Ingrid 29/11/2022Resenha - A Grande Solidão“A Grande Solidão” foi a grande surpresa deste mês. Talvez até do ano. Comprei o livro no começo do ano porque ele seria a leitura de agosto do clube do livro da @gabipazos que estou participando.
No começo do livro, li só um capítulo e deixei para continuar depois, pois não estava gostando. Mas quando voltei, não consegui parar de ler. Esse é um livro que realmente recomendo que leiam pelo menos até a página 100, porque o começo não prende, mas depois disso, tudo flui.
A família de Leni, nossa protagonista, é composta por ela, sua mãe, Cora, e seu pai, Ernt. O pai de Leni foi para a guerra do Vietnã quando ela era mais nova, e foi prisioneiro por muitos anos. Por isso, quando voltou, não era mais a mesma pessoa.
E a mãe de Leni sempre ressaltou isso para a filha, que ela mal conheceu o Ernt de Antes. Por isso talvez a filha não entendesse todo o amor que Cora tinha por Ernt, e a força dela para manter o relacionamento de pé.
Para um novo recomeço, Ernt leva Leni e Cora para o Alasca. Um companheiro de guerra que faleceu deixa um pedaço de terra para Ernt, e ele decide que seria uma boa forma de melhorar de vida.
O Alasca. A grande solidão. Esse foi o grande personagem do livro, aquele que me prendeu na leitura. O Alasca encanta e amedronta. Para os fortes, que aguentam ficar lá, é o melhor lugar da Terra.
Com o tempo, a família, principalmente Leni, se sente parte do Alasca. Ela finalmente encontra o lugar dela, sua casa. Lá eles fazem amizades incríveis, amigos que são como família.
Além disso, o livro aborda de forma muito interessante o trauma pós-guerra que um soldado vive. Como antigamente, nos anos 70/80, não existia ajuda para essas pessoas. E uma pessoa doente, traumatizada, pode ser o pior inimigo das pessoas que ama.
Por fim, ressalto a linda história de amor que existe entre Leni e Matthew, um garoto do Alasca. Foi um ponto de felicidade dentro de uma história difícil e pesada.
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