Ana 20/11/2021
Tamara Jong: A Jornada da Morte é o segundo livro de uma série de ficção criada por José M. S. Freire. Logo no início, o autor apresenta um pequeno panorama do que transcorreu no primeiro volume, Tamara Jong: O Chamado de Úlion, então é possível acompanhar a narrativa sem necessariamente ler os livros na ordem. A trama gira em torno de Tamara Jong, uma adolescente coreana que se muda para o Rio de Janeiro com a mãe e, inesperadamente, é transportada para Úlion, um Universo localizado em outra dimensão, governado por ditador chamado Guaxaltopac.
Nesse segundo volume, Tamara e seus amigos ingressam em uma força rebelde que tem como único objetivo evitar o assassinato de emissários do planeta Arkabur, tudo orquestrado por Guaxaltopac, cujo propósito final era formar uma aliança com o planeta para intimidar a Aliança Intergaláctica. Caso seu plano fosse concretizado, Guaxaltopac culparia os rebeldes e oferecia a mão de sua única filha, a híbrida Maí-Turá, ao monarca arkaburiano. É claro que, para evitar que as artimanhas do ditador dessem certo, o grupo rebelde passou por várias aventuras.
Como não li o primeiro volume, demorei um pouquinho para me acostumar com os personagens e, principalmente, com os vários seres e nomes criados por Freire. É um livro de ficção-científica que se passa em outro planeta, então é muito comum a presença de outras espécies, e esse estranhamento é comum em qualquer livro do gênero. Antes que terminasse o terceiro capítulo eu já tinha me localizado e consegui aproveitar melhor a leitura.
Tamara e os amigos que fazem parte do seu grupo, Débora, André e Rodrigo, são adolescentes que ainda cursam o Ensino Médio, então têm uma essência muito juvenil e as cenas transmitem isso muito bem. Para quem tiver a mesma faixa etária que eles, provavelmente a identificação será completa. No meu caso, tive um sentimento de nostalgia ao lembrar que eu era exatamente da mesma forma, um pouco imatura, ciumenta, muitas vezes bem infantil... E isso não é exatamente um problema, são coisas da fase que, inclusive, logo passam.
Enquanto lia, me lembrei várias vezes de Star Wars, uma franquia que gosto bastante. Acho que a principal semelhança nem tem tanto a ver com Alianças Intergalácticas, mas sim com os personagens que têm características e aparências únicas. Vai falar que Jabba, the Hutt, Jar Jar Binks ou até mesmo nosso querido Chewbacca não são, no mínimo, diferentes e divertidos? Esses são só alguns exemplos, mas dá para ter um pouco de noção de como são os personagens de José M. S. Freire. Além disso, há toda a questão da tecnologia, que engloba veículos voadores, naves espaciais e, obviamente, robôs pensantes.
Acho que a única coisa que me incomodou de verdade foi que o final do livro chegou e eu simplesmente nem notei, no sentido de que senti que muitas pontas ficaram soltas. Mas, levando em consideração que já existem outros livros da série publicados e que provavelmente as respostas que eu quero podem estar nesses próximos volumes, não considero motivo para "preocupação" — caso a série termine com perguntas no ar, aí sim pode haver um problema.
Gostei bastante da narrativa do autor, achei que ele escreve muito bem e tem muito potencial. Acredito que jovens que estão entrando no mundo da leitura por agora vão aproveitar e gostar bastante, sobretudo pelas cenas de ação, que estão presentes em praticamente todos os capítulos. Tamara Jong: A Jornada da Morte está disponível para compra em e-book na Amazon por R$5,99.
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