A besta humana

A besta humana Émile Zola




Resenhas - A Besta Humana


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Erica 21/06/2020

Um passeio assustador em mentes doentias.
Meu primeiro romance de Zola e gostei muito da experiência. Como naturalista que se consagrou, não mede as palavras nem os detalhes sórdidos.
Aqui a máquina (a locomotiva) tem nome próprio e ganha conotações humanas, enquanto os humanos de verdade são expostos nos seus pensamentos mais repugnantes. E pior, agindo como máquinas diante de seus crimes.
Além disso, Zola nos apresenta a justiça como ela é: falha e mesmo assim prepotente.

"Para que dizer a verdade, já que a mentira era lógica?"
Erick 27/08/2020minha estante
Comentário incrível!




Mario Miranda 23/04/2020

Quanto ao Produto: ótima qualidade, bom papel para leitura, diagramação e representações gráficas. Excelente trabalho da Editora Zahar.

Quanto a narrativa: já conhecia algumas obras do autor (Naná, O Paraíso das Damas, Thérèse Raquin) e a qualidade do autor permanece nesta que é uma das últimas obras a serem publicadas pelo autor. Roubaud, homem de meia idade e um dos subchefes da estação de Trem em Le Havre, é casado com uma mulher anos mais jovem, Séverine. Roubaud descobre que Séverine não apenas não casou-se virgem, como teve relações sexuais após o casamento com o seu Padrinho.

O Casal acaba assassinando o Sr. Grandmorin, padrinho de Séverine, em uma viagem de Paris a Le Havre. O ato é visto à distância por Jacques Lantier, maquinista da Companhia de Trem e uma pessoa acometido de uma grave moléstia: a vontade de matar toda mulher com quem se deita.

Roubaud acaba deixando sua esposa a se aproximar de Lantier, receoso deste denunciá-los no processo, e os dois acabam tornando-se amantes, em um relacionamento vicioso e doentio. Lantier, em um primeiro momento aparentemente curado, tem sua história completamente mudada nas páginas finais.

Para quem gostou do livro, especialmente o relacionamento Lantier-Séverine, sugiro a leitura de Thérèse Raquin, que também possui uma história atrelada a um relacionamento doentio do casal.
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Leninha 19/04/2020

O livro foi escrito nos fins do século XIX, é uma leitura envolvente e bem descritiva.
Misturados a locomotivas que vem e vão, os personagens evidenciam o seu desejo de matar.
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Os principais personagens são Severine, seu esposo Roubaud e o maquinista Jacques, mas os demais  também se destacam pela sua mente doentia e pela miséria humana.
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Todos tem grande participação na história, evidenciando sempre a vontade desenfreada de tirar vidas para satisfazer seus desejos mais  insanos.
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O autor dá grande ênfase para o que o ser humano tem de mais cruel dentro de si. É um livro impactante e perturbador. ?
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"Desde que a possuíra, a ideia de matar não o perturbava mais.
Estaria contida pela posse física a vontade assassina? Será que, nas sombrias profundezas da besta humana, possuir e matar se equivalem? Ignorante demais, ele não raciocinava, não tentava abrir essa porta do horror."
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Crowe 14/03/2020

Um retrato do Espírito humano
Livro altamente impactante, retrata a maldade humana que está presente em todos nós; em alguns em maior ou menor quantidade, mas a besta está sempre lá, espreitando qualquer oportunidade, seja ela em uma crise de ciúmes ou na ganância de obter uma herança. Quando a besta sai não há como controla-lá. Está presente obra nos oferece um retrato da vida francesa do século XIX, principalmente a rotina nas estradas de ferro. Vale totalmente a leitura e a reflexão sobre nossos vícios e paixões. Não deixe nunca que a sua besta te controle.
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Elineuza.Crescencio 08/03/2020

A besta é uma máquina
Tema: Leituras de Março 2020
#desafiodairmandade2020 03
18/100
Título: A Besta Humana – os Rougon-Macquart: história natural e social de uma família sob o Segundo Império, volume XVII
Autor: Émile Zola
País: França
Páginas: 352
Avaliação: *****
Término da leitura: - 08/03/2020
DISAL Editora 2014
18/100 2020 #desafiodos100livrosemumano

O autor: Nasceu em Paris em 1840. Trabalho nas docas depois de fracassar nos exames da universidade. Publica seus contos em 1866 e em seguida da inicio a saga da família Raquim Um total de 20 volumes.

Obra: O volume em questão é o XVII DE XX narrando a história da família Roguon Macquart que vive sob o domínio do segundo império na França em meados de 1800. De narrativa densa, com personagens fortes, ricos em emoções, deixam transbordar o instinto, o amor, o ódio e degeneração humana.
Convivendo com o trabalho, até certo ponto tecnológico, numa máquina gigantesca, uma locomotiva, maquinista se põe a trabalhar considerando a máquina uma mulher fogosa e indomável. No seu convívio social toma como namorada a esposa do maquinista chefe. Em meio a uma série de outros personagens, crimes começam a ser planejados como fonte de saciedade e estímulo emocional para aqueles que os realiza tentando vingar o passado e progredir socialmente. Em meio a uma trama intricada onde a intriga, a inveja, a obsessão, a sordidez são contínuas, o julgamento coloca na cadeia pessoas inocentes.
No mundo de Zola a crueldade e as maquinações para usufruir das benesses sociais estão muito ligadas.
Um realismo fabuloso que entristece.


1. Segundo livro que leio do autor. O Primeiro foi Germinal, também parte desses vinte.
2. A cada página novas descobertas desde a corrupção dos gestores e magistrados até a injustiça contra os mais simples.
3. A besta é mesmo a máquina. Porém pode ser confundida com o cavouqueiro que vive no meio da mata e se apaixona pela dama ricaça.
4. Tenso e rico do início ao fim.



site: máquina, besta, zola
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Fabiana.Amorim 05/02/2020

Tristes e humanos
Minha cunhada me perguntou quem era, afinal, a besta humana nesta história. Após refletir alguns segundos, a única resposta que eu tive para dar é: todos os personagens do livro são bestas humanas. Todos.

Um tinha o desejo obsessivo de matar. Este personagem me impressionou. Pela primeira vez entro na mente de um assassino e suas crises sobre matar ou não matar. Sobre suas tentativas de controlar o lado bestial em nome da civilidade. Pessoas como esta circulam entre nós e a sociedade tenta, em vão, descobrir o motivo dos crimes cometidos. Não há motivo, senão a obsessão patológica por tirar a vida de alguém. 

Outros personagens, que a princípio poderiam passar por banais, mostraram-se piores que o psicopata da história ao lidar com os seus sentimentos mais vis.

Desejo de poder, dinheiro, status, inveja, ciúme... O que faz o nosso lado humano desaparecer e a besta surgir?

Somos todos bestiais ou somente tristes e humanos?

Bilac tem um poema que amo(dualismo) e que fala exatamente sobre essa ambiguidade do ser humano. 

"...E no perpétuo ideal que te devora, residem juntamente no teu peito, um demônio que ruge e um Deus que chora."

Graças a Deus a maioria de nós não é capaz de matar. Mas........ Para mim, bestial não é apenas o assassino, mas qualquer um que não consegue domar a sua fera interior e prejudica o próximo de qualquer maneira ou se omite. Omissão é, sem dúvida, um dos nossos maiores crimes.

Sigamos na luta de sermos mais humanos.
Talita 26/01/2021minha estante
Análise sensacional!




Almeida 12/10/2019

Relações de causalidade
Émile Édouard Charles Antoine Zola, parisiense e naturalista, que vai de encontro a Balzac que, em A comédia humana traz uma análise social mais voltada ao Realismo, ou seja, mais abrangente "socialmente". Já o autor traz uma visão mais intrínseca do homem, onde ele vê este como uma espécie de "raça modificada" pelos diferentes meios ambientes. Portanto, a concepção naturalista que Zola traz à Besta Humana, é que o homem é apenas um animal cujo destino é determinado pelo meio ambiente e pela hereditariedade, isso de certa forma o faz uma besta agindo sobre a besta humana que já vem determinada. Esta é a história de Jacques Lantier, ele conheceu a desgraça hereditária e pensou que estava pagando por eles, antepassados alcóolatras. Sua mente se quebra por ser compelido a agir contra a sua vontade, justamente porque estava circundado ao determinismo. Zola nos envolve em um frenesi entre o Amor e a Morte, ambas acomodadas na obediente Lison que partia de Le Havre a Paris, mostrando assim a construção das diversas personagens que são envolvidas pelo amor e a morte ou às vezes ao inverso. Este romance nos faz questionar atitudes humanas que foram fincadas na sociedade aonde o periférico será desfavorecido em prol do “engomado socialmente”. ‘O ciúme furioso o teria levado ao homicídio. Não se trataria mais de uma criada e um ex-presidiário, mas de um honesto trabalhador, casado e com uma bonita mulher.’ Esta obra está longe de nos apresentar uma única besta, visto que, fala-se do ser humano, que por muito tempo trouxe na mala da alma o estigma da besta humana. Um romance de narrativa audaz e veloz que em suas últimas linhas é congelado pelo autor, porem só para se pôr um FIM, mas que continua rodando, rodando, rodannnndo em pleno movimento da besta cega e surda solta no campo da morte. (Ale.Afloriano)
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Nathalie.Murcia 12/05/2019

A Besta Humana Escondida Em Todos Nós

O título já evidencia o que iremos encontrar nessa obra: a besta humana escondida em todos nós. Algumas, contudo, mais desenfreadas que outras, a exemplo de uma locomotiva desgovernada. O romance tem um forte cunho naturalista e se passa, quase que na totalidade, nas estações de trem de Paris - Le Havre. Assassinatos, motivados por diferentes razões, aliados aos sentimentos mais ignóbeis das pessoas, são muito bem retratados. Por intermédio do positivismo literário, Zola ressalta a consequência de certas forças sobre o comportamento humano. Seriam basicamente três esses fatores desencadeantes: a hereditariedade, o ambiente e o contexto dos acontecimentos. O paralelo com as locomotivas, advindo da afeição pelas máquinas, por parte de Jacques, quase humanizando-as, em contrapartida ao desprezo pelo indivíduo, é algo que me chamou a atenção neste livro. Outrossim, a crítica à justiça criminal, manejada por agentes vaidosos, redundando na imputação da culpa dos homicídios a um homem com características lombrosianas é uma questão ressaltada na trama. Em revés, o verdadeiro assassino goza de simpatia geral frente a uma sociedade degradada moralmente e ao júri. Recomendo muito. Pretendo ler Germinal e Naná, do mesmo escritor. Clássico é clássico. Mais resenhas no meu Instagram.

site: http://.instagram.com/nathaliemurcia/?hl=pt-br
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Rodrigo 27/01/2020minha estante
Que surpresa boa ver seu comentário por aqui. Eu comecei a ler ontem e eu já estou super obcecado com o enredo, muito interessante! Por ser meu primeiro contato com o naturalismo, tudo parece ser muito novo e impactante, com certeza essa leitura será bem intensa para mim. E eu não estou reclamando. :-)




Na Literatura Selvagem 15/12/2018

leitura impactante...
Um dos nomes mais importantes do Naturalismo, Émile Zola nos apresenta uma obra em que o ser humano é representado de maneira bestial e a máquina se torna humanizada. Traições, assassinato, cobiça e ganância se mesclam numa trama ambientada nas linhas de ferro francesas, onde transeuntes comuns tem suas vidas interligadas à pessoas que trabalham nas estações de trem.

Escrita no final do séxulo XIX, A Béte humaine possui uma narrativa repleta de descrições que envolvem o leitor a cada virar de página. Severine é casada com um homem 15 anos mais velho que ela. Num dos acasos do destino, acaba por revelar ao marido o caso que tinha com seu antigo senhor, que a tinha como filha depois da morte da mãe de Severine, e que chegou a lhe dar um dote pelo casamento com Roubaud.

Tomado pela fúria, o homem toma a decisão de matá-lo e ela precisa ser conivente com o plano. O crime precisa ser bem orquestrado, pois a vítima era uma importante figura da nata industrial, tendo se envolvido em escândalos sexuais abafados pelo status e dinheiro. Parecia ser o crime perfeito, mas alguém parece ter sido testemunha. O casal entra num consenso, Severine vai seduzir o maquinista Jacques Pecqueau, para garantir o seu silêncio durante a investigação.

leia mais em

site: http://naliteraturaselvagem.blogspot.com/2018/12/a-besta-humana-emile-zola.html
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bobbie 15/07/2018

Interessante sobreposição de bestas humanas
Um livro que nos faz imergir nas maquinações perigosas da mente humana "desviada". Mostra que, por trás das aparências, todos temos nosso grau de anormalidade?
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Camille.Pezzino 02/04/2018

A BESTA É HUMANA
O que nos diferencia dos animais? A depender do estudioso, nada; outros dizem que muito, pois somos civilizados e temos polegares. Alguns podem até citar que somos superiores em capacidade intelectual e desenvolvimento afetivo por um funcionamento cerebral extra, além de tantas outras afirmações que se propagaram ontem e continuam até a contemporaneidade.

Mas, de fato: o que nos diferencia?

Certa vez, minha mãe me disse que nós somos maus e sem escrúpulos enquanto os animais irracionais agem puramente por instinto. Contudo, o que de fato é maldade e o que de fato é instinto? Como podemos conectar cada um desses pontos e tentar traduzir ou entrever alguma resposta?

Na minha concepção: todos somos lógicos, mesmo que a lógica fuja da natural civilidade imposta de acordo com a sociedade em que se vive - e me parece que Émile Zola interpreta o mundo de forma semelhante, como pode-se vislumbrar em A Besta Humana, a décima sétima obra de sua coletânea de ficções Os Rougon-Maquart: História natural e social de uma família sob o Segundo Império, contando com diversos personagens que, na busca da autopreservação, seguem seus instintos mais mundanos, deixando-se cair nas garras das bestas que habitam os seus corações.

Talvez, eu tenha avançado um pouco demais ao falar da perspectiva e da ideia elaboradas dentro da obra, sem antes desenvolvê-la. Rápido. Como uma locomotiva acelerada em que o maquinista não tem mais qualquer capacidade de controlar. Assim, nós - seres humanos - somos com alguns de nossos impulsos. Temos desejos incontroláveis, como de comer um doce ou beber algo, fazer certo tipo de atividade. Na vida cotidiana, geralmente, essas são as opções mais comuns, porém, há outras que fogem do padrão estabelecido: como o desejo de matar alguém ou causar dano.

Vivendo com o conceito da escola naturalista, que utilizava a crueza do mundo e suas imperfeições para fazer arte, Émile Zola traz alguns confrontos psicológicos profundos ministrados com uma trama policial que está escondida para os personagens, mas não para os leitores.

O interessante disso é que a resposta já é nossa, nós sabemos quem assassinou e suas motivações para o crime, porém, os outros personagens não, o que nos coloca em uma posição de não nos importarmos com o mistério investigativo à moda Christie, mas sim com as reações presentes na narrativa a respeito do mistério, de como a investigação é conduzida e do que os envolvidos e não envolvidos no crime acham de tudo.

A partir desse desenvolvimento, em que todos são um pouco inocentes e culpados de suas ações no decorrer da narrativa, encontramos características que fogem a postura correta da sociedade francesa em todos eles, literalmente. Inclusive, é dessa forma que Zola trabalha os seus personagens secundários, dando-lhes formas tão vivas quanto as das figuras em destaque; o que faz parte de um exímio trabalho de construção que floresce diante da bestialidade humana.

CONTINUAÇÃO: https://gctinteiro.com.br/resenha-32-a-besta-e-humana/

site: https://gctinteiro.com.br/resenha-32-a-besta-e-humana/
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Eduardo.Silva 05/02/2018

O homem é o lobo do homem
Um quadrilátero amoroso, cuja ponta solta do passado vem a lume, desencadeando uma série de conflitos em torno da tese principal do autor: a bestialidade humana.
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Hilton Neves 25/12/2017

Este, sim, separa as crianças dos homens
O sôco principal, e merecido, é dado em nós. Zola entende a natureza humana pra valer, nossas tendências ruins.
Dito isso, Émile também critica a alta sociedade(é difícil não se decepcionar com a escolha de Camy-Lamotte).
Algum alívio aparece no trecho das inglesinhas loiras animadas vindo do Havre de viagem.
E por fim, o autor descreve com brilhantismo aquela parte da Normandia, o tempo e o céu diariamente, as reações das personagens... o que torna La Bête Humaine uma excelente leitura.
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