Rodrigo de Britos 15/07/2020
Cultura, poesia e representatividade
Cultura, poesia e representatividade, é o que encontramos nos versos do Emicida e nas páginas deste livro.
Este livro traz uma poesia aparentemente simples, sobre um evento corriqueiro, que é o passeio em um pomar, coletando amoras. O texto flui, parece que estamos acompanhando o Emicida divagando, refletindo sobre a pureza do pensamento de uma criança, da sabedoria que os adultos deixam na infância. Só que justamente por serem os pensamentos do Emicida, a gente se depara com as referências dele. Com as coisas que o constroem, que fazem do Emicida, o Emicida. Um cara negro, rapper, compositor e poeta. Ele cita Obatalá, que um orixá, fala de Alá, de Luther King e Zumbi dos Palmares. E não se preocupe, que no final deste livro é tudo explicado, cada elemento citado.
As ilustrações são lindas. A diagramação das palavras conseguem mostrar ritmo, como se o texto estivesse sendo recitado. Há algumas repetições, são as frases que o Emicida repete, dá ênfase. É um livro que não se esgota após a última página. É um livro que pede pra que você aprenda mais sobre cada personagem citado.
O livro tem como protagonista uma menina negra. Ela vem te pegar pela mão e te leva a conhecer um pouco mais sobre a cultura e a luta negra.
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