Mandy 03/03/2022
Um romance de gato e rato bem persistente. Tanto Mia quanto Dante foram machucados no passado um pelo o outro, de suas maneiras diferentes, mas ainda machucados. Seguiram treze anos separados e tocando suas próprias vidas, mas nenhum dos dois prévia o encontro que teriam e menos ainda o fato de não querem a chance de se separarem novamente, mesmo que o orgulho os impedisse de dizer ou aceitar isso.
Admito que gosto bastante de romances que o casal antes de ficar junto se provoca dessa maneira, e também não vou negar, os dois tinham química, mas de certo ponto parecia que algumas coisas não encaixavam e começavam a desandar. O primeiro problema é eles apenas aceitarem a possibilidade que pode haver algum sentimento apenas no sexo, por que várias vezes depois que eles fizeram, voltavam a estaca zero apenas com o selo da noite na carteirinha. Outro ponto é o fato de Mia querer tanta distância de Dante, mas não resiste a uma única provocação, ela ficou na fazenda por quase uma semana a mais do previsto por conta disso. A forma como eles finalmente se unem também pareceu quase forçada, óbvio que os dois a esse ponto já sentiam algo forte um pelo outro, mas faltava algo a mais para o grande passo que deram.
Já o lado bom, tanto as provocações são engraçadas e envolvente, um tentando ser maior que o outro e um capítulo em especifico foi a maior satisfação que poderia ter nesse livro, simplesmente uma maravilha finalmente ver uma ação de Mia se impondo de maneira mais agressiva e ninguém arriscando a própria pele por isso.
Soube que há um extra contando a história de June e João, o que me fez lembrar a forma como June é retratada quando chega ao Brasil. Mia diz que ela é uma pessoa fria, quase sem coração, mas em vários momentos (a maioria do tempo) ela parecia mais uma adolescente com os sentimentos a flor da pele inconsequente do que uma mulher fria como diziam.