Cloro

Cloro Alexandre Vidal Porto




Resenhas -


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MatthewsVianna 26/06/2023

A proposta do autor é boa, no entanto, não consegui me conectar fortemente com o que Constantino contava.

Talvez fosse realmente a intenção criar esse personagem dúbio, mas é difícil ter empatia com yag que manipula todos a sua volta para se manter no armário.

Ainda assim, a narrativa elucida uma temática pouco discutida de maneira muito pertinente, o que já é, por si, um mérito.
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M. S. Rossetti 21/04/2023

Literatura Brasileira Contemporânea
Nossa literatura alcançou uma qualidade impressionante nos últimos tempos e pode ser comparada aos clássicos nacionais. Destaca-se este romance que acabei de ler.
Temos um autor-defunto na trama, semelhante ao Brás Cubas de Machado de Assis. Contudo, o protagonista tem uma vida dupla entre um casamento com filhos e casos extraconjugais homoafetivos.
O ritmo do enredo me impressionou bastante. Inicialmente, como um diário do personagem principal. Na sequência, mesclado com cartas, depoimentos e fluxo de consciência dos demais personagens.
Uma narrativa que emociona do início ao fim. O desfecho proporciona a sensação de que tudo poderia ser diferente a partir de outras escolhas do protagonista.
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Gilmar 16/12/2023

Um dos melhores livros que li em 2023
Esse livro me deixou fascinado, a ponto de lê-lo em questão de horas... Não sei se eu o devorei ou se fui devorado.
Fabricio 16/12/2023minha estante
Disponha.


Gilmar 16/12/2023minha estante
Kkkkk obrigadooo




Vilamarc 02/06/2021

No armário
Constantino, um homem casado, de 51 anos e dois filhos, narra sua vida num limbo pós morte onde se encontra.
Através de sua narrativa ficamos sabendo de toda sua vida, desde criança vitima de bullying até sua morte abrupta em Tóquio.
Ficamos também sabendo de sua homossexualidade reprimida, de sua vida sexual secreta e paralela até sua morte numa sauna gay.
A construção do enredo é engenhosa e a segunda parte "os outros" revelam a engenhosidade da narrativa.
A escrita é bem clara, fluída e envolvente. Creio que o grande pecado do livro seja a falta de surpresas para o leitor, pois tudo é posto a priori. As grandes descobertas ficam a cargo dos personagens sobre a homossexualidade de Tino após sua morte. Para o leitor, nada.
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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

Cloro, de Alexandre Vidal Porto – Nota 8/10
Narrado a partir de um "personagem defunto", ao estilo machadiano de Brás Cubas, “Cloro” é sobre a vida de um advogado bem-sucedido e típico pai de família, mas que passou seus dias atormentado pela sombra da sua sexualidade. Constantino, o personagem principal da obra, só se sente à vontade para falar dessa temática depois que morre, possuído pela ideia de que não teria mais nada a perder.

Assim, conhecemos o narrador a partir de passagens de sua vida, em que Constantino vai identificando situações em que se viu obrigado a abrir mão de suas verdadeiras escolhas para manter a imagem que a sociedade esperava dele. Sua vida é o retrato de muitos outros indivíduos que diariamente renunciam de sua verdadeira identidade ou seus interesses, sejam eles quais forem, por conta de uma sociedade que discrimina e julga. Constantino deixa o seu “Eu” de lado para casar, ter filhos e poder cumprir o seu papel.

No entanto, apesar de aparentemente se enquadrar nesse modelo de cidadão ideal, Constantino, na verdade, não conseguia ser um pai presente ou bom marido. A sensação de falha o perseguia. Até que um dia, se viu no meio de uma triste tragédia familiar, que acabou afrouxando um pouco as mordaças que o impediam de ser quem ele é. O protagonista ganha um pouco de coragem, ao perceber que talvez a vida não deveria ser vivida para os outros, e passa a se aventurar, vivendo uma vida dupla. Mas por quanto tempo será que ele consegue levar isso adiante?

A escrita de Vidal Porto é de fácil leitura e temperada com um humor e cinismo que deixam a obra mais interessante. Por outro lado, senti falta de um maior aprofundamento na construção dos personagens. O enfoque se concentra muito mais nos fatos do que no próprio conflito interno do protagonista, por exemplo.

Apesar disso, é inegavelmente um bom livro, que prende o leitor e que toca em temas extremamente relevantes, sobretudo o sofrimento da comunidade LGBTQ em uma sociedade intolerante para com aqueles que fogem dos padrões. Recomendo!

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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tooonho 14/07/2022

a beleza da obra reside na construção da linha do tempo. é quase como se o protagonista fosse nosso conhecido, alguém cuja história nos é familiar e por quem já nutrimos simpatias
uma discussão profunda sobre desejos e aparências.
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Mll-ll 19/08/2020

"Como todo mundo, achava que teria mais tempo."
Livro gostoso de ler, como se tivesse alguém conversando com você. Ficava curiosa sobre o que aconteceria em seguida. O livro deixa uma mensagem bem forte de que não podemos fugir da nossa própria natureza. Não devemos morrer vestidos de outra pessoa. Senti que é mostrado muito pouco dos personagens. Talvez pelas relações superficiais que mantinham entre si. Ou então pelo reduzido número de páginas. Constantino evitou durante a maior parte de sua vida o cheiro do cloro. Na morte, dorme tranquilo embalado por ele.
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Toni 29/04/2019

Convém começar este comentário parafraseando outro célebre defunto literário: Deus te abençoe, leitor, com uma ideia fixa. O defunto é, claro, o Brás Cubas, mas a ideia em questão nada tem a ver com emplastros anti-hipocondríacos. É, na verdade, resultado da análise do Vitor — lá nos destaques do @sobreminhasleituras — que iluminou o romance de Vidal Porto de uma maneira tão querida que só nos resta torcer pra que todo mundo escute sua recensão. Se tomarmos como fixa a ideia de que “a identidade gay sempre foi e continua sendo construída a partir da injúria”, cada capítulo de Cloro parecerá corroborar essa tese, mostrando diferentes facetas do doloroso processo de constrangimento afetivo, coação sexual e rejeição identitária que marca a trajetória de LGBTs mundo afora.
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A história do advogado pai de família que esconde sua sexualidade é contada de um limbo post mortem, “espécie de inexistência eterna” que encobre de ironia tanto a vida quanto a morte de Constantino, cuja liberdade só é alcançada quando passa a prescindir dela, postumamente. Assim, a condição bráscubiana serve ao narrador como gatilho para finalmente contar sua história de farsa e renúncia, ainda que o tom pudico nunca abandone o relato. Ao tentar entender de que maneira gastou sua vida, Constantino revela como suas escolhas (impostas pela heteronormatividade) acabaram por ostracizar sua própria natureza, transformando-o num pai ausente, num marido distante, num amante fracassado. Na última parte do livro, Porto inclui, ainda, o olhar dos outros—a esposa, a filha, o cunhado, etc.—numa bem-intencionada (e um pouco problemática: as dicções se parecem muito) tentativa de representar relações atravessadas por uma homossexualidade vivida no armário.
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Como disse o Vitor, Cloro é mesmo uma leitura necessária: ao transformar a liberdade sexual e identitária de Constantino em uma voz além-túmulo, o livro expõe a face medíocre de um país essencialmente recalcado e preconceituoso—não por acaso, o que mais mata LGBTQ+ em todo o mundo.
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EduardoCDias 18/04/2020

Triste realidade
Traçando um paralelo com um livro entregue por um clube de leitura esse mês, esse é muito mais pungente e esclarecedor. Ambos descrevem duas situações de sexualidade afrontada, reprimida, mas esse vai muito mais profundamente, tocando o cerne e a origem da questão. Leitura gostosa, sem dramas e rápida. Um homem de meia idade, bem sucedido, casado, com dois filhos, resolve finalmente viver sua sexualidade, mas não assumir. O interessante é saber o ponto de vista de quase todos os envolvidos. Esposa, cunhado, amante...
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EuGabes 28/11/2022

Leitura fluída e escrita muito boa. A história nos faz refletir sobre tudo o que deixamos de viver com receio do que os outros vão pensar, quando anulamos nossa verdade em detrimento de ser aceito na sociedade. No fim o que realmente importa são os momentos que passamos com as pessoas que amamos.
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Adriana1161 01/07/2022

Curto e denso
Leitura rápida, porém densa.
Gostei do jeito de como a história é contada. Acho que não se aprofundou muito em alguns temas, mas pareceu bem real.
Achei curioso, que a personagem da filha do protagonista, nasceu no mesmo dia do autor!
"É difícil ser espôntaneo, íntimo, quando se tem medo"
Personagens: Constantino, Débora, Emílio
Local: SP - Brasília/ atual
@driperini
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djoni moraes 28/01/2021

Gostei...
Tinha terminado de ler "A Morte do Pai" do Karl Ove (o qual ainda não resenhei) e entrei numa ressaca literária absurda, tal foi o impacto causado por aquele livro. De qualquer forma, recebi a indicação de ler este livro que, mesmo sendo breve, tem bastante coisa pra contar.

Quem narra esta história é Constantino, um homem que está morto. Isso não é spoiler, okay? A narrativa do livro parte da premissa de um narrador-morto (ao estilo Brás Cubas et cetera), que passa a estar num limbo e revive sua vida, principalmente sua sexualidade reprimida e todo o conflito que permeia seu desejo de ser e sua busca pelo não-ser. Em algumas partes, senti que a narrativa era catártica pra mim, consegui me identificar com algumas angústias do narrador no meu longínquo passado no armário.

Tinha ouvido pessoas falarem muito bem e muito mal do livro. Acho que fico com a galera que falou bem: gostei bastante!
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DomDom 27/12/2020

Sabe aqueles livros em que o protagonista te conquista logo nas primeiras páginas? Pois é! Aqui está um belo exemplo. Mal começamos a leitura e Constantino já rouba todas as nossas atenções e torcidas.
“Cloro” é narrado em primeira pessoa por Constantino. Mas, detalhe: É uma narração pós-morte. Nosso protagonista está em uma espécie de limbo e, de lá, ele vai nos conduzindo por sua vida, iniciando pela infância (dia em que um colega expos sua sexualidade, chamando-o de “bicha” e dando-lhe um soco na barriga na saída da escola, na frente de todo mundo), até o momento atual: Morto e em um lugar escuro, ao qual não sabe onde fica, nem sabe informação alguma sobre (uma espécie de dimensão espiritual)).
Desde esse grande momento constrangedor, Constantino resolveu reprimir sua sexualidade, criando uma nova personalidade (relacionar-se sexualmente/amorosamente apenas com mulheres, casar e ter filhos). É necessário falar que essa atitude não deu certo?! Mais cedo ou mais tarde a verdade aflora.

Continua no blog: Ler Para Divertir

site: http://www.lerparadivertir.com/2020/08/cloro-alexandre-vidal-porto.html
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Arthur.Afonso 25/04/2021

Cloro
Gostei da leitura, só acho que poderia ter sido mais aprofundada. A narrativa é ótima, merecia mais detalhamento. O texto é muito fluído e rapidamente você acaba com a história.
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