Resenhas - Crescent City

iamdudis 24/06/2022

Tinha tudo para ser épico, mas foi sem graça!
Eu li esse livro em 2020 e nesse ano decidi fazer a releitura porque o segundo livro da série tem conexões com o universo de Acotar (que ainda não está finalizada).

Faz mais de 4 anos que leio os livros da SJM e pela primeira vez não consegui sentir conexão com nenhum dos personagens dela.

Os novos livros são uma compilação de enredo e de romances anteriores da autora... não sei como as pessoas não percebem essa reciclagem ou fingem não perceber. As mesmas frases, personalidades, traumas - e em todos os livros as mesmas repetições de plots. Apostam quanto que vai ter laço de parceria no próximo volume? Apostaria minha casa.

Bryce Quinlan é a heroína nessa história que do nada é uma exímia guerreira que consegue realizar grandes feitos do dia para a noite. Mas claro, porque a SJM não iria transformar a Bryce em uma super poderosa para se igualar com Celaena/Feyre, né?
Hunt Athalar é um substituto para os outros protagonistas masculinos da SJM (Rowan/Rhys) que também foi abusado por uma vilã feminina (Maeve/Amarantha).
Entenderam meu ponto quando me refiro a reciclagem?

É um livro com mais de 800 páginas que acontece tudo e nada ao mesmo tempo. Os personagens são todos perigosos, mas na hora H parece um bando de idiota adolescente cometendo imprudências beirando a burrice. Eu não aguentei o livro todo falando da Danika sendo que os acontecimentos entre ela e a Bryce não tem profundidade alguma e senti 0 emoção com as tragédias que aconteceram na vida da Bryce. Achei a relação dela com o Hunt fraca demais, para mim baseada em apenas luxúria.

Nem preciso dizer o quanto os personagens secundários são superficiais e descritos apenas como lindos e padrões. A linguagem desse livro para mim foi exatremamente vulgar e enfadonha me fazendo passar muita vergonha alheia.

Quando comprei esse livro gastei uma nota também, rs. Na primeira vez que eu li achei legalzinho, na releitura achei ruim, principalmente após ler acosf. SJM parece que perdeu aposta em jogo e teve publicar esse livro, porque não é possível que a mesma autora que escreveu TOG é a mesma dessa série e da continuação de Acotar.

Esta série é para adulto em vez de fantasia YA, no entanto parece que foi feita para jovens com menos de 16 anos (desculpa quem amou).

A construção do universo com magia e tecnologia do século 21 não funcionou comigo. Por que arcanjos e feericos iriam precisar da nossa tecnologia para controlar/observar os outros? Eu hein!

Vamos falar dos pontos positivos? A escrita da SJM é boa no quesito fluidez e com várias teias narrativas que no fim estão todas conectadas. Outro ponto positivo também é a diversidade de povs que ajuda a não se tornar uma leitura monótona e maçante. Gosto bastante das referências mitológicas no livro e das criaturas sobrenaturais, apesar de ter sido uma salada de informações e falta de originalidade da autora em elaborar plots convincentes.

Acredito que se tivesse menos páginas a leitura teria sido mais prazerosa. Vamos ver como será no segundo volume.

Carol Barros 08/03/2020

O dia que a Sarah J Maas entregou tudo que eu não sabia que queria
Vocês querem anjos? Tem anjos, querem fadas? Tem fadas também, querem tritãos? Pode ter certeza que tem , também bruxas, seres fantásticos, celulares,boates e de algum modo tudo isso junto e de um jeito que funciona...

Eu adoro os livros da Sarah, de verdade tanto que fiquei no Pinterest dela por semanas tentando saber o que diabos era esse livro rs . Também acompanhei os forúns, tumblr (Do you know that feeling?) ao mesmo tempo que eu nunca fui cega pra a chatice que algumas histórias se tornaram (~ estou falando de você corte de gelo e estrelas ~) , às vezes eu sentia que a narrativa se perdia muito no romance , ao ponto que de eu achar chato um personagem feito o Rhys (:()).

Enfim, parece que a Sarah também andou lendo por aí os comentários e todas as reclamações do (gigante) fandom dela , tanto que esse livro FALA de amor.

Mas, não só o amor escrito nas estrelas e luar. Amor de amigos, família , irmãos...Bryce é movida por um monte de coisas que não giram unicamente em torno dos relacionamentos dela e isso fez pra mim a narrativa se tornar especial. Fora o fato de ser uma urban fantasy e que ao mesmo tempo que fala de reinados e casas , mistura problemas da vida real (do tipo, "meus amigos sabem o que querem fazer da vida e eu não rs" ) com monstros e anjos sarados voando por aí, do jeito que a gente gosta.

Bryce também não é perfeita, é jovem e fez um monte de burradas , no começo achei ela um tanto chata inclusive com a atitude too cool for school, enfim.Faz parte do charme dela , Hunt também é um personagem bastante interessante, ambicioso , crítico - age muitas vezes sem pensar e se lasca no caminho.

Pra mim foi um livro um tanto lento no começo mas depois "engata" daquele jeito, onde ficamos presos ao ponto de ficar escrevendo uma resenha na madrugada rs e tem tantos twists e twists que a gente pode sair girando por horas.
Agumas coisas não são o que parecem e mais de uma vez eu fui enganada pela narrativa e teve um pouquinho de Deus ex Machina ? Teve sim, mas pra mim não afetou o conjunto de forma negativa.

Enfim, recomendo a leitura desse pequeno monstro a todos os viuvos de trono de vidro , os fãs de urban fantasy e aos seguidores fieis da seita da Sarah J Maas.

Pra mim foi a salvação de uma semana de atestado rs, com certeza vou reler quando lançar a versão em português.
Espero que também gostem !

Taina429 06/10/2020

Cidade da lua crescente
Sarah J. Mass é uma rainha e ninguém pode discordar.

Crescent city é tudo o que os fãs sempre pediram: o universo perfeitamente construído de Trono de vidro e o envolvimento emocional incrível de corte de espinhos e rosas.
O livro não me decepcionou nem por um segundo, o desenvolvimento foi brilhante (como sempre) e deixou no final aquele gostinho de quero mais.
Eu já tinha lido esse livro em inglês ( para ser exata eu terminei ele dia 04/03/2020) e eu já amava, mas quando eu coloquei a minha mão na edição em português foi simplesmente perfeito.

Esse livro vai te deixar destruído, mas você vai amar.

O casal principal me deixou realmente preocupada diante do histórico de casais separados da Sarah ( Choal, Dorian, Sam, Tamlin...)
Eu, como uma fã de carteirinha dos livros da tia Sarah, percebi uma leve influência de Tog e Acotar em alguns pedaços da trama, mas em nenhum momento ela "realmente" citou os livros.
Como sempre a personagem principal é uma mulher super forte e empoderada que luta por tudo.
Estou esperando igual uma louca e fazendo uma teoria mais elaborada que a outra, por alguma notícia dos próximos livros.

LIGHT IT UP

Através do amor, tudo é possível

(Ps: todos os palavrões que ela não deixou a Aelin falar estão nesse livro)

Thamiris 02/03/2022

5/5★
PUT@ MERD@!!!!!!!!

Esses 30% finais do livro fez a nota (que seria por volta de 4 estrelas) virar um 5⭐ completíssimo.

Muito tiro, porrada & bomba! Muita emoção, declaração, descobertas, revoltas....

Por mais que a história tenha sido longa demais (por isso que antes cogitava dar 4 estrelas) e previsível em algumas coisas (é isso aí servos... Acertei quem era o assassino e qual seria o fim do livro), valeu super a pena!

jheuler 07/11/2020

Saraj nos mostra um novo mundo incrível
Bom eu vi muita gente começando a ler Sarah por este livro e eu realmente recomendo que você não faça isso, porque esse é um livro de alta fantasia e que é mais lento que os demais, então se eu pudesse dizer a você comesse por corte de espinhos e rosas que você vai se apaixonar pela autora.
Então vamos falar do livro, primeiro não veja muitas sinopses desse livros, algumas dão um spoiler do capítulo 5 que tem uma enorme reviravolta e é importante para toda a história, então é melhor você descobrir isso junto com a protagonista.
Já que falei nela, que mulher foda, a minha personagem favorita da Sarah, A Bryce tem a sua voz e faz oq ela quer, sem se importar se os outros a chamam de festeira. É a primeira protagonista preta que a autora escreve e essa diversidade foi muito importante. Ela também é uma personagem gorda oq nos tem ainda mais representatividade " ela tinha suas curvas oq a deixava ainda mais linda".
A maioria dos personagens sensualiza a Bryce, mas a meu ver lembrando que não é meu lugar de fala ela fez uma crítica a isso, inclusive ela deu um show em um dos capítulos em que ela diz "não é porque você é um homem poderoso que eu vou querer dormir com você, eu durmo com quem eu sentir vontade".
O protagonista masculino é um cara muito legal, ele carrega suas feridas que vão mostrando aos poucos e vão se entendo.
E um dos meus pontos favoritos em todo livro esse é um livro sobre amizade e luto e ele demonstra que antes de haver qualquer tipo de amor precisa existir uma grande amizade, então esse não é um livro de romance, a Sarah colocou suas cenas mais quentes, mas elas estão muito bem encaixadas e nos lugares certos.
A fantasia é perfeita, ela construiu todo um mundo, que tem as suas origens mitológicas, mas é no mundo atual então eles usam a tecnologia, moram em uma grande metrópole e retrata de temas muito atuais como o uso e abuso das drogas.
O livro tem muitas reviravoltas e todas elas são muito instigantes, apesar de ser um livro enorme eu não achei a leitura arrastada em nenhum momento e as últimas 150 páginas voam de um jeito que você só relaxa quando acabar.
Por último, falemos dos problemas com a tradição, que embranqueceu personagens e emagreceu alguns para deixa-los no padrão. Uma grande parte dos personagens são pessoas pretas, mas a tradução os colocou como moreno, que é cor de cabelo e não de pele, ou com a pele dourada, ninguém tem a pele dourada, a editora prometeu corrigir isto nos e-books e na próxima tiragem do livro. Sobre orientação sexual tem um personagem Gay que é incrível e um casal sáfico, então a Sarah tá colocando mais representatividade oq torna o livro ainda melhor.
Então, concluo dizendo que este é um dos melhores livros da autora e é ainda melhor por ser diferente de tudo que a autora já escreveu.

site: @djeuuler

Lua 16/04/2021

O começo do livro é meio confuso, mas acredito que é comum em qualquer livro de fantasia. Apesar de ser um livro longo, eu fiquei presa nele e lia sempre que dava. Super recomendo!

letty28 26/04/2021

eu tenho até vergonha de falar o tanto que eu chorei com essa releitura. definitivamente meu livro favorito.

Kahbailler 26/09/2021

Simplesmente perfeito !
Sarah J Mass é sem dúvida minha escritora favorita Ever!! O que foi esse livro ?! O melhor livro lido de 2020 , ele marcou uma fase muito boa da minha vida e sempre vou ter um carinho especial por essa história e esses personagens. Protagonista tão maravilhosa, é um crush literário que a Sarah faz como ninguém kkkk. Esse foi o ano que li toda a saga de Trono de vidro e Acotar, amei todos , mas esse tem um cantinho especial no coração !

Debs 12/11/2020

Tentando absorver esse final ainda :O
Bryce e Aelin... Minhas personagens preferidas da vida S2

Erica 09/09/2021

Casa de Terra e Sangue
"Por amor, tudo é possível."

Só tenho uma forma de descrever esse livro: incrível, e ainda assim, não parece suficiente.

O início é um pouco confuso, com vários seres e elementos novos. Mas algumas coisas são descritas aos poucos, ao longo dos capítulos, o que ajuda no entendimento de tudo.

Depois que me acostumei com o universo, os ambientes e os personagens a leitura fluiu muito bem e, principalmente nos últimos capítulos, não consegui largar o livro até acabar.

Mais uma vez a Sarah nos traz um livro maravilhoso, cheio de emoções, reflexões  e surpresas de parar o coração por alguns segundos. Estou muito ansiosa para todas as possibilidades que podem surgir nos próximos livros.

"Vou estar com você a cada passo do caminho, mesmo que não possa me ver. Sempre estarei com você."

Danny 10/10/2020

fantasia urbana que supera as expectativas
Uma fantasia urbana que eu não sabia que precisava até ler. Me lembrou bastante as histórias da Rainha Richelle Mead.

Neste livro temos a Bryce uma semi-feerica, que vai sobreviver a um atentado, e dois anos depois acontece um assassinato que parece estar ligado ao atentado de dois anos atrás; e um Anjo, Hunt, é designado para proteger Bryce e ajuda-la a investigar o caso.

Na historia temos uma Bryce antes do atentado, depois do atentado e após Hunt Athalar. E Temos um Hunt Athalar antes de Bryce e após Bryce. Ambos não estão nem um pouco felizes de trabalharem juntos, mas essa parceria vai mudar ambos, principalmente a se curar do passado.

É um mundo grande e bastante rico em personagens e seres, e eu gostei bastante do universo que a autora criou, mas sinto que ela precisa de um editor ou consultor para conduzir melhor esse mundo, é complexo e confuso e ela precisa ser mais clara e concisa ao descrever seu universo. Se você não pegar um papel e caneta e sair anotando tudo, capaz de se perder devido a tamanha riqueza de elementos e a falta de clareza. Às vezes menos é mais e tudo tem seu tempo para ser abordado.

Eu me senti bastante imersa na história, para mim quase 900 páginas foram nada, o mistério, cada capítulo uma nova pista e um novo elemento para seguir e no final tudo se encaixa exatamente no lugar e aquele final? Eu não esperava e foi sensacional, surpreendida da melhor maneira possível.

Esse é o segundo livro que leio da S.J Maas, e ouvi falar muito da falta de representatividade nos livros dela, e nesse livro temos personagem não brancos que foram totalmente estereotipados. Dá pra se notar claramente o desconforto e desconhecimento da autora ao abordar os personagens. Minha opinião do que adianta ter uma personagem principal incrível e ser altamente sexualizada por ser mestiça e ser chamada de lixo e inferior o livro inteiro? Deixem os autores com sua liberdade para escrever o que se sentem confortáveis. Existem autores e livros para todo mundo, é só ler aqueles que se encaixam no seu gosto e que te representem, se não, temos como resultado Estereotipos, que não representam ninguem.

Esse livro foi quase perfeito, só precisava de uma leves edições pra ficar perfeito, em geral uma leitura que vale super a pena e foi um dos melhores livros que li esse ano.

Quero muito um pet igual o da Bryce.

Isabela Di Ãngelo 29/10/2020

Eu chorei demais!!!!!! ?
Eu chorei tanto nesse livro!!! Comecei a leitura com medo, já que são quase 900 paginas e vi algumas pessoas que não gostaram tanto.Mais se tornou um dos meus favoritos. A Bryce no começo, não me cativou,mas quando ela se mostra de verdade.Ela se torna impossível de não admirar e amar.
De todas as coisas, que eu amei, nesse livro.A força das amizades foi o que roubou meu coração.Vale muito a pena a leitura.Afinal ?Por amor, tudo é possível.?

Bi Sagen 05/12/2020

APENAS LEIAM ESSE íCONE DE LIVRO
Eu já havia lido o primeiro livro de Trono de Vidro e o primeiro de Corte de espinhos e rosas, então achava que já sabia o que esperar. Mas como eu estava enganada!! Sarah se superou e criou um universo complexo, cheio de mitologia e subtramas, repleto de reviravoltas e impossível de largar. Tem fantasia, romance, investigação criminal, que vão se mesclando e criando uma trama que você mergulha a tal ponto de esquecer da realidade.

A primeira coisa a dizer é que amo Bryce e sua ótima construção. Durante todo o livro nos surpreendemos com suas ações, ela não é só a garota baladeira, ela não é só a mocinha altruísta, ela é um combinado de características que lhe dá muita profundidade. E não é só ela que é assim, até os personagens secundários tem várias nuances.

Outra coisa que amei é como nem tudo que parece é. Temos sim mocinhos e vilões, mas eles não são totalmente bons nem maus, há toda uma complexidade envolvida (com uma exceção, mas não quero dar spoiler). Isso torna a história cheia de emoção, porque nunca sabemos ao certo o que está prestes a acontecer. São tantas reviravoltas que as páginas passam muito rápido, e você fica desejando diminuir o ritmo da leitura para que dure mais.

Para os que não são acostumados com fantasia: apenas embarque nesse livro o quanto antes. Para os que tem desconfiança com romance: leiam mesmo assim. Vale super a pena! E eu vou panfletar isso pra todo mundo!!!

Luiza Helena (@balaiodebabados) 24/03/2020

Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/
Há uma frase que Sarah J. Maas repete bastante durante a história; é como se fosse uma espécie de lema de Bryce Quinlan: Through love, all is possible. Essa frase traduzida significa Através do amor, tudo é possível. Pois bem, através do ódio tudo também é possível já que só movida pela força desse sentimento que eu consegui finalizar essa bomba literária.

Esse livro se inicia todo errado desde sua divulgação. Ele está sendo vendido como fantasia, mas deixo aqui registrado que seus aspectos e características são de um romance sobrenatural (como os livros da Irmandade da Adaga Negra). Então se você veio aqui achando que vai encontrar mais uma fantasia arrebatadora, sinto dizer que não vai ser assim...

Um dos poucos pontos positivos desse primeiro livro do que promete ser uma trilogia é a construção do universo. Nesse quesito, eu tiro o chapéu para a SJM que ela sempre soube estabilizar e embasar bem suas histórias. Nesse novo universo, ela pegou o melhor dos elementos sobrenaturais dos livros lançados lá no início de 2010. Você quer vampiro? tem; quer lobisomem? também; quer metamorfo? está aqui. Claramente não pode faltar seus velhos conhecidos feéricos, mas todos esses seres sobrenaturais misturados desperta um pouco de sentimento de nostalgia, lá na época de Crepúsculo e Hush Hush, por exemplo.

Outro ponto forte da autora é a sua escrita. Tendo já lido duas séries da autora, digo com propriedade que sua escrita em terceira pessoa é bem melhor atraente que em primeira. E ainda bem que ela teve a ideia de narrar os acontecimentos aqui em terceira, porque se fosse em primeira, eu tinha pulado desse Titanic naufragando lá no início.

Porém, nem esses dois pontos fortes foram o suficiente para fazer de House of Earth and Blood um bom início de nova série. Enquanto faltou ela explorar cenas que seriam interessantes para o leitor se envolver na história, ela pecou em excesso ao soltar várias informações ao mesmo tempo e enrolar demais até chegar nelas. Foram quase 80% do livro com informações importantes aparecendo depois de capítulos e capítulos em que se revezavam em acontecer vários nadas e Bryce e Hunt se comendo com os olhos e divagando no desejo sexual um pelo outro.

Sobre os personagens, bem… nenhum deles conseguiu ganhar meu apreço, principalmente a protagonista. Bryce Quinlan é uma cópia bastante malfeita de Aelin. Assim como a rainha de Terrassen, Bryce é um tanto arrogante e acha que pode resolver tudo sozinha; a diferença reside no fato que Aelin ainda possuía um carisma e todo uma história para que pudéssemos nos apegar a ela. Bryce simplesmente apareceu aqui como o clichê dos romances sobrenaturais: a mestiça que não tem medo de ninguém, é boa em tudo que faz, toma decisões precipitadas e, claramente não podendo faltar, é a mulher que todos os homens (e algumas mulheres) sentem atração sexual em algum momento.

Já Hunt Athalar é o típico macho da Sarah J. Maas. Conhecido como Umbra Mortis (algo como Sombra da Morte), o anjo caído faz o típico mocinho com ar sombrio e perigoso, um tanto marrento, com um passado dolorido, que todo mundo teme e mudam até de calçada para não cruzar seu caminho, mas só aparecer uma mulher que o desafia e não baixa a cabeça para ele, ela é a “diferentona” que logo desperta seu interesse. A sua construção e motivações são bem mais interessantes que as de Bryce, mas ainda assim não foram suficientes para me fazer importar com ele.

A real é, são tantos personagens que aparecem que eu terminei o livro sem ao menos me importar se alguém iria terminar esse primeiro volume vivo. Há outros secundários que tem um pouco mais de destaque, dentre eles Ruhn (que é uma espécie de cosplay melhorado de Aedion), mas nenhum deles tem um desenvolvimento suficiente para fazer ganhar algum apreço.

Quanto ao desenvolvimento da história, foi aquilo que falei lá em cima. Muitos capítulos de enrolação e enrolação; narrando os dias de Bryce no trabalho, narrando Hunt vigiando a garota (alternando em ficar obcecado pela cor das calcinhas que a moça usa). Em certos momentos a uma quebra quando algo realmente de importante na trama aparece, mas logo em seguida são capítulos e capítulos de mais enrolações e enrolações.

Já o desenvolvimento do relacionamento entre Bryce e Hunt, eu senti que estava lendo Rowaelin tudo de novo. Conversas parecidas, provocações parecidas, até situações para criar um certo laço entre os dois parecidas. No fim das contas, como a Denise (Queria Estar Lendo) comentou em vários dos surtos que tive com ela (mesmo abandonando o barco), ela escreveu Aelin e Rowan novamente, mas deu ruim.

Outro ponto que achei bem péssimo da autora é a abusiva quantidade de drogas que ela coloca para a personagem principal usar (sim, Bryce Quinlan) em seus momentos recreativos. Bryce é conhecida como uma garota festeira que usa e abusa de narcóticos e álcool que, particularmente, achei um desserviço da autora reforçar esse estereótipo. Por exemplo, eu sou uma pessoa que gosto de sair para balada e me divertir com meus amigos, de vez em quando tomar aquele drink socialmente, mas nem por isso saio enfiando no corpo alucinógenos ou qualquer outra substância.

Sarah J Maas é bastante criticada pela sua falta de representatividade, tanto racial quando lgbt+, em seus livros. Foi dito que esse livro seria diferente, com alguns personagens que se encaixessem nesse perfil. Pois bem, o laudo médico da pessoa que falou isso é surtado. Sim, há alguns personagens que ela frisa bem que seu tom de pele é dark/light brown skin (geralmente como os autores internacionais descrevem negros) e até insinuações de relações lgbt+, mas ficou somente nisso, insinuações. É fácil falar que um personagem aleatório qualquer é negro e dizer que isso é representatividade. O próprio Hunt, que no início do livro é descrito como tendo uma pele mais escura, ao longo da história foi sofrendo uma espécie de goldwashing, expressão criada nesse exato momento para englobar quando o autor diz que o personagem tem a pele num tom bronzeado.

Voltando à história, foram um pouco mais de 70 capítulos, praticamente 80% do livro, para que realmente algo acontecesse e a história se tornasse um cadinho interessante. E se tornou interessante outras duas vezes, as quais ela poderia ter usado a oportunidade e terminar o livro nelas, mas não. Ela continuou arrastando e arrastando por mais 30 capítulos, onde tudo se resolveu de forma um tanto preguiçosa e farofenta num mal sentido.

Sarah utiliza daquele velho artifício deus ex-machina, onde Bryce é a mais corajosa, a mais destemida, a mais poderosa, e outros tantos mais que existem por aí. Até o grande vilão e todo aquele velho discurso explicando o que fez e porquê o fez me deixou revirando os olhos da forma cansada que foi desenvolvido. O pior de tudo é que nada do que foi desmentido me surpreendeu, visto que estava basicamente jogado na cara do leitor as possíveis reviravoltas que estavam por vir.

Ainda bem que, ao final de muita tormenta, dezesseis dias de leitura, 97 capítulos e um epílogo, finalmente fui liberta desse cativeiro. O epílogo era para ter o papel de deixar aquele mistério no ar e deixar o leitor ávido pela continuação, porém não foi bem assim que aconteceu comigo. O final do capítulo 97 pode ser tomado como o final da história de Bryce, Hunt e todos os habitantes de Crescent City e assim que o fiz.

House of Earth and Blood poderia muito ter sido condensado em um livro bem menor e ainda assim ser um bom início de série. Infelizmente não foi assim que aconteceu e eis que dou por encerrada toda minha experiência em Crescent City e em tudo mais que Sarah J. Maas quiser inventar nessa sua nova série.

site: https://www.balaiodebabados.com.br/2020/03/resenha-497-house-of-earth-and-blood.html

beatriz 12/02/2022

the third time is the best
não importa quantas vezes eu leia esse livro e que eu ache que não posso gostar mais... eu me engano. eu amo amo amo amo essa história, amo como ela é uma viagem louca que deixa a gente enlouquecida por conta dos mistérios e das perguntas sem respostas. amo a bryce, amo o hunt, amo os personagens secundários. TUDO! cada vez que eu leio é uma surpresa igual mas diferente. choro sempre. sofro sempre. e sempre quero voltar. TO PRONTISSIMA PRO SEGUNDO LIVRO!