Pandora 16/12/2018
A melhor coisa da "Mulher-Maravilha dos Novos 52" é a arte. Gosto muito mesmo do trabalho realizado pelo Cliff Chiang e pelo Goran Sudzuka, mas o roteiro do Brian Azzarello apesar de ser muito fluido, de fácil leitura e gostoso de ler não me agrada.
Azzarello constroe um história na qual a Diana é sistematicamente desconstruída ao ponto de transformar a Princesa das Amazonas cuja missão é ser uma pacifista numa Deusa da Guerra. Nem vou comentar o quão desagradável é ver a protagonista da história está sempre sendo cercada e ajudada por homens como se apenas a força somada das mulheres não fosse suficiente para realizar proezas.
Falta a Mulher-Maravilha uma roteirização feita por uma mulher que entenda na pele o que é ocupar um lugar tradicionalmente ocupado por homens, o que é crescer cercada por mulheres, o que é ser mais forte que muitos homens, o que é ter consciência da necessidade de proteger e se unir as mulheres em situação de fragilidade social para lutar contra o patriarcado em busca de um mundo mais justo e equilibrado.