre todos os seus amores de todos os milênios, nunca amou alguém como amava Magda - que ele conhecia há, sei lá, uma semana?

Enfim, por mais que eu goste de romance, acho que esse livro ficaria muito melhor sem se aventurar por esse lado. Ainda assim, é uma história que vale a pena ser lida, muito intrigante, criativa (lembrando que foi escrita há quase 40 anos), por vezes assustadora, e com o personagem Rasalom muito bem desenvolvido.
Cripta Da Leitura 04/03/2024minha estante
Realmente, acabei de ler este livro, e esse romance foi de doer kkk




Scariot 14/04/2020

Surpreendente
Primeiro livro da série O Ciclo Do Inimigo, que inicialmente não era nem pra ser uma série, já que os três primeiros livros não têm ligação entre si e podem serem lidos em qualquer ordem. Apenas passam a ter ligação nos três últimos.
Mas vamos ao que importa. O livro, ou melhor, a série, se trata do eterno clichê da luta entre o bem e o mal, a luz e a escuridão.
Em O Fortim temos bem dizer a origem desse eterno embate, chegando na segunda guerra mundial, onde um fortim na Romênia passa a ser usado como uma locação de descanso para soldados alemães. Alguns desses soldados passam a morrer de forma brutal e misteriosa, e esse mistério que da base a história.
O primeiro terço da história é de um terror ímpar. Escrito de um jeito ágil, sem muitas amarrações e que sustentam um clima de tensão muito forte.
O restante do livro já parte para um lado mais aventuresco, com ótimas referências à algumas lendas locais e a alguns livros "proibidos".
Outro ótimo ponto são os personagens. Todos muito bem trabalhados, com seus próprios princípios que em um certo ponto do livro, nós não sabemos quem fala a verdade, quem está certo e para quem torcer.
É um ótimo livro. Fiquei bem surpreso por esse autor ter caído em um certo esquecimento aqui no Brasil, (o último livro nunca chegou a ser publicado) mas fica aqui a dica e a indicação para quem quer fugir dos nomes mais conhecidos.
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Renato 17/02/2020

Boa narração, final ruim
Nessa obra Paul Wilson usa a ótima narração por personagem, também utilizada em Crônicas de Gelo e Fogo (GOT) e usufrui muito bem desse método de escrita usando-o para gerar momentos de tensão, horror, mistério e assim por diante. Os personagens são bem construídos e a trama prende muito bem, bem o suficiente para eu me prender a ler um livro apenas, querendo muito ver o que aconteceria. A história trata, além de seu plot principal, sobre o nazismo, família, responsabilidades, falta de liberdade, o bem e o mal. Porem, não gostei do fim da trama, todo o contexto e novos princípios são criados muito bem, mas depois todos descartados. Tem um furo também no roteiro que eu não entendi muito bem para ser sincero. Mesmo com um final não satisfatório não deixa de ser uma boa leitura, principalmente pra quem gosta de sobrenatural e história.
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Márcio 28/09/2019

Bom
Um livro de terror ambientado na segunda guerra e dá uma perspectiva diferente sobre o mito do vampiro.
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Bruno 09/05/2019

Começo Bom. E Só...
Depois de tanto ouvir falar desse livro resolvi me dedicar a sua leitura. E a sensaçao que fica é a mesma de tantas resenhas que li por aqui, que o livro começa bem mas desanda.

Na primeira metade ele vale a atenção. Tem tudo para ser um clássico. Temos um cenário ideal, um clima ideal e personagens que parecem que se tornarão memoráveis. As passagens de suspense realmente dão aquele gelo na barriga, deixa o leitor apreensivo para se aprofundar mais e as páginas viram sozinhas

Ai vem a odiosa segunda parte: um misto de romance mexicano com suspense barato tipico daqueles filmes de terror B. Surge na história dois personagens que de início paraecem que vão revelar segredos mas a única coisa que fazem na história é torna-la o mais chata possivel. Temos o profeasor Cuza, velho e acorrentado á sua cadeira de rodas e que parece ter todo o conhecimento sobre o que está acontecendo no Fortim. A principio parece ser aquele tipico personagem que depende apenas do seu intelecto para ser importante na historia. No fim vemos que ele é traido pela sua propria inteligencia. Tem tambem a Magda, sua filha. Essa é de doer. As passagens dela são marcadas pelo sentimento de adolescente apaixonada e sonhadora, que não acrescenta nada e só serve para tirar o foco da verdadeira história. O pior é que o autor da muito espaço e importancia para essas passagens melosas. Serio, da vontade de rasgar o livro, se você suportar é porque tem baatante força de vontade. Ai eu pergunto.. o que o autor quis com essas duas personagens no livro? Ao meu ver foi apenas para dar uma abertura na história para poder encaixar o desfecho. Se foi isso, uma pena, porque dava para fazer um desfecho muitissimo melhor sem dedicar metade do livro a dois personagens tão profundos como uma colher de sopa. Ao meu ver um grande despedicio de tempo sumplesmente para estragar a história.

A nota 3 estrelas vai pela média. A primeira parte merecia 5 estrelas. A segunda, acho que 1 seria muito. Então no fim 3 estrelas está ótimo. Ainda tive o azar de ler o livro em uma epóca em que não estou tendo praticamente tempo nenhum para dedicar a leitura, o que se tornou ainda mais penoso para terminar.

Vale a pena? Se vocé tiver paciencia acho que sim. Se for aquele leitor que não tem receio nenhum de abandonar um livro então nem comece.
Mila 16/07/2020minha estante
Concordo. Eu acredito que a personagem de Magda inicialmente era uma coisa (a filha inteligente e forte, determinada a se sacrificar para cuidar do pai, não dando importância a nada além disso). No início ela mesma disse que não tinha vontade de se casar, nem atribuiu sua falta de relacionamento amoroso à condição do pai, embora fosse uma óbvia razão. Mostrou-se bem corajosa nos primeiros dias no fortim e achei que seria uma personagem incrível. Porém, foi só chegar Glenn que ela muda da água pro vinho. As passagens dela começam a ser terríveis e para mim ficou claro que se trata de um autor que não sabe retratar uma mulher, não sabe escrever uma personagem feminina verossímil (vou nem entrar em detalhes o fato de ela ter sido quase estuprada, ficar traumatizada e na mesma noite querer dar pro cara, sendo ainda virgem. Nessa hora eu quis largar o livro). Magda acabou ficando retardada e contraditória. Uma pena. E, apesar de eu gostar de romance, ficou muito brega o negócio de "estou vivo há milênios e já tive muitas mulheres, mas nunca amei nenhuma delas como amo você".




Dessa 09/10/2017

A história se desenrola a partir do momento que chegam ao Fortim alguns alemães, liderados por Woermann, para montar uma base, devido a localização privilegiada. Lá encontra um pai e filho que nada sabem do lugar, mas que vão diariamente ali para manter em condições impecáveis o local, recebendo anualmente seu salário de uma fonte desconhecida. Na primeira noite, motivado pela ganância , um dos soldados resolve abrir um local liberando um ser que há muito estava preso e assim começam as mortes. Um soldado por dia. De maneira terrível. Até Woermann pedir ao alto escalão permissão para sair do local, a qual foi negada e além disso, mandado para lá outra remessa de soldados, dessa vez, nazistas, da SS, para terminar de vez com a matança dos alemães. Esses 2 capitães, com ideações diferentes, iniciam uma batalha para decifrar e conter o assassino que não sabem o que é . Ao mesmo tempo que o mal é liberado, um forasteiro do outro lado do mundo começa uma saga para chegar a tempo de conter esse mal. Outros 2 personagens são acrescentados a obra, um senhor com problemas graves de saúde que é historiador e sua filha , que foram chamados para decifrar através de livros antigos o que pode estar acontecendo e tentar conter.
O livro que é considerado terror tem mais uma pegada de suspense e mistério. Resumindo, uma luta entre o bem e o mal. O terror mesmo acontece dentro do Fortim, a cada noite, na expectativa de quem será o próximo a morrer.
Os comandantes alemães com suas ideologias diferentes se unem para conter o mal. Mas é doloroso acompanhar os pensamentos do comandante da SS, com todas as suas maldades praticadas contra os judeus...esse comandante pra mim é tão mal e cruel quanto ao ser que se apresenta toda noite.
Achei desnecessário o romance criado da metade pro final, o cara sai do outro lado da Europa a fim de conter o mal e chegando lá é desviado de suas pretensões porque se apaixonou. Imaginei que a participação dele na história seria um diferencial, mas o cara se dá por contente ao ficar no vilarejo deixando as coisas se desenrolarem no fortim, sabendo que a situação poderia sair do controle e ele perder a batalha. Em um determinado momento ele destrincha para a Magda tudo que aconteceu com o pai dela, como foi manipulado, o que se esperava do MAL, exatamente como realmente aconteceu. Por que ele não foi conter a situação eu não sei, principalmente sabendo que o cara tem um conhecimento de cada pedra daquele lugar, e pode muito bem entrar a qualquer momento. Mas, preferia ficar atrás da moita observando o Fortim. Isso decepcionou um pouco. Inclusive, a batalha final decepcionou um pouco tb....
Enfim, o livro tem uma escrita agradável, o autor aos poucos vai descortinando todas as questões fazendo-nos ficar presos na história até realmente descobrir a verdadeira questão pois tb somos manipulados, não sabemos o que eu é certo e o que não é. A história é boa, o suspense e o mistério tem seu lugar, o terror dos soldados a cada noite era palpável. A ideologia dos 2 comandantes serem tão diferenciadas deu um outro aspecto pro livro, fazendo com que a gente torça por um e comece a ter pensamentos macabros para acontecer com o outro. Considero uma leitura boa, com boa dose de entretenimento. Apesar desse livro ser o primeiro de uma serie, teve um final fechado ... mas fiquei um pouco curiosa para saber de que se tratava os outros 5 da série...
Mila 16/07/2020minha estante
Exatamente!! Porque o bendito ficou só observando atrás da moita? Qual era o plano dele, afinal? Porque ele só resolve dar as caras quando é impossível protelar mais. Realmente não entendi o que ele pretendia fazer.




Neilania 11/05/2017

Envolvente.
A trama é interessante misturando nazistas e uma luta milenar entre o bem e o mal. A construção de um clima assustador é semelhante às obras de Stephen King. Animada para ler os outros.
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Diego 16/04/2017

Surpresa, se não fosse pela edição
Iniciei esse livro, com muito receio, pois visto a resenha das orelhas do livro não me atraíram muito. Decidi iniciá-lo mais pra me desafiar a leituras diferenciadas que é meu projeto desse ano. Porém, ao adentrar a história me flagro completamente absorto pela trama e impactado pela ambientação fria e escura que o autor nos presenteia. Em meio a labirintos de cômodos frios do castelo, passagens secretas e um inimigo que se esconde entre as sombras, a luz de uma vela pode ser o que lhe salvará a sanidade e a própria vida nesse horror escrito por F. Paul Wilson. As vitimas aumentam a cada noite todas completamente mutiladas. Soldados alemães treinados para batalha e acostumados com o horror da guerra e com muita frieza, sentem-se aterrorizados diante ao horror que os assombra noturnamente. Em busca de respostas, o general pede ajuda aos seus superiores, que mandam por sua vez outra frota de soldados, dessa vez mais cruéis e objetivos. Entretanto esses novos soldados só aumentam o número de vítimas e como último recurso, um professor de História e sua filha, ambos judeus, são trazidos para estudar mais sobre O fortim. A entrada dessa nova leva de personagens, tanto dos alemães cruéis e dos judeus que auxiliarão no mistério, aumentam a aura claustrofóbica da história, pois aliado ao horror, até então misterioso, vemos o horror de nossos novos convidados ao se ver em frente aos seus maiores inimigos e chacais. Os soldados alemães. Uma sensação de perigo eminente nos cerca não só pelo sobrenatural, mas pelo fator humano em questão.
A trama prossegue, até que descobrimos quem ou o que é o ente sobrenatural que assola o fortim e o horror toma formas maiores, quando descobrimos que o que parece ser um horror local, pode ter projeção mundial numa demonstração de ódio e vingança visceral.
Enfim, no que eu consideraria o terceiro ato da trama, com o perigo saindo do anonimato, a história perde um pouco sua velocidade inserindo um novo personagem na trama e com ele um elemento de romance de banca de revista. Como é comum essa abordagem de mocinha e herói na literatura oitentista já previa tal abordagem e estranhei ela ter demorado tanto. Todavia isso não atrapalhou o desenrolar da trama, que trás toda a sua força nas últimas paginas nos fazendo duvidar de nossos próprios julgamentos. O final fechado não nos instiga a ler uma continuação, mas como foi agradável a leitura, pretendo lê-la da mesma forma. Disse que foi uma surpresa a leitura, por encontrar tantas variações de sensações minhas ao enfrentá-la, desde o ódio pela guerra e crueldade de alguns personagens, ao assombro com o perigo escondido no fortim. A edição entra totalmente em desserviço ao leitor, ao entregar demais da história em sua resenha nas orelhas do livro e ao colocar uma capa completamente visual, que pode ou não indicar aspectos do livro que seriam mais gostosos se descobertos pelo próprio leitor.
Se possível ignore a capa e as orelhas e se surpreenda, assim como eu, com uma excelente mostra do ápice do horror oitentista.
Nota 7.8
Mais resenhas como essa, em minha página no facebook Cripteca.

site: https://www.facebook.com/cripteca/?fref=ts
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Renan.Colli 17/11/2016

Indicado para quem gosta de ler até a metade
O Fortim, de F. Paul Wilson, como experiência literária, não me agradou. Os motivos que contribuíram para que eu quase abandonasse a leitura nas últimas dez páginas são os mesmas que encontrei em críticas de outros leitores. Há basicamente duas histórias entre a capa e a contra-capa do livro, que promete em sua sinopse ser um conto aterrorizante da luta entre bem e mal. O problema é que não deveria ser assim, o livro é um romance único, cujas tramas deveriam estar bem alinhadas, e, se o foco narrativo mudasse, deveria haver uma transição que funcionasse e um desenvolvimento da história que justificasse tal mudança.


A primeira metade do livro é um espetáculo. O autor dá uma aula em construção de enredo, apresentação de personagens e montagem de ambiente. A história é a seguinte: Durante a Segunda Guerra Mundial, em um forte localizado nas montanhas da Romênia, o capitão Woermann, do exército alemão, instala-se com seus homens e ordens de proteger o passo Dinu de uma possível invasão russa. Logo na primeira noite da estadia da tropa um mal terrível é despertado e a partir de então, todas as manhãs um soldado é encontrado brutalmente assassinado. Não conseguindo solucionar o mistério das mortes, o capitão apela ao alto comando alemão, que envia o Major Kaempffer, um cruel oficial da temida SS para solucionar o caso. Surge a partir deste encontro um conflito de ideologias, vez que o capitão Woermann não concorda com o regime nazista que Kaempffer representa. E enquanto isso, o anoitecer continua fazendo vítimas dentro do fortim. A tensão entre os oficiais e seus métodos de liderança representa todo o conflito entre bem e mal que o autor poderia precisar, e talvez a existência de um inimigo comum pudesse unir estes dois polos opostos – ou separá-los de tal forma que somente pudesse restar um deles - mas infelizmente não é isto que o livro entrega.


A segunda metade do livro acompanha a introdução de outros personagens. Conhecemos o professor Theodor Cuza e sua filha Magda, ambos judeus e conhecedores da história do forte. São chamados para descobrir quem – ou o quê - está matando os soldados do führer. A história degringola subitamente com a chegada de Glenn, um homem de passado misterioso que tem seus objetivos relacionados ao fortim. A partir daí o terror é abandonado em favor de um romance água com açúcar que não convence por falta de desenvolvimento, o que não impede o sr. Wilson de insistir até o final que estamos diante de um caso de “amor verdadeiro” (tão comum em livros fracos, categoria à qual não esperava que este livro fizesse jus). Kaempffer e Woermann, que até então roubavam a cena trocando faíscas germânicas que davam ao livro uma ótima forma de crítica política, são “jogados para escanteio” de uma forma indigna dos ótimos personagens que são e a premissa “nazistas x conde Drácula” parece ter o poder do vilão sobrenatural da trama, Molasar, de desaparecer sem deixar rastros. A estaca de madeira que mata de vez esta história de vampiro é a superexposição que recebemos acerca de Molasar, suas origens e motivações, o que leva o leitor a desinteressar-se da história, e, por fim, perceber que tem em mãos um livro muito diferente do que tinha quando começou a lê-lo.


Fora isso, o livro tem alguns pontos positivos, que agradarão os fãs do terror. A narrativa muda de ponto de vista a cada capítulo, passeando pela mente dos principais personagens, e na primeira metade do livro, sabemos que momentos da trama ocorrem simultaneamente por meio de uma marcação de horário no início de cada capítulo, recurso abandonado nos capítulos finais (o que reforça ainda mais a noção de que entramos em uma história diferente). Há alguns momentos que são genuinamente assustadores; o destaque vai para as cenas que se passam no porão do fortim, onde são armazenados os corpos dos soldados vitimados pelo monstro.


De mais a mais, O Fortim é um livro que eu recomendaria para aqueles que se interessariam em ver uma atualização dos contos velhos da Transilvânia durante um dos períodos mais sombrios da história da humanidade; mas não recomendaria para aqueles que, assim como eu, se sentem mal em abandonar um livro pela metade, pois estes terão que sofrer um romance chucro e um final decepcionante. Enquanto dentro dos muros do fortim acontece uma batalha entre o bem e o mal, dentro das páginas de O Fortim ocorre uma batalha análoga, entre um bom e um mau conto.
Cripta Da Leitura 04/03/2024minha estante
Concordo com você! Se o protagonismo tivesse sido do Woermann e do Kaempffer teria sido muito bom! Mas quando entra o Cuza, a Magda é depois o Glenn, parece que vira outro livro. O romance é chatíssimo e super forçado! E a exposição excessiva do Molasar, para com o Cuza, estragou o mistério e terror que estava no começo. O bom é que SPOILER... No fim das contas teve um motivo para a "amizade" entre ele e o Cuza, e na verdade tudo que ele falou para o Cuza era mentira. Aí eu gostei, porque passou a fazer sentido o porque ele precisou ganhar a confiança dele.




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