Reparação

Reparação Ian McEwan




Resenhas - Reparação


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Rafael.Rovath 13/04/2024

Há reparação possível?
Esta é a primeira obra que leio do renomado escritor inglês e vencedor do Booker Prize, Ian McEwan. Como assim? Demorei, é verdade. Mas já virei fã.

A narrativa é perfeita, muito bem construída, rica em detalhes e com uma tensão contínua. Dividida em três partes e um epílogo, tem como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial e a divisão de classes britânica. O cerne da obra é, como consta no título, a reparação de um crime. O autor consegue descrever com maestria a tortura psicológica e os efeitos devastadores que podem ser gerados a partir de interpretações equivocadas e falsas convicções. Há reparação possível?

É um enredo complexo, com um final arrebatador.

Posso garantir, este livro já está na minha lista de melhores da vida.

?Não eram só o mal e as tramoias que tornavam as pessoas infelizes; era a confusão, eram os mal-entendidos; acima de tudo, era a incapacidade de apreender a verdade simples de que as outras pessoas são tão reais quanto nós."

Ps: O filme Desejo e Reparação (2007) é baseado nesta obra. Agora vou assistir.
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Marlo R. R. López 11/04/2024

Um livro maravilhoso. Não é à toa que ele sempre é incluído nas listas dos melhores romances do século XXI até o momento. Fiquei inclusive surpreso ao saber que 'Reparação' não venceu o Booker Prize no ano em que foi finalista. Mas tudo bem, isso não importa. A imensa qualidade dessa obra é óbvia para qualquer um que se depare com ela.

As palavras têm um poder real de investigação no texto de McEwan. As frases, líricas, são cheias de sentido, complexas; você sente o autor cavando a mente dos personagens o tempo inteiro. É o tipo de texto que justifica a existência dos escritores e dos poetas no nosso mundo. É o tipo de texto que nos deixa mais familiarizados com a dor de existir.

O autor tem o dom da narrativa irresistível. O leitor não consegue largar os olhos do livro, porque a história assume um tom tenso constante, com uma sensação de que algo incontornável está sempre prestes a acontecer. E, veja bem, estamos falando de um livro de ritmo vagaroso, que passa 200 páginas (sua primeira metade) descrevendo um único dia na vida da família Tallis. E que dia. A crítica especializada está certa quando diz que McEwan leva o ritmo dos thrillers para o gênero do drama social.

Recomendado para leitores pacientes, que adoram uma investigação psicológica.
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Marta 10/04/2024

Um livro maravilhoso que fala do poder das palavras e o qto isso influencia a vida dos outros ,que mesmo se reparando um erro e sempre um erro é muitas vezes não se pode mudar o que já foi feito que toda ação tem uma reação e pasaremos a vida toda com nossa própria consciência a nos comprar alto o que foi feito ...e o tempo tem o poder de reparar o que sobrou ...amei
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Gaby37 01/04/2024

Final tão forte, tão real e doloroso.
Acho que estava precisando dessa dose de realidade.
É um romance e ao mesmo tempo é um contra-romance, se isso faz sentido.

Livro perfeito. Fiquei sem rumo ao final dele.

Uma lição tão dura sobre como se pode ferir alguém com palavras, sobre fugir da realidade e expulsar as pessoas ao redor dessa realidade, que na verdade é só uma fantasia, pois elas são tão reais.

Amei. Queria poder ler ele, mas como se fosse a primeira vez, mas os bons livros a gente acaba relendo e relendo sempre.
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Sther 23/03/2024

Não dá pra levar a fantasia ao pé da letra ,mas ate que ponto da pra resistir ao compasso da mente que traça essas n realidades? Briony uma criança incompreendida ( como qualquer outra nessa idade ) que brinca de forma muito aguçada de imaginar e agourar o futuro que irremediavelmente se torna emulador do passado .O que acontece não acontece ,é contado .
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Thaís 10/03/2024

Gostei muito do livro.
Não vou mentir, mas até a metade eu achei bem arrastado, lia poucas páginas e não me motivava a continuar.
Depois acabei engrenando, mas ainda sem entender muito bem para onde o livro caminhava e como a tal ?reparação? aconteceria.
Mas o final foi muito genial. Eu amei.
Esse livro é daqueles q mexem com a gente. Até agora eu não consegui formar uma opinião a respeito. Toda vez q eu escolho um lado, eu me sinto injusta, julgando de forma errada.
A Briony era só uma criança, com um perfil muito claro de escritora, contadora de histórias, q cria universos inteiros, organiza peças etc. E, sendo uma criança, ainda em estágios muito iniciais de maturação, que não entende a complexidade dos seres humanos, das relações, da estrutura da sociedade, teve uma leitura completamente equivocada da situação e, este perfil criativo dela, associado a sua imaturidade deveria ter sido levado em conta.
Mas por outro lado, como não ouvir a Briony? Uma adolescente, de muitas formas já independente, que afirma com eloquência ter visto claramente um homem específico saindo da cena de um crime hediondo?
E a preciosidade q é a cena onde o homem condenado injustamente e sua amada, que se sente tão injustiçada quanto ele, apontarem um culpado, sem prova alguma, com base apenas no juízo de caráter que fazem dele, julgando injustamente um homem, da mesma forma que ele foi julgado? Achei genial.
E, no fim, não há reparação alguma. A reparação da Briony foi dar um final fictício ao casal, que não teve a oportunidade de viver este final, por causa das injustiças vividas.
Gostei muito, vale a leitura.
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Bru 04/03/2024

Muito mais do que eu esperava
Devorei esse livro na tarde de hoje e passei por um misto de sentimentos que me prendeu de uma maneira que não acontecia há tempos!
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Izabella.BaldoAno 29/02/2024

"pra que servem os romancistas, afinal?"

li Reparação numa leitura conjunta mediada por @blogliteraturese e, em muitos momentos, fiquei incomodada comigo mesma por estar me identificando tanto com a personagem que todas as outras pessoas mais odiavam na história. no fim da experiência, entendi: por mais que hajam tantas propostas narrativas - e formas de ver a vida - que dividam tudo entre bem e mal como opostos intocáveis, incontamináveis, completamente dissociados, esse não é o caso aqui.

Reparação caminha por diversas "zonas cinzas" e muitas vezes me fez pensar no que poderia ter sido se tal coisa não tivesse acontecido daquele jeito, se tal pessoa não tivesse dito aquilo, se tal sentimento tivesse sido demonstrado de outra forma. no fim, são tantas as implicações envolvidas naqueles acontecimentos - do livro e da vida real... por mais que não possamos deixar de nos responsabilizar e responsabilizar outras pessoas por erros eventualmente cometidos, mesmo quando se trata de coisas cuja dimensão das consequências não imaginamos, será que existem ações isoladas? e, a partir daí, será que existe reparação pra o que nos acontece e o que, de alguma forma, fazemos acontecer a outras pessoas?

aquela personagem odiada estava, apesar de tudo, sendo humana. e eu pude me identificar com ela porque o autor a permitiu ser.

Reparação é um livro que dá abertura pra discutir muitas questões; mas o que mais me impacta aqui é o poder da linguagem, da imaginação e da ficção enquanto uma possibilidade de imaginar e comunicar através da linguagem. (ai, se eu tivesse embasamento pra discutir sobre isso...)

acho que os romancistas, afinal, não têm uma serventia dada. esse é um dos grandes poderes que lhes é dado.

eu amei a experiência de leitura desse livro, do início ao fim. é daqueles que terminam cheios de marcações, sobretudo de cenas inteiras que foram tão lindamente escritas e descritas. ainda volto nelas, releio, revivo a sensação causada pela beleza daquilo.
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Iza 28/02/2024

Um livro que merece ser lido com calma
Não é uma leitura fácil e não é uma leitura rápida, mas digo com todas as letras que vale a pena cada minuto. Eu coloquei esse livro como único do mês e foi a melhor coisa que eu poderia ter feito, pois li com toda tranquilidade e buscando entender cada acontecimento.
É triste enxergar como o tempo não perdoa ninguém e como una atitude pode mudar o rumo de tantas vidas
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Amanda 15/02/2024

Reparação - Ian McEwan
O início da narrativa se dá de forma lenta e pouco instigante, mas à medida que os principais eventos da narrativa iam sendo desenrolados senti que fui me envolvendo bastante.

De início, o autor nos apresenta personagens rasos (de propósito, a meu ver) e não nos
dá uma percepção clara sobre suas reais intenções, até mesmo para não se ter conclusões precipitadas.

No entanto, o cenário de guerra nos permite conhecer de forma mais aprofundada Robbie, Cecilia e Briony, os principais personagens e como os eventos do passado impactaram o modo de ser de cada um.

É uma história sobre decisões ruins e suas consequências, sobre solidão, resiliência e reparação (na teoria).
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Mayra.Mattoso 13/02/2024

Uma menina de 13 anos faz uma ação que impacta a vida de sua família. Após adulta e ciente do mal que causou, ela tentará reparar o que fez.
Adorei a leitura, me prendeu bastante para saber quais foram os desdobramentos daquela atitude, além de ser uma leitura fluida com cenas impactantes da segunda guerra como pano de fundo. Quando pensava que a história ia tomar determinado rumo, ela seguia um caminho diferente. A última parte me surpreendeu.
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Zefa 04/02/2024

O livro conta a história de Brionny, uma criança com a mente inventiva que, em minha opinião, por conta de um amor não correspondido, cria um enredo em sua cabeça e a partir dele tira conclusões sobre fatos que não consegue provar.
Acho inteligente o limbo que o autor nos deixa, pois em determinados momentos me perguntei se Brionny realmente acreditava no fato que ele descrevia ou se ela sabia que estava criando uma história.

Fato é que o enredo criado e divulgado imputa um crime sobre Robbie, amor de sua irmã e seu amor de infância não correspondido e que não há reparação possível.

Achei o livro meio maçante em alguns bons capítulos e um pouco desconexo da história...
Esperava que fosse narrado de outra forma.

"Não eram só o mal e as tramoias que tornavam as pessoas infelizes; era a confusão, eram os mal-entendidos(...)"
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Flá Costa 04/02/2024

O melhor de 2023
Fiquei chocada por não ter feito resenha do livro que mais me impactou em 2023. Um livro intenso, cheio de nuances e perfis psicológicos. Maravilhoso!
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