Jorge Amado

Jorge Amado Joselia Aguiar




Resenhas - JORGE AMADO: UMA BIOGRAFIA


21 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


MarcosQz 29/08/2023

Amado que levou a Bahia para o mundo
Descobri Jorge Amado aos 13, 14 anos, mais ou menos, uma amiga da minha madrasta me presenteou com A morte e a morte de quincas berro d'água, naquela época eu estava mais ligado em Harry Potter e O senhor É dos Anéis, não dei a devida atenção, mas também nunca esqueci a história do bêbado que morreu mas não morreu de tão estranha e diferente que achei, nunca mais esqueci Jorge Amado.
Hoje sou um leitor voraz de tudo o que se refere à ele, um estudioso e entusiasta de Jorge Amado nas horas vagas e não vagas. Jorge Amado mudou minha visão de leitura e literatura, minha visão de luta e classe.
Um homem que amou tudo intensamente, sua família, suas mulheres, filhos, seus livros, a política, onde fez amigos e inimigos pelo mundo todo. Jorge se tornou maior do que poderia imaginar, se tornou amado aqui e lá fora, amigo de pessoas que adoraríamos conhecer, de participar de uma roda de conversa.
Jorge Amado é o escritor mais lido no Brasil e o brasileiro mais lido e traduzido no mundo, mérito dele, claro, que sabia como ninguém contar uma boa história, seja um romance de luta, de classe, proletária, seja um romance baiano mágico e sensual, Jorge conseguia nos levar com o coração e nos fazer sentir dentro das páginas de suas histórias.
Joselia Aguiar não faz diferente nessa biografia, um estudo e pesquisa realizado em cinco continentes, em inúmeros lugares com inúmeras pessoas, uma biografia tão viva, tão única que a sensação ao final é de que conhecemos Jorge de pertinho, que fomos amigos dele, que estivemos juntos em suas lutas e vivemos suas alegrias e tristezas de pertinho.
Jorge Amado: uma biografia é como uma bíblia para quem ama Amado, é a grande história do menino grapiuna.
comentários(0)comente



Daniel432 23/07/2023

Jorge, Amado pelos Leitores
Jorge Amado não nasceu em família pobre, mas também não era filho de nenhum coronel do cacau. Sua família possuía posses suficientes para dar-lhe uma educação formal e enviá-lo à capital do país, Rio de Janeiro, para graduar-se, objetivo alcançado na faculdade de direito.

Comunista, certamente influenciado pela revolução de 1917 quando ainda era jovem, envolveu-se com política, foi eleito deputado federal em 1945 pelo Partido Comunista Brasileiro, numa época em que ser comunista era como viver em uma gangorra: uma hora você tem direitos e manifesta-se livremente para, no minuto seguinte, ter que sair do país dada a repressão do governo. Nessa fase, já escritor, teve que viver na Argentina, Uruguai, França e Praga além de ter viajado inúmeras vezes para a União Soviética.

Em sua primeira fase escreveu livros de cunho social tendo como base sua região natal, politicamente dominada pelos coronéis do cacau. Pode-se dizer que seus primeiros livros são engajados e, talvez, o maior símbolo dessa fase seja O Cavaleiro da Esperança onde o personagem principal é nada mais nada menos que Luiz Carlos Prestes.

Autor de sucessos como Gabriela Cravo e Canela, Capitães de Areia, Mar Morto, Teresa Batista, Jorge Amado teve seus livros traduzidos para diversos idiomas e adaptados para o cinema e televisão. Capitães de Areia fez muito sucesso na União Soviética.

Quanto à vida amorosa, imagino que grande parte das pessoas, assim como eu, pensam que Zélia Gattai foi sua única esposa. Ledo engano. Com sua primeira esposa Matilde teve uma filha que morreu jovem em decorrência de complicação com lúpus. Mais tarde, Matilde começou a ter problemas mentais e internações foram frequentes. Em suas viagens Jorge conheceu uma jovem, filha de anarquistas, chamada Zélia Gattai. Do trabalho partidário em comum à vida em comum foi um pulo. Oficialmente, Jorge Amado viveu com duas famílias já que não havia no Brasil a figura jurídica do divórcio.

Nem Matilde nem Zélia foram o primeiro amor de Jorge Amado. Seu primeiro amor surgiu ainda enquanto morava em sua cidade natal e foi inviabilizado quando Jorge mudou-se para o Rio. Apaixonado, Jorge mandava cartas amorosas e saudosas interrompidas pelo casamento da amada.

Tudo isso e muito mais pode ser descoberto nessa biografia cuja autora mostra-se imparcial e muito detalhista. Vale à pena a leitura.
comentários(0)comente



Jacy.Antunes 11/07/2023

O Nobel para Gabriela
Jorge Amado, o maior escritor brasileiro, não é unanimidade na crítica literária que no século XXI ainda insiste em Machado de Assis.

Ele viveu 89 anos , escreveu 49 livros e criou personagens femininas imortais, tais como Gabriela, dona Flor e Tereza Batista .
Traduzido para mais de 50 países colocou a Bahia no circuito literário Internacional.

Joselia Aguiar escreveu sua biografia, de 640 páginas, e passa a grande parte delas relatando a vida política e social do casal , sem dar aos livros a mesma importância. Reconheço o trabalho da autora, que fez uma pesquisa bibliográfica extensa mas que caberia melhor em uma tese académica.
Jorge foi indicado várias vezes ao ao Nobel de Literatura e perdeu todas. Em 1967, para o diplomata Miguel Angel Astúrias, para mim um ilustre desconhecido.
comentários(0)comente



jota 22/06/2023

MUITO BOM: uma biografia bastante completa do escritor baiano que entusiasma mais quando passa a tratar de suas personagens inesquecíveis: Gabriela, Tieta, Tereza Batista
Lido entre 06 e 21 de junho de 2023. Avaliação da leitura: 4,5/5,0

Terminei de ler o livro de Joselia Aguiar em 21/06 e depois de todos aqueles números referentes à venda dos livros de Jorge Amado (1912-2001), as inúmeras traduções para diversas línguas, reedições aqui e no exterior, adaptações para o teatro, cinema e televisão, teses de mestrado e doutorado, ensaios e artigos sobre sua obra, fiquei com a impressão de que o autor baiano era o mais importante de nossas letras. Porém, mais tarde, lendo o Estadão do mesmo dia, um artigo de Fred Lopes na seção de literatura do jornal me informava que Machado de Assis (1839-1908) seguia sendo o escritor brasileiro mais celebrado mundialmente, além de ser considerado o maior da literatura brasileira e um dos principais autores da literatura em língua portuguesa. Bem, então Amado ocuparia um honroso segundo lugar nessa história toda.

Uma longa história a de Amado, que a editora Todavia diz ser a mais completa e atualizada biografia dele, mesmo porque a primeira, de Miécio Táti, publicada em 1961, só cobriu sua vida e obra durante cerca de 49 anos, sendo que Amado viveu quase 90 anos. Outras informações se encontravam nos livros de memória dele, como Navegação de Cabotagem (1992) e nos vários volumes escritos por sua mulher, Zélia Gattai (1916-2008). E Joselia Aguiar reconhece que ainda há muita coisa para ser estudada e pesquisada na vida e na obra do autor de Gabriela, Cravo e Canela. Livro publicado em 1958, de enorme sucesso no mundo todo, cuja primeira tradução no exterior deu-se na Rússia, país que Amado venerava, porque ali era o centro do pensamento de esquerda daqueles anos.

Curiosamente, Gabriela marca uma transição do autor político das primeiras publicações carregadas de ideologia, como em Terras do Sem-Fim (1943), para algo que “as resenhas americanas se referiam (...) como “divertido e cativante”; de “atmosfera contagiante, erótica, violenta, cheia de cores chamativas e de episódios inesperados”, conforme cita a biógrafa. Justamente quando trata desse “novo” Jorge Amado, num capítulo (o 28) intitulado Gabrielamania, o livro de Joselia Aguiar fica um pouco mais interessante, porque até ali, tratando muito da vida política de Amado, que foi bastante intensa, confesso que andei bocejando por conta de tanto Luís Carlos Prestes, Partido Comunista Brasileiro, Getúlio Vargas etc. Depois acompanhamos o desencanto dele e de Zélia com a ditadura soviética sob Stalin e com o avanço da idade encontramos Amado muito amigo de Antonio Carlos Magalhães e José Sarney, embora permanecesse fiel à esquerda, não misturasse amizade com ideologia, como ele pensava.

Bom mesmo foi saber que havia quase uma fraternidade entre os grandes escritores e pensadores contemporâneos de Amado, gente que trocava cartas e conversas, enviava capítulos ou trechos de seus livros para que o outro escritor apreciasse e fixesse sugestões, que podiam ou não ser acatadas, enfim, eram gente como Erico Veríssimo, Graciliano Ramos, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, José Lins do Rego, Guimarães Rosa, Mario de Andrade e ainda em outras áreas Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Oscar Niemeyer etc. Mas isso é apenas um pouco do que o leitor vai encontrar em Jorge Amado: Uma Biografia. Que é quase tão interessante quanto Clarice, de Benjamin Moser ou O Anjo Pornográfico, de Ruy Castro, duas ótimas biografias sobre autores brasileiros que me vieram à memória durante essa leitura e a comparação então foi inevitável.
Jacy.Antunes 23/06/2023minha estante
Excelente resenha. Vou retomar a leitura parada há dois anos.


jota 23/06/2023minha estante
Obrigado! Depois da parte política, a leitura melhora bastante.


Paulo Sousa 24/06/2023minha estante
eu abandonei. tava muito bom, mas sei lá, a abordagem da josélia não me ganhou?.e olha que é muito fácil ler sobre jorge ?


jota 25/06/2023minha estante
Paulo: senti a mesma coisa. Jorge Amado por Ruy Castro, por exemplo, soaria muito melhor, penso. Muito mais para Dona Flor ou Gabriela do que para Prestes e PCB.




Thiago275 12/05/2023

Livro delicioso
Meu primeiro contato com a obra de Jorge Amado foi Capitães da Areia, ainda na época da escola. Me lembro que gostei do livro, embora aos 16/17 anos não tivesse maturidade para entender tudo o que a obra tinha para oferecer. Em 2018, resolvi fazer um projeto pessoal de leitura e, desde então, tenho lido um livro do autor por ano. Me encantei tanto que hoje posso afirmar que Jorge é meu escritor brasileiro favorito.

Sendo assim, achei que já estava na hora de ler a biografia do autor. Só não esperava que fosse ler praticamente uma história da literatura brasileira no século XX. Como Jorge nasceu em 1912 e faleceu em 2001 (e eu me lembro das reportagens na tv falando disso), ele teve contato com gente tão distante quanto Oswald de Andrade e Paulo Coelho, na literatura; e Getúlio Vargas e José Sarney, na política.

A vida e a obra de Jorge foram bastante movimentadas. Ele arrancou elogios de Monteiro Lobato e críticas de Otto Maria Carpeux. Foi amigo de Graciliano Ramos, Rachel de Queirós, Guimarães Rosa, Lúcio Cardoso. Era um homem de esquerda que não tinha medo nenhum de ter amigos de direita e reconhecer o talento desses amigos.

Viajou o mundo (muitas vezes como exilado) e abriu as portas de muitos países para a literatura brasileira. No entanto, apesar de ser um homem extremamente viajado, jamais se distanciou de suas raízes brasileiras e baianas, tendo orgulho de sua terra.
Foi boicotado primeiro pela direita (por escrever livros "engajados") e depois pela esquerda (por escrever livros "burgueses"). Diante disso, teve a atitude daqueles cujo talento transcende minúcias: não deu a mínima e continuou escrevendo.

Embora seus primeiros livros possam ser criticados por pesarem a mão na panfletagem política, foi amadurecendo com o tempo, aliando sensualidade, bom humor e estética afiada à nunca abandonada crítica social: Gabriela, Cravo e Canela, de 1958, foi o grande ponto de virada.

Sua obra e sua vida foram um chamado à tolerância e um protesto contra a hipocrisia. Sendo assim, Jorge Amado é cada vez mais atual e cada vez mais necessário. Salve Jorge!
comentários(0)comente



Barbara.Teodoro 15/03/2023

Amado! Jorge
Tem palavras e nomes que são para sempre emblemáticos. Os anos passam e aquele nome se renova. Com Jorge Amado não tem como ser diferente.
Jorge, nosso baiano romântico e sensual - como o mesmo se intitulara - é nosso patrimônio histórico secular. Seus livros vendidos mundo afora plantaram as sementes baianas, ou melhor dizendo, BRASILEIRAS. Jorge fazia questão de ser um ponto fora da curva, nascido para dar voz à quem não tinha, integrar os desintegrados, cultivar os diferentes. Diferentes de cultura, de pensamento, de gosto. Ousado, já na juventude questionava o racismo, o machismo e preconceitos com religiões de matriz africana, adepto aos cortejos sem de fato concretizá-los. Suas mulheres, para sempre as mulheres de Jorge: Gabriela, Tereza, Tieta, entre outras várias que trouxera para nós como um presente.
Ler uma biografia é duro por sabermos o final. Os anos iam passando e eu ia os contando até o ano de 2001, que foi o qual Jorge morreu, com uma agonia imensa de que nunca mais teremos Jorge outra vez, mas com a alegria de saber que seu talento e magia sempre estará enraizado em cada brasileiro que se aventurar por suas páginas. Para sempre.
comentários(0)comente



InfinitaTBR- Jana 15/01/2023

Jorge Amado, o homem
Fiquei interessada por este livro desde o momento que soube da existência dele. Jorge é o meu autor brasileiro favorito e o que eu conhecia apenas alguns fragmentos de sua vida.

"Jorge Amado - uma biografia", de Joselia Aguiar, é um livro interessantíssimo, seja pela escrita cuidadosa e ágil da autora, seja pela vida intensa do biografado em si.
Pelo sucesso do autor e tantas adaptações para a TV e cinema, eu sempre achei que Jorge era de fato amado por todos os círculos artísticos do país. Eu estava terrivelmente enganada. Foi com assombro que li sobre as críticas duríssimas em relação à sua obra durante toda a sua longa carreira como escritor. Penso que o despeito dos literatos cabeçudos do Brasil, se dava porque Jorge escrevia muito mais para o povão do que para as elites. E é claro que a postura política do autor em muito contribuiu para acirrar rancores. O engraçado é que enquanto ele e sua obra eram achincalhados em casa, eram louvados no exterior.

Tanta vida, tanta arte, tanta gente bacana (e nem tão bacana), passou pela vida de Jorge. Nesta biografia a gente lê não somente sobre a vida e a obra do autor, mas temos tamb|em muito da história do Brasil e óbvio, da Bahia.

Simplesmente um livro incrível sobre um homem incrível.
comentários(0)comente



deborauni 27/12/2022

Vida e obra de Jorge Amado
Adoro ler biografias e essa foi ótima. Seja pelo estilo de escrita, paralelos com a história do Brasil e do mundo, ou pela quantidade de anedotas, que fazem o leitor sentir-se compartilhando da vida pessoal e profissional de Jorge Amado.
Comecei a ler paralelamente a Capitães da Areia, mas só o conclui agora. Recomendo vivamente!
comentários(0)comente



Maia 23/03/2022

Romântico e sensual
Trabalho primoroso, uma vida tão rica e admirável, pesquisada e contada com amor, como gostaria o biografado.
comentários(0)comente



Priscila 28/02/2022

Amado, Jorge Amado!
Grande experiência ler a biografia desse magnífico escritor. Só li ?Capitães da areia? e já o considerava muito. E foi daí que me interessei pela pessoa Amado.

Conhecer sua história, família, envolvimentos políticos e sociais; aumentou ainda mais minha admiração. ??
comentários(0)comente



Rachel 11/08/2021

Sou suspeita pra falar deste que é meu escrito é preferido, mas o livro é maravilhoso, muito completo, recomendo.
comentários(0)comente



Marcus.Vinicius 22/07/2021

Vida e obra de um gigante da literatura
Apesar de ter o hábito de ler muito, foi a primeira biografia que li, e não foi por acaso: Jorge Amado é meu autor brasileiro favorito. O livro é bem completo, mostra que a autora estudou, pesquisou, entrevistou, enfim, teve um enorme trabalho para destrinchar a vida de uma figura tão importante quanto Jorge. A literatura do escritor baiano foi de fases que seguiram estritamente sua vida pessoal: o início, uma literatura mais engajada, politizada; o amadurecimento, com obras com caráter cômico, focado em fortes personages (muitas mulheres), sem esquecer pujantes críticas sociais; e ao final, um retorno às origens do ciclo do cacau. A obra de Jorge não foi traduzida e publicada em mais de 40 países a toa. Em suas viagens como representante do partido comunista, ou enquanto exilado político, Amado negociava diretamente com editores, ou seja, ?vendia seu peixe?. Tinha uma visão comercial do mercado editorial interessantíssima, além de ser um homem extremamente inteligente. Podemos observar também quantas amizades com grandes personalidades o autor teve, tais como Jose Saramago, Erico Verissimo, Jean-Paul Sartre, Pablo Neruda, entre outros. Não podia deixar de falar do grande amor de Jorge com sua companheira Zélia Gattai, que é muito bem abordado no livro. Outros pontos mencionados: a expectativa pelo prêmio Nobel; as moradias da família, no exterior, no Rio de Janeiro, na Casa do Rio Vermelho; a relação com o candomblé. Para quem é fã do autor, assim como eu, leitura mais que recomendavel!
comentários(0)comente



Emanuell K. 21/02/2021

Leitura indispensável para quem ama a obra de Jorge Amado! O livro mostra as várias facetas de sua vida, como se tornou um autor do mundo e no mundo. Sem contar as suas amizades e histórias mais inusitadas!
comentários(0)comente



Rami 10/09/2020

Um suco de Frutas e Um Sorvete Para Arrematar!
Se me perguntasse um autor brasileiro que eu gostaria de bater um papo, sempre responderei Jorge Amado.
Conheci a literatura brasileira aos 13 anos, quando por leitura obrigatória da escola da minha irmã, eu, uma ávida leitora, comecei a ler Capitães da Areia.
A história me doeu. A história me quebrou. Comi o livro. Só entendi muitas coisas quando foi a minha vez de lê-lo como leitura obrigatória quase quatro anos depois.
Lendo essa biografia eu só queria que o universo fosse mais amoroso comigo e me permitisse um dia com Jorge. Ouvindo ele falar e falar e falar.
Ler sua biografia me fez conhecer outros lados do Jorge que eu não fazia a mínima ideia. E a amizade com outros autores os quais admiro só me fez desejar ouvir mais das histórias de vida dele.
Terminei a biografia com lágrimas nos olhos, pois mesmo depois de ir para o rol dos imortais, seis anos depois ele me tornava uma leitora de clássicos brasileiros, assim como ele fez com inúmeros outros escritores numa África Portuguesa colonizada.
Eu só sinto o privilégio de poder ser brasileira, baiana e de Ilhéus, por causa dele. Ser brasileira, baiana e de Ilhéus me permite ler suas histórias e entender completamente sem barreiras linguísticas e culturais.
É um privilégio só lê-lo. É um privilégio saber mais desse homem que eu brinco dizendo que "Nunca errou. Zero defeitos!".
Espero que nossa geração e as próximas saibam dar valor aquele que só contava a "história do povo baiano, do povo brasileiro"!.
Imortal, pois foi membro da ABL, não por que não tinha onde cair morto, mas imortal porque "erigiu um monumento duradouro" nas páginas de uma Bahia e de pessoas esquecidas pelo governo, pelos mais ricos.
Agradeço por me tornar quem eu sou hoje como leitora. Talvez num além, caso haja, eu possa te agradecer e te ouvi falar pessoalmente tomando suco de frutas além de um sorvete para arrematar.
comentários(0)comente



Ana Rohrer 29/08/2020

Sa?o 640 pa?ginas de passeio pela vida e obra do autor brasileiro que se transformou em cidada?o do mundo. Sua obra foi traduzida em mais de 40 pai?ses. A bio?grafa Joselia Aguiar teve um trabalho minucioso e conseguiu acesso a muito documento particular, o que da? a? obra algum ineditismo.
comentários(0)comente



21 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR