Nati Amend @livrosdanati 27/01/2020ELETRIZANTE!Eu estou tão empolgada para falar dessa HQ para vocês que nem sei por onde começar. Bem, o desejo de ler Samurai Shirô surgiu a partir desse encontro da foto, com o quadrinista e ilustrador Danilo Beyruth. Inicialmente eu não fazia ideia de que tínhamos uma protagonista mulher na narrativa, pois a julgar pelo nome da HQ, pensei que se tratava de uma história essencialmente masculina.
A personagem em questão é Akemi, uma jovem descendente de japoneses que vive na cidade de São Paulo. Com a perda recente de seu avô, ela se vê um pouco perdida e sem rumo, até que um estranho homem sem memória cruza seu caminho. A partir daí, ela passa a ser perseguida pelos yakuzas, uma organização criminosa originária do Japão.
"Akemi, você está trazendo para o dojo algo que a impede de progredir. A espada do samurai é uma extensão da sua própria alma. Quando a alma está pesada, a espada traz esse peso em cada movimento".
O ritmo dos acontecimentos na história é simplesmente frenético - ao ponto de você não conseguir parar de ler - e mistura ancestralidade, muita violência e ação. A narrativa tem como cenário o bairro da Liberdade (SP), o que torna essa experiência de leitura ainda mais rica e interessante, e os traços de Danilo, ainda que em preto e branco, conseguem dar vida a cenas repletas de sangue e velocidade.
Me chamou muito a atenção a forma como a sequência de eventos acontece na história, com muito dinamismo e intensidade que nos deixa sem fôlego. E toda a construção da trama é bastante similar a de um enredo de filme. Não é à toa que a HQ já tem uma produção cinematográfica sendo gravada.
Beyruth é um quadrinista brasileiro muito talentoso, premiado por diversos de seus trabalhos, e que tem a habilidade de nos prender à sua narrativa. Mesmo para quem não tem o hábito de consumir conteúdos ilustrados, recomendo que tente a leitura deste quadrinho. É simplesmente genial!
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