As coisas

As coisas Tobias Carvalho




Resenhas - As Coisas


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Pedro3906 03/04/2024

Creio que esta seja a nota padrão para seus livros...
Uma revisita abrupta à literatura de Tobias após uma pequena decepção e agrura com "Quarto Aberto" (que amadurece a linguagem presente aqui). As coisas, vencedor do prêmio SESC, conseguiu traduzir as vivências de homens gays ? e faça o recorte necessário ao seu entendimento de quais são esses homens ?, em minha opinião, de maneira mais coesa e interessante, pois toda dúvida representada como fina lembrança ou sensação lívida é um porvir, inconclusivo, como as brechas poéticas do conto permitem. E agora compreendo o poder simbólico do espelhamento, ver-se escrito para além de pensamentos ou angústias das personagens. Não, não só, mas materializar-se, crer nos fatos como críveis a si mesmo e a denúncia social na constatação.

Durante a leitura estive alerta sobre minha posição perante o mundo, quem sou e o que sou a partir de minhas vivências. Quiçá todos nós herdamos características decorrentes da inserção, e uma recusa violenta provoque mais sofrimento ao espírito se compararmos à aceitação.

Dito isso, o livro é claramente experimental, as abordagens textuais trabalham estilos únicos. Se contribuem ou não, meu repertório crítico-literário ainda é ineficiente em julgar. Certos contos amolam muito; outros, mais do mesmo. Destaque especial de menção aos dois últimos, na minha humilde e inflacionada opinião, os melhores.

Divergências do cânone ou intervenções sem pudor são bem-vindas, embora o produto gerado exija para além da novidade.
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Mayky 06/03/2024

Livro de gay padrão de classe média
Nada acontece. Nada interessante. As fofocas dos grupos do finado facebook e as threads exageradas do twitter são mais interessantes. Vi gente falando que é um ótimo exemplo de representatividade. Representatividade pra quem? pra gay branca padrão de classe média, porque é só isso que tem. Frivolidades de montão. O autor escreve bem, pelo menos.
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KadiKairon 28/02/2024

Te pega sempre no final
Eu li um, dois, três contos e achei meio meh, sem clímax ou desenvolvimento e do nada: fim. Mas, pelo fato dos contos serem curtos, não desisti deles e me peguei boquiaberto com algumas das coisas que li aqui. Além de me ver em muitas dessas histórias, acho legal levar o foco da temática(lgbt) pra outros cenários que não sejam os mesmos de sempre.
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Ricardo256 12/02/2024

Contos com temática gay
Adorei a maioria dos contos. Histórias divertidas e tranquilas de ler. Praticamente, todas elas muito bem fluidas e gostosas de ler. Adorei
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Gabriel.Grejo 27/01/2024

Fraco
Me decepcionei quando descobri que era uma coletânea com contos curtos sem começo, meio e fim. Me arrisquei por esse livro, pois achei a sinopse interessante, mas minhas expectativas não foram atendidas, sendo assim, para mim esse livro não funcionou.
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Carolina.Perdigão 29/12/2023

Livro de contos gay, alguns muito interessantes, outros nem tanto. No geral, gostei da leitura, principalmente do conto dedicado ao pai.
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Vinicius 10/11/2023

Um retrato
Eu penso que a literatura (a arte em última estância) não precisa ser útil, ter um porquê de existir. As histórias não precisam educar, ter uma moral, gerar discussões, nem nada disso. Um livro existe principalmente para quem o escreve.

Digo isso porque em “As coisas” os contos levam “nada a lugar nenhum”, pra usar uma expressão que já vi aplicada ao metrô de alguma cidade rsrs. Mas isso não deveria ser um problema, um conto pode ser um retrato, um fragmento de uma história.

Essa, inclusive, me parece ser a característica mais marcante dessas histórias, a fotografia de uma época. Um dos personagens num conto, numa referência meio autobiográfica, diz que escreve sobre homens gays, não de forma romantizada, pois isso já existe em demasia, mas escreve de forma crua e real. Talvez isso tenha valor daqui uns anos quando olharmos para trás e quisermos entender o que buscava um gay (“padrão”) do começo do século XXI.

O tom pessimista é o pano de fundo da maioria dos contos, mostrando as consequências de uma sociedade narcísica, que prioriza os ideais inalcançáveis e os gozos imediatos ao invés de relações complexas, em que outras dimensões do amor seriam exploradas.

Diferente de Brontez Purnell em “Johnny, você me amaria se o meu fosse maior?”, que trabalha os mesmos temas, a escrita aqui é simples e, ao menos para mim, vai cair no esquecimento em breve.
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gil.amaral 02/11/2023

1. como bons amigos - 3
2. arrebol - 4
3. 24 - 4
4. alguma coisa tem que clicar - 4
5. se me coubesse ficaria - 3
6. rodrigo no terraço - 3
7. maldito - 3
8. o pai - 5
9. cantiga de roda - 3
10. as coisas que a gente faz pra gozar - 4
11. fogo - 3
12. unfucktheworld - 5
13. água - 4
14. um não esquece o outro - 5
15. sauna n°3 - 4
16. jung - 4
17. 99 - 5
18. cassino royale - 5
19. guion - 5
20. elza - 3
21.  the biggest lie - 3
22. razão pela qual nasci - 4
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Cris 01/11/2023

O mundo G é simples e complexo, igual aos outros mundos
O livro tem capítulos que são inesquecíveis. Assim como tem uns que ao terminar já não deixou nada, nem uma risada.

Ouvi o audiobook e isso fez com que parecesse que eu estava ouvindo meu amigo contar sobre amores, dores, fodas, inseguranças, merdas da vida dele.

O capítulo "O pai" e o capítulo "Unfucktheworld" valem o livro inteiro.
Dizem muito. Dizem tudo. Pegam no coração e na alma.
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Paulo1584 19/10/2023

Cotidiano e Grindr
Primeiro livro de temática gay que leio. já tinha lido alguns que tinham personagens gays, mas como o centro das histórias foi a primeira vez.

gostei da escrita de Tobias. achei as histórias bem desenvolvidas, mas nenhuma se destaca em particular, salvo alguns aspectos do conto "Sauna n°3" (risos).

escutei em áudio livro e a narração foi ótima.
não são contos mirabolantes, eles pensam situações cotidianas na vida de um personagem gay.

boa leitura.
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Matheus945 14/09/2023

O livro de Tobias Carvalho revela com muitos detalhes como é a vida gay na atualidade, sem filtros ou papas na língua, sem frescura. E mostra o quanto ela pode ser triste e vazia, principalmente a vida dos que usam aplicativo de pegação, sobre como ela é fatalmente uma busca para saciar o próprio desejo, aumentar o ego, se sentir desejado, para que no final não exista nenhum tipo de relacionamento futuro além do carnal, e o quanto isso se torna não uma busca do outro, e sim individualista.
Assim como no comentário da quarta capa, eu sentia que um livro desses fazia falta na literatura e fico feliz em ter lido, porém sinto que poderia ter ido muito mais além. Os contos não chegam a ser tão longos pra que nos cative e seja inesquecível, não desenvolve os personagens e nem as situações, são flashes de vidas reais, mas sem a profundidade necessária na boa literatura. As temáticas dos contos (e os nomes dos personagens) eram tão parecidas que em muitos momentos parecia q estava lendo a continuação de uma história dentro da outra. Mas no final das contas fiquei satisfeito com a leitura e com certeza vou acompanhar os outros trabalhos do autor.

Destaque para os contos: Cantiga de roda, Guion, Água, Unfucktheworld e 24.
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Mariana 01/08/2023

Bem escrito, impactante e muito sincero. são contos, interligados (ou não) de um cara que sofre com uma pitada de sarcasmo, tem pensamentos que a priori, chocam, mas que trazem uma humanidade absurda pro texto
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Luciano Otaciano 16/05/2023

Livro bom de contos!
Particularmente gosto bastante de livros de contos, sendo assim este aqui agradou-me muito. Quer saber os motivos? Confira abaixo! No conto Um Não Esquece o Outro, um diálogo entre personagens faz um bom resumo da importância do livro As Coisas, de Tobias Carvalho. Tem uma caralhada de filmes com os dois caras se descobrindo, isso já vimos. Mas e depois? As relações dos gays são diferentes. A gente já não se encaixa em regras", diz um dos personagens, escritor, para um rapaz que acabou de conhecer e que quer ser tema de uma de suas histórias, talvez do novo livro.
E é isso. Ao longo de 111 páginas, o gaúcho Tobias Carvalho faz sua estreia de forma forte, impactante e necessário ao ir além dos clichês das relações gays que são retratadas de forma estereotipada, ou rasa, em filmes, livros, séries e coisas do tipo. A obra vai além e, em 23 contos, fala sobre todas as variantes que uma relação entre dois gays pode ter. Há a descoberta sexual na infância (no excelente Cassino Royale), há as coisas que saem dos trilhos (na divertida As Coisas que a Gente Faz pra Gozar), há as reações do pai ao desconfiar que o filho pode ser gay (com o fortíssimo conto O Breu).
São diversas camadas que compõem essa narrativa que forma uma única linha temática. E, o melhor de tudo, é que Tobias não se atém num único formato para contar suas histórias -- maior erro de contistas, sem dúvidas. Há histórias que reproduzem conversas por mensagens, outras que partem para uma verborragia mental. São vários tipos de narrativas que ajudam a dinamizar um livro de apenas um tema, ainda que o leque de possibilidades em cima das relações seja quase infinito. Tobias vai muito bem. Dentro de todas as histórias, claro que algumas se destacam frente à outras. As já citadas O Breu e Cassino Royale são enérgicas, fortes e realistas -- a duplicidade ao fim desta primeira é sensacional, no ponto eu diria. Destaque, também, para os contos que se voltam à fluidez das relações e que remetem imediatamente ao Amor Líquido, de Bauman. Um ou outro parecem fugir da temática principal como o impactante Água e o Derradeiro A Razão pela qual Nasci, mas que acabam fazendo sentido no geral do livro. Afinal, ao contrário do que pode parecer num primeiro momento, não há um foco único no sexo, mas nas relações. São coisas pouco faladas, ou até mesmo não ditas, e que ajudam a tirar esses clichês da cabeça. São histórias que naturalizam uma relação que já deveria ter sido naturalizada -- e nem deveria ter questionamentos sobre isso. Em resumo, AS COISAS de Tobias Carvalho é um livro forte e necessário, atual. Faz quebrar paradigmas, estereótipos e, principalmente, dá voz para os que estão sendo brutalmente calados nos últimos anos. Espero que tenham curtido a resenha!
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@emedepaula 28/02/2023

...São como são
Gostei dos contos, acho que em todos em um tom melancólico, alguns com mais humor, outros mais pessimistas, outros românticos. Eu não sou muito de livros de contos, mas não tive dificuldade com esse. Li tudo de uma vez só. Valeu demais.
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