Simultâneos pulsando

Simultâneos pulsando Nicolas Behr...




Resenhas - Simultâneos pulsando


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Adriana Scarpin 25/08/2018

É muito difícil haver uma coesão de qualidade numa antologia com dezenas de poetas, ainda mais variando os temas entre o pornográfico, o obsceno e o erótico, mas este livro não só consegue isso como também preenche uma lacuna que é justamente reunir o fescenino contemporâneo em um só livro, algo que a editoração brasileira estava precisando.
Passei os últimos anos tendo a literatura obscena como meu objeto de estudo acadêmico e esse livro chega num momento mais do que necessário para o fechamento da minha pesquisa e não poderia estar mais feliz pela escolha precisa de poemas e autores.
O único porém que encontrei nesse livro diz respeito à editoração, ele é apresentado em ordem alfabética pelos nomes dos autores, mas estes só constam num índice ao final do livro e não com nomes em seus respectivos poemas, o que deixa a leitura um tanto confusa, claro que alguns poemas eu já conhecia e por isso sabia quem era o autor, ou até mesmo os que não conhecia, mas reconheci o estilo do poeta, mas mesmo assim é meio incoveniente não ter o nome do autor junto ao poema.
E, como usual, escolho o poema que mais me saltou aos olhos dentro do livro todo:

Salmo de Marcelo Ariel

"Faz de mim uma gota de porra
descendo por tua bunda
até se misturar com teu cheiro
com o doce cheiro do seu cu
doce e amargo
Põe minha língua
como um selo ,
como um selo no teu grelo
Pois forte como a Morte
é o teu desejo,
divino que guia
as estocadas
dos meus dardos de fogo;
chama sobre chama…
Que Águas antediluvianas
não conseguem
extinguir
ardor sobre furor
mais forte que a eternidade dos mortos.
Sagrada
é minha flecha de fogo,
entrando e saindo
da tua cona"
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