Leonardo.Vasconcelos 19/07/2020
Não é ruim!
O livro As viúvas escrito por Lynda La Plante traz uma história de três viúvas de ladrões de banco que irão executar o último roubo de seus maridos. Dolly, a viúva do chefe da operação Rawlins, encontra os livros cujo tem toda a vida/trabalho do crime de seu marido. Com o plano da operação em mãos ela reúne as viúvas que perderam seus maridos no último roubo para executa-lo, uma forma de homenageá-los. Além delas ter que aprender a lidar com o roupo também terão que lidar com o Fisher, criminoso que quer os livros do Rawlins e tomar posse do território dele. E também possui o investigador Resnik que teve sua carreira destruída por Rawlins e assim tem como objetivo pegar ele mesmo depois de morto.
O livro não é ruim, ele segue fielmente a um comentário que li sobre ele: “Livro pipoca” é quase que você estivesse lendo um filme (não é à toa que virou filme). Maaas ... achei pouco explorado a temática. Para entender o que quero dizer vou explicar ele em partes, dessem modo ele poderia ser dividido em 4 atos: Luto, Pré roubo, Roubo, Pós roubo
O LUTO, é o momento em que a autora apresenta todos os personagens e nisso ela faz muito bem. Conseguimos sentir o luto deles, o medo, a alegria ... literalmente tudo. Mas falta atos que validam tudo aquilo que ela caracterizou. Por exemplo a família Fisher, “magnatas do crime”, quando eles aparecem a atmosfera muda para um clima de tensão em que a qualquer hora alguém vai apanhar. Mas é só isso! Gastou umas 120 páginas para eles fazer a única cena de ação deles no livro e depois continuar a inflar o quão temido eles são. O mesmo ocorre com o Rawlins ele é quase o professor, talvez melhor, mas não conta nenhum feito do cara, apenas o que ele morre.
O PRE ROUBO é onde o livro mais passa, descrevendo a problemática das meninas em realizar o roubo e quão difícil ele será por elas não serem homens. Bom ... não sei qual foi a ideia porque neste ponto faltou tesão, faltou instigar a curiosidade do leitor. A problemática colocada era logo em seguida resolvida não dava nem tempo do leitor “tentar ajudar”. Aqui foi problema reposta, problema resposta ... eu, leitor, nem comprava o problema, deu ate preguiça de continuar a leitura.
O ROUBO, primeiramente toma cuidado para não pular essa parte porque é muito rápido. A crítica aqui é muito pessoal, eu espera um roupo mirabolante algo La casa de papel, mas bom .. não foi bem assim. Um roubo simples com um mínimo de complicações, até justificado já que passaram a metade do livro ensaiando.
Por fim o POS ROUBO, aqui apareceu aquela vontade de devorar o livro. Talvez seja que neste ponto apareceu tudo aquilo de elas não esperavam e tiveram que improvisar.
Apesar de não mencionar ele ai em cima, mas a melhor história contada foi a de Resnick, detetive fracassado que busca vingança contra o Rawlins. A história é contada com calma as problemáticas tem início, meio e fim. Elas possuem o tempo suficiente do leitor comprar a ideia e tentar ajudar e por fim é entregue a solução. Mas ... ele é usado como alivio comigo.
Para finalizar, o livro não é ruim, a autora escreve super bem é possível ter empatia pelos personagens. Porem se você procura um livro com história inteligente, vai decepcionar.