Thales Valois 07/11/2023
Quando finalmente peguei este livro, esperava uma história assustadora. No entanto, me deparei com uma narrativa muito divertida e cheia de aventuras. Sim, os seres maléficos estavam lá, sereia, chupacabra, lobisomem, vampira, diabo, maga etc., mas não davam medo.
Não me entendam mal, a quebra de expectativa não foi exatamente uma decepção. O livro é bom. O folclore e a ambientação são muito bem trabalhados. Gente, é uma delícia viajar pelo nordeste com Toninho (o caçador de criaturas ruins), Veia (a mula encantada de Toninho) e Josefa, a maga (filha de humana com o próprio diabo), que se junta a Toninho para caçar as criaturas do inferno, o que muito confunde Toninho.
O caçador, inicialmente, quis matar a maga, mas era praticamente impossível por conta de seu poder. Tendo o rapaz sua própria vida poupada pela maga, que poderia matá-lo facilmente, aceitou seu convite de caçar junto com ele. É claro que ela teria uma porcentagem maior de poder de decisão. Toninho se assusta com uma maga, filha do capeta, querendo caçar criaturas com as quais ela deveria se identificar, porém não teve jeito, ele precisou aceitar a proposta, mas se surpreende positivamente à medida que conhece Josefa.
O último capítulo tem bons momentos, é divertido, mas foi o capítulo mais fraco pra mim. O que não chega a ser tão grave, pois este não é um livro que te convida para um grande clímax no fim, pois, como disse, ele é episódico, sendo sua trajetória muito mais satisfatória do que chegar ao seu fim. Entretanto, sim, preciso dizer que o último capítulo se destaca negativamente, pois abriu mão da ação e aventura, tão marcantes ao longo da história, para dar lugar a muito discurso e lição de moral. Embora seja, a meu ver, reflexões justas (apesar de simples demais), achei cansativas, bobas e exageradas.
No geral, eu gostei bastante e recomendo.