Lá não existe lá

Lá não existe lá Tommy Orange




Resenhas - Lá Não Existe Lá


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Izabella.BaldoAno 29/02/2024

Em Lá não existe lá acompanhamos, através de uma fragmentada e gradativa revelação, a trajetória de indígenas urbanos estadunidenses, que vivem geograficamente entre o estado de Oklahoma e a cidade de Oakland, situada no estado da Califórnia. há, aqui, neste processo de revelação, muito que não se desvela completamente, sobretudo nas marcas das incontáveis violências vividas por cada uma destas personagens, individual e coletivamente. a verdade é que, num plano simbólico, todas elas ocupam um mesmo espaço: o não-lugar.

cada capítulo nos apresenta a perspectiva de uma personagem, narrada em primeira, terceira ou até em segunda pessoa. entre as mais variadas perspectivas, temos aqui aqueles que buscam compreender seu passado para entender a si mesmos, aqueles que negam o pertencimento a um grupo étnico constantemente violentado, aqueles que se fortalecem através de seus pares e aqueles que simplesmente não sabem aonde ir, mesmo que ?aonde? não seja um lugar, mas sim um tempo ? ou, quem sabe, uma pessoa. e, ao ocuparem um não-lugar, todas estas perspectivas lidam, de alguma forma, com ausências. a ausência de conforto, de segurança, de dignidade, de possibilidades, de afeto. todos estão lá, onde não existe lá.

a princípio desconexas, todas as histórias apresentadas ao longo da narrativa têm importantes elos de ligação. o mais difícil, para mim, foi apreender as informações necessárias para estabelecer estes elos, já que há tantas personagens importantes. da mesma forma, com tantas personagens, tive dificuldade de me conectar com cada uma delas. mas acredito que a pluralidade seja, apesar da minha experiência individual, um ponto fortíssimo na construção da história. é como uma teia de aranha que, segundo a própria narrativa, ?é um lar mas é também uma armadilha?.
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Michelle 29/02/2024

Lá não existe Lá
Entre eles está Jacquie Red Feather, recentemente sóbria e tentando voltar para a família que deixou para trás. Dene Oxendene, recompondo sua vida após a morte de seu tio e trabalhando no pow-wow para homenagear sua memória. Orvil, de quatorze anos, vem apresentar dança tradicional pela primeira vez.
Juntos, este coro de vozes fala da situação dos nativos americanos urbanos ? lutando com uma história complexa e dolorosa, com uma herança de beleza e espiritualidade, com comunhão, sacrifício e heroísmo.
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Oceano 11/02/2024

Um livro com um grande potencial, totalmente desperdiçado.
Lá Não Existe Lá me chamou bastante atenção alguns meses atrás, quando eu o comprei. Talvez pelo título, que eu achei enigmático, talvez pela capa, que é bem bonita, ou talvez pelas cores, que me chamaram bastante atenção.
Eu esperava uma coisa mais Young Adult, uma narrativa sobre jovens ficcionais e suas vivências, mas o que eu recebi seria bem melhor: Own Voices, falando sobre índios urbanos da realidade estadunidense. Aqueles que não tiveram direito às suas terras, e para sobreviver tiveram que rastejar pelas rachaduras do que a sociedade branca rejeitava. Nem indígenas aldeados, como seus antepassados, nem cidades da sociedade branca, que os segrega.
Só isso já dá uma narrativa potente, e o autor embasa muito bem sua narrativa com a cultura destes povos. Esse é de fato um ponto positivo do livro.
Some-se à narrativa com verossimilhança proposta pelas experiências comunitárias do livro, as personagens cativantes Opal e Jackie, além de seus filhos e netos. Você se interessa pelo drama familiar, você quer acompanhar essa família, você torce por essa família.
Eles estão todos, apesar de separados e até mesmo sem contato uns com os outros, indo para o grande Powwow, uma celebração multicultural indígena, e é isso o que dá título ao livro, porque apesar do objetivo deles seja chegar Lá, quando eles finalmente conseguem, não existe Lá.
E esse é um dos problemas. A narrativa é bruscamente interrompida pelo seu maior inimigo: Os múltiplos pontos de vista. O autor criou pontos para vários personagens, e a grande maioria deles era totalmente desnecessária. Não faria falta nenhuma se não existisse.
Isso acabou criando um problema maior, tornando difícil se conectar com os personagens. E aqueles que você conseguia,foram afetados por outro grande vilão do livro: A narrativa inacabada. Quando o livro está no seu ápice, depois que o clímax se desenrola e você quer saber o que vai acontecer, ele muda de foco, e ao invés de continuar a trama interessante, ele simplesmente acaba.
Por isso eu não curti o livro, achei que ele preparou terreno para nós levar a lugar nenhum.
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Amanda Bia 07/02/2024

Denso
Nesse livro nós conhecemos a história de vários personagens nativo americanos (os indígenas urbanos como eles mesmos se chamam), que se entrelaçam até culminar em um final inesperado para eles.
A história de todos eles giram em torno do Powwow de Oakland, uma grande reunião dos povos nativos da América do Norte, que ocorre de tempos em tempos e onde são apresentadas danças, músicas típicas, comidas e artesanato. De alguma maneira cada um desses personagens acaba tendo alguma conexão com esse festival.
Cada capítulo tem um personagem como protagonista, e cada um deles tem alguma conexão com o personagem de outro capítulo. Eles são irmãos, amigos, colegas de trabalho, enfim, eles acabam se cruzando de alguma maneira. Confesso que isso me deixou um pouco confusa, porque são muitos personagens e eu não me lembrava se o personagem do capítulo que eu estava lendo já tinha sido citado em outro. Mas daí eu voltava um pouco, encontrava ele e conseguia seguir na leitura.
Esse livro mexeu muito comigo. Eu percebi como eu não conhecia nada sobre indígenas dos EUA. E o autor não nos poupa de nenhuma realidade brutal. Você consegue enxergar um povo que perdeu sua terra no passado e agora vive às margens da sociedade tentando sobreviver. Eles não conhecem direito sua cultura, sua ancestralidade e se sentem perdidos e deslocados em seu próprio país.
Vivendo essa realidade tão difícil, grande parte deles acaba caindo em vícios, violência e abusos. Parece um ciclo vicioso sem fim. Eles não enxergam sentido nas próprias existências. Eles não sabem se devem se considerar indígenas ou não. E quando temos pessoas onde um dos pais é branco, essa falta de identidade é ainda maior.
Ele me fez sentir muitas coisas. Me fez pensar, refletir e lamentar aquelas vidas tão tristes. Mas também me rendeu um aprendizado muito rico. Não é uma leitura leve, mas muito importante e recomendo para todos.
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-Koraline 27/01/2024

Parabéns ao tradutor, pois o título em português carrega mais significado do que o original. Esse livro é sobre descendentes de indígenas, que estão indo a um encontro cultural, porém não chegam lá. O paralelo do título com o final e com a questão de que são americanos demais para serem indígenas, e indígenas demais para serem americanos, e nunca chegar a uma definição, assim como não chegam ao seu destino, é muito interessante, mas para mim o problema foi o processo. Existem alguns livros, como The Grimrose Girls, que possuem várias vozes narrativas, mas que o autor trabalha bem a distinção entre as personalidades das personagens, que assim que você inicia o capítulo você consegue identificar quem é, mas não foi o caso nesse livro. Aqui a voz narrativa é igual para todos os pontos de vista, e são tantos os personagens, que eu tive dificuldades para conectar com sua história inicial, além de introduzir ainda mais personagens no decorrer do livro que apareciam apenas uma vez, então a leitura, para mim, foi boa parte apenas nomes embaralhados. Enfim, eu estava esperando mais dessa leitura, e com certeza mais aspectos culturais, mas a metáfora do fim é bem interessante, e também a representatividade dos nativos americanos.
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Monique 21/01/2024

Ser da terra e não pertencer a ela
"Ser índio nunca teve relação com retornar à terra. A terra é toda parte e parte alguma"

Primeiro, tive muita dificuldade por conta das múltiplas perspectivas, vários personagens um capítulo de cada vez para contar suas histórias.
Então quase chegando na metade percebi que todas as histórias iriam convergir para um mesmo local, em resumo, todas as histórias falavam da estória. Parece sem sentido, mas é sobre isso.

Eu gostaria de ter sabido antes de começar a leitura que o romance tem vários narradores, porque inicialmente a cada capítulo era como recomeçar a história de novo, e começar as coisas é particularmente difícil pra mim.

? Autor nativo americano.
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Raphael.Lopes 28/12/2023

Lá está mais perto do que a gente pensa
Lá não existe lá, livro de Tommy Orange, é uma das obras que mais me tocou na minha vida inteira. Tive contato com poucas obras que me geraram um sentimento de identificação tão grande. Como indígena do povo Potiguara da Paraíba, mas nascido e criado em Mato Grosso, eu sentia que me sentiria representado em um romance que retrata indígenas em contextos urbanos, mas não sabia que seria tanto.
O autor explora diversos temas que são comuns em contextos indígenas (racismo, alcoolismo, suicídio, criminalidade etc.), mas de uma perspectiva de dentro, não como um relato externo, com um tom de piedade ou de hostilidade, mas como o relato de quem vive aquilo na pele, de modo a representar situações que tem um gosto agridoce, mas que são a realidade que se vive, sem mistificações, mas sem esquecer a mística.
A forma como o livro entrelaça as histórias de diversas pessoas indígenas, que passam por diferentes dilemas com suas identidades, suas famílias, seus próprios corpos, é uma representação de como as experiências que as pessoas indígenas em contexto urbano acabam por serem trilhadas por caminhos tão singulares, mas também, semelhantes.
O ponto que mais me impactou foi o não-pertencimento como eixo da experiência indígena urbana, que faz com que a identidade seja questionada por todos, até por nós mesmos, já que não estamos nas nossas terras, não temos o rosto que deveríamos ter, não falamos a língua que deveríamos falar, não temos a espiritualidade tradicional. Mas a verdade é que a identidade indígena é mais (mas também, menos) que a racionalidade ocidental tenta determinar, seja aqui, seja nos EUA, seja em qualquer terra colonizada.
É o primeiro livro de ficção de literatura indígena que eu leio e me dá muita esperança e muita vontade de experienciar muito mais do que a literatura indígena pode fazer e fará.
Fada 28/12/2023minha estante
É muito incrível quando a literatura consegue nos tocar de maneira tão íntima! Tô ansiosa pra ler esse livro.




Flávia Menezes 19/12/2023

? OS PELES VERMELHAS DAS TERRAS DO TIO SAM.
?Lá não existe lá? foi publicado em junho de 2018, e concedeu ao seu estreante autor, Tommy Orange, uma premiação do ?American Book Award?, ficando finalista do ?Pulitzer Prize? de 2019.

Eleito um dos melhores livros de 2018 pelo ?New York Times? e ?Hypeness?, esse escritor americano e descendente das tribos dos Cheyenne e Arapaho de Oklahoma, nos traz um romance poderoso e inovador que mistura um conjunto de vozes nativas americanas em uma narrativa polifônica que fala sobre família, perda, identidade e poder, capaz de derrubar estereótipos no campo da literatura, nos fazendo compreender a fundo sobre os nativos americanos e suas vidas modernas nas cidades.

Esse foi o primeiro romance publicado por Tommy Orange, mas o nível da sua escrita tão poética é de um poder arrebatador! A história é contada sob vários pontos de vista, de diversos personagens, que vão nos fazendo compreender a cultura indígena com seus ricos costumes, enquanto nos contam todas as dificuldades pelas quais passam para preservar a identidade do seu povo frente à modernidade. E o nível de intensidade dessas narrativas é tão comovente, que era preciso parar um pouco para refletir sobre tudo o que me contavam. Mas confesso que se não fosse por isso, essa é uma leitura que eu teria simplesmente devorado!

São vários personagens cujas vidas vão se entrelaçando (e isso promete grandes surpresas!) repletas de tanto drama que não há como não se envolver, especialmente quando falam sobre a sua resistência para que não desapareça o poder deixado por seus antepassados de uma história repleta de muita dor e sofrimento, mas também de grandes conquistas. E dentro disso tudo, reside algo belo e que é de extrema importância para todos nós: a identidade!

Foram várias passagens que me emocionaram e encantaram, mas tem uma que eu quero dividir aqui, apenas para mostrar a força dessa escrita do Tommy:


?Não tínhamos sobrenomes antes de eles chegarem. Quando decidiram que precisavam manter um registro nosso, sobrenomes nos foram dados, bem como nos foi dado o próprio nome de índio. Eram tentativas de tradução e remendos de nomes indígenas, sobrenomes aleatórios e nomes que vinham de generais, almirantes, coronéis americanos brancos, e por vezes nomes de pelotões, que por vezes eram apenas cores. É por isso que somos Blacks e Browns, Greens, Whites e Oranges. Somos Smiths, Lees, Scotts, MacArthurs, Shermans, Johnsons, Jacksons. Nossos nomes são poemas, descrições de animais, imagens que fazem todo e nenhum sentido. Somos Little Cloud, Littleman, Loneman, Bull Coming, Madbull, Bad Heart Bull, Jumping Bull, Bird, Birdshead, Kingbird, Magpie, Eagle, Turtle, Crow, Beaver, Youngblood, Tallman, Eastman, Hoffman, Flying Out, Has No Horse, Broken Leg, Fingernail, Left Hand, Elk Shoulder, White Eagle, Black Horse, Two Rivers, Goldtooth, Goodblanket, Goodbear, Bear Shield, Yellow Man, Blindman, Roanhorse, Bellymule, Ballard, Begay, Yazzie. Nós somos Dixon, Livingston, Tsosie, Nelson, Oxendene, Harjo, Armstrong, Mills, Tallchief, Banks, Rogers, Bitsilly, Bellecourt, Means, Good Feather, Bad Feather, Little Feather, Red Feather.?


É algo tão belo, tão singelo, tão realista e tão poético, que chega a ter aquela musicalidade suave e comovente enquanto lemos, que me fez ficar perdidamente apaixonada pela narrativa de Tommy Orange à primeira vista.

Eu já tenho uma grande paixão que só Freud explica por romances sulistas americanos, e por suas histórias de cowboys, mas mergulhar nessa história me fez ficar apaixonada pela cultura indígena deles, e ver toda essa força que os índios tiveram desde a colonização dos Estados Unidos, que eu até já havia lido sobre em ?Um breve história dos Estados Unidos?, de James West Davidson, me fez querer conhecer ainda mais sobre essa cultura e seus costumes.

?Lá não existe lá? é um romance sobre um povo guerreiro, que luta para conquistar o seu lugar que é de direito no mundo. Um lugar onde seus herdeiros carregam na alma toda essa força dos seus antepassados, e dela se utilizam para lutar para que a sua identidade nunca se perca. Ao contrário! Que ela possa continuar, séculos após séculos, cada vez mais viva!
Vanessa.Castilhos 19/12/2023minha estante
Que resenha linda, Flávia! Você já leu Memórias de índio, de Daniel Munduruku? Me apaixonei pela temática, através deste livro. ?


Flávia Menezes 19/12/2023minha estante
Van, muito obrigada pelo elogio! E obrigada pela dica. Eu não conhecia esse livro não. Mas entrei agora pra ver a sinopse e me interessei. ?? Gostei da formação dele. E como você gostou dele? esse já vai pra listinha de 2024! ??


Vanessa.Castilhos 19/12/2023minha estante
O livro é bem fácil de ler, e a gente sai com uma admiração enorme pelo povo indígena e autor! Maravilhoso, você vai adorar! ?


Ana Sá 19/12/2023minha estante
Ahhhhhh a resenha veio e como veio!!! Adorei (pra variar...)! A passagem que você destacou nos dá uma boa dimensão!!

Com certeza vai pra minha lista 2024! Parece dialogar muito com o que já li de literatura indígena brasileira, incluindo o título que a Vanessa citou! (acho até que já resenhei este livro!). Não é ficção, mas traz discussões legais!


Flávia Menezes 19/12/2023minha estante
Van, isso é ótimo! Pela sinopse eu achei bem interessante até porque a cultura indígena brasileira é bem diferente da americana. Aprenderei muito sem dúvida! Agradeço mesmo pela indicação! ??


Flávia Menezes 19/12/2023minha estante
Ana, fui olhar a sinopse do que a Van falou e a sua resenha foi a primeira que apareceu!! Pela nota, mais um motivo pra ler. E bom que vocês leram e vai dar pra fazer uma boa troca! ?

Sobre esse do Tommy Orange?amiga, leia! Você não vai se arrepender porque ele é bem dinâmico. E como se fala de indígenas na modernidade?nossa! Nos faz pensar em muitas coisas! E eu vou ficar feliz de poder falar com você sobre ele! ??




Leila 23/09/2023

Lá Não Existe Lá é uma obra literária escrita pelo autor ameríndio Tommy Orange que aborda um tema muitas vezes negligenciado na literatura contemporânea: a vida dos indígenas urbanos. Ler este livro foi uma experiência que certamente me tirou da zona de conforto, já que a representação dos indígenas nas obras literárias é relativamente rara, e ainda mais escassa é a abordagem das complexidades da vida dos indígenas que vivem nas cidades, enfrentando preconceitos, violência e o constante sentimento de despertencimento.

O livro se destaca por sua narrativa polifônica, apresentando múltiplas vozes e perspectivas ao longo da história. Cada capítulo é narrado por um personagem diferente, todos conectados de alguma forma, seja pelo lugar onde vivem, pela herança cultural ou por eventos que moldam suas vidas. Essa técnica narrativa, embora desafiadora, oferece uma visão panorâmica das experiências variadas dos personagens, expondo suas lutas, sonhos e tristezas.

É importante mencionar que, apesar de reconhecer o valor da diversidade de vozes na trama, confesso que tive dificuldades em me conectar profundamente com os personagens e me envolver totalmente na história. A mudança constante de perspectivas tornou difícil estabelecer laços sólidos com cada um deles, e em alguns momentos, isso afetou minha capacidade de empatizar plenamente com suas experiências.

No entanto, isso não diminui a importância do livro. Lá Não Existe Lá é uma obra que traz à luz uma realidade muitas vezes desconhecida por grande parte da sociedade. Tommy Orange oferece um olhar crítico e perspicaz sobre a vida dos indígenas urbanos nos Estados Unidos, expondo questões de identidade, herança cultural e os desafios que enfrentam diariamente.

Enfim, Lá Não Existe Lá é um livro serve como uma ponte importante para ampliar a compreensão e a empatia em relação a essas comunidades historicamente marginalizadas. Não amei o livro, mas achei válida a leitura.
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Caroline Vital 28/07/2023

Sobre a comunidade indígena americana nos tempos atuais. Achei bom, a história é muito bem escrita. O único problema, para mim, foi o grande número de personagens envolvidos. Para quem for fazer a leitura, sugiro ir anotando os nomes e as relações entre eles a partir do momento em que aparecem.

Durante a leitura, tive que voltar páginas várias vezes para situar o personagem.
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Vanessa591 18/07/2023

A história é bastante complexa e profunda, trazendo consigo toda uma trajetória de massacre que desemboca em questões de identidade, trauma geracional, religiosidade, violência de gênero, entre outras coisas. São muitas camadas por trás de cada personagem, de cada relação.

Além disso, a escrita é excelente, vai te carregando por todos esses caminhos que se cruzam, sem poupar o leitor de nenhum desconforto. Em alguns momentos há uma analogia com uma teia de aranha. "A teia de aranha é um lar mas é também uma armadilha". Essa passagem é simbólica não só pra história em si como pra forma como livro é estruturado, como se fosse sendo tecido aos poucos até te levar a ao seu destino trágico.

Tirei só meia estrela pela quantidade de pontos de vista, que achei excessiva. Em alguns momentos me confundia sobre o que tinha acontecido com quem. Mas não tira o brilho da obra.
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Isabela.Pery 30/06/2023

Achei o final de alguns personagens meio súbito e isso porque acho que tinha mais personagens do que precisava, mas gostei tanto das histórias e da escrita do tommy orange que vou tirar só meia estrela.
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yas 25/04/2023

A ambiciosa estreia de Orange captura a experiência dos "índios urbanos" modernos por meio de perspectivas em terceira pessoa em constante mudança, mostrando que os nativos americanos não são um monólito, nem um estereótipo, nem unidos sob uma única identidade.

O autor assume vários riscos e, no entanto, todos trabalham para criar um livro de poder tão extremo que é difícil sair dele inalterado.

A leitura foi uma experiência extremamente rica na qual pude aprender mais sobre os nativos americanos dos EUA, especialmente na região de Oakland, e as várias formas como a identidade indígena pode ser vista por meio dos personagens me tocaram profundamente.
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