Luz em Agosto

Luz em Agosto William Faulkner




Resenhas - Luz em Agosto


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Cassionei 12/11/2021

Mais trevas do que luz
Quando lemos o título de uma obra, fazemos conjecturas sobre o seu significado antes mesmo de começar a ler. Luz em agosto, de William Faulkner, por exemplo, me fez pensar num primeiro momento na luminosidade do oitavo mês do ano, que no hemisfério norte corresponde ao final do verão, próximo do outono. Seria isso que o autor tinha em mente? Ou seria a luz algo mais religioso, como um milagre em agosto? Quando começamos a ler, porém, conhecemos Lena Grove e logo ficamos sabendo que ela engravidou. Pronto, ela deverá dar à luz uma criança em agosto. Mas será isso mesmo? Juan Carlos Onetti nos disse em um artigo que para os sulistas, o parir se refere às vacas e às éguas, mas Faulkner “usa o termo para referir-se a um dos mais queridos personagens femininos de sua obra”. Vale lembrar que durante algum tempo uma antiga tradução do romance trazia a preposição “de” no lugar de “em”. Onetti também criticou isso nas traduções para o espanhol.
Faulkner, porém, não nos entrega tudo tão fácil (embora em uma entrevista ele tenha dado uma explicação para o título). Até a maneira como ficamos sabendo da condição da personagem é descrita de uma forma sutil. É preciso ler páginas e mais páginas para saber sobre cada umas das criaturas que vão aparecendo. Isso se o leitor não ler antes alguma resenha que nos tire as surpresas. Esperamos que esta que o senhor ou a senhora estão lendo não seja uma desse tipo.
Luz em agosto recebe agora, neste conturbado ano de 2021, uma nova edição pela Companhia das Letras, com tradução de Celso Mauro Paciornik, do espólio da extinta CosacNaify, com um acréscimo de um posfácio de Michel Laub. Li o livro neste mês de setembro, como se fizesse diferença, começando por aqui a primavera, época de renascimento e todo aquele blá-blá-blá de renovação. Acontece que, no plano social, cultural e político, estamos longe de qualquer mudança e o romance de Faulkner poderia muito bem retratar este momento. Os puritanos de plantão estão sempre prontos a discriminar, em nome de Deus, as mulheres solteiras que engravidam; os racistas não escondem mais sua face cruel, batem nos negros e os insultam como se vivêssemos no Sul dos EUA dos anos 30, lugar e época em que se passa o enredo do romance; a “gente de bem” continua apontando os pecados dos outros sem olhar para si; fanáticos ultraconservadores armados lideram uma legião de cristãos patriotas que promovem o linchamento, moral e físico, daqueles que, segundo eles, são aberrações demoníacas; e, como bem descreve Mario Vargas Llosa em um ensaio sobre o romance, “a falta de solidariedade que faz os seres humanos viverem no medo e na solidão e os empurra frequentemente à loucura”.
O que dá para se adiantar do enredo é que temos três histórias que se cruzam: Lena, jovem que engravida e acredita na promessa do pai da criança, que foge do compromisso, sai a sua procura; Joe Christmas, um branco que desconfia ter origem negra, vaga de um lugar a outro tentando escapar da sanha segregacionista dos sulistas; um reverendo protestante, Gail Hightower, que não pôde mais prestar seus serviços à comunidade porque sua esposa o havia traído e morrera caindo da janela do hotel onde estava com seu amante, fato que provocou escândalo para os fiéis zelosos pela reputação da igreja. Tudo se passa em Yoknapatawapha, condado fictício do Mississipi, criado por Faulkner, com uma galeria de personagens que, para o crítico literário Otto Maria Carpeaux, são criaturas “predestinadas à fealdade física e corrupção moral”.
Joe Christmas nos remete a outro JC, Jesus Cristo, e é também sacrificado para purificar o pecado dos outros, enquanto Lena Grove é a representação de Maria, pois vai gerar um filho que talvez seja um toque de esperança para este mundo esfacelado. Hightower, por seu turno, faz às vezes de Pôncio Pilatos, lava as mãos e perde a chance de salvar Christmas. Faulkner é o deus cruel do mundo fictício que criou, Yoknapatawapha County, o microcosmo que retrata nossa trevosa humanidade.
(Cassionei Niches Petry)

site: https://cassionei.blogspot.com/2021/09/sobre-luz-em-agosto-de-william-faulkner.html
O'Prado 09/01/2022minha estante
Que bacana a sua análise da analogia com Cristo e a especulação do significado do título, só discordo do "ultraconservadores" e a birra com a direita, mas tá top a resenha ??




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DIRCE 29/09/2021minha estante
Amei sua resenha, mas , atrevidamente, discordo de 2 pontos: Lena , na minha opinião foi de uma tenacidade e de uma coragem que me impressionaram. Uma jovem deslocar-se de um estado a outro, em um tempo tão sombrio não é para qualquer uma.
Com relação ao título, Luz em agosto, creio que a explicação se dá na página 448 ( meu exemplar é da Companhia da Letras ,2021) , na narrativa dos delírios do Highitower :" a roda gira. Está girando velos agora (...) Na bruxuleante suspensão de agosto em que a noite se prepara para instalar-se por completo, ela parece engendrar e se cercar um BRILHO TÊNUE como um halo. O halo está cheio de rostos. (...)

As letras maiúsculas foram por minha conta e risco.
Desculpe a invasão na sua resenha. Como muito bem disse G. Rosas: " pão e pães é questão de opiniães",


DIRCE 30/09/2021minha estante
Retificando: veloz


Italo 06/10/2021minha estante
Concordo também que ela mostra uma coragem ímpar, porém os seus motivos são de inocência. Ela é uma personagem tão fragilizada quanto os outros.

Quanto ao título, é meio um consenso que se trata do parto, tanto houve críticas quanto ao título antigo "Luz de agosto", mas o Faulkner faz varia menções mesmo.

Estamos aqui para conversar à respeito dos livros mesmo, sinta-se à vontade.




AlexMP 20/02/2021

Vale a pena conhecer
Luz em agosto, William Faulker. Interessante o livro, tem uma dinâmica diferente este livro. uma leitura que vale a pena, a meu ver principalmente pela forma que descreve os personagens e nisso podemos associar todas as suas ações não só ao presente. As idiossincrasias dos personagens são contextualizados pela sua história de vida é tudo que aconteceu com eles. Assim é um livro que reflete bastante a realidade.
Segue uma sequência atemporal que agente vê o quebra cabeça se unir ao virar as páginas ou mudar o capitulo.
Uma escrita agradável mas as vezes extensiva demais nas descrições.
AlexMP 20/02/2021minha estante
agente errou a gente




Pedro Henrique Müller 21/12/2020


a memória acredita antes mesmo de o esquecimento conseguir se lembrar. a memória ainda me faz acreditar num tempo maior, porque é um tempo que recorda. um tempo maior do que o conhecimento pode imaginar. eu reconheço. reconheço porque me lembro, conheço, imagino, acredito.

é assombrosamente bela a forma como Faulkner compõe o seu perverso mundo sem luz. sem luz em agosto, sem luz em dezembro, sem luz em mês nenhum. talvez alguns lampejos de velas sebentas, derretendo no fundo de um celeiro soturno, onde o que se vê é muito pouco: um banco com uma bíblia, um olho de cavalo, um corpo jorrando sangue escuro.
A narrativa vai se espalhando como uma poça de óleo.
É possível distinguir algumas figuras, certos tons, mas é impossível fixar uma forma.
Toda forma é um pouco falsa. Faulkner constrói seus monstros de barro e derrete, arruma e bagunça tudo com muita raiva e paixão.

sobre Luz em Agosto ele disse:

"no Mississippi há alguns dias em agosto, quase no meio do mês, que transformam-se subitamente numa espécie de antecipação ao outono, e a luz adquire uma tonalidade fria, ofuscante, suave, luminosa, como se não viesse de hoje mas dos tempos antigos e clássicos. Deve haver faunos e sátiros e deuses e – da Grécia, do Olimpo, nisso tudo. Dura só um ou dois dias, e então se vai... o título fez com que eu lembrasse desse tempo, de uma luminosidade mais velha que a nossa civilização cristã"

somos muito antigos.

que maravilha é ler o Faulkner
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Mario Miranda 14/05/2020

Faulkner é uma leitura não-trivial: com sequências não-temporais em sua narrativa, frequentemente a obra se inicia em um ponto muito distante ao que a narrativa se desenrolará nas próximas páginas. E em Luz em Agosto (1932). Obra escrita quando o autor já tinha conquistado prestígio, Sartoris e O Som e a Fúria foram lançados em 1929, aborda um tema central no pensamento do autor: a fuga do Ser-Negro.

A obra se inicia com a peregrinação de Lena atrás do namorado que a engravidou, Lucas Burch, ela sai do Alabama a pé em direção ao Mississipi. Por uma confusão de dicção, ela vai parar em uma Serralheria onde trabalha Byron Bunch e que, coincidentemente, trabalhou ali o seu namorado, agora com o nome de Joe Brown. Bunch apaixona-se pela grávida, e acaba amparando-a enquanto o seu ex-namorado, Brown, foge deste relacionamento.

A narrativa aí é interrompida e inicia-se a saga de Joe Christmas, colega de contrabando de álcool de Joe Brown. Christmas é um personagem de origem desconhecida, mas com uma ascendência negra (1/8 de Sangue Negro). Aqui, Faulkner denota todo o preconceito racial sulista, próximo a teses Eugênicas que se disseminariam ao longo daquela década: o 1/8 de sangue negro do personagem seria o suficiente para degenerar o homem, tornando-o "negro". Christmas não aceita a sua condição de "negro", e persistentemente foge de si próprio, até encontrar um sentimento de amor indiferente a sua genética. Joanna Burden é a última mulher de uma família de abolicionistas, que acaba apaixonando-se pelo "negro" Christmas. Este, em seu último suspiro negacionista, acaba assassinando a senhora Burden.

As duas narrativas, Leda/Christmas, se encontram paralelamente na cidade de Jefferson, sem terem uma conexão direta em si. Faulkner consegue trabalhar a narrativa em duas vertentes sem que haja perda da qualidade e do interesse do autor. A temática da fuga/racismo do homem "meio-negro" retorna novamente em "Absalão" Absalão!", outro grande clássico do autor.

Para uma releitura moderna deste tema, Philip Roth escreveu a magistral "A Marca Humana", que também narra a não-aceitação do indivíduo de sua genética parcialmente negra.
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Odemilson 10/05/2020

Nunca personagens tão ruins foram tão bem escritos.
Fiquei dividido com esse livro. Poucas vezes uma obra de um autor (consagradíssimo, por sinal) me deixou tanto em dúvida se gostava ou não do que tinha em mãos. Ao mesmo tempo em que a construção da empatia e do interesse pela absoluta maioria dos personagens é difícil -árida até-, a admiração pela fluidez da escrita, pelo ritmo e pela arte com que Faulkner constrói frases, parágrafos, narra cenas e atmosferas é inevitável, cativante.

Trata-se de um livro que narra de maneira climática, atmosfericamente perfeita, com riqueza de sensações um cenário onde personagens quando não desagradáveis, pequenos, ou desinteressantes, desesperançados ou meramente perdidos no mundo, transitam com muito pouca noção de onde vem e para onde vão. E o mais interessante de tudo é a dualidade apresentada pela obra... de modo praticamente infalível, por praticamente todo o livro, quanto menor a conexão entre o leitor e o drama humano ali representado, mais cativante, brilhante e luxuosa é a forma do autor descrever.

Parece até que o Faulkner fez de sacanagem. Mas se fez, fez muito bem feito.
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Tho 07/05/2020

Literatura clássica estadunidense
Uma obra muito rica. Uma garota em busca do marido que a deixou, um branco com sangue negro, um assassinato, a guerra civil - o sul escravagista e o norte abolicionista, um reverendo conselheiro, um solteiro apaixonado. Temas como racismo (conseguimos sentir a influência, o peso do tema sobre os personagens e sobre a cidade de Jefferson) e fanatismo religioso (intenso, cruel) impregnam as páginas dessa grande obra. Faulkner consegue usar a ruptura (e posterior retomada) das histórias dos personagens deste livro de forma incrível! Essas malhas se cruzam e finalizam sem deixar pontas soltas. Agradabilíssima. Meu primeiro Faulkner, muitos dizem que é uma boa obra de entrada do autor.
Codinome 12/05/2020minha estante
Você assistiu algum vídeo resenha do livro antes de escrever a resenha?


Tho 13/05/2020minha estante
Olá, Codinome! Ainda não assisti resenhas sobre esse livro! Os poucos canais que ocasionalmente acompanho não abordaram essa obra ainda. Se houver algum bom canal para me indicar, agradeceria enormemente! Obrigado! ; )




Codinome 28/03/2020

Um pouco sobre "Luz em agosto"
Primeira experiência com o escritor William Faulkner: uma história que se passa na cidade de Jeferson, fictícia e que representa a cidade de Oxford, localizada ao norte do estado do Mississippi, no Condado de Lafayette. Logo no primeiro capítulo, somos apresentados a personagem Lena, que está fazendo uma viagem em busca do pai de seu filho que está para nascer. Os capítulos vão passando e novos personagens vão aparecendo com forte protagonismo, que é o caso de Joe Christmas, Bryon Bunch, Miss Burden e o pastor Hightower.

Esses personagens promovem diferentes e novos focos ao longo da narrativa: aspecto que caracteriza o estilo de Faulkner. Além de uma ausência de linearidade entre os capítulos e, também, dentro dos mesmos com as memórias dos personagens. Apesar de ser uma linearidade que se quebra, não torna o livro tão difícil de se entrar.

Vale dizer que o escritor fez parte da literatura modernista produzida por autores na língua inglesa, como por exemplo Virginia Woolf e James Joyce. Autores que mexiam na estrutura do texto em si (que é uma característica ousada, mas não para um modernista) e, com "Luz em agosto", Faulkner também deixa um pouco do seu legado nesses aspectos que comentei anteriormente na forma da prosa.

Sua sensibilidade para cada um desses personagens também é muito marcante: difíceis, imperfeitos e violentos, mas ainda sim humanos e, forçando no olhar, encontramos emoções mais positivas. Os personagens imperfeitos são uma característica do gênero do livro: gótico sulista, um termo não muito comum aqui no Brasil (conheci esse gênero, ou subgênero do gótico, pesquisando sobre a obra); tem esse nome pelo fato de tratar de histórias do sul dos Estados Unidos com "personagens falhos" (em que o livro está cheio), "cenários decaídos e abandonados" (sim! Principalmente a casa da personagem Miss Burden e seus arredores), e outras situações de crime, pobreza e violência.

Para finalizar e dar uma dica ao leitor: fique atento ao personagem Christmas (será difícil não ficar, pois o livro dedica um extenso número de capítulos a ele). Na minha opinião, o personagem mais elaborado e que fornece mais camadas.
Luana 28/03/2020minha estante
Pela avaliação parece que Faulkner nunca decepciona. Rsrs


Codinome 29/03/2020minha estante
É um ótimo autor, elabora muito bem a história e seus personagens. Ele escreveu bastante, então não sei se os outros livros (menos famosos que esse), são tão bons quanto.


Codinome 29/03/2020minha estante
Eu não falei na resenha tanto, mas só o personagem Christmas dá para fazer uma resenha só dele. Dá para ter várias interpretações sobre sua moral, suas escolhas e atitudes. Até mesmo notei um leve paralelo dele com a vida de Jesus.


Luana 29/03/2020minha estante
Sempre tem algo de referência bíblica nos livros dele. Pelo menos nos dois livros que li. Vou comprar esse também, adoro a escrita dele.


Codinome 29/03/2020minha estante
Quais que você leu?


Luana 29/03/2020minha estante
O Som e a Fúria e Absalão, Absalão!. São difíceis, mas compensa o esforço.


Codinome 29/03/2020minha estante
Pretendo ler O Som e a Fúria mais para frente




Erika 22/12/2019

Luz em Agosto
Já havia lido O Som e a Fúria, e apesar de se tratar de temas diferentes, a beleza e o cuidado com a escolha de cada palavra se encontram em ambos livros. Apesar abordar temas pesados, difíceis de engolir, como o racismo, a ?loucura?, a auto destruição e a maldade peculiar ao ser humano, é uma obra que só consigo definir como uma poesia em forma de prosa.
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Ronnie K. 18/06/2019

Poucos livros me deram tanta alegria na leitura. Mas uma alegria que não se encontra no tema nem na história narrada, digamos assim. Digo uma alegria proporcionada pela maestria e beleza da escrita, da narração, do enredo, da composição literária. Alegria e surpresa! O que esperar mais de um livro? É para agradecer de joelhos. Obrigado, Faulkner:
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monique.gerke 21/06/2018

Sensacional!!!
O livro inicia contando as histórias de Lena Grove, Christmas e Hightower, personagens que em um primeiro momento não tem nada em comum, mas a medida que a narrativa avança, vai se conhecendo o passado dos personagens, e os caminhos vão se cruzando, se aproximando e se afastando.
O estilo da escrita do Faulkner é incrível, você passa o livro inteiro sentindo que algo vai acontecer, e na verdade percebe que o livro inteiro já está acontecendo!! A história ambientada no sul de um Estados Unidos (em pleno 1930 +-), extremamente racista, religioso, e moralista permeiam nas entranhas de cada diálogo, de cada personagem, essas questões estão lá, terríveis, sendo descritas de uma forma que muito me lembrou Flannery O'Connor. Recomendo!
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Danilo Vicente 14/06/2018

Promete muito, entrega pouco
Vou remar contra a maré. Comprei o livro com a expectativa de ler o fino da escrita mundial. Mas me decepcionei. Ao longo dos anos William Faulkner teve construída uma aura de gênio. Mas este seu livro é enfadonho, chato em muitas partes, até preconceituoso. Sim, preconceituoso, racista, pois por mais que Faulkner aponte o racismo da sociedade, seu personagem principal é um negro assassino, ou um branco que se torna assassino por pensar ser negro. Isso sem contar que é agressor de mulheres, um louco. Quanto à protagonista mulher, é uma inocente, tonta, sem atitude.

E o que são as dezenas de personagens secundários que nada agregam? Sim, entendi o livro, entendi o que Faulkner quis apontar, mas é preciso avaliar profundamente o que seus personagens fazem. Na sociedade racista do livro, sem uma defesa que aponte o absurdo da situação, o escritor mostra-se da mesma maneira ao apresentar caricaturas de personagens, estereótipos. E os xingamentos aos negros estão lá a cada capítulo, sem qualquer redenção.
DIRCE 30/09/2021minha estante
Oi !Danilo, lamentavelmente esse era o cenário real do Sul dos U.S.A desde a abolição da escravatura.


Danilo Vicente 26/03/2022minha estante
Oi, Dirce. Mas por isso o autor precisa ser da mesma forma?


DIRCE 28/03/2022minha estante
Oi Danilo


DIRCE 28/03/2022minha estante
Entendo seu posicionamento , mas uma obra sempre dá margem à diferentes lnterpretaçoes. O que você entende como racismo eu entendo como denúncia. O quanto a população preta foi massacrada ao ponto que o próprio preto se sentia infinitamente inferior ao branco m


DIRCE 28/03/2022minha estante
Vi essa situação também no livro deus das pequenas causas. Só que essa relação de inferioridade era dos indianos aos ingleses.


DIRCE 28/03/2022minha estante
E VIVA Rosa Parkes que , em 1955, se recusou a ceder o lugar no ônibus aos brancos.




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