Resenhas - Vox

Laura 12/10/2020

No começo senti que tinha uma inspiração na escrita de o Conto da Aia da Margaret Atwood. Depois senti que a história ficou muito tempo focada em assuntos pequenos e o final acontecem mil coisas e não é tão detalhado. Não achei o livro ruim, mas também não achei incrível ou tive interesse em ler mais da autora.

Fernanda Sherly 24/10/2020

Reflexão
A história é parecida com a proposta de "O conto da aia", escancarando, através de uma obra ficcional, a cultura machista, sexista e patriarcal enraizada na nossa sociedade contemporânea. E que muitas vezes passa despercebida aos nossos olhos, de tão acostumadas que já estamos.
É assustador perceber semelhanças entre a história narrada pela a autora e o cotidiano de muitas mulheres.
Uma narrativa sobre a importância da luta feminista, sobre mulheres usar as suas vozes, sobre o público feminino tomar posicionamento perante as situações (principalmente políticas-sociais) o quanto antes. Sobre rede de apoio uma para com a outra e sobre, também, o papel dos homens nessa desconstrução cotidiana.

flaviaalessandra 11/02/2022

Nesta distopia temos um governo que decreta que as mulheres podem falar apenas 100 palavras por dia.

A nossa personagem principal é a Dr. Jean, narrando os acontecimentos de seu dia a dia e o do governo atuante dos Estados Unidos, onde a mesma vai passar por coisas bastante difíceis e desafiadoras.

Teve muitas partes do livro que eu fiquei muito agoniada, a narração, tudo deu vontade de parar de tão pesado. A autora toca fortemente na nossa consciência e faz repensar em muitas coisas que acontecem atualmente.

À princípio gostei muito da história, da autora e da escrita, um dos meus livros favoritos desse ano, recomendo muito!!!

Angel221 04/08/2020

QUE LIVRO, MEUS AMIGOS, QUE LIVRO!
bom, primeiro de tudo: ainda não li "o conto da aia", então isso provavelmente influenciou meu apreço pela história. A escrita da Christina é fluída e viciante, a narrativa é interessante e em alguns momentos frustrantes, você se pega questionando como as mulheres se deixaram chegar a tal ponto. O livro perde o foco do meio para o fim, o que me deixou bem decepcionada, chegou um momento que eu até esqueci que as mulheres usavam contadores. a solução final da autora não convence muito, eu fiquei me perguntando: "por que nn fizeram isso tudo antes?". Dei 4 estrelas pelo feeling,pois não consegui largar o livro, mas o final é bem mediano

Priscilla202 18/11/2021

Premissa incrível mas que foi desperdiçada
Um livro que tinha tudo pra dar certo mas que acabou dando muito errado... pelo menos pra mim. Pela premissa parece que vai ser muito interessante mas acaba decepcionando.
Não consegui gostar da protagonista nem dos outros personagens. Também não gostei desse triângulo amoroso dela com o marido (Patrick, o bundão) e do amante (Lorenzo, o bonzão). Mais de uma vez cogitei abandonar a leitura. Só continuei para não aumentar minha lista de abandonos e também fiquei curiosa para ver como ia se desenrolar a história da gravidez dela. Mas foi insatisfatório, assim como o livro todo.

Y a s 26/06/2020

Vox
Uma proposta interessante e muito bem relatada,a leitura flui com facilidade e você se vê apegada aos personagens que jamais pensaria, adorei!

Dé7 22/01/2024

Pior livro da vida
A ideia principal me deixou bastante curiosa, mas não teve desenvolvimento nenhum!!
Focou só na questão pessoal da protagonista ao invés de um quadro geral de como o mundo se tornou terrível pra todas as mulheres.
A protagonista é simplesmente intragável pra mim, totalmente hipócrita e incoerente. Como assim odiar os próprios filhos só por serem homens mas tratar o amante como se fosse um deus na terra??? sendo que ele não fez nada pra mudar o sistema também e só queria tirar ela de lá??? (e esse caso foi só uma das coisas totalmente desnecessárias na história)
Passou o livro inteiro dizendo que o marido era frouxo pra no final ele ter dado a vida fazendo algo super útil enquanto ela fugiu pra outro país e deixou a bagunça pras outras arrumarem.
Uma decepção!!

Paulo Silas 01/04/2021

Vox é uma distopia ambientalizada em um país que foi tomado por um governo que busca um anunciado restabelecimento da moral, dos bons costumes e de um povo que viva sob os preceitos religiosos que determinam ser o homem que deve comandar enquanto a mulher deve apenas obedecer. Dentre as medidas tantas adotadas pelo governo, a limitação da fala das mulheres para até no máximo 100 palavras por dia está entre as mais drásticas, cujo controle é exercido por uma pulseira que contabiliza todas as palavras ditas ao longo do dia e dispara um choque quando o limite é ultrapassado. É nesse ambiente tenebroso que a história contada em Vox se desenrola.

A protagonista, que figura também como narradora, é Jean McClellan, uma neurolinguista que após a tomada do governo ultraconservador foi obrigada a abandonar a carreira e passar a tomar conta do lar, uma vez que essa é a imposição social no sentido de ser o lugar em que as mulheres deveriam estar. Jean McClellan vive assim sua vida cuidando da casa e dos quatro filhos, enquanto seu marido funciona como o provedor do lar trabalhando. Na visão do governo, tudo conforme deve ser, mas essa imposição social é constantemente questionada pela protagonista, que acaba correndo vários riscos por sua inconformidade. Um acontecimento no âmbito familiar do presidente do país em que se passa a história, porém, pode significar uma virada na coisa toda, pois Jean McClellan é convocada pelo governo para utilizar o seu conhecimento como cientista para auxiliar na resolução de um problema que pode repercutir na vida de todos. É a partir disso que realmente a história se desenvolve, dando o impulso para a trama de Vox.

"Vox" é um livro bem escrito e que chama a atenção tanto por sua história contagiante quanto pelo incômodo que a trama causa no leitor. Por mais seja uma distopia, há várias semelhanças e aproximações da sociedade apresentada no livro com a sociedade contemporânea em que se situa o leitor. O pensamento que orienta as ações do governo de Vox se faz presente em muitas pessoas da sociedade atual - talvez por isso o livro assuste um pouco gerando desconforto, tornando-o bastante reflexivo. A narrativa flui a contento, em que pese o excesso da divisão em capítulos. A história toda também é ótima, mas o final pode decepcionar alguns por ser muito abrupto, deixar algumas pontas soltas e caminhar para uma direção contrária daquela que serviu como mote para toda a obra. Um livro atual cuja leitura é devida e necessária por servir também como alerta.

Anelise Cristine 26/08/2020

Achei o plot no final muito interessante, mas infelizmente não compensou toda a parte do livro (quando ela começa a ir para o laboratório) em diante, pra mim, foi uma canseira.

A premissa é incrível e eu apostei todas as minhas fichas nela, mas senti que algo se perdeu.

Vale ressaltar que foi uma leitura fluida, com capítulos curtos que a gente ama, e apesar de ser uma distopia, não fugiu muito da nossa realidade, falo de fatos como fanáticos religiosos que acham que as mulheres nasceram para servir e apenas isso e fatos como machismo.

Na minha concepção, o final poderia ter sido explorado de uma forma melhor, cheguei a pensar que tinha pulado algumas partes, porque tudo aconteceu literalmente faltando menos de 5 páginas para finalizar. Mas sim, a escritora concluiu com sucesso o que queria, que era me fazer passar raiva e me fazer refletir um pouco mais.

fabi ") 31/05/2020

VOX
Este é um daqueles livros que servem de alerta! A autora mostra o que a radicalização, o que supremacistas no poder podem fazer caso tenham a oportunidade. Uma leitura dolorosa porém muito necessária, recomendo!!!!

lusia356 28/04/2021

Perfeito
Com toda certeza um dos melhores livros que eu já li. A leitura é fluída e muito boa. A autora em determinados momentos fez com que aquela realidade em que a protagonista vivia já existisse a bastante tempo, e apesar de me deixar confusa, era algo bom.
Jean é uma personagem, que na minha concepção, é bastante complexa. Ela não é uma protagonista perfeita, uma protagonista que você ama ela toda hora. Muito pelo contrário, Jean é o tipo de protagonista em que você em determinados pontos você sente vontade de da na cara dela sskskskk, como na vez onde ela teve que decidir em fugir com o amante para Itália ou ficar com a família nos EUA.
Também é muito louco pensar que esse livro, apesar de não ser a NOSSA realidade, é a realidade de muitas mulheres por aí, de muitas mulheres que são silenciadas, e muitas vezes algumas são como a Jean, que no começo não ligava pra todo esse movimento feminista, só foi começar a entender quando ela começou a ser afetada e não só ela, como amigas e a própria filha começou a ser afetada.

Mas fora tudo isso, o livro é incrível, um desfecho maravilhoso

Liana 27/09/2022

Feminismo de twitter
Protagonista rasa, hipócrita, chata e super privilegiada. Odiei a morte de um personagem em específico NAO TINHA NADA HAVER ELU MORRER enfim, ideia ótima mas mal elaborado

A militância é super rasa (a cara da manu gavassi em 2020) se vc for pré adolescente e estiver na fase quebrando o tabu vai amar

Carla 30/08/2020

Sinceramente, esperava mais da história. Achei a protagonista fraca, egoísta e exageradamente crítica. Não odiei o livro num todo, pois até o terminei em poucas semanas. Mas, além de a protanista não me agradar, não gostei do final.

regifreitas 30/08/2020

VOX (2018), de Christina Dalcher; tradução de Alves Calado.

VOX se passa em um mundo distópico, num futuro não muito distante do nosso. Como ponto positivo, a temática, bem atual, tratando do papel da mulher na sociedade, empoderamento feminino, misoginia, conservadorismo e fundamentalismo religioso. A autora certamente foi influenciada por obras como O CONTO DA AIA, que ganhou maior relevância e visibilidade nos últimos anos. Contudo, Dalcher peca em alguns pontos no seu romance.

A autora não aprofunda muito esse mundo. Como a situação chegou até àquele ponto? Por que as pessoas parecem tão passivas em relação a tudo? Como a economia se virou ao perder boa parte da sua força de trabalho? – afinal, às mulheres também foi proibido exercer qualquer atividade que não o trabalho doméstico. Também não era mais permitido às meninas, nas escolas, aprenderem a ler e a escrever. São questões pouco exploradas ou completamente ignoradas no enredo. Por exemplo, não me pareceu muito crível uma mudança tão abrupta na sociedade em um período tão curto: entre a posse do novo presidente e as medidas tomadas por ele para silenciar as mulheres, apenas dois anos se passaram. Para uma situação tão recente, a maior parte da população – tanto a masculina como boa parte da feminina – parece ter se adaptado muito rápido a essa nova realidade.

O foco maior de Dalcher recai justamente na questão do silenciamento. Entre as medidas tomadas, a mais drástica foi a limitação imposta às mulheres de proferirem apenas cem palavras por dia. Por conta disso, foi criado um dispositivo (espécie de pulseira ou bracelete) que faz tal contagem. As mulheres que ultrapassam esse limite são punidas com uma descarga elétrica, cuja intensidade é proporcional ao excesso cometido.

Finalmente, pouco depois da metade da obra, os acontecimentos se desenrolam muito rapidamente e, algumas vezes, de forma muito conveniente para o desfecho da trama: toda a crítica social é deixada de lado para privilegiar a ação.

naclaxvz 20/02/2021

Vox me interessou muito só pela sinopse. O livro começou muito bem, foi introduzindo o leitor bem aos poucos na história e isso deu tempo pra assimilar melhor o universo criado. Os personagens, de modo geral, são bem construídos, a própria personagem principal me agradou muito exatamente por fugir do que eu imaginava pra ela.

O desenvolvimento do livro, tem alguns pontos positivos e negativos. Começando com os positivos: o maior de todos, pra mim, sem dúvida foram as reviravoltas, eu fiquei muito surpresa com algumas coisas, sequer tinha imaginado, e gosto muito de livros que proporcionam essa experiência ao leitor. Além do mais, esse é aquele tipo de leitura que te deixa aflita, nervosa, incomodada. Me peguei várias vezes rezando pra que tudo desse certo. Acompanhei o desenrolar dessa história com muita expectativa, e ai que estava meu erro...

Chego agora nos pontos negativos, começando com o final, não especificamente sobre ele, mas sim como tudo acontecer até chegar lá. A autora simplesmente correu com a história e diversas coisas foram ditas de qualquer jeito, as atitudes de alguns personagens foram tão superficiais que eu não consegui entender o motivo daquilo estar acontecendo.
Não digo que foi algo ruim, eu acho que se o livro tivesse mais páginas, ele seria excelente. Se a autora mantivesse o ritmo da história tal como foi no começo, a leitura teria sido muito mais satisfatória.

No geral foi um livro bom, apesar da conclusão ter sido mal feita, foi um livro que me somou alguma coisa. Foi uma leitura que me prendeu e me arrancou algumas lágrimas e alguns surtos. A história em si, no geral, tem uma mensagem muito boa que vale a pena ser lida.