Resenhas - Fascismo

Wilson.Oliveira 23/07/2023

Um livro muito bem escrito e com erudição e estilo. Porém, altamente anacrônico e forçado no uso da palavra Fascismo, usada até para rotular a autocracia norte-coreana. Uma obra que é mais útil para compreender a leitura liberal dos Estados Unidos (entenda-se, partido Democrata) dos seus antagonistas políticos que para compreender realmente o que é o Fascismo hoje e o que foi ontem.

Myria.Viana 04/03/2023

Um livro que deveria ser lido por todos, para que o mundo venga compreender o quanto podemos ser vulneráveis a ações extremas de patriotismo. Que tudo exagerado não faz bem para ninguém.

Aymee2 07/07/2022

preguiça
parei de ler no momento em que ela diz "reclamam do capitalismo mas se não fosse ele voce nao teria seu celular"

argumentação desonesta e reducionista.

Guilermin 26/04/2022

Esperava algo mais instrutivo. O livro usa muitos exemplos históricos, algo que quando o iniciei não achava que fazia parte quase que integral da sua construção. Ótima didática no sentido comparativo (usando a história), porém, queria algo tendendo ao injuntivo, a um conjunto de passos.

Katia 05/02/2022

Leitura necessária
Abre nossos olhos para o contexto atual.
Há pontos que discordo, até porque a autora integrou o governo norte-americano, mas ainda assim, leitura válida.

Pamylla.Souza 21/10/2021

Uma viagem pela história.
Os primeiros capítulos são destinados à contar a história, fundo, a risca dos fascistas que habitaram e ainda habitam nossa terra!
Incrível como tudo começa.
Engraçado que se pegarmos os relatos sobre o Trump e aplicarmos sem tanta inteligência, temos o Bolsonaro, afinal aqui é mais fácil ser um tirano com essa população carente de educação.

O último capítulo é a chave de explicação final, onde se liga tudo.

Gustavo.Borba 16/08/2021

Ufanismo: Um alerta
#LivrosQueLi
 
Fascismo: Um alerta, de Madeleine Albright. Ed. Crítica, 2018. Em tempos de recrudescimento da extrema direita, fascista e intolerante, um tema mais do que bem-vindo. Pena que a autora não soube aproveitar a oportunidade e criou um libelo em defesa dos atos imperialistas estadunidenses. Os dedos são apontados para todos os lados, mas não há nenhum reconhecimento quanto à postura fascista do próprio país. A confissão do uso de métodos truculentos assemelhados aos de gângsteres é explícita: ?Digo a meus alunos que o propósito fundamental da política externa é elementar: convencer outros países a fazer o que gostaríamos que fizessem. Há várias ferramentas à nossa disposição para isso, de pedidos educados ao envio de fuzileiros navais. (...) Podemos pressionar os mais teimosos recrutando aliados, amigos e organizações internacionais para reiterar nossas solicitações. Se estivermos claramente com a razão, podemos ameaçar dar apoio a sanções econômicas e de segurança, ou impô-las nós mesmos e endurecê-las mais e mais se o governo em questão se recusar a fazer o que achamos que deve. Para forçá-lo a pensar bem, podemos organizar exibições pacíficas mas instrutivas de destreza militar nas proximidades do país. Podemos, se as circunstâncias permitirem, lançar mão de meios secretos para perturbar suas atividades, de forma que, se um míssil for lançado, vá para o lado em vez de subir. No meio de tudo isso, podemos ressaltar os benefícios de um possível acordo: o fim do isolamento, uma nova era de prosperidade, segurança a longo prazo e paz?. p. 189. Muito grave a confissão de mentalidade imperialista pela ministra de relações exteriores dos EUA, que agem, segundo seu próprio relato, como um mafioso que oferece segurança, um miliciano que explora serviços piratas na periferia, um aluno que comete bullying contra um colega mais fraco. São os EUA!
Sua defesa mostra-se tendenciosa, o que nos faz entender sua afirmação de que o comunismo não funciona (p. 84), sem se dar conta de que o capitalismo de que os EUA são representantes exemplares, também não funciona no que se trata em promover igualdade, justiça, paz e desenvolvimento igualitário. Diz acreditar que o poder no Ocidente e nos Estados Unidos deriva do povo, quando vemos as corporações dominando a política e impondo seus interesses sobre toda a sociedade.
Esse livro surge no contexto da eleição de Donald Trump à presidência do país, mas o que ela diz temer já está em ação, inclusive por meio de suas opções. Lamentável.
 

Fernanda.Avila 27/06/2021

Fofocas políticas relevantes me interessam.
Adorei conhecer essa ilustre grande escritora e fofoqueira da política internacional. Madeleine Albright traça um panorama da maioria dos governos autoritários desde Mussolini até hoje, de um forma leve, didática e com umas salpicadas de fofocas que me fizeram gargalhar, especialmente quando ela descreveu o atual líder da Rússia. A autora é no mínimo espirituosa e dessa forma deixa um pouquinho da sensação (um pouquinho, não muito) de estarmos lendo uma ficção, quando na verdade estamos entendendo sobre política e história. Ela puxa sardinha para os EUA e fala como se seu país fosse um grande herói do mundo contemporâneo? Logicamente, ela faz isso. Mas, o livro é tão cheio de informações preciosas e bem escritas que vale a pena relevar aquele ranço que dá quando alguém coloca os EUA num pedestal. Recomendo a leitura aos amantes de história e política.

Jadson 05/12/2020

Leitura essencial para entender o Brasil de 2020
O resumo das trajetórias dos governos facistas nos séculos XX e XXI é o pano de fundo para importantes reflexões sobre a sociedade que queremos e nossas opções políticas. Notável a facilidade com que se identifica as características facistas do governo e sociedade brasileiros de hoje.

thapark 19/10/2020

Como nos ensina a história, o fascismo não acontece de repente e, muitas vezes, encontra sua porta de entrada pela via eleitoral. É por isso que “temos de estar atentos ao ataque aos valores democráticos que ganha força em tantos países (…) a liberdade só sobreviverá se defendida, e as mentiras só cessarão se forem expostas.”
Estas são as palavras de alerta da autora que, na condição de ex-secretária de Estado dos EUA, teve oportunidade de se encontrar pessoalmente com alguns déspotas da atualidade - inclusive Kim Jong-un, “exemplo de um verdadeiro fascista” -, e testemunhar como eles violam as instituições democráticas para concentrar poder e criar as condições necessárias à tirania.
A partir de uma reflexão detalhada de figuras autoritárias, que vão além de Mussolini e Hitler, tais como Mosley, Franco, Salazar, Kim Jong-un, Peron, Torrijos, Hugo Chávez, Maduro, Erdogan, Putin e Orbán, a autora chega a importantes conclusões que devem servir como ensinamento à qualquer cidadão que preze pela democracia:
- ao invés de julgarmos o regime democrático comparando-o com os regimes totalitários que o precederam, nos tornamos mimados e passamos a exigir sempre mais sem ter que arcar com os custos.
- medidas antidemocráticas como constituições reformadas, ataques à imprensa, desumanização do outro, acusações a legitimidade do processo eleitoral, investigações de fachada, cooptação do poder legislativo, muitas vezes são bem-recebidas por parte da população especialmente quando se acha que tais medidas favorecerão seus semelhantes.
- em média uma em cada cinco pessoas sente-se atraída por opções não democráticas, principalmente entre aqueles sem educação superior e insatisfeitos com as circunstâncias econômicas.
- o fascista é alguém com profunda identificação com um determinado grupo ou nação em cujo nome se predispõe a falar, que não se importa com o direito de terceiros e está disposto a usar os meios necessários, inclusive a violência.
- o que torna um movimento fascista não é a ideologia ou o populismo.
- o fascismo não está ligado apenas ao exercício do poder, mas à piora nos padrões trabalhistas, liberdade de imprensa, liberdade religiosa e direitos humanos.
Na época em que vivemos, é crucial se educar, não só para entender o que está em jogo, mas para entender que a sua opinião (inclusive de defesa a regimes e atos autoritários) só pode ser manifestada num ambiente democrático.

site: @livros_e_dicas

Jazi @jazibooks 15/08/2020

Leitura necessária
O livro é claro, conciso e direto no assunto, com a precisão necessária pra abordar muito bem o tema sem deixar a leitura chata ou truncada.
Se você nunca leu nada sobre Fascismo, pode começar por esse livro, é um bom apanhado geral e vai te fazer querer ler muito mais sobre o tema.
Se já conhece o tema, esse livro vai agregar muito, com o diferencial de que somos apresentados a história de vida da autora e a tudo que o fascismo ocasionou em sua vida, as marcas que deixou em seu passado e como isso tudo contribui para que ela se tornasse essa escritora ímpar!
Recomendo muito a leitura!

renatocaldas 03/08/2020

Li em ebook e afirmo:
Esta é uma obra documental - deve se ter em formato físico, ler, guardada pra consultas futuras e preservada como registro de memória do que estamos presenciando neste difícil momento de enfraquecimento e denegrir da importância dos valores democráticos em todo o mundo.

Se você quer entender o que é Fascismo, como ele surgiu e como está se tornando um modo pelo qual se transformam em simples questões
inerentemente complexas, essa obra será sua ?Bíblia? no tema.

Vinicius.Ferreira 17/06/2020

Um dos melhores livros de política que já li. Além de expor diversas características do fascismo, traz o entendimento que o fascismo é flexível, podendo assim ser cultivado nos extremos políticos (direita; esquerda). A autora é uma célebre diplomata e inunda a obra com diversos exemplos seguidos de seus contextos, o que remete a uma credibilidade significante. Observa-se nestes exemplos diferentes políticos e locais, como: Itália, Alemanha, Espanha, Rússia, Sérvia, Iugoslávia, Venezuela, Turquia, Hungria, Polônia, Coreia do Norte e EUA.
Uma obra excelente para ser lida nos tempos atuais, porém deve ser analisada conjuntamente com a história, visto que o fascismo é um processo gradual e necessita de diversos aspectos para ser aceito, no entanto em todas as vezes que foi imposto, fora desapercebido e apoiado pela população local.

Ronnie 08/05/2020

Em pleno século moderno, um alerta.
Quem imaginou que em pleno século moderno voltaríamos a debater o fascismo? Um relato histórico, minucioso, envolvente, esclarecedor, técnico. Incrível como vi o presente, nas escritas de fatos do passado. O fascismo assusta. E ele vive entre nós. Um livro didático, debruçado em fatos reais e estudos. Não se trata de um livro com posicionamento político, deixo claro. Mas, fundamental para compreendemos o período em que vivemos. Considero um livro obrigatório, pois como bem relata a autora, a palavra fascismo, muitas vezes é banalizada, por ausência de conhecimento, do que realmente ele é. Leiam.

Cristiano.Goes 22/03/2020

Conhecer para evitar.
O carnaval me propiciou a leitura deste livro de autoria da ex-secretária de estado dos Estados Unidos Madeleine Albright. Expõe a trajetória de governos autoritários do passado e do presente. Suas palavras fazem um alerta aos perigos atuais contra a democracia.