As Horas Vermelhas

As Horas Vermelhas Leni Zumas




Resenhas - As Horas Vermelhas


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Dk 30/07/2021

Demorei um pouco a engatar na leitura, mas quando aconteceu, me vi cada vez mais envolvida nos dramas dessas mulheres. Suas histórias são sutilmente entrelaçadas (em alguns pontos nem tão sutilmente), e passam a sensação agoniante de que todas nós nos deparamos durante nossas vidas com ao menos um daqueles dramas (às vezes todos,). São realidades sufocantes e sem perspectiva de mudança. Acho que toda mulher já se sentiu assim em algum ponto de sua vida.
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Dandara63 04/11/2021

Gostei muito! Gostei do desenvolvimento de todas as personagens, gostei de como as vidas delas estão interligadas mesmo em pequenas coisas. Gostei da parte distópica (que, em alguns países, nem é tão distópica já que em muitos lugares o aborto ainda é ilegal) pela atenção aos detalhes, porque tudo faz sentido, exatamente como uma coisa dessas aconteceria. Achei bem construído.
Mas acho que a sinopse dá uma esperança diferente pra gente. Eu, pelo menos, tive a impressão de que as personagens se uniriam para ajudar a Gin, mas não é o caso.
Teve também outra coisa que não curti, que foi toda a coisa sobre a exploradora polar. Entendo que é importante na vida da Ro, mas precisava mesmo ter esse destaque todo no livro? Honestamente, em todas as partes sobre ela, eu ficava perdida ou entediada.
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Mary Manzolli 02/01/2022

Uma distopia nem tão distópica assim...
Essa é daquelas leituras em que a gente se aventura, descompromissadamente, sem grandes perspectivas. Um dia batendo perna no shopping, comprei numa feira por R$10,00 e resolvi encarar, sem nenhuma indicação.

As horas vermelhas é uma distopia focada no poder de decisão feminina em relação ao próprio corpo. A história se passa dois anos após o Congresso dos Estados Unidos aprovar a "Emenda da Pessoalidade", em que dá o direito constitucional à vida, à liberdade e à propriedade a um óvulo fertilizado, no momento da concepção, de forma a tornar o aborto ilegal em todos os 50 estados; são implementadas punições severas às mulheres que decidem se arriscar a realizar um aborto e às pessoas que facilitam o procedimento. As fertilizações in vitro também foram banidas uma vez que os embriões não podem dar seu consentimento sobre a suas transferências dos laboratórios para o útero.

A história se desenvolve no entrelaçamento das vidas de 5 protagonistas muito diferentes entre si, mas que, sofrem os impactos de todas as restrições a que são submetidas por serem mulheres. Quatro delas vivem numa pequena cidade pesqueira no Oregon e a conexão entre suas histórias fala muito sobre o lugar das mulheres na sociedade, os padrões pré definidos de aparência física, atitudes e pensamentos e o preconceito contra quem escapa aos padrões.

Ro (a biógrafa) tem 42 anos, leciona História na escola da cidade e sonha em ser mãe. Apesar dos inúmeros tratamentos de fertilidade, não consegue engravidar. No entanto, tem pressa em realizar seu sonho, pois o governo está em vias de aprovar uma nova lei chamada de "toda criança precisa de dois", que impedirá mulheres solteiras de terem filhos.

Gin Percival (a reparadora) é uma espécie de curandeira local que vive isolada na floresta. As pessoas a chamam de louca mas sempre é procurada pelas mulheres quando precisam resolver algum problema, cujos maridos ou o restante da cidade não possa tomar conhecimento. Penso que é a personagem mais complexa da estória posto que sua narrativa, por vezes, fica muito desconexa e, de fato, parece que que ela esteja perdendo a sanidade, porém no final tudo faz sentido.

Mattie (a filha) é uma adolescente, ótima aluna, boa filha, com um futuro promissor, é muito amada pelos pais adotivos, que já são idosos, mas descobre-se grávida e não sabe como resolver a situação sozinha.

Susan (a esposa) é mãe de um casal de crianças e casada com o professor de francês da escola local. A princípio nos passa a impressão de levar uma vida perfeita e é objeto de muita inveja, mas conforme avançamos na leitura, aos poucos, vamos conhecendo o outro lado da sua história.

Eivor (a exploradora polar) é a personagem do livro que Ro (a biógrafa) escreve nas horas vagas, uma desbravadora que luta suas próprias batalhas numa época e local muito cruéis para as mulheres. Trechos de sua pesquisa aparecem no livro, alternando com as demais histórias.

O narrador refere-se às mulheres pelo seu papel social (a filha, a biógrafa, a reparadora, a esposa e a exploradora) com a clara intenção de deixar demonstrado o quanto são limitantes as funções sociais esperadas de nós e o quanto, qualquer que seja a nossa escolha, nos levará aos mais variados e injustos julgamentos.

Tal qual "O Conto da Aia" e outras distopias tão em voga nos últimos tempos, as Horas Vermelhas traz à tona a discussão sobre até que ponto o governo pode controlar os direitos de alguém sobre o próprio corpo e o quanto a possibilidade de algo parecido acontecer de verdade, tem nos assombrado cotidianamente. Se um congresso conservador tornar o aborto mais uma vez ilegal nos EUA lhes soa como uma distopia, por aqui é a nossa realidade, e por isso muitas partes do livro podem nem nos parecer tão inconcebíveis.

Apesar de ter gostado do tema e achado a história muito boa, não sei se por culpa do livro ou por causa do meu cansaço de final de ano, achei a leitura pouco fluida e um tanto carregada, me cansava rapidamente e não consegui manter meu ritmo diário. Foi preciso insistir um pouco até a história engrenar e mesmo assim não foi uma leitura tão agradável.

Mas não obstante a minha dificuldade em concluir a leitura, não há como negar que a obra nos traz reflexões, extremamente, profundas e relevantes sobre os papéis das mulheres dentro da sociedade e como as mulheres seguem com suas vidas, planejamentos e atribuições mesmo em meio à grandes dificuldades.

Para uma realidade como a brasileira, As horas vermelhas, é realista demais para ser uma distopia.
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vicqs 16/04/2022

Apelativo
Logo na capa do livro tem a seguinte frase, fazendo comparativo com um clássico ?esqueça o conto da Aia, as horas vermelhas é a distopia reprodutiva que precisamos ler agora? - Elétric literature, confesso que dai eu já não gostei, estou postergando esse livro a uns dois meses, nada consegue me prender a ele, acredito que realizar esse comparativo ao conto da Aia e acreditar muito na proposta do livro, o que foi frustrante, existe sim uma causa, uma luta e debates importantes, mas nada que causasse impacto. Esperava mais
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Kath 03/02/2022

Distopia?
Um distopia não tão distópica assim.
A história de 5 mulheres se entrelaça mediante o cenário de proibição e criminalização do aborto nos EUA.
Não somente aborto intencional, mas também espontâneo. As mulheres são responsabilizadas nos dois casos.
Eu senti uma aflição do início do fim, quanto mais as histórias chegavam perto de se entrelaçar, mais aflição eu sentia... Principalmente no julgamento de Gin pois as histórias foram chegando a seu ápice.
Livro pra quem tem estômago, principalmente se você, assim como eu, for mulher!
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lynef 12/05/2022

para mim, a leitura foi um pouco cansativa e eu quase abandonei o livro. só não parei de ler, porque uma amiga me deu de presente e pediu que eu desse minha opinião depois que terminasse rs. ele não é ruim, tem coisas interessantes nele, mas senti que faltou algo a mais para me conectar às personagens e suas histórias.
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sami 17/03/2022

Nesse livro encontramos a história de 4 mulheres (indiretamente de 5) com objetivos diferentes. A "biógrafa", querendo desesperadamente ser mãe, a "filha", querendo desesperadamente abortar, a "reparadora", acusada de bruxaria por realizar abortos e por ajudar mulheres quando elas não sabem mais a quem recorrer, e a "esposa", presa em um casamento sufocante, tendo que lidar com seus 2 filhos.

As histórias dessas mulheres se conectam ao longo da obra, e é muito interessante ver como elas conseguem ser tão iguais e tão diferentes, e como é demonstrado os seus sentimentos umas sobre as outras. É uma distopia reprodutiva muito sensível, onde, ao mesmo tempo que deixa claro a força das mulheres, também mostra as fraquezas.

Dei 3,5 porque não me senti tãoo conectada com a história quanto esperava, algumas coisas me parecerem muito soltas e sem contexto (ou eu posso não ter entendido qual era). Senti falta de mais aprofundamento sobre as clínicas de aborto clandestinas e a importância das mulheres que gerenciavam esses locais e lutavam contra toda essa opressão do governo. Enfim, são detalhes, ao todo tirei uma reflexão muito boa durante minha leitura.
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manjksu 15/12/2022

Um dia fica melhor
Inicialmente, sabendo apenas da premissa do livro, fiquei encantada. Um tema super massa e importante para ser discutido. Contudo, não me prendeu e se tornou difícil realizar a leitura. Dizer que o livro é uma Distopia foi algo que com certeza erraram muito, dizer ainda para esquecer o conto da aia, foi onde estragaram tudo, pois não conseguiram sustentar esse ponto. Mas é importante pontuar que, mesmo com todas essas questões, as reflexões que o livro traz o tornam legal.
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Iara Caroline 24/07/2021

Gostei.
Eu gostei dessa leitura, foi agradável e conseguiu manter meu interesse. A escrita da autora é boa, e ela teve uma proposta muito legal com as 5 personagens femininas em destaque e as ligações entre elas.

No entanto o livro é de uma trama fraca e sem conclusões muito legais, não trazendo muitas reflexões importantes sobre a temática reprodutiva. A distopia apresentada na verdade é uma realidade muito palpável, não me trouxe nenhuma estranheza.
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philosophia 03/04/2022

livro bom, foi a segunda distopia que eu li na vida, então não sei o que falar, vale a pena lê. gostei muito da escrita e do jeito que a história caminhou e do rumo da história de cada uma.
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stbartolillo 01/08/2022

acho que um livro nunca casou tão bem com uma época
Parece um retrato de tudo o que pode acontecer com a sociedade atual. Esse rolo com a ignorância em relação à legalização do aborto é retratado muito bem nesse livro. 10/10
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Brianna 23/01/2022

Um livro incrível!
A escrita da autora é incrível, muito inspiradora. Ela deixou a crítica de forma tão bem feita que eu, como mulher, me senti super representada e senti a dor das personagens.
É um livro que me deixou ansiosa, pois é um ambiente extremamente desfavorável para elas.
O melhor é que é uma ficção que na verdade é a realidade em muitos países, como o Brasil.
O que mais me chamou atenção foi mostrar os defeitos das protagonistas, não houve aquele embelezamento das mulheres como se fossem perfeitas. Houve inveja e muitas decisões que eu não concordaria, porém, é uma caracterização que os homens sempre tiveram na literatura. É libertador que nesse livro as mulheres puderam ser seres falhos.
Recomendo esse livro para quem queira abrir sua mente- ou já tenha uma mente aberta- com relação ao tema do aborto.
E aí, o que achou do livro?
Você se interessa pelo feminismo?
Eu? Demais! Estou ansiosa para entrar no coletivo feminista da minha faculdade ?
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Leticia. 06/11/2021

Que livro NECESSÁRIO.
Que história incrível e que maneira bonita de mostrar como mulheres com vidas completamente diferentes podem ser tão parecidas. Palmas. ?
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