Resenhas - Gale Banks e as Irmãs Brontë

Babi 24/04/2021

Amor e ódio kkkk
O livro e a escrita são incríveis, quero deixar claro que os motivos pelos quais dei essas estrelas foram meramentes pessoais e totalmente opinião minha.

Eu achei uma história bem cativante durante todo o processo de crescimento da personagem principal, a independencia, os pontos pelos quais escrevia, a busca pela verdade e justiça, assim como toda a história falimias com as primas por trás de todo o desenrolar da história.

A sociedade e a política aqui, todo o meio histórico baseado em fatos tbm me encantou, no entanto encontrei alguns pontos que me incomodaram durante a história.

Por uma questão pessoal, também não gostei do desfecho do casal, acho que o reencontro não me cativou e não foi como esperei, creio que pela forma como aconteceu que não achei nada justo com os personagens secundários.

Gostei do desfecho dos pais e te toda a história por trás das dúvidas, achei muito bem construído.

Luciana Klanovicz 05/12/2020

Para quem gosta das irmãs Brontë assim como eu
Vou começar minha resenha pelo aspecto que mais gostei: a interação da personagem fictícia Gale Banks com a família Branwell. Que experiência maravilhosa ter conhecido uma obra com tamanho cuidado com a linguagem, com a ambientação histórica e com as biografias das famosas irmãs Brontë. Foi como entrar naquela casa e conviver com as especificidades das autoras amadas por muita gente, assim como eu. Preciso dizer que adorei cada momento em que as irmãs e sua família atravessaram a trajetória da protagonista.
Gale Banks é uma personagem icônica, embora pareça à frente do seu tempo, ela carrega os desejos e angústias que muitas mulheres poderiam ter em meados do século XIX. A grande questão é que teve, além de uma personalidade tenaz e corajosa, uma rede de apoio e também de privilégios de classe e raça. Acompanhar seu crescimento pessoal e amadurecimento que levaram a um status de independência foi bonito de ver.
Destaco também a boa trama paralela na Nova Gales do Sul que apresentam outra perspectiva e nuances sobre o interesse romântico de Gale, Frank Scott.
Escolher um final para um livro é como dar um salto no escuro, mas é um salto sobretudo de quem o escreveu. Assim meu único porém foi não saber onde a história de Gale Banks terminava de acordo com a autora (por isso não favoritei). É bom lembrar que muita gente gosta de escolher o final do livro, então se você gosta de ter esse poder vai adorar um dos finais, certamente.
Gabriela Maya se coloca no livro de maneira poética e de quebra apresenta um texto repleto de um espírito livre tornando a experiência de leitura num momento inesquecível.

Recomendo especialmente para quem é fã dos clássicos da literatura inglesa e das Irmãs Brontë, assim como eu.

M.K. Greece 25/03/2020

[INTERPRETAÇÃO PLATÔNICA DO LIVRO: GALE BANKS E AS IRMÃS BRONTË]
Interpretação e Reflexão Por: M.K. Greece

Autora do Livro: Gabriela Maya

Rio de Janeiro dia 25 de março de 2020

Mas uma vez de forma humilde e modesta procuro descrever a magnífica experiência de apreciar a escrita da autora Gabriela Maya, fazendo uso de palavras que talvez não sejam capazes de mensurar o seu talento inigualável, além de sua sensibilidade extra-sensorial (que ultrapassa a percepção comum dos sentidos). É uma experiência de leitura completamente diferente, por que a autora Gabriela através do livro: GALE BANKS E AS IRMÃS BRONTË e também de suas outras obras, procura não só descrever e discorrer a sua Ficção Histórica, a qual desenvolve primorosamente, mas homenageia gloriosamente a personagem que escolheu para glorificar. E que glória! Como uma druidesa que faz uso das forças e essências puras da natureza, a autora Gabriela lança o seu feitiço e cria entre nós e os personagens um laço de intimidade profunda, que nos aproxima das figuras em questão de maneira tão surpreendente que não somos mais capazes de dizer que não conhecemos Gale Banks.

Essa escrita mágica nos envolve de forma tão arrebatadora que a nossa percepção sobre Gale Banks e de que ela é nossa parenta ou vizinha de corredor. A autora Gabriela consegue humanizar os personagens de maneira sutil e ao mesmo tempo plena. Em meio a nossa leitura não percebemos esse mecanismo introdutório que cria a materialização da personagem desenvolvendo em nossos cérebros a construção praticamente neurológica dos seus sentimentos, fomentando psiquicamente a projeção da atmosfera social onde os mesmos vivem, a ponto de crermos nessa hipotética existência. Como um barqueiro que conduz a sua barca ao por do sol pelo sopro de um vento acolhedor, a autora Gabriela nos conduz pelas páginas do seu livro em meio a uma viagem muitíssimo agradável. Quando percebemos já estamos envolvidos com a história de tal maneira que não é mais possível recuar. A escrita mágica transforma Gale Banks em uma pessoa da nossa intimidade e esse vínculo se torna tão forte que desejamos saber se ela esta bem e como terminara a sua jornada. Até mesmo torcer esperançosamente pelo seu sucesso.

Como podemos não conhecer essa história? Ao decidir nos contar essa história à autora Gabriela abre o leque do tempo. Ela nos mostra de forma nítida um momento muito importante da história da literatura, que jamais pode ser esquecido. Gabriela nos oferta um grande presente, que é o senso crítico da realidade literária. As irmãs Brontë viveram em uma época difícil, em que as mulheres não podiam decidir o seu próprio destino. Eram vítimas do sistema do patriarcado passando parte da vida vivendo sobre as regras do pai e a outra metade sobre as regras do marido. A mulher desse tempo não podia decidir o seu próprio destino. Com muita luta Charlotte, Emily e Anne em 1845 começam a sua hercúlea jornada para publicar os seus primeiros escritos. Foram desencorajadas a escrever pelo poeta Robert Southey. Mas elas não se deixaram abater e continuaram a sua luta. Encontraram uma pequena editora de Londres, a Aylott & Jones, que aceita publicar seus poemas, mas ele vende apenas 3 cópias.

Tendo ciência sobre o ferrenho machismo que atingia a sociedade literária britânica daquele tempo, as irmãs Brontë assumem pseudônimos masculinos, passando a serem conhecidas pelo título de IRMÃOS BELL. Só depois de fazer uso dessa estratégia que os livros: JANE EYRE (De Charlotte), WUTHERING HEIGHTS (De Emily) e AGNES GREY (De Anne) foram bem recebidos pela crítica, tornando-se um sucesso comercial. Inclusive muitos autores da época acreditaram que as histórias foram realmente escritas por homens. A história das irmãs Brontë não se resume apenas a um relato de uma experiência isolada da história da literatura mundial, mas de fato é o retrato fidedigno dos obstáculos que todos os seres humanos têm de enfrentar quando decidem ir à busca dos seus sonhos, ignorando os tabus e as regras sociais que limitam o nosso desenvolvimento, nos transformando em máquinas que se obrigam a colher frutas pela manhã, vendendo-as a tarde e ao final do dia, com o pouco que conquistou paga os impostos cobrados pela família e pelas autoridades. E a noite ao deitar na cama fria o que resta para nós depois de ofertamos tudo que temos a família e as autoridades?

A autora Gabriela, nos oferta um rico presente de conscientização e a nossa forma de agradecer é lendo cada página como alguém que saboreia o mais refinado e suculento dos doces. Através de sua história a autora Gabriela nos permite perceber os dilemas e enfrentamentos travados por seus personagens, que acabam por refletir as reais dificuldades humanas. É justamente esse toque de representatividade que a autora inseriu sobre a sua obra que nos dá a forte sensação de crer que essa é a nossa história. A autora Gabriela nos apresenta esse rico relato através da personagem fictícia Gale Banks. Uma jovem linda, encantadora, inteligente, astuta e rica, herdeira da Família Banks, donos de uma rede bancária. Gale foi criada em meio ao círculo da alta sociedade londrina. A história se passa entre o período de transição de poder entre os monarcas Guilherme IV (1830 a 1837) e Alexandrina Vitória (1837 a 1901). Vivendo na Inglaterra, o país mais rico de toda Europa e sendo de uma família aristocrática a jovem Gale não tinha consciência das dificuldades que o povo do seu próprio país enfrentava.

Porem apesar disso, ela desaprovava o seu círculo social por considerar as pessoas muito artificiais, que vivem apenas para preservação da imagem, sem se importar com as verdadeiras virtudes. Por isso ela se tornou apaixonada pelos campos do condado de Devon onde fica a propriedade rural de sua família, as terras da bela e formidável Magnólia Fields, que era coberto por belas flores de mesmo nome. Ali a vida parecia ser mais simples e as pessoas eram mais afáveis e simpáticas. Gale foi criada por seu pai com as liberdades de um homem, por que sua esposa perdeu os dois primeiros filhos e a filha querida foi o único descendente que lhe restou. Herdeira de uma fortuna incalculável, a jovem Gale tinha muitos pretendentes e gostava de flertar com rapazes atléticos. E o seu preferido era o jovem Frank, rapaz alto e forte, a qual ela comparava ao porte do próprio Hércules e para piorar essa descrição encantadora, ele era um oficial da marinha britânica.

Montada em sua égua Savana a jovem Gale passa a cavalgar com o belo e encantador Frank pelas ruínas da fortaleza celta de Hillsborough e no passo desse galope os dois se apaixonam. Porem o senhor Banks é contrário a essa aproximação e força o rapaz a se afastar, obrigando Gale a aceitar o cortejo de William, um pretendente indesejado que tem hábitos sinistros. Gale e Frank lutam por esse amor, mas o destino os afasta. As dores da morte e as aflições da doença que cai sobre a casa dos Banks, separa essas duas almas gêmeas. E pra piorar, a marinha britânica obriga Frank a partir para Nova Gales e Gale foge do casamento com William, procurando refugio na casa dos parentes de sua mãe, sendo acolhida pelo reverendo Patrick Brontë que vivia na vila de Haworth, em Bradford, onde lá ela conhece suas primas e ao lado delas vive experiências transformadoras a qual jamais poderia imaginar viver um dia. MAS UMA VEZ DEIXOU A TODOS OS LEITORES (RAS) O MEU HONESTO TESTEMUNHO SOBRE A RIQUEZA DESSA OBRA E DA HISTÓRIA QUE ELA NOS RELATA. GALE E AS IRMÃS BRONTË TEM UM PRESENTE PARA VOCÊ LEITOR (RA) E PARA DESCOBRIR O QUE É VOCÊ PRECISA LER CADA UMA DESSAS PÁGINAS, ABRINDO OS VÉUS DA SUA MENTE PARA O ENCANTO DESSA HISTÓRIA.

[CONSIDERAÇÃO FINAL]
Gabriela, depois de ler suas duas primeiras obras o que eu ainda poderia lhe dizer de bom? Será que como um tecelão eu já teci todos os elogios sobre sua escrita? É um verdadeiro deleite poder apreciar cada passo do desenvolvimento das histórias a qual você encantadoramente nos conta. É sim um encanto ler cada página do seu livro, por que além de instruir, divides conosco o teu bem querer e isso é o que tu nos reserva de melhor. Diante dos seus livros somos como moscas que ficam freneticamente rodeando o pão açucarado. E uma vez que provamos o doce desse açúcar, nos tornamos devotados a esse prazer, tanto que voltamos todos os dias para ver qual será o próximo pão açucarado que saíra do teu caloroso forno de criações apoteóticas. Finalizando a minha consideração cito a você uma frase de Lúcio Aneu Sêneca: “DAR UM LIVRO É, ALÉM DE UMA GENTILEZA, UM ELOGIO”. Obrigado Gabriela por ter me presenteado com o teu primeiro livro, pois graças a ele pude conhecer a sua escrita e me sentir agraciado por contemplar a tua obra prima.

site: https://www.livrariaforadacaixa.com.br/gale-banks-e-as-irmas-bronte

Anaté Merger 21/11/2018

Uma viagem no tempo
Escrito em primeira pessoa, Gale Banks e as irmãs Brontë é um mergulho no cotidiano e nas almas dessas grandes escritoras inglesas. Através da voz de Gale, uma prima afastada, vamos aos poucos descobrindo a vida de família, os medos, amores e outros detalhes curiosos das autoras dos grandes clássicos como Jane Eyre e o Morro dos Ventos Uivantes. Mas não se engane, o livro não é uma biografia apesar de muitos personagens e fatos serem reais. As linhas de Gabriela nos trazem um romance daqueles que amamos, com idas e vindas, encontros e separações e incríveis dois finais. Você escolhe o que lhe convém em um verdadeiro presente da autora.

Drica Bitarello 12/09/2019

Encantador e surpreendente.
A capacidade de surpreender é uma das principais qualidades que, em minha opinião, transforma um livro numa experiência inesquecível. Outra delas é a intensidade da narrativa, seu condão de nos transportar para dentro dela, de tornar a experiência da leitura algo multissensorial. Em “Gale Banks e as Irmãs Brontë”, Gabriela Maya, que já havia me surpreendido (e conquistado) em “Inês não está morta”, conseguiu novamente me arrebatar com sua escrita.

Dona de um talento inegável e de uma profunda sensibilidade, Gabriela nos conduz pela verdadeira saga que é a trajetória da jovem herdeira Gale Banks, filha única de um banqueiro inglês, criada no campo sob uma redoma de cuidados e educada de forma esmerada. A jornada da moça, seu crescimento como ser humano, suas descobertas, desilusões, desventuras e conquistas são costuradas em cenas construídas com delicadeza e, ao mesmo tempo, com uma carga emocional tão intensa que é impossível não vivenciarmos suas dores e suas glórias.

Em pouquíssimas obras eu pude acompanhar uma personagem que tem um crescimento tão consistente e tão profundo quanto o de Gale Banks. Sem recorrer a cenas excessivamente dramáticas — aquelas pirotecnias num enredo que vez ou outra nos seduzem enquanto autores — Gabriela Maya conduz a ingênua Gale através de uma teia de pequenos acontecimentos que, somados, fazem da jovem herdeira uma mulher de fibra, disposta a conquistar seu lugar numa sociedade extremamente conservadora. Com discernimento, coragem, perseverança e muita dignidade, Gale reconhece seus erros, suas fraquezas e se dispõe a aprender com suas primas, as ainda (à época) anônimas Anne, Emily e Charlotte Brontë. Nesta charmosa e bem construída ficção histórica, as Brontë são as primas da nossa protagonista, uma parte de sua família materna da qual ela foi deliberadamente afastada. É na distante Haworth, nos braços das primas e da tia Elizabeth que Gale, após rejeitar o destino imposto pelo pai, encontra apoio e inspiração para se tornar mulher.

Apesar do romance de Gale Banks com o jovem Frank Scott ser o ponto de partida de sua jornada, eu não o reconheço como fio condutor da trama. É Gale quem brilha como heroína absoluta na escrita de Gabriela. Aliás, a autora, além de inserir na trama personagens reais — algo delicado e que requer muita pesquisa —, ainda flertou corajosamente com um tema tabu sem, contudo, tornar esse o foco de sua narrativa. Ele está lá como um fato a ser resolvido na trama. Ponto.

Embora Gale Banks seja a heroína do livro, acredito que a protagonista dele foi a Amizade. Da profunda devoção de Ethel à sua patroa e amiga, passando pela conexão que Gale desenvolve com cada uma das suas primas Brontë até sua relação de parceria com Julie McLain, em cada etapa do caminho de Gale é a amizade que abre portas, descortina segredos, estende a mão e a ampara.

Numa narrativa que alterna entre primeira e terceira pessoas, — na voz da protagonista e de um narrador onisciente, respectivamente — a autora consegue elaborar um painel completo e complexo do início da Era Vitoriana. Sua reconstrução da época permeia o texto de informações que se entrelaçam à narrativa de forma muito natural, fugindo ao didatismo sem, no entanto, ceder à tentação da indiscriminada “licença poética”. Suas informações são precisas sem ser pedantes. E sua escrita, repleta de lirismo, principalmente quando a narradora é Gale Banks, nos leva ao íntimo dessa personagem tão rica.

O final do livro é surpreendente e emocionante. O recurso da autora, de criar dois “capítulos finais”, um deles dedicado às irmãs Brontë, foi absolutamente criativo e fechou com brilhantismo a trama. Confesso que fiquei com um nó na garganta ao virar a última página do livro. (Uma edição lindamente diagramada e acabada, aliás, pela editora Fora da Caixa). Fui fisgada pelo universo criado por Gabriela Maya e dificilmente esquecerei essa história. Definitivamente entrou para meu hall dos favoritos.


site: http://catalivrosromances2.blogspot.com/2019/09/nacionais-23-gale-banks-e-as-irmas.html

Evelice.Neves 03/11/2020

Maravilhoso
Quando coloquei essa leitura na frente de tantas outras, estava na expectativa de imergir na vida das irmãs Bronte, de quem sou fã, e confesso que deixei de lado a primeira parte do título do livro: Gale Banks. Talvez por isso, a leitura tenha demorado um pouco para engatar, para que eu me conectasse. Ocorre que depois de largar e retomar a leitura umas duas vezes, permaneci firme e não me arrependi: Gale Banks me conquistou. Sim, vemos as irmãs Bronte e conhecemos um pouco de suas personalidades e da dinâmica da família. Mas, de fato, a história é sobre Gale Banks. Uma mulher forte, que não se dobra a costumes e a ordens, mas sofre pelo amor que a vida (e algumas pessoas) levou para longe.
Torci muito por sua felicidade, para que os dois ficassem juntos. Um tempo depois, torci para que ela encontrasse um novo amor, com menos problemas e impedimentos. Gale merece ser feliz! Mas confesso que não gostei do final… A felicidade deles teve um preço que eu, leitora-romântica-incorrigível, não gostei. Embora tenha entendido o contexto todo (da separação ao reencontro), mas poxa, poderia ter sido diferente…
Esse livro é um romance de época e um verdadeiro fan service para os amantes das irmãs Bronte e suas obras. Amei ver como a família Bronte recebeu a prima distante com amor e boa vontade. Um plus: a história tem tem dois finais e você pode decidir o que fica melhor para você.

Ana Elisa Dotta Maddalozzo 03/01/2021

Resenha Gale Banks e as Irmãs Brontë
Nesse romance de época escrito pela talentosíssima Gabriela Maya, acompanhamos a vida da jovem Gale Banks, filha de um proeminente banqueiro britânico que decide seguir seu próprio caminho após fugir de um noivado indesejável e de um amor impossível.

A autora soube mesclar com maestria a identidade de personagens fictícios, como a protagonista, e ilustres personagens históricos, como as irmãs Brontë. Somos apresentados a um contexto histórico dissecado com esmero, desde a transição de poder entre Guilherme IV e a Rainha Vitória, até as violentas ocupações inglesas na Austrália. Além disso, a participação das mulheres na sociedade da época é explorada, mostrando que o sexo feminino possuía a única e exclusiva função de gerar e gerenciar uma família. Destoando dos costumes pré-impostos, Gale decide explorar seus dons para a escrita e funda um jornal com o intuito de transmitir ao povo uma crítica à realidade que os cercava.

A presença de Elizabeth, Anne e Charlotte Brontë nos transporta diretamente para o lar das ilustres escritoras, que possuem personalidades distintas e cativantes. Gabriela descreve Gale como uma das primas da família, levando-a a enxergar seu próprio valor e resiliência após passar um tempo entre seus consanguíneos. A amizade entre as meninas é um dos pontos altos da história, mostrando a sororidade verdadeira que as envolvia.

Recomendo essa obra excelente a todos que desejam se inteirar de um período em que os sonhos de uma garota à frente de seu tempo pareciam improváveis de serem realizados. Contudo, com muita garra, determinação e persistência, percebemos que mesmo os mais loucos dos desejos podem se concretizar.

Aline Silva 16/12/2021

Como uma leitora apaixonada pelas irmãs Bronte não pude resistir quando vi este livro com esta capa lindíssima e a proposta de falar um pouco da vida das minhas autoras favoritas: Charlotte e Emily (admito que não me encantei com os livros de Anne).
Numa mistura de ficção e realidade Gale Banks nos relata sua trajetória e como encontrou abrigo na casa de suas primas Bronte depois de recusar e fugir de um casamento vantajoso mas que não traria felicidade para ela.
Assim como as irmãs Bronte é também através da escrita que Gale consegue sua independência.

Cláudia - @diariodeduasleitoras 31/12/2019

Gale Banks e as irmãs Brontë
"Filha amada, não permita que nenhum homem determine o seu destino. Nem mesmo seu pai. Respeite-o, mas acima de tudo conheça o seu gênio e a sua natureza."

Sou uma apaixonada/louca/alucinada pelas Girls Brontë! Então, imaginem a minha carinha de satisfação ao me deparar no Kindle Unlimited com essa obra linda que a querida Gabriela, autora nacional, fez para homenagear uma das meninas Brontë.

No 200° aniversário de nascimento de Emily Brontë, Gale Banks e as irmãs Brontë homenageia não apenas esta brilhante escritora inglesa, mas também suas irmãs: Charlotte e Anne. Os fatos reais da vida dessas famosas escritoras se mesclam com os de Gale Banks, uma prima desconhecida das filhas do reverendo Patrick Brontë, nascida em um berço de ouro e totalmente alheia ao que a cerca. Tais fatos serão narrados pela protagonista ficcional que irá ao encontro de sua família, em Haworth, após escapar do futuro escolhido para ela. Em meio à transição de poder entre o rei Guilherme IV e sua sobrinha Vitória, costuram-se as vidas desses personagens fictícios e reais, históricos e anônimos na Londres que está sendo talhada, sem saber, através de uma era conhecida como Era Vitoriana.

A edição é uma gracinha, cheia de detalhes do jeitinho que amamos. E no fim do livro somos surpreendidos com 2 'capítulos finais', nos quais um deles é dedicado às irmãs Brontë, absolutamente criativo! Este foi meu primeiro contato com a escrita dela e eu adorei! Me senti dentro da casa e rotina das irmãs Brontë junto com a querida Gale Banks. Uma história que trouxe um quentinho não só para meu coração, mas certamente para todos os fãs das eternas e amadas Brontë Sisters!

Ps: Gratidão querida Gabriela, não só pela história mas pelo exemplar autografado. Ele tem um lugar especial na minha estante. Foi um prazer conhecer vc e sua obra.

"O perigo de conhecer pessoas especiais é ter de viver uma boa parte de nossas vidas sem encontrar outras como aquelas."

Clarissa 16/01/2020

Gales Banks é uma jovem rica que só perder a mãe, encontra a felicidade ao se apaixonar pelo jovem Frank, que também lhe ama. Tudo parece perfeito, até que o rapaz some... E nesse meio tempo o pai de Gale providência um noivado. Além de amar outro, a jovem descobre coisas em relação ao seu noivo, motivando uma fuga.
Gale foge para o interior da Inglaterra, ela vai para a casa de seus parentes maternos, até então desconhecidos.
Nesse lugar, conhece suas primas, as irmãs Brönte e demais da familiares.
Ela é acolhida, recebe afeto, atenção... Mas também foi nessa casa, que Gale vai descobrir um secreto, que mudará tudo na sua vida.
Está é a história de mulheres que em nome de um sonho, quebraram barreiras, fugiram do esteriótipo de frágeis, se entregaram de corpo e alma... sem medo de julgamentos.
O grande protagonista é o destino, que brinca, surpreende, separa, junta... além de fortalecer em meio ao caos.

Sarah 21/10/2020

Eu peguei esse livro pra ler sem ter visto a sinopse direito, acreditando ser um romance de época qualquer mas caramba... Ele é muito mais que isso.

A narrativa é muito envolvente, é pra ler muito rápido mesmo. É um livro que mistura romance com ficção histórica, sempre tomando um cuidado impecável pra manter a verosemelhança com a época. Sinto que muitos dos livros que se passam em um tempo mais distantes tentam fazer mulheres revolucionárias e muito a frente do seu tempo, uma visão que na verdade é muito atual, não condiz com a época. O conceito de uma mulher revolucionária e transgressora na época vitoriana não é o mesmo conceito do século XXI e isso é importante de lembrar na hora de escrever um livro antigo. Gale foi a melhor personagem que eu já li nesse aspecto. Não é uma personagem perfeita, liberta e irreal.

Apesar de entender a importância de contar a história do Frank, eu ficava sempre desinteressada nos capítulos sobre ele, querendo sempre continuar lendo sobre a Gale, essa personagem que me cativou tanto. Ao longo da história tem muito desenvolvimento e amadurecimento dessa protagonista, ela vai mudando toda a sua forma de pensar o mundo.

No geral não gosto de livros com mais de um final mas esse eu gostei dos dois finais, achei que couberam muito bem na história.

Isabella.Wenderros 08/04/2020

Gale Banks e as Irmãs Brontë

Gale Banks é a filha única de uma rica família de banqueiros. Desde cedo criada para olhar além do pequeno mundo reservado às mulheres no século 19, se torna alguém com fortes opiniões sobre a falta de liberdade e direitos reservados ao sexo feminino. No leito de morte da mãe recebe como herança um conjunto de cartas trocadas entre ela e sua irmã, Maria Branwell Brontë, de quem Gale jamais ouviu falar, além de um último conselho para que sempre siga seu coração e nunca permita que nenhum homem domine seu destino. Desse ponto em diante nós vemos um jovem mulher que viveu rodeada de cuidados durante toda a sua vida descobrir, aos poucos, força e determinação dentro de si.


Quando Gale se vê apaixonada por Frank Scott, um rapaz não aprovado pelo pai, e com um casamento marcado com alguém por quem não nutre nenhum sentimento, ela decide que está na hora fugir e conhecer a sua família materna que ficou escondida durante tantos anos. É assim que vamos parar em Haworth e conhecemos os Brontë. É lá, rodeada pelo amor e carinho daquela família, que a nossa protagonista toma em definitivo as rédeas de sua própria vida.

A mocinha desse livro é alguém à frente de seu tempo, que trabalha para conseguir independência financeira, viaja sozinha ao exterior, se permite um relacionamento amoroso breve sem expectativas de casamento e enxerga toda hipocrisia e ambição desmedida na sociedade que a cerca. Outro ponto positivo é o lado B dessa história que se passa em Nova Gales do Sul, na Austrália. Através da vivência de Frank nessa parte do mundo, somos apresentados ao modo desumano com os nativos da região são tratados, sem nenhuma espécie de direito pela Coroa Britânica.

Como a autora nos conta em sua nota final, “Gale Banks e as Irmãs Brontë” foi escrito para participar do 3º Prêmio Kindle de Literatura e é preciso elogiar o trabalho de edição, que é lindíssimo. Muitos livros publicados por grandes editoras não trazem tantos detalhes bonitos para os consumidores como esse. Devido ao título, imaginei que talvez a Gale perdesse o protagonismo da história e fosse ofuscada pelas brilhantes Anne, Charlotte e Emily, mas não é o que acontece. Todas as mulheres da família Brontë, incluindo tia Elizabeth Branwell, formam uma rede de apoio e confiança onde a personagem principal pode se apoiar durante toda a narrativa. O relacionamento amoroso entre Gale e Frank não me agradou, ao contrário, me incomodou profundamente em alguns momentos e torci para que ela encontrasse outra pessoa para dividir sua vida, como sonhava. Acredito ter sido a primeira vez que li um livro com finais alternativos e preciso dizer que não gostei de nenhum dos dois. No 1º, fiquei com uma sensação ruim por todos os envolvidos na história, como se de fato não fosse um final; já no outro, senti que a autora desejou dar uma conclusão feliz ao casal principal, mesmo à custa de tantas outras pessoas e também não me agradou. Entretanto, recomendo a leitura para quem quiser ler um livro curto e com uma protagonista corajosa.