A casa da floresta

A casa da floresta Marion Zimmer Bradley




Resenhas - A casa da floresta


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Isabella.Wenderros 21/07/2022

Antes de Avalon, existiu A Casa da Floresta.
Quando os romanos conquistaram a Britânia, o choque cultural foi imenso. Várias tribos se rebelaram e foram massacradas para garantir que o domínio do império se consolidasse. Quando a Ilha de Mona foi atacada e suas sacerdotisas violadas, o conhecimento antigo quase desapareceu; anos depois, encontraram um lar na Casa da Floresta, onde tinham a liberdade de manter seus rituais, desde que mantivessem equilibrada a balança entre conquistados e conquistadores.

É nesse contexto, entre ódios, rancores e medos, que Eilan – de uma família de druidas – vai se apaixonar por Gaius – um romano que carrega em seu sangue a linhagem da mãe, uma nativa britânica. O destino de ambos será marcado por desencontros e tristezas, influenciando pelas diferenças políticas e religiosas de sua época, enquanto tentam navegar no mar de um período marcado pela instabilidade.

Quando comecei essa leitura, sabia que seria ambientada em uma época anterior às Brumas de Avalon e nada mais. Já nas primeiras páginas pude perceber algo que talvez seja uma marca da autora: o começo é complicado. Demorei até pegar o ritmo, me ambientar e realmente aproveitar a experiência. Porém, após alguns capítulos, tudo fluiu e finalizei positivamente surpresa.

Apesar de ser anterior ao período arturiano, a sensação que tive foi de que era o oposto; enquanto o livro anterior me passou uma sensação quase mística, aqui foi como algo mais conhecido, concreto e “real” – acredito que principalmente pela grande influência romana, um dos maiores impérios já vistos pela humanidade e presente em várias outras obras.

O núcleo desse volume pode ser a relação conturbada entre Eilan e Gaius – que dá origem à linhagem do futuro rei Arthur –, mas o que realmente preenche são as mulheres que servem à Deusa. Dentre elas, além da própria protagonista, vale ressaltar Caillean – a minha personagem favorita. São essas sacerdotisas que entregam a maioria das situações e é através de suas vidas que o leitor acompanha boa parte dos acontecimentos.

Uma das coisas que senti falta foi uma passagem de tempo definida, eu fiquei confusa em alguns momentos quando começava um capítulo e descobria, alguns parágrafos depois, através de uma conversa, que anos tinham se passado. Não foi algo que realmente me atrapalhou, mas não reclamaria se tudo fosse mais claro. Depois da metade, alguns cristãos surgem e é interessante observar isso pensando no grande poder que terão no futuro.

Tem muita política envolvida e também a procura, de vários personagens, para saber quem realmente é e qual seu lugar naquele mundo em transformação. Eu definitivamente não esperava pelo final e senti uma tristeza singular por aqueles dois que tiveram caminhos tão conturbados.

A semente do que, um dia, será Avalon foi plantada. A vontade foi reler o primeiro livro e reencontrar aquelas sacerdotisas tão importantes para sua religião sabendo como foi bem no começo. Como eu disse, foi uma ótima surpresa e definitivamente recomendo.
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Leslie.Eduin 06/03/2024

Depois de dois meses!
É um livro com muitos altos e baixos, a história é ótima, mas me senti perdida no começo.
Esse é o primeiro livro após a série de As Brumas de Avalon, e por já conhecer a história não me senti totalmente perdida.

O que gostei é que veio com um mapa, coisa que senti muita falta em As Brumas de Avalon.
A história é bem escrita e te deixa com vontade de saber o desfecho. Como disse, tem seus altos e baixos, em alguns momentos a história fica mais parada e tem momentos que ela flui muito bem. Uma coisa que achei ruim é, os capítulos são muito grandes, em média dez a quize páginas por capítulo, para mim é muito, e provavelmente é um dos motivos que demorei para concluir o livro.
A história é em terceira pessoa, então acompanhamos alguns personagens além de Eilan e Gaius, as melhores partes ao meu ver são as do povo celta.
A história não defende nenhum personagem, e não temos personagens exemplos, todos são falhos, todos cometem seus erros e têm seus momentos de lucidez. E é isso que eu mais gosto na escrita da Marion, eles morrem ou vivem, você nunca vai saber, simplesmente acontece.
Para quem adora histórias medievais com uma pitada de fantasia e misticismo, vai gostar desse universo, pois aborda religiões e crenças, como elas se transformam em guerra e a discordância entre povos.
É uma história com reviravoltas, traições, jogos políticos, personagens com opiniões formadas que você discorda ou concorda. Este primeiro livro se passa na era romana, e o cristianismo ainda não têm um grande impacto, mas que ao final da história já foi introduzido. A Marion conta um ponto de vista bem cru das religiões, que talvez seja difícil de aceitar para quem é muito devoto, mas ao meu ver é só o que é realmente.

Apesar da demora para completar a história, foi bem interessante e irei ler os próximos livros e conhecer a próxima geração.
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Ju Ragni 01/01/2024

Os primórdios de Avalon
AS BRUMAS DE AVALON está ente meus top 10 desde quando o li, muito tempo atrás. É uma história maravilhosamente construída, envolvente do começo ao fim. A CASA DA FLORESTA se passa bem antes da existêcia de Avalon, mas dá as chaves para o surgimento da ilha mágica. Não é um livro precioso como AS BRUMAS, mas seria difícil competir com a obra prima da vida da Marion. Mesmo assim a história é vigorosa, se sustenta, e fala com maestria da miscigenação dos povos, conquistadores e conquistados, na formação de uma nova nação. Essa autora tem um olhar único para o universo feminino, marcando a história com a evolução de suas mulheres sacerdotisas, sábias, filhas, netas, irmãs, ao invés de usar os marcos de batalhas, guerras e conquistas do mundo dos homens. É uma delicadeza na condução da história, que nem porisso deixa de ser portentosa. Há ainda um outro livro que encerra o ciclo de Avalon: A SACERDOTISA DE AVALON. Está na minha lista.
Janaina.Vidal 01/01/2024minha estante
Oie bom dia feliz ano novo. Tenho uma pergunta. Para ler as Brumas de Avalon, é necessário saber as histórias do Rei Arthur?


Ju Ragni 01/01/2024minha estante
Feliz ano novo para voce também!! Na minha opinião, se você for ler AS BRUMAS DE AVALON, talvez seja melhor nunca ter lido nada sobre o rei Arthur, porque nessa história a Marion vai descontruir toda aquela conversa tradicional sobre o rapaz que tirou a espada da pedra, a távola redonda, o Merlin que o guiava, sir Lancelote que era o principal cavaleiro e principalmente a maldade da fada Morgana e a ingenuidade da rainha Guinevere. Aqui a conversa é outra: ela vai contar uma história poderosa, adulta, onde não tem gente boa ou má, tem pessoas, tentando fazer seu melhor. É um trabalho de reconstrução história impressionante, impecável ao longo de quatro livros, e quando você termina de ler, garanto que sua idéia sobre o rei Arthur vai estar reformulada... Leia, tenho certeza que você vai gostar.




Ana 29/10/2023

As Brumas de Avalon, foi dos meus livros favoritos por muitos anos, com a leitura de A Casa da Floresta, pude revistar esse universo de sacerdotisas e druidas. As abordagens do princípio do Cristianismo, e todas as questões políticas envolvendo o Império Romano e os bretões são o que tem de melhor no enredo.
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Gabriela 30/05/2021

Feminismo e Preconceito Religioso com A Casa da Floresta
A Casa da Floresta é o segundo livro do Ciclo de Avalon, que foi publicado pela editora Planeta e foi produzido pela escritora Marion Zimmer Bradley, uma das mentes mais revolucionárias na literatura.

São 416 páginas de uma representatividade feminina em seu augsse, como é o costume de Marion. Porém, diferente das Brumas, vamos para o período do império romano, quando o cristianismo ainda nascia e os deuses de Roma reinavam.

Contando a história de uma jovem moça que se apaixona por seu inimigo, feito Romeu e Julieta, que busca na sua própria força um modo de vencer as imposições machistas daquela época.

Roma estava tomada pelo desejo de governar, submetendo toda e qualquer tribo aos seus caprichos, as convertendo ao comando do imperador.

Sangue e guerra manchava a vida daquelas pessoas, enquanto uns se diziam salvadores, outros só rogavam à Deusa liberdade.

Amores Proibidos e Representatividade Feminina

Devo dizer que A Casa da Floresta é um desses livros que contém a mais bela e íntima representatividade feminina.

Eilan é a primeira a ser apresentada, uma jovem britânica, nascida e criada sob os ensinamentos da grande deusa, que começa a cuidar de um romano ferido por uma armadilha de urso.

Quero deixar claro que as tribos viviam em uma paz fingida com Roma, lutando para respirar no meio da ganância de um dos impérios mais ricos do mundo.

Então, Elian conhece Gaius, o filho de um general romano, que estava em missão quando foi pego por uma armadilha. Um híbrido, filho de romano com uma britânica, o rapaz desperta o interesse amoroso de Elian, bem amor proibido, mas nenhum dos dois se dá conta do quanto estão envolvidos.

O amor e a paixão são facilmente confundíveis, um nasce do outro, mas, às vezes, o sentimento mais puro se perde em meio ao fogo de um momento e foi isso que aconteceu com esse casal jovem e tão inocente para os jogos do coração.

Só de romance vive esse livro? De forma alguma! Um grupo de rebeldes querem expulsar os romanos de suas terras e um dos guerreiros mais fortes deles é o irmão de criação de Elian, Cynric.

Preconceito Religioso e Feminismo

Saindo o panorama Romeu e Julieta vamos para a outra face da moeda. Conhecemos Caellian, uma sacerdotisa da Deusa, devota de sua Grã Sacerdotisa, Lhiannon.

A ordem das sacerdotisas de Vernemeton seguia os ensinamentos antigos, postos em magia e estudos, que as faziam respeitadas por todos os povos. Porém as regras as castravam, precisavam ser virgens, totalmente “puras”, ou os druidas poderiam puni-las com a morte.

Sua virgindade pertencia ao Deus da Floresta, ao grande Deus escolhido por Merlim para desposar a Grande Deusa e nela gerar a vida. São palavras lindas e floridas, mas vemos nitidamente a repressão da sexualidade feminina.

Homens governavam e ditavam tudo, as mulheres se submetiam aos seus caprichos e Caellian era a única que se rebelava abertamente; parte pela ferida de seu passado.

O que experimentamos é uma dose generosa de feminismo, de como Eilan abdica de tudo que sente para se encaixar nos padrões impostos, de como se erguer sozinha, sofrida, acusada, enquanto seu amado segue uma vida melhor e com mais liberdade.

Culto ao cristianismo? Proibido. Aqui Jesus nasceu e é crucificado, vemos o que os católicos sofreram e como os demais povos trataram a nova religião e seus fiéis.

A cada capítulo é uma surpresa, vemos os personagens crescerem, talvez seja um dos poucos livros cujo tempo se dá em larga escala, com passagens consideráveis de anos e que já mudam e interferem significativamente na personalidade dos personagens.

Esse livro é a continuação de As Brumas de Avalon?

Não! Quando vi a capa maravilhosa desse livro pensei que se daria em continuidade ao que termina no As Brumas de Avalon, mas é um tempo anterior, quando ainda não existia a casa das donzelas coberta pelas brumas e o cristianismo nascia.

Um dos aspectos mais deliciosos dessa escritora é a forma como une a história real com seus personagens, a política passa tão suave, é como se fosse parte do cotidiano. As lutas são lidas com a respiração presa, intensidade resume essa história.

Outro aspecto maravilhoso é como existe pouca “ação” – refiro-me a combates e batalhas – e mesmo assim é uma delícia de ler, porque os personagens são complexos, agem em seus mundos com o que lhes é apresentado. Talvez a vivência dessas almas seja o ponto mais positivo e forte dessa história, é como se descobrir, acompanhamos cada momento em íntima comunhão com essas mentes.

O que me faz pensar que não é preciso batalhas épicas para conquistar o leitor.
Rompimento do Estereótipo
Sempre aprendo muito com os clássicos e esse livro me ensinou como representar personagens românticas, que tenho uma certa aversão, devido a tantos motivos machistas que acabamos adquirindo.

Eilan é uma romântica incorrigível, Dieda é mais marrenta, uma mulher que exige ser ensinada como uma druida, quer aprender o que os homens a proíbem, e ainda deseja viver com o amor de sua vida.

São várias faces de várias mulheres, cada uma com sua vivência e sua maneira de enxergar o amor. Apesar da doutrina de ensinamento como mães e donas de casa, são todas complexas em sua particularidade e todas almejam sonhos e traçam planos.

Aprendo a inserir mais sentimentos amorosos em minhas personagens com esses livros e para quem deseja ver como os romances vivem – nu e cru e com direito a muita reviravolta – então deve conferir essa obra.

Beijos de Fogo.

site: https://www.gmrhaekyrion.com/
Agnaldo Alexandre 24/08/2022minha estante
Muito bonito no livro, mas a realidade é outra. A autora é acusada de pedófila, de entregar crianças para o marido abusar, e mesmo seus filhos. Uma demagoga e seres humanos nojentos se for verdade.


Gabriela 01/09/2022minha estante
Infelizmente isso é verdade! Fiquei totalmente desolada quando soube de todo o caso! E de fato, o que comentei na resenha apenas serve ao livro. Atualmente o dinheiro das obras vai para a filha, que foi uma das denunciantes. Não há o que argumentar, é apenas deplorável que existam pessoas assim ?




fernandaugusta 16/07/2019

O início de Avalon
A tomada da Britânia pelo Império Romano gerou muitas revoltas entre as tribos, que nunca foram totalmente mitigadas. A Sabedoria Ancestral e os druidas, após a destruição da ilha de Mona, se reestabelecem em Vernemeton, onde as sacerdotisas da Deusa vivem na Casa da Floresta. O arquidruida Ardanos e a grã-Sacerdotisa Lhiannon tentam a todo custo manter a paz, recém assentada.
Em meio a este contexto, o jovem Gaius, filho de Macellius (o prefeito do acampamento romano em Deva) cai em uma armadilha durante uma caçada. Ele é encontrado pelas jovens Eilan e Dieda, duas jovens bretãs. Eilan é filha do druida Bendeigid e Dieda e filha de Ardanos, o arquidruida. Enquanto é curado de seus ferimentos, Gaius resolve não revelar sua identidade romana, por medo da ira de Bendeigid e Cynric, seu filho de criação.
Antes de ir embora, porém, Gaius é levado ao festival de Beltane, e se descobre apaixonado por Eilan. Ele pede a mão dela em casamento, mas os pais de ambos os lados proíbem a relação.
Em uma noite, saqueadores invadem a casa de Bendeigid, queimam tudo e matam a mãe e a irmã mais nova de Eilan. Eilan estava auxiiando o parto de sua irmã mais velha fora de casa, conhecendo a sacerdotisa Caillean, da casa da floresta. Sem lar, os homens partem atrás de vingança e Eilan resolve se refugiar na Casa da Floresta, já que não pode se casar.
Após 3 anos, ela e Dieda são ordenadas sacerdotisas. EIlan se encontra novamente com Gaius no festival de Beltane e eles ficam juntos, porém se separam logo depois.
Com o descobrimento da gravidez de Eilan e a morte da grã-sacerdotisa Lhiannon, começa a farsa que encobrirá o romance de Eilan e Gaius, o nascimento de Gawen, sendo que Eilan é escolhida a nova grã-sacerdotisa.
A partir daí, com Gaius atuando pelo lado romano, e Eilan, Caillean e Ardanos pelo lado bretão, tem início uma série de manobras que tentam manter a pax romana, apesar da crescente rebelião das tribos.

Com um desfecho memorável, onde se revela o surgimento da famosa Avalon, a Casa da Floresta prende, ensina e cativa. Particularmente gosto muito da escrita de Marion Zimmer Bradley, pois as descrições são ricas, mas ao mesmo tempo sucintas. Todos os personagens são bem retratados e é fácil chegar ao final, mesmo de uma leitura bastante complexa historicamente.

Recomendo a leitura.
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Neferet 26/05/2020

Bom mas não como o primeiro
Nem de longe podemos comparar esse com o primeiro , fico em dúvida se a escolha da ordem foi uma boa ideia , pois depois de ler um calhamaço DELÍCIA de 968 pg , sem nenhum esforço , me senti sonolenta em alguns momentos nesse livro com a metade das páginas , não sei se ele fosse o primeiro também , despertaria interesse de todos pra ler as brumas de Avalon como o segundo ... e acabaria perdendo tamanha fama talvez ( só achismo meu mesmo) .
Diferente do primeiro que tivemos páginas o suficiente pra conhecer cada personagem aos poucos , mesmo os mais irrelevantes, esse daqui despejou na nossa cara , uma caralhada de gente que eu nem conseguia pronunciar mentalmente metade dos nomes kkk logo de cara já me estressei com isso e por milagre divino ainda decorei alguns nomes , mas pelo mesmo motivo pouco me prender as fases de guerra com tantos imperadores senadores e qualquer outra coisa parecida kkk .
Não preciso dizer o ranço que foi ter que aguentar o cristianismo chegando já no final do livro kkk porra não dão paz
No mais foi um pouco difícil saber de quando começaram a falar de avalon já que eu não lembrava das referências que estavam dando ali, mas mesmo assim foi muito legal ver como aconteceu
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Cristina.Melo 13/06/2021minha estante
Hahaha Morgana é maravilhosaaa mesmo


Patricia.Areias 14/06/2021minha estante
Nossa, a Morgana é uma das minhas personagens favoritas da VIDA! Tipo, top 3. Só amor.




Mat 17/02/2024

É impossível ler esse livro sem comparar com As Brumas de Avalon, dito isso, A casa da floresta me decepcionou um pouco.

Pra mim a primeira metade do livro é bem sofrida, ao mesmo tempo que não acontece muita coisa, tudo é muito confuso. A segunda metade, ainda bem, flui muito melhor, fica menos confuso, o ritmo se torna mais satisfatório e pude me adentrar mesmo na história.

Entre altos e baixo, o livro termina com um final, particularmente, muito bom.
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Karla Lima @seguelendo 04/12/2021

@seguelendo
Avalon antes de Avalon. A casa da Floresta é um dos prelúdios do clássico Arturiano que nos apresenta protagonistas e histórias que nos introduzem aos mistérios da Deusa. 

A obra tem seu charme, apesar do imenso clichê que é o enredo central. A falta de originalidade inicial é compensada pelos detalhes históricos mesclados, página após página, ao folclore.

Gostei dos personagens, principalmente das sacerdotisas. É majoritariamente através delas que a história ganha corpo, são elas que dão profundidade a um enredo aparentemente raso. Temos um protagonista masculino também, Gaius, mas o brilho pertence a Eilan e Caillean. Duas personagens fortes e carismáticas.

As passagens de tempo ocorrem de forma abrupta. Muitas vezes, apenas em uma divisão de capítulo, o vemos saltar meses, anos ou mesmo uma década. Não atrapalha a narrativa, mas demorei a me acostumar.

Por falar em narrativa, acho que essa é uma característica que vai acabar se tornando recorrente nas histórias do Ciclo de Avalon: o começo não é fácil. Senti isso em Brumas, em A casa da Floresta e também, adianto, em A senhora de Avalon que já terminei. Me senti um pouco perdida, com uma leitura mais truncada, porém depois a história se desenvolveu bem.

Em qualidade, não acho que supere As Brumas de Avalon, mas também creio que não era a intenção. Adorei conhecer a história de como Avalon surgiu e os sacrifícios para que isso acontecesse.
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Raquel 13/07/2023

A casa da floresta
Releitura dentro do meu projeto "Relendo As Brumas de Avalon"

A Casa da Floresta é o santuário das sacerdotisas da Deusa depois da violenta destruição da Casa das Mulheres na sagrada ilha de Mona (episodio contado em Os Corvos de Avalon, mas que não precisa ser lido para entender a historia de A Casa da Floresta). Dentro dos muros do santuário, as sacerdotisas Druidas preservam os rituais antigos de magia e cura consagrados à Deusa. Fora deles, o cenário mostra a incessante luta dos romanos para manter as conquistas nos territórios da Bretanha e a dos druidas para manter a paz.

A história é focada em Eilan, uma moça bretã, neta do arquidruida, e em Gaius, um romano de mãe bretã. Gaius cai numa armadilha para ursos no meio da floresta e é encontrado por Eilan. Os dois se apaixonam, mas quando Gaius melhora, volta para sua casa e ambos seguem suas vidas, pois o amor entre eles é proibido. Gaius aceita um casamento arranjado com uma romana e continua nas suas obrigações militares. Eilan ingressa no caminho da Deusa, se tornando sacerdotisa na Casa da Floresta. Ela deixa as ambições pessoais para seguir um bem maior, porém seus conflitos internos entre o dever e seus desejos particulares nunca a abandonam.

A história de passa ao longo de 16-17 anos no reinado do Imperador Titus Flavius Domiciano até a morte dele, em 95DC, e nos mostra melhor como é a vida das sacerdotisas no santuário da Deusa. Também fala mais da sociedade romana (atraves da vida de Gaius) e do começo do cristianismo.

Apesar de ser uma releitura, eu lembrava superficialmente da história, então gostei muito de relembrar todos os detalhes esquecidos. Em vários momentos, a narrativa parece arrastada, o que eu acredito ser culpa da escritora Diana Paxton, que ajudava M Z Bradley a escrever os livros. Elas não tinham o mesmo ritmo de escrita.

Dica: anote os nomes dos personagens, pois alguns são reencarnações de personagens de outros livros, então se for ler outros livros do Ciclo de Avalon, já vai ter essa informação de quem “virou” quem.

Para quem é fã de As Brumas de Avalon ou de histórias com mulheres fortes vale muito a pena!
Flôr 11/11/2023minha estante
Obrigada pela dica! Vou colocar flags ?




Thiago 10/10/2023

Uma prequela que nada acrescenta à obra original
Este livro é a prequela da obra As Brumas de Avalon, uma clássica releitura do mito arturiano sob a perspectiva feminina.
Enquanto o primeiro livro é profundo, tocante e nos faz refletir, este é raso, com uma narrativa mais confusa e personagens e relações que acabam sendo superficiais. Há pouca construção das relações, o que caminha concomitante com o pouco desenvolvimento dos personagens. Todos são um pouco embaçados, mesmo que saibamos o que querem, fica tudo muito pobre (vingança, amor, felicidade...), o que atrapalha a experiência da leitura.
O final é forte e inesperado, mas até essa tentativa de romper o clichê que no primeiro funciona bem, fica soando de modo artificial e esquisito.
De modo geral, não vale a pena e não agrega coisa alguma ao primeiro. Espero que as próximas sequências sejam melhores.
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Sílvia 04/09/2023

Depois de ler As Brumas de Avalon, achei que seria fácil ler A Casada Floresta, pensei!.... Já chorei horrores naquele livro, esse por sua vez será mais fácil. Me enganei, estou arrasada, como um amor que nasce de um momento simplório, pode desencadear tanto sofrimento e angústia. E assim termino esse, como o mesmo efeito do anterior. Arrasada!
Vamos ver o que me aguarda em A Senhora de Avalon!
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